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Contrário

oposto | discordante | inverso | reverso | avesso | antagónico | contra | vice-versa

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RAPIDINHA

Diz o gajo que proibiu o exercício da actividade política a vários partidos da oposição e que cancelou a realização de eleições no seu país.

Manifs “batutadas”

Foram anunciadas várias manifestações de protesto contra a forma como o governo tem gerido o problema dos incêndios. Saliente-se, desde já, o facto de as mesmas terem ganho notoriedade no mesmo dia em que o CDS decide apresentar uma moção de censura ao governo.

 

Primeiro as manifs. Então, não é que de um momento para o outro se consegue combinar várias manifestações via redes sociais, sem que se saiba ao certo quem está por trás da ideia, quem está a orquestrar? Note-se que há aqui um padrão, isto é, à semelhança do que acontece nos incêndios, também neste caso não são meia dúzia de indivíduos isolados que consegue gerar tal dimensão em tão curto intervalo de tempo. Obviamente que há mão política neste assunto. Obviamente que a acção partiu de um (ou mais) partido político que, com toda a sua experiência na arte de bem arregimentar, tratou de fazer espalhar a ideia pelas redes sociais. E todos sabemos que as redes sociais são como as matas portuguesas, basta encetar algumas ignições cirúrgicas e fica logo tudo a arder. Ah! Claro que, como é habitual, contaram com o alto patrocínio de alguns órgãos de comunicação social que, também por hábito, ajudam a incendiar as coisas. Portanto, está mais do que visto que vivemos num país de incendiários e em que pouca gente está verdadeiramente interessada em apagar.

 

É fácil perceber que toda esta situação das manifs está a ser dirigida por alguns políticos de beira de estrada e, ao que parece, são muitas as pessoas que sabendo ou não das suas intenções, vão alinhar na marosca, servindo assim os interesses imorais desses mesmos políticos. Note-se que esses interesses nada têm a ver com solidariedade ou preocupação com as populações afectadas. Trata-se de puro aproveitamento político, recorrendo à desgraça de muitos concidadãos.

 

Eu apoiaria com todo gosto este tipo de manifestações, mesmo considerando que têm pouco impacto no processo de decisão política, se tivesse a certeza que eram verdadeiras manifestações de solidariedade e preocupação com a protecção do bem comum. Agora, quando tresandam a vigarismo. Não.

 

Veja-se agora a moção de censura do CDS. O CDS deveria ser o último partido a pensar numa moção de censura ao governo tendo por base a problemática dos incêndios. O CDS já se esqueceu que fez parte do anterior governo e que nada fez para minorar este grave problema. Não apresentou uma única medida, nem tomou nenhuma decisão relevante nesta matéria. Assunção Cristas, líder do CDS, fez parte desse governo (2011-2015)? Sim, com certeza. Mas qual terá sido a pasta que lhe foi entregue? Consta que foi o Ministério da Agricultura, Mar, Ambiente e Ordenamento do Território. Pronto. Está tudo dito quanto à idoneidade do CDS e, em especial, de Assunção Cristas.

 

Mas, façamos um último esforço e tentemos pensar pela cabeça de Paulo Portas. Por que razão Portas considera que esta moção de censura, neste momento, poderá trazer algum benefício político ao seu partido?

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