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Contrário

oposto | discordante | inverso | reverso | avesso | antagónico | contra | vice-versa

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RAPIDINHA

Diz o gajo que proibiu o exercício da actividade política a vários partidos da oposição e que cancelou a realização de eleições no seu país.

Ó Rui Jorge... carago pá...

William a marcar um penálti? Por amor de Deus... O Rui Jorge dir-me-ia que é muito fácil falar depois das coisas acontecerem, mas a verdade é que poucos apostariam em William para marcar um penálti. E logo a quinta grande penalidade, aquela que a maioria dos treinadores costuma atribuir ao craque da equipa.

 

O William nem sequer deveria ser titular da selecção e, tenho sérias dúvidas que um jogador que corre a 2,5 Km/h, que raramente faz um passe em condições, que 99% dos passes são para o lado ou para trás e quase sempre para o jogador com a linha de passe mais curta e desobstruída deva ser chamado à selecção. Se calhar é por ser titular do Sporting, mas isso não me aquece nem me arrefece, agora na selecção...

 

Podem não acreditar, mas quando vi o William a dirigir-se para a marcação disse: "Já fomos". E não é que fomos mesmo?

 

Mas deixemos o William em paz a gozar as suas férias. A culpa não foi dele, foi de quem lhe atribuiu a responsabilidade de marcar um penálti. Ó Rui Jorge... carago pá...

Pela primeira vez Cavaco acertou

Muita celeuma à volta das últimas declarações de Cavaco Silva, por este ter dito hoje que se a Grécia sair da Zona Euro passam a ficar 18 países. É verdade! Neste momento a Zona Euro é composta por 19 Estados-membro, se sair um, ficam 18. Recapitule-se, 19 - 1 = 18. É incrível mas é verdade, pela primeira vez na vida Cavaco acertou na mouche. E olhem que a conta estava bem difícil de se fazer...

 

Preocupou-me mais quando o ouvi dizer que "Portugal não é a Grécia", ou então quando acrescentou que "se a Grécia sair, o crescimento económico de Portugal não será afectado", ou ainda, que "gostaria que houvesse um entendimento" mas "acreditar (nisso) é outra coisa". Isto é que já revela o verdadeiro Cavaco, o mentiroso, o manhoso, o orquestrador de campanhas. Cavaco, se fosse decente, deveria ter dito hoje aquilo que disse quando foi confrontado com as dívidas de Passos Coelho à Segurança Social. Na altura ele disse: "o Presidente está acima das polémicas dos partidos" e "cheira a campanha eleitoral". Mas já sabemos sobre o sentido de oportunidade de Cavaco Silva, o mesmo que disse que "os portugueses podiam confiar no BES".

 

O homem que nunca se engana e raramente tem dúvidas, na verdade só hoje foi capaz de acertar numa conta, mesmo tendo-o feito de modo malicioso. Nem mesmo aquando do saque ao BPN que lhe rendeu muito cascalho, se pode dizer que acertou porque, segundo o próprio, foi a Maria quem fez as contas nessa altura.

 

Parabéns Cavaco! Aposto que na Lusófona já está tudo a preparar-se para te atribuir um Doutoramento.

Quem é Duarte Marques?

É sabido que a política portuguesa é pródiga em políticos de meia-tijela. O mais recente abortamento dá pelo nome de Duarte Marques. Não é que este passaroco tenha aparecido só agora na vida política, até porque ele já tem muitos quilómetros feitos por este Portugal fora a colar cartazes e abanar bandeiras, mas foi nestes últimos tempos que afirmou a sua verdadeira essência.

 

Mas, afinal quem é Duarte Marques? Pois… Não é fácil responder à questão. Creio que nem o próprio conseguirá saciar a curiosidade, a menos que obtenha ajuda do seu guia Cosme Vieira.

 

Duarte Marques é um jotinha, daqueles que nunca fez nada na vida, a não ser, colar cartazes e abanar bandeiras, portanto, um Passos Coelho na fase embrionária.

 

Duarte Marques é deputado na Assembleia da República, eleito pelo PSD. É também uma figura que o partido pretende lançar para a fila da frente, já que se trata de alguém que tem aparecido muito nos meios de comunicação social. É, sem dúvida, uma aposta do seu partido. E isso não é de admirar, não senhor. Duarte Marques espelha na perfeição a cultura do seu partido. É superficial. É perito em afirmar o que quer que lhe venha à cabeça, sem nunca sustentar as afirmações. É obcecado pelo partido socialista. É perito em distorcer a verdade com singular superficialismo. É mentiroso. Inculto. Abestalhado. É um perfeito laranja podre.

 

A título de exemplo. Recentemente, Duarte Marques afirmou que há um buraco de 600 milhões de euros na Segurança Social. Alguém o interpelou de imediato, solicitando-lhe que justificasse a existência desse buraco, ao que a sumidade retorquiu desta forma: “Isto está em todos os jornais…”. Portanto um dos benjamins do PSD, que é deputado da maioria parlamentar que sustenta este governo, responde que se baseia no que vem nos jornais para justificar as suas afirmações. Brilhante! Já anteriormente, o próprio havia recorrido a afirmações de outro fulaninho abestalhado que dá pelo nome de Cosme Vieira, para auxiliar o seu débil raciocínio.

 

Há já algum tempo que era para ter escrito algo sobre Duarte Marques, mas a verdade é que nunca se me ocorreu nada para dizer, e a tela ficava sempre em branco. Hoje tentei inspirar-me e até consegui escrever uns parágrafos, mas receio não ter conseguido escrever algo de jeito. A verdade é que a personagem é castradora de qualquer inspiração e, basta ouvir o nome da peça, que só me vem palavrões à cabeça.

 

Quem tem uma boa resposta para a pergunta formulada no início do segundo parágrafo é o padre Fonseca, que na sua bíblia (Mateus, 2, 17) descreve este indivíduo como “uma besta do c…”. E não digo mais nada.

Passos muito preocupado com Tsipras

É verdade. Passos Coelho, numa entrevista dada a uma agência de notícias, sentado no seu confortável cadeirão, afirmou que se fosse o Primeiro-Ministro grego, estaria muito preocupado.

 

Vamos lá ver, será que com essa afirmação ele quis dizer que estaria preocupado com a situação da Grécia (um Estado-membro da UE) e do seu povo. Se fosse isso, por que razão não demonstra essa mesma preocupação, enquanto primeiro-ministro de Portugal? Ou será que Passos Coelho estaria apenas MUITO preocupado com o (actual) Primeiro-ministro grego? Esta faz mais sentido. Passos Coelho sabe muito bem a quantidade de armas que estão apontadas à cabeça de Tsipras, até porque ele próprio carrega uma nas suas manápulas.

 

Mas, enquanto português (mesmo sentindo-me grego), a minha maior preocupação advém do faco de o senhor Passos Coelho não demonstrar a mesma elevada preocupação para a situação que os portugueses vivem diariamente. Pior ainda! Tem a estúpida coragem para dizer que temos os cofres cheios e, vejam bem, que se Portugal for atingido por uma nova crise, estamos safos até meados do próximo ano. Desculpe! Até quando? Disse “meados do próximo ano”? Ah! Ufa… Então fico mais descansado. É preciso ser-se muito imbecil e não ter nenhuma noção de responsabilidade, para se proferir tal alarvidade. Significa então que, se Portugal atravessar uma crise que ultrapasse os meados do próximo ano ficaremos na mesma situação que a Grécia. Mas isso é só para o ano… ainda falta muito. Santa idiotice!

 

Convinha que Passos Coelho se preocupasse no que é ser Primeiro-Ministro de Portugal e com o seguinte:

 

- O aumento da pobreza

- O desemprego

- Os desumanos cortes nos apoios sociais

- Os cortes brutais nos salários e pensões

- O assassinato do SNS e da educação pública

- Os 3 mil milhões em créditos concedidos ao Novo Banco

- O aumento substancial da dívida

- As privatizações desbaratadas

- O elevado nível de emigração

(...)

Sinto-me grego

A União Europeia atravessa o período mais negro de toda a sua história. A UE está irremediavelmente entregue ao capitalismo, às agências de rating e aos mercados, essa coisa obscura, que ninguém sabe o que é, pelo menos estes mercados de que tanto falam.

 

A UE perdeu o juízo de vez. Não vale a pena sequer questionar se alguma vez existiu união no seio da UE, mas a verdade é que as coisas nunca estiveram tão mal. A UE está à beira de perder um dos seus elos, considerado o “elo mais fraco” pelos seus pares, incluindo Portugal. É lamentável que o governo português tome parte (na fila da frente) nesta suja campanha que está a ser lançada sobre um país que deveria ser considerado país irmão. Cada português deveria sentir-se repugnado com as declarações que o presidente da república, o primeiro-ministro e a ministra das finanças têm feito sobre a Grécia. Que gentinha baixa! Alguém aguenta aquele ar de superioridade saloia que esta gente enverga, quando diz mal dos outros? Não passam de um bando de capachos instrumentalizados nas mãos dos senhores do dinheiro. E, no entanto, é vê-los todos contentes a lamber as botas da sra. Merkel e companhia, cuspindo na cara de um povo que não difere muito de nós. Que gentinha pedante…

 

O governo português, na pessoa do senhor primeiro-ministro, farta-se de afirmar que Portugal não é a Grécia. Ora, mais uma verdade La Palisse, Portugal não é a Grécia, como também não é a Espanha, a França ou a Alemanha. Eu julguei que a riqueza da UE estava precisamente na sua diversidade e, acima de tudo, na solidariedade que os povos europeus demonstraram no passado.

 

O que podemos facilmente constatar é o facto de o governo português estar estranhamente (ou não) empenhado em que a UE e a troika não facilitem a vida ao povo grego. Isto porque eles (o governo) se portaram como autênticos sabujos perante as imposições da troika, tendo ido até mais longe. Portugal deveria estar solidário com a Grécia, deveria ser o primeiro interessado em conseguir um bom acordo para a Grécia.

 

Vejamos então por que razão Portugal não é a Grécia. Simples. Portugal tem um governo que não serve os interesses do seu povo, sacrificando a vida das pessoas em favor dos interesses obscuros dos mercados e dos seus próprios interesses. Por falar nisso, onde é que pára o Gaspar? Pois… a Luis Albuquerque prepara-se para lhe seguir as pegadas. Por outro lado, o governo grego defende acerrimamente os interesses do seu povo, colocando o bem-estar das pessoas acima de qualquer outro interesse.

 

O objectivo da UE e da troika é perpetuar o domínio dos mercados capitalistas sobre os interesses dos povos, tal como aconteceu em Portugal. As pessoas foram e continuarão a ser fustigadas por esses interesses, e o governo português é totalmente conivente com esta situação. Uma vergonha de governo!

 

A intransigência das instituições europeias perante a Grécia também é muito fácil de perceber, mas impossível de aceitar. Vejamos, se o problema fosse apenas dinheiro, a situação resolvia-se facilmente, mas não tão fácil como em Portugal, porque na Grécia existe um governo que bate o pé, e é aí que está o grande problema. A UE não quer aceitar as condições do governo grego, porque isso seria reconhecer a vitória do Syriza – um governo de esquerda, completamente antagónico aos interesses dos mercados. E, já agora, convém lembrar que é um governo legitimamente eleito pelo seu povo. Eles (os senhores do poder) sabem que se o governo grego vencer o braço-de-ferro, isso fará com que noutros países (quem sabe até em Portugal) apareçam outros “Syrizas” no poder e isso seria desastroso para… os “mercados”. Devido a esse exclusivo motivo é que as podres instituições europeias, dominadas pela senhora Merkel (Heil Angela!) e companhia, preferem deixar cair um Estado-membro. Basta reparar nas estúpidas declarações do já mais que “esquentado” Junker, que referiu que não quer saber do governo grego, que só se interessa pelo povo grego. Portanto, esqueceu-se que o povo grego legitimou o seu governo para agir desta forma, aliás, foi prometendo ao seu povo que iriam actuar desta forma que venceram as eleições. O que o manhoso do senhor Junker quer é criar uma fenda nessa ligação de apoio do povo grego ao seu governo e fazê-lo cair, mas isso não aconteceu, o povo voltou a sair à rua na Grécia, para apoiar as decisões dos seus representantes.

 

O que está em questão não é dinheiro, não senhor. A UE e a troika têm todas as condições para conseguir um bom acordo para a Grécia, bastaria um pouco de boa-vontade e tudo se resolveria. Aliás, não se compreende qual a razão pela qual as instituições europeias aceitam que este clima de instabilidade se mantenha por tanto tempo. Já não têm medo daquilo que os mercados vão pensar? É que estes mercados pensam, e muito… Já não estão preocupados com o que as agências de rating norte-americanas vão dizer sobre a zona Euro? Pois claro que não. Mais importante que tudo isso é a empreitada capitalista para eliminar o governo grego. Os mercados não vão "dizer" nada de mal que cause instabilidade à zona Euro, a única instrução dada aos fantoches que ocupam os lugares de decisão nas instituições europeias é: Tratem de eliminar esses esquerdistas do Syrisa, que nos estão a estragar o esquema!

 

Voltando à afirmação do primeiro-ministro. Se Portugal não é a Grécia e, recordemos que Passos Coelho sempre disse isso; Se Portugal não tem problemas em financiar-se nos mercados; Se Portugal tem os cofres cheios (só se for de dívida), por que razão exige (vejam só a latosa do roto a cuspir no esfarrapado) que a Grécia tenha que se submeter a uma nova dose de austeridade? Não é difícil de perceber que se o governo grego conseguir vencer este braço-de-ferro, o governo de Passos Coelho cai por terra definitivamente. E atrás dele, muitos outros governos da direita putrefacta por essa Europa fora.

 

Outra curiosidade, para o actual governo português, presidido por Cavaco Silva, a culpa da entrada da troika em Portugal é da exclusiva responsabilidade do anterior governo. Já na Grécia, a culpa é do Syrisa, que acabou de chegar…

 

Cada vez que ouço estes boçais que nos governam, sinto-me grego.

Portas e Frasquilho a enfrascar

Paulo Portas, o vice-primeiro-ministro, não perde uma oportunidade para andar de cu tremido. Ele é mais conhecido por ser o Paulinho das feiras nacionais, aquelas onde se caça votos. Contudo, o Paulinho é também das feiras internacionais, e essas dão muito mais gozo. Quem não gostaria de passear por este mundo, com todo o luxo garantido e sem despender um cêntimo?

 

O Paulinho é vice-primeiro-ministro, mas continua a exercer o cargo de ministro dos negócios estrangeiros, talvez porque essa condição lhe seja irrevogável... Por falar em negócios estrangeiros, alguém sabe dizer onde para o Rui Machete? Já morreu e ninguém deu conta disso?

 

A mais recente paragem da comitiva foi em Bordéus (terra de boa pinga), numa das maiores feiras inernacionais de vinho - a Vinexpo. O vice fez-se acompanhar pelo secretário de estado da agricultura, pelo presidente da Aicep (Miguel Frasquilho) e muitos outros habituais presentes das pândegas. Pelo que vi e ouvi, o Paulinho das feiras já deveria ter emborcado para lá da conta e o Frasquilho, bem, a julgar pela cara de borrachão, só poderia estar completamente enfrascado. E foi mais ou menos assim a farra! O Portas cambaleava, as câmaras tentavam segui-lo, o Frasquilho ria-se e Portas agradecia ao deus Baco por se manter sóbrio. 

SNS em morte lenta

Está a passar-se algo de muito grave em Portugal. Algo que é suficientemente plausível de originar um revolução que eliminasse o bando de criminosos que governam este país. Sim. Criminosos! Criminosos e mentirosos!

 

O maior crime deste governo (porque são vários) é o cerrado ataque ao Serviço Nacional de Saúde. Este é o mais preocupante! Já no início deste ano escrevi aqui sobre o assunto (ver Somos todos pelo SNS?). O que tem vindo a acontecer é um autêntico assassinato do SNS. Trata-se de uma estratégia lenta (para não exaltar demasiado as hostes), mas com uma eficácia letal. O tempo da gripe severa já lá vai, mas o caos nas urgências continua, só não passa na televisão, que agora se encontram mais ocupadas com a venda da TAP (outro assassinato), o Jorge Jesus, o Rui Vitória, etc. Mas quem passa pelos hospitais públicos pode facilmente constatar os excessivos tempos de espera, a falta de pessoal médico, de camas, de pessoal auxiliar, de medicamentos, enfim, o habitual desde que este governo encetou a sua nojenta estratégia de liquidação do SNS.

 

Recordemos que nunca os utentes pagaram tanto de taxas moderadoras como agora, nunca se descontou tanto como agora, nunca se cortou tanto nos apoios sociais como agora e, no entanto, há cada vez mais pessoas sem dinheiro para comprar os medicamentos necessários para a sobrevivência e a rede de cuidados continuados serve para muito pouco, porque este governo quer que assim seja

 

E hoje, aquele boçal do secretário de estado da saúde veio dizer que não houve impacto negativo das políticas deste governo no sector da saúde. Ainda se atreve a dizer que as coisas melhoraram. Isto é chacotear os portugueses! Já o ministro da saúde havia dito recentemente que não houve cortes cegos na saúde, que afirmar isso é uma tolice. Claro que é! Os cortes efectuados não têm nada de cegos. Foram e são cortes cirurgicamente incisivos, tal como planeado. Isto é trabalho de mercenários que enxergam muito bem e que nunca erram o alvo.

 

O ministro da Segurança Social também disse hoje que a "lista de doenças" vai deixar de existir. Estamos a falar de doenças altamente incapacitantes, que o ministro entende não bastar a pessoa ter uma doença incapacitante, é preciso demonstrar (aos deles) que está incapacitado. Ou seja, uma pessoa pode ter um cancro ou uma doença degenerativa que isso não significa que vá ter qualquer apoio dos Estado, só se for "realmente" incapacitante. E quem vai avaliar a incapacidade? Alguém que será instruído e coagido a cumprir a estratégia deste governo. O ministro da lambreta e o seu governo devem achar que incapacitante é quando alguém deixa de respirar. Isto é mais um crime!

 

O ministro devia também implementar o contrário, isto é, se por um lado entende que não basta ter uma doença incapacitante para ser-se considerado incapacitado, também não deveria ser exigido provar-se que se tem uma doença incapacitante para ser considerado incapacitado, porque existem muitos incapacitados sem doença diagnosticada. Neste caso, Mota Soares receberia uma fortuna em apoios do Estado. Muito mais do que já recebe... o Audi de 80 mil euros que nós lhe oferecemos não seria nada comparado com o que teria direito.

 

A verdade é que continuam a morrer milhares de pessoas por falta de apoios sociais e cuidados de saúde. Repito! Morrem muitas pessoas em Portugal por culpa das políticas deste governo. Tudo isto num país que "está no caminho certo", que "está a crescer", que "tem os cofres cheios". Não é isto que nos tentam vender?

 

Este governo é assassino e mentiroso! Chateia-me profundamente que nada aconteça para pôr termo a estes malandros!

 

 

De Cavaco ao comandante da TAP

Como seria interessante para os portugueses poder aceder ao conteúdo das conversações telefónicas (e presidenciais, perdão, presenciais) ocorridas nas últimas semanas, entre Cavaco, Passos Coelho, Pires de Lima (enviado especial de Paulo Portas), Sérgio Monteiro, Neeleman, o barraqueiro e o comandante.

 

Em todas as quadrilhas existe o chamado cabecilha, os estrategas, o pajem dos estrategas, os pajens do pajem, o agente infiltrado e o agente provocador.

 

A teia foi muito bem montada. O cabecilha é o maior especialista em negociatas e privatizações, os quadrilheiros têm larga experiência no ramo. Os pajens são seviçalmente dedicados. E os agentes são letalmente corrosivos. Nada poderia falhar.

 

Cavaco já se apressou a bolçar, entre duas uvas passas, três pinhões e uma casca de laranja cristalizada, que se sente aliviado com a privatização da TAP. Eu é que não queria estar perto do indivíduo, quando este se aliviou... Nem nunca!

Barracada na TAP

Na última reunião do Conselho de Ministros, o governo da maioria (PPD/CDS), aprovou com louvores e aclamação a "venda" da Transportadora Aérea Portuguesa (TAP). Mas, a verdade é que este governo já havia decido a venda da TAP nestas condições há muito tempo atrás, pelo menos, desde o dia em que tomou posse. A maioria PPD/CDS decidiu logo no ínico da legislatura, arrastar a decisão da venda da TAP para o final do longo e infecto mandato. E porquê? Se era para vender, porque não vendeu logo, quando valia mais e havia mais interessados? Não que eu esteja de acordo com a venda de uma empresa pública e de extrema importância estratégica para o país, longe disso, mas se queriam vender, por que razão arrastaram a decisão para o final do mandato?

 

Obviamente, para criar um clima de indefinição na esféra de actuação da empresa, o que só contribuiu para acentuar a incerteza nos trabalhadores, accionistas e clientes. Pior que isso, o governo deteriorou a sua própria posição de vendedor, enfraquecendo-se deliberadamente perante qualquer (mas não qualquer um) ávido comprador. Em 2013, António Borges (o então consultor do governo para as privatizações) disse que não faltavam interessados na compra da TAP, o que fazia antever um "bom" negócio para o Estado. Mas, como já referi, esse não era o interesse deste governo. Também em 2013, o secretário de estado dos transportes disse que o governo estava muito atento às movimentações do mercado. Vejam bem que até tinham uma equipa de assessores especializados e um consultor super especializado em grande negociatas, mas naquela altura as propostas eram demasiado boas para o Estado, a TAP valia mais do que vale agora e isso dificultava a negociata. O mesmo secretário de estado disse, há bem pouco tempo, que a TAP seria vendida pelo "preço que dessem por ela". Foi o expirrar da fétida estratégia de desbaratação da TAP que este governo tentou sufocar durante anos. O homem não aguentou a pressão e saltou-lhe a tampa. E agora voltou a saltar-lhe a tampa quando disse que o objectivo da venda da TAP não é arrecadar dinheiro para o Estado, mas sim capitalizar a empresa. Ou seja, o governo decide surripiar uma empresa ao Estado (nós) com o objectivo de capitalizar a mesma e não o de aumentar os euros no cofre do Estado, no preciso momento a partir do qual deixa de ter poder de decisão dentro da mesma. Realmente... Viva o capitalismo! Viva o poder totalitário que permite alienar património público em troca de 5 paus, tendo em vista a capitalização de património privado!

 

Que barracada! 

 

Por falar em barracada, o nome Barraqueiro apareceu apenas nos descontos do prolongamento desta perversa negociação. Por que será? Mais, o barraqueiro é o accionista maioritário do consórcio... É realmente espantoso! Há quem diga que se trata de um "testa-de-ferro" do David Neeleman, mas cá para mim ele é mais um "pau-mandado" que deu a cara a uma estratégia de desmantelamento e usurpação de uma bela fatia do património público, fatia essa que há-de render muito a todos os envolvidos na negociata. O futuro dirá.

 

Para terminar, resta-me dizer que sempre achei que a TAP nunca seria vendida (e ainda não foi... calma no Brasil...) pela módica quantia de 10 milhões de euros. Conhecendo bem estes senhores, sempre tive a certeza que o Estado (nós) teria que pagar e bem a quem viesse deitar as manápulas na TAP. Mas foi por pouco! É que segundo as contas deste governo, a TAP valia 45 milhões de euros, mas depois da última e recente greve dos pilotos que, segundo as sempre acertadas contas do governo, causou um prejuízo de 35 milhões de euros na empresa, o valor da TAP quedou-se pelos 10 milhões. Que chatice! Mais 2 ou 3 dias de greve e o governo ainda pagava pela venda, tal como sempre previ. A culpa é do sindicato, pá! Estragaram-me as previsões!

 

O problema é que este governo nunca desaponta as minhas previsões e, por isso, preparem-se senhores contribuintes, porque se esta negociata se concretizar vão ter que pagar, e não será pouco.