Ser Charlie é... estúpido!
Ser Charlie é estúpido, pois claro. É mais uma moda. É o gangnam style de Janeiro. É o banho gelado de Inverno. É também ignorância e, acima de tudo, uma tremenda irresponsabilidade.
Antes de mais, importa desde logo salientar que este texto incide sobre a “liberdade de expressão”, tendo em conta os acontecimentos dos últimos dias, nomeadamente a histeria Charlie. O texto aborda a minha posição sobre o que é a liberdade de expressão e, principalmente, a contradição do que significa ser Charlie. Mas, porque sei de antemão que alguns ineptos têm uma especial predisposição para interpretar tudo errado, porque têm cabeças erradas, que fique bem claro que, em nenhum momento, se pretende desculpabilizar os hediondos actos terroristas levados a cabo por um pequeno grupo de criminosos. Não pretendo analisar aqui as consequências do uso irreflectido da liberdade de expressão, mas a posição que os indivíduos assumem perante esse tipo de liberdade de expressão.
Importa realçar desde logo que, a liberdade de expressão é apenas uma parte do conceito global de Liberdade. A liberdade de expressão é um direito fundamental, mas apenas um dos muitos que nos são conferidos pelo regime democrático, pelo que, não é aceitável que se defenda que a liberdade de expressão não deva estar sujeita a regras ou limites, quando o seu alcance não deverá, em caso algum, ultrapassar os limites da “LIBERDADE”. A Liberdade é algo muito mais abrangente, que contempla por exemplo, o direito à integridade moral e física das pessoas e cuja Lei estabelece garantias efectivas contra a utilização abusiva de linguagem ou actos contrários à dignidade humana. A Lei de que vos falo é feita por toda a sociedade. Todos nós somos responsáveis pela forma como a nossa sociedade está organizada. E é a Lei que confere a todos os que dela fazem parte, as garantias dos seus direitos, onde se inclui o direito de “liberdade de expressão”. O direito de liberdade de expressão diz-nos que cada um de nós tem a faculdade de expressar livremente o seu pensamento, sem impedimentos e discriminações. Diz também que o exercício desse direito não pode ser impedido ou limitado por qualquer tipo ou forma de censura, contudo, as infracções cometidas no exercício desse direito ficarão sujeitas à apreciação dos tribunais e autoridades judiciárias. Não é concebível que um indivíduo defenda que o sujeito A, no exercício do seu direito X, possa invadir o direito Y que está conferido ao indivíduo B. Ou seja, não é concebível que eu defenda alguém que, no exercício do seu direito de liberdade de expressão, possa ultrapassar e ignorar o direito à integridade moral (por exemplo) que assiste aos outros indivíduos. Os Charlies não concordam.
É a sociedade que elege os seus representantes que, por sua vez, vão legislar em nome e defesa de todos. Portanto, a sociedade organiza-se para aplicar as leis que cria e a Lei determina os limites à Liberdade de cada um de nós, porque só assim se poderá viver em sociedade. Como é possível pretender-se que a liberdade de expressão, que é apenas uma parte da Liberdade no seu todo, possa abranger direitos que a própria Liberdade não contempla e não aceita?
Por exemplo, a injúria, a calúnia, a difamação, o insulto, tudo isto, à luz da Lei, constituem ilícitos criminais. Portanto, quem os pratica deve ser levado à Justiça e ser julgado em conformidade. Mas, qual a posição da sociedade (todos e cada um de nós, individualmente) sobre o assunto? Sendo certo que cabe ao poder judiciário levar os prevaricadores à barra da justiça e julgá-los, deve a sociedade abstrair-se de um dos seus papéis fundamentais, que é o de estar atenta e reprovar, ou não, este tipo de actos? Claro que não. Até porque na base de toda a organização da sociedade, à qual todos pertencemos, estão as decisões que cada um de nós é chamado a tomar em cada momento.
Eu posso insultar e injuriar? Posso e você também pode, ainda que tais factos constituam ilícitos criminais, passíveis de serem levados à justiça que, nos termos da lei, poderá condenar aqueles que o fizerem. Eu também posso ousar fumar num local proibido. E até posso roubar ou cometer crimes ainda piores. Mas fiquemo-nos pelo insulto e a injúria. Será normal que a sociedade se una em minha defesa, pelo meu direito ao exercício de cometer tais crimes?
Os Charlies, carneirinhos sem capacidade para pensar pelas suas próprias cabeças, refugiam-se em frases célebres, como aquela que se atribui a Voltaire, que diz: “Posso não concordar com o que dizes, mas defenderei até à morte o teu direito a dizê-lo”. É óbvio que as coisas têm que ser contextualizadas. Não ouvi, nem li nenhum Charlie citar uma outra frase famosa, atribuída a Herbert Spencer, que terá dito que “a minha liberdade termina onde a dos outros começa”. Voltando à suposta frase de Voltaire, com certeza que a sociedade deve bater-se para que todos possam, individualmente ou em grupos organizados, exercer o seu direito de liberdade de expressão. Mas será que Voltaire pretendia defender até à morte uma liberdade irresponsável? Será que defendia um tipo de liberdade que atenta contra os valores e direitos dos outros e de nós próprios? Estaria Voltaire a defender até à morte uma liberdade sem qualquer tipo de regras?
Eu respondo que não. Já que a verdadeira liberdade é aquela que defende e respeita os direitos e os valores de todos, logo à cabeça.
Os Charlies não se cansam de defender que, qualquer indivíduo tem o direito de se expressar como bem entende, na forma e conteúdo que entender, independentemente de concordar ou não com ele. Para os Charlies, não vale a pena matar a cabecinha a pensar sobre as atitudes e afirmações dos outros, a lei que se ocupe disso. Isso é uma total hipocrisia!
É claro que, em princípio, a Lei ocupar-se-á de fazer o que lhe compete, mas isso não é condição suficiente para a construção de uma sociedade melhor. É preciso que todos exerçam o seu papel de forma responsável. Eu não posso simplesmente desculpabilizar a minha inércia intelectual, alegando que a justiça se encarregará de julgar os prevaricadores da liberdade de expressão, como se eu nada tivesse a ver com isso. E é exactamente isso que os Charlies têm feito. Pior ainda é o facto de, mesmo tendo consciência de que o Charlie Hebdo ultrapassou largamente os limites da liberdade de expressão, não se recusam imiscuírem-se na sua prevaricação, afirmando: “Eu sou Charlie”.
É o mesmo que dizer: “Eu não quero saber se o que tu dizes é crime ou não, a Lei que te julgue. Por mim, defenderei até ao limite a tua liberdade de continuar a ser criminoso”. Patético! Então, também defendem o direito a ser-se ladrão ou assassino, porque a Lei também acabará por actuar sobre esses. De certa forma, são os Charlies quem mais desculpabilizam os actos terroristas.
Vejamos, se um individuo qualquer, numa qualquer viagem de metro, decidir insultar da pior maneira a senhora idosa (que pode ser mãe ou avó de qualquer Charlie) que acabou de se sentar ao seu lado, só porque lhe apeteceu, ou porque a senhora tem um aspecto que lhe desagrada, ou simplesmente porque esse indivíduo não aprecia a proximidade de gente idosa, ou até mesmo por nenhuma razão. O que fariam os Charlies presentes nessa carruagem de metro? Levantar-se-iam e gritariam “alto e bom som”: Caro amigo, não concordo com o que está a dizer, mas respeito o seu direito a falar o que bem entender, pelo que diga-me já o seu nome, pois quero escrevê-lo com muito orgulho na minha testa, a fim de afirmar aos sete ventos e com toda a pureza que eu também sou você. Isto é que é ser Charlie.
Os Charlies que já começaram a pensar um bocadinho e, entretanto, já repararam que meteram as patas na poça, tentam encontrar subterfúgios em todo lado, para tentar justificar a sua estúpida presença na “manada” desde o momento zero. Esses, na situação do metro atrás referida, responderiam que chamariam as autoridades policiais para que agissem de acordo com a lei, perante a atitude daquele indivíduo estúpido que insultou a velhinha. Está certo. Mas isso invalida que tenham uma posição reprovadora, ou não, sobre a actuação do indivíduo? Isso significa que se sintam no dever de apoiar o direito ao abuso da liberdade de expressão, por parte do infractor, mesmo que não concordem com ele?
É claro que não. Não querer saber é rejeitar o nosso papel na sociedade. É cobardia. É deixar nas mãos de poucos, aquilo que diz respeito a todos nós. Todos nós podemos e devemos ter uma posição sobre este tipo de atitudes, porque determinam fortemente a forma como convivemos uns com os outros. Não se pode, apenas, deixar as decisões nas mãos dos políticos e da justiça. É óbvio que, no caso exemplificado, caberá à justiça e só à justiça, condenar ou absolver o indivíduo em causa. É óbvio que a justiça não deve ser feita pelas próprias mãos, mas todos nós temos o dever de ter uma posição firme sobre um assunto importante para a sã convivência em sociedade. Caso contrário, como estaremos à altura de escolher aqueles que vão legislar (fazer as leis) em nosso nome? Se nem sequer somos capazes de assumir posições perante factos concretos.
Na verdade, identificamos aqui um velho problema das sociedades democráticas ocidentais, que é o facto de nos habituarmos a depositar total confiança naqueles que elegemos, achando que o nosso papel na Democracia se esgota na urna de voto. “A partir daí, eles que façam o que bem entender, a responsabilidade é deles, deixou de ser minha”. Isto também é ser Charlie.
Reparem bem! Segundo a forma de pensar dos Charlies, qualquer indivíduo poderá usar a sua liberdade de expressão na forma que entender, mesmo que isso ultrapasse os limites legais, alegando que quem se sentir ofendido que prossiga para as vias legais. Que bonito! Imaginemos que todos órgãos de comunicação social, todos os políticos, todas as organizações e todos os indivíduos de uma sociedade desatavam a usar diariamente o seu direito à liberdade de expressão, da mesma forma encolerizada que o Charlie Hebdo faz. Que selvajaria! Não haveria sistema judicial que aguentasse com tanta parvoíce. Aliás, a própria Lei teria que ser alterada, porque estaria desajustada dos padrões e valores sociais entretanto instituídos. Os Charlies são assim! Não conseguem atingir o alcance da sua irresponsabilidade.
É claro que este nível de irresponsabilidade interessa muito à maioria dos políticos e dos órgãos de comunicação social que, mesmo não atingido os níveis de indecência do Charlie Hebdo (pelo menos a maioria, e por enquanto), acabam por viver da polémica barata e do burburinho que arrasta multidões de carneirinhos: os Charlies!
Repare-se, o Charlie Hebdo nunca esteve tão bem de vendas como agora. E foi sempre esse o seu objectivo, dar nas vistas, ser reconhecido por qualquer estúpida razão e vender, vender, vender. Até em Portugal, onde eles deveriam ter uns 3 ou 4 leitores, a edição de ontem deverá esgotar. Tão previsíveis que são os Charlies que, quase que aposto que na próxima Sexta-feira até haverá quem não durma em Portugal, para conseguir deitar as garras a um exemplar. Mais, até já os estou a ver a tirarem “selfies” com a publicação na mão e a colocarem no Facebook, Instagram e coisas do género. O Charlie é assim, fútil, básico, penetrável, ansioso por tomar parte em qualquer causa que o destaque perante os outros. Que o faça sentir-se superior.
E a comunicação social e os políticos irresponsáveis, esses pretensos fazedores de opinião e donos da verdade, são peritos em semear e alimentar mentiras nas cabeças dos incautos – os Charlies. Fazem-no através da televisão, das redes sociais e conseguem com relativa facilidade e muito sucesso enfileirar um número considerável de seguidores – gente formatada para reagir de acordo com a vontade alheia, afinal de contas, é só fazer “like” ou “gosto” e lá vão eles no carrossel.
Nós, a sociedade, temos o dever de marcar uma posição sobre os assuntos que determinam a nossa forma de estar e viver em conjunto. Numa sociedade livre e democrática, os indivíduos aceitam democrática e livremente a constituição de regras que limitam a liberdade individual. Ora, não será expectável que os indivíduos aceitem que se possa abusar das regras que foram instituídas por todos. No limite, até poderão ocorrer alguns abusos dessas regras, porque nós não somos perfeitos, mas será coerente que os indivíduos se juntem na defesa daqueles que infringem uma regra? Especialmente se for uma regra básica da boa convivência e entendimento entre os povos? Se é para aceitar que as regras sejam desrespeitadas, então que se mude a forma como a sociedade está organizada. Numa sociedade livre e democrática, os direitos estabelecem-se na base e são iguais para todos, não se pode ir aceitando, ou não, que se quebrem as regras, em função da nossa vontade individual.
Por exemplo, não é permitido circular a mais de 120 Km/h nas auto-estradas portuguesas. Contudo, alguns condutores circulam a uma velocidade superior. Muitos dirão que o limite está bem assim, muitos dirão que não, mas a verdade é que 120 Km/h é o limite. Quem o ultrapassar terá de assumir as consequências disso. E não é suposto, nem é inteligente, que alguém se declare a favor de um qualquer condutor que decida ultrapassar esse limite. Se a lei estiver desajustada, como muitas estão, então, teremos todos nós que voltar à base fundamental de sustentação da nossa sociedade, que é a elaboração das leis e voltar a analisar abertamente o assunto, discutir ideias e alterar ou não os pressupostos dessa lei. O que não podemos é defender que um determinado indivíduo faz muito bem em circular acima do limite estipulado por lei, que foi feita por todos nós – a sociedade. É um tremendo contra-senso. E há aqui um outro pormenor que pode fazer muita diferença, que é a extensão da quebra da regra do limite de velocidade. Se um indivíduo circular a 140 Km/h, certamente não será nenhum escândalo e, provavelmente as autoridades nem o autuarão. Porquê? Porque há uma sensibilidade para contextualizar o desrespeito da regra. Provavelmente, a maioria das pessoas não achariam despropositado circular a 140 Km/h na auto-estrada, ainda que seja acima do limite. Contudo, todos se escandalizariam (excepto os Charlies) que um indivíduo circule a 300 Km/h na auto-estrada e, neste caso, também a lei seria muito menos condescendente. Transpondo o exemplo para o desrespeito da liberdade de expressão, o Charlie Hebdo está constantemente a circular a 300 Km/h. É claro que os Charlies dirão que o Charlie Hebdo nunca ultrapassa os 120 Km/h ou, na pior das hipóteses, atinge apenas os 140 Km/h. Mas isso é enfiar a cabeça na areia, é ignorar o alcance do problema, é fingir que milhões de pessoas (pessoas como nós) são constantemente desrespeitadas até ao limite da exploração irada e degradante dos valores em que acreditam e assentam as suas sociedades, que sendo diferentes da nossa, não é melhor nem pior e merece respeito.
É a sensibilidade presente em cada um de nós, que nos permitirá ter uma posição firme e sensata a cada momento em que formos chamados a usar da nossa responsabilidade. É precisamente o contrário de ser Charlie, que sempre recorre ao insulto violento, à radicalização e ao extremismo para combater os mesmos defeitos (violência, radicalismo e extremismo). Dois erros não fazem a coisa certa!
Esta semana deu para tudo, até para pôr a nu a falta de seriedade intelectual de alguns ilustres comentadores da nossa praça. Eu ouvi, pelo menos dois desses comentadores a assumirem-se como Charlies, defendendo exacerbadamente o direito que assiste ao Charlie Hebdo em usar a liberdade de expressão como bem entender. Contudo, quando confrontados com o “cartoon” que os adeptos do Futebol Clube do Porto exibiram no Estádio do Dragão, no passado Sábado, caiu o Carmo e a Trindade. Ai Jesus! O que foram fazer aquelas bestas dos adeptos do FCP?! Colocar o “deus” Eusébio no cartoon?! Nem pensar! Isso constitui uma tremenda falta de respeito e sensibilidade. Disseram ainda que os dirigentes do FCP deveriam ter ordenado, imediatamente, que o “cartoon” fosse retirado, porque era ofensivo e inadmissível. Estão a ver a dualidade de interpretação? Gozar ao limite com Maomé ou Alá não tem problema nenhum! É uma brincadeira! Afinal quem é que se importa com os valores religiosos dos muçulmanos, eles não têm sentimentos. Agora, meter o Eusébio num “cartoon”?! Gozar com a nação benfiquista?! Nem pensar! Tal como a mentira, os Charlies têm as pernas curtas e são facilmente apanhados.
Domingo, a marcha em Paris, demonstrou uma vez mais que os políticos e a comunicação social continuam a dominar a opinião de um enorme rebanho (de Charlies). Um grande grupo de políticos falhados, com a popularidade em baixa (que o diga o próprio Hollande, a Merkel, o Rajoy, o Cameron, etc.) não perderam esta brilhante oportunidade para se promoverem à custa do grande momento de comoção. Até Netanyahu (primeiro-ministro israelita) esteve lá, um dos mais temíveis terroristas da actualidade. Aquele que manda bombardear campos de refugiados, repito, “refugiados”, escolas e até edifícios da ONU, dizimando e mutilando dezenas, às vezes centenas e outras vezes milhares de inocentes. Netanyahu ainda teve tempo de agradecer a atitude de um indivíduo muçulmano, que terá ajudado a salvar alguns reféns israelitas. Um aproveitador da desgraça, Netanyahu agiu como se estivesse a ser piedoso e condescendente com um cidadão de uma raça que para ele é inferior, porque sabe que é assim que os Charlies o vão entender e aceitar, arrebanhando mais uns quantos para a sua causa sórdida em Gaza. De certeza que logo a seguir mandou chacinar mais uns quantos palestinianos. Mas isso pouco importa, porque esses não têm direitos, não é verdade Charlies? Pelo menos, um sinal positivo naquela manifestação, os EUA não se fizeram representar ao mais alto nível. Desta vez não foram hipócritas.
Os Charlies são mais uma moda. Talvez por Paris ser uma das capitais da moda mundial, não tenham hesitado em juntar-se à causa. Já no que respeita a defender os direitos de palestinianos, sírios, iraquianos, etc. a coisa muda de figura. Infelizmente a nossa sociedade está cheia de modas estúpidas.
Olhando novamente para Portugal, com tanto espírito Charlie que por aí vagueia, onde estão os “Eu sou os doentes que morrem nas urgências” por falta de atendimento adequado, os “Eu sou doente com hepatite C”, sem medicamentos, ou os “Eu sou o indivíduo que mandou o Cavaco trabalhar”, ou os “Eu sou o agente da GNR que foi condenado por exercer a sua profissão”? Estes assuntos não são explorados até à exaustão pela comunicação social como é o Charlie Hebdo, os políticos não lhe dão a importância devida, não aparecem no Facebook, não são modas, logo não arrebanham ninguém.
Agora, imaginemos como seria resumir tudo o que acabei de escrever, mas dentro do espírito de liberdade de expressão dos Charlies. Seria algo do tipo:
"Charlies, cambada de filhos da puta, metam na puta da vossa cabeça que insultar, injuriar, e difamar não está correcto caralho! E dizer que devemos lutar até à morte, para que os outros possam ser umas bestas do caralho é estúpido. Metam a merda do vosso conceito de liberdade de expressão pelo cu acima e vão mugir as vossas distorcidas opiniões lá para os lados da puta que vos pariu, que fica mesmo ao lado do caralho que vos fode."
E é isto. Lamento se não consegui atingir os parâmetros da liberdade de expressão de um Charlie, mas eu esforcei-me, isso é inegável. Desde já reitero que não concordo em absoluto com o teor de linguagem do parágrafo anterior, mas aproveito a oportunidade para agradecer a todos os Charlies, o facto de acharem piada e estarem dispostos a lutar até à morte para que possam continuar a ser insultados.
P.S. É permitido que qualquer filho da puta Charlie insira os pensamentos que lhes passarem pela mona, mas atenção caralho, façam-no com educação e moderação, senão apago-os. Isto aqui é um lugar de respeito seus bostas, aqui quem falar mal fode-se. Isto não é a casa da mãe Joana, seus conas de merda! Eh pá… esqueci-me de desligar o modo Charlie, agora é que é:
Neste blogue, a inserção de comentários não é moderada, pelo que serão permitidos a todos, sem excepção, que aqui possam debitar as suas opiniões. Não obstante, serão apagados todos os comentários que utilizem linguagem insultuosa. Este é um espaço onde impera a liberdade de expressão, mas onde não serão aceites actos de libertinagem. Se bem que, não é expectável que algum Charlie venha aqui contrariar o que escrevi ou até mesmo proferir insultos, porque eles são os primeiros a defender que eu tenho o direito a dizer o que me apetece e nos modos que entender.
Por isso, meu amigo Charlie, pense um bocadinho antes de abrir a boca, usar a caneta ou o teclado para dizer asneiras.