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Contrário

oposto | discordante | inverso | reverso | avesso | antagónico | contra | vice-versa

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RAPIDINHA

Diz o gajo que proibiu o exercício da actividade política a vários partidos da oposição e que cancelou a realização de eleições no seu país.

Abriu a caça ao "simpatizante"

Os simpatizantes do Partido Socialista poderão inscrever-se no recenseamento eleitoral a partir do próximo dia 15 de Julho até ao dia 12 de Setembro. Contudo, a caça ao simpatizante já abriu há muito tempo, pelo menos, desde o passado dia 5 de Junho, altura em que a Comissão Política Nacional do PS deliberou que os simpatizantes do partido poderiam participar nas eleições primárias. Eu não tenho dúvidas que António José Seguro e seus seguidores já andam nessa caça há muito mais tempo, pois como dizia a outra sua amiga: "arranjem o maior número de simpatizantes possível, mas façam-no em silêncio, pois o segredo é a alma do negócio"...

 

Realmente, já ninguém tem dúvidas de que a política em Portugal e um negócio. Agora, parece que um apoiante de António Costa também já começou a sua lida para tentar "cativar" simpatizantes via facebook, algo que foi considerado "muito grave", segundo João Proença (apoiante de Seguro). Vejamos, o que a outra "carneirinha" amiga de Seguro fez (usando o seu e-mail de trabalho, ao serviço do Estado) não significou nada, foi um pequeno episódio de pouca importância, mas um apelo no facebook já é algo... muito grave.

 

O PS regozija-se por ser pioneiro em Portugal a realizar eleições primárias para a escolha do candidato a Primeiro-Ministro, sustentando a ideia de que o partido quer abrir-se aos cidadãos. Mas a verdade é que esta foi a única forma que Seguro encontrou para tentar ganhar tempo e, sobretudo, legitimidade política para se manter no poder. Qual abrir o partido qual carapuça, dá-lhe jeito, é o que é!

 

Seguro sabe que não tem o apoio da maioria dos militantes, por essa razão esquivou-se do combate nas directas para tentar vencer as primárias, o seu último balão de oxigénio. Que outra razão teria Seguro para não aceitar eleições directas e propor eleições primárias? É que nas directas só os militantes votam e Seguro sabe que a derrota era mais do que certa. Com esta ideia absurda de eleições primárias (neste momento) e, principalmente, com a abertura da votação aos chamados "simpatizantes" do partido, Seguro ainda pode alimentar esperanças.

 

Mas, como se define um simpatizante?

 

Para o PS de Seguro um simpatizante é todo e qualquer cidadão que:

 

- Esteja inscrito no recenseamento eleitoral;
- Não seja militante de Partido Socialista;
- Não seja militante de qualquer outro partido;
- Não tenha sido expulso do PS.

 

Pois bem, depreende-se que existe um enorme leque de candidatos a simpatizantes. Por exemplo, qualquer simpatizante do PSD ou CSD-PP pode também ser simpatizante do PS e votar nestas eleições primárias. Eu referi PSD e CDS-PP porque são os principais concorrentes do PS, mas o raciocínio serve para qualquer outro partido. Melhor ainda, qualquer anti-simpatizante do PS que nunca votou no partido poderá inscrever-se para este acto eleitoral que o PS de Seguro recebê-lo-á de braços abertos, concedendo-lhe a possibilidade de decidir qual o candidato do PS às Legislativas.

 

O que Seguro realmente gostaria era de permitir que, nas eleições primárias, apenas pudessem votar os militantes do PSD e do CDS-PP mas isso, infelizmente para ele, não é possível.

 

Parece estranho mas não é! Seguro não tem problemas em acolher nesta votação os "anti-PS", porque tem a certeza que esses votarão em si. Aliás, Seguro está a contar com a preciosa ajuda de todos os que não gostam do PS. Outro facto importante a salientar nestas manobras "seguristas" é o facto dos militantes do PS poderem votar nas primárias, mesmo não tendo as quotas em dia, algo que o partido nunca permitiu em nenhum acto eleitoral até à data. Isto acontece porque não fazeria qualquer sentido exigir aos militantes o pagamento das quotas quando nada é exigido aos simpatizantes. Além disso, nos primeiros 6 meses de militância, os militantes do PS não podem participar em actos eleitorais, uma espécie de "período de nojo" que serve para avaliar a "postura" do militante e evitar que este apareça do nada, nas vésperas dos actos eleitorais. Algo que agora não tem importância, e porquê? Pela simples razão de que faltam menos de 6 meses para as eleições primárias. Ora, tendo por base esse princípio, nenhum simpatizante poderia votar. Mas o "Tozé" tem sempre uma solução na manga.

 

Entretanto, as duas candidaturas já encetaram as suas campanhas de "arrebanhamento" de simpatizantes e não me admirava nada que começassem a aparecer lotes de dezenas de simpatizantes com a mesma morada, uns 150 simpatizantes a morar num T1 em Argoncilhe, etc.

 

Anúncio de emprego para o BES

Muito se tem falado e escrito sobre as altercações de poder no BES, sendo que alguns teimam em afirmar que as recentes nomeações para a cúpula do poder no banco são "nomeações políticas". Pois bem, eu até nem queria escrever mais sobre este assunto mas como não aceito injustiças, hoje venho aqui defender o BES que, escolheu os seus novos colaboradores de topo por meio de processos de recrutamento altamente transparentes. Veja-se por exemplo o anúncio de emprego (abaixo) que esteve na base das mais recentes contratações. Só não se candidatou quem não quis...

 

 

Procuram-se Bons Profissionais para o BES (m/f)

 

Principais responsabilidades:

 

- Garantir a continuidade do poder da família Espírito Santo no banco
- Assegurar o cumprimento de todas as ordens do Sr. Ricardo Salgado
- Garantir que ninguém ficará a saber o destino do dinheiro que desapareceu
- Assumir por escrito que, caso o banco entre em colapso no futuro, todas as dívidas serão assumidas pelo Estado português, que limpará o banco e o venderá de seguida (a baixo custo) a um qualquer banco angolano que seja gerido por um dos nossos (preferencialmente, um ex-ministro de Cavaco)

Requisitos pretendidos:

 

- Militante do PSD (com quotas em dia) e/ou ser muito próximo do partido
- Ser amigo de Cavaco Silva (condição preferencial)
- Experiência nos meandros da política (deputado, ex-deputado ou futuro ex-deputado é o mínimo exigido)
- Ser amigo de Cavaco Silva (será muito apreciado)
- Dá-se preferencia a candidatos que tenham trabalhado em governos de Cavaco Silva
- Ser amigo de Cavaco Silva (é quase garantia de admissão)
- Perito em maroscas nos mercados financeiros, pelo que uma passagem pelo Goldman Sachs no currículo será algo muito apreciado
- Ser amigo de Cavaco (obrigatório)

 

NOTA: Não serão consideradas as candidaturas que não apresentem todos os requisitos supracitados.

 

Se considera possuir todos os requisitos, envie a sua candidatura para o Palácio de Belém ou Palácio de São Bento. Junte o seu CV actualizado e com fotografia onde seja possível verificar com exactidão a parte superior da cabeça, pois damos preferência a candidatos carecas.

Depois da tempestade vem o Bento

Após várias semanas onde se verificou um clima de muita instabilidade no BES, parece que foi encontrada uma "solução" para o problema. Segundo as mais recentes notícias, Vítor Bento será o próximo presidente executivo do BES. É caso para dizer que depois da tempestade vem... o Bento. Vítor Bento é um conhecido economista da nossa praça. É também muito próximo de Cavaco Silva (mera coincidência) e Eduardo Catroga, aliás, fez parte da secretaria de estado do tesouro no último governo de Cavaco Silva.

 

Ora, não sei porquê, talvez seja implicância da minha parte, mas tendo a desconfiar da competência e idoneidade de pessoas que vivem debaixo da asa de Cavaco Silva.

 

Mas, o mais importante é saber que agora tudo vai ficar bem no BES. O próprio Miguel Beleza (outro muito próximo de Cavaco) já veio dizer que não se poderia esperar ninguém melhor que Vítor Bento para o leme do BES.

 

Eu nem sequer me importaria com o que se passa no BES, caso não fosse o meu dinheiro (e de todos) que está em causa, pois como se viu em casos anteriores (BPN, BPP, BANIF, etc.) é sempre o nosso dinheiro e as nossas vidas que estão em causa.

 

Ainda ninguém percebeu o que de facto aconteceu no BES. Nem ninguém consegue perceber como se pode exigir a saída do senhor todo poderoso Ricardo Salgado do seu próprio banco. Até há muito pouco tempo, este senhor todo poderoso era visto como o maior banqueiro do nosso país, um homem íntegro, honesto, muito trabalhador e inteligente. Mas agora querem correr com ele! Porquê? Ninguém vai explicar o que se passou? A culpa do desaparecimento de milhões vai ficar nas costas do contabilista? O dinheiro vai continuar desaparecido?

 

Parece-me mais um caso de polícia tal como foi o BPN e, à semelhança do que se passou nesse banco, também ao BES vai parar um amigo de Cavaco Silva para fazer a "gestão dos conflitos". É impressionante como Cavaco Silva tem sempre um amigo no lugar certo... oh, lá estou eu outra vez a implicar...

 

Outra coincidência foi o facto desta notícia ter saído menos de 24 horas depois da reunião do conselho de estado, do qual Vítor Bento também faz parte, pois claro. Quase que me atreveria a dizer que a nomeação de Vítor Bento para presidente executivo do BES partiu dessa reunião, mas isso já seria implicância a mais.

 

P.S. Parece que à administração do BES também vai parar um "rato" do Goldman Sachs... estejam descansados que é tudo gente boa.