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Contrário

oposto | discordante | inverso | reverso | avesso | antagónico | contra | vice-versa

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RAPIDINHA

Diz o gajo que proibiu o exercício da actividade política a vários partidos da oposição e que cancelou a realização de eleições no seu país.

Perguntas para Paulo Rangel

1 - Pode um primeiro-ministro estar sob investigação, estando o PSD/CDS no poder?

2 - Pode um vice-primeiro-ministro estar sob investigação, estando o PSD/CDS no poder?

3 - Pode um presidente da república estar sob investigação, estando o PSD/CDS no poder?

4 - Podem os responsáveis pela roubalheira do BPN (tudo malta alaranjada, a quem o senhor beijou mãos e lambeu botas) continuarem à solta, estando o PSD/CDS no poder?

5 - Pode o "Caso dos Submarinos" ter sido arquivado sem que houvesse julgamento, estando o PSD/CDS no poder?

6 - Pode um ex-banqueiro dono do BPP (banco que tinha nos seus órgãos sociais nomes como Pinto Balsemão, João de Deus Pinheiro, António Nogueira Leite, Rui Machete, tudo malta que o senhor deve conhecer) ser absolvido, estando o PSD/CDS no poder?

7 - Será que o maior banqueiro de quem o senhor fala agora, é o antigo dono do banco que originou a denúncia do "Caso Portucale" e que, se calhar, só por esse motivo está agora a ser investigado, já que um dos principais visados nesse caso é agora um governante?

 

Compreendo que, estando perante a habitual plateia de choninhas da universidade de Verão do PSD, Paulo Rangel (enquanto docente catedrático neste tipo de academias) tenha que fazer um dos seus habituais números de circo. Mas agora que a as lérias já foram todas ditas, faça favor de responder como "gente grande".

 

É claro que compete ao poder judicial dar resposta a estas questões, mas como o senhor Paulo Rangel se revelou um especialista na matéria, gostaria que respondesse com a maior prontidão possível.

A sempre séptica cabeça de Cavaco

A boca de Cavaco Silva já não traquejava há algum tempo, algo que eu já estava a achar muito estranho, já que a sua cabeça séptica ainda se encontra em fase muito produtiva. Mas não foi preciso esperar muito para que Cavaco voltasse aos microfones do país, felizmente, os suportes que permitem o acesso à informação ainda não possibilitam sensações olfactivas a quem as acede.

 

Cavaco voltou a mandar uns bitaites sobre a campanha eleitoral, que na sua opinião está a correr muito bem. Pudera! Alguém sente algum ambiente de campanha ou pré-campanha? E é isso que Cavaco e o seu governo pretende, que não se faça muito alarido e que as coisas permaneçam muito sereninhas até às eleições. A ordem é para não mexer no vespeiro e a comunicação social (sempre isenta) tem cumprido à risca.

 

Ainda durante o seu discurso putrefactório, Cavaco não perdeu a oportunidade para voltar a espetar alfinetes à Grécia, em particular, ao Syrisa. Qualquer presidente de um Estado-membro, mesmo com um nível de dignidade rasante, jamais se atreveria a pronunciar-se sobre a actuação de um governo legitimamente eleito de outro Estado-membro, principalmente nos moldes com que o faz Cavaco Silva. Mas este senhor, que nunca conheceu o significado da palavra dignidade, não tem perdido uma única oportunidade para gozar com as escolhas livres feitas pelo povo grego, tentanto denegrir e inferiorizar as capacidades do Syrisa.

 

E porquê fazê-lo agora? Porque estamos a pouco mais de um mês das eleições legislativas em Portugal. Interessa muito a Cavaco e ao seu governo difamar e desclassificar o governo Syrisa e, automaticamente, colar os partidos portugueses da oposição (PS e partidos de esquerda) ao governo grego, tentanto passar a mensagem de que as alternativas à coligação não são confiáveis, tal como ele considera o Syrisa.

 

Só mesmo as mentes sépticas da Direita para criticar o governo Syrisa. Estes direitolas criticam o Syrisa pelo facto de terem prometido coisas que não puderam realizar, o que não é bem assim. Qualquer pessoa bem informada saberá que o Syrisa conseguiu rectificar em poucos meses, algumas coisas que os partidos da Direita andaram a destruir durante anos. Mas, admitamos que o governo liderado por Tsipras não conseguiu cumprir com o que prometeu e, nesse caso, partindo dos pressupostos doentios dos direitolas portugueses, que moral têm para criticar o Syrisa? Se, hipoteticamente, o Syrisa não cumpriu com o que prometeu, limitou-se apenas a fazer um pouquinho daquilo que o governo de coligação fez em Portugal - não cumprir com uma única promessa e baixar as calças para a troika.

 

Ainda assim, há duas grandes diferenças entre o governo Syrisa e o governo de coligação PSD/CDS. A primeira é que, não tendo podido cumprir com o que prometeu, Tsipras assumiu o fracasso (forçado pelas instituições europeias e troika) e demitiu-se das suas funções, devolvendo a palavra ao povo. Já a coligação PSD/CDS, tendo mentido de modo desavergonhado aos portugueses, não foi capaz de ter a mesma nobreza de carácter, mantendo-se agarrados ao poder com o apadrinhamento do fidalgo do Palácio de Belém. A segunda diferença é que, mesmo após o que se está a passar na Grécia, o Syrisa continua a liderar nas intenções de voto, já em Portugal a coligação não descola do segundo lugar.

 

A procissão da campanha eleitoral ainda vai no adro, mas Cavaco já lhe tomou as rédeas. E continuará a orquestrar a campanha do seu governo, tal com tem feito de forma exemplar nos últimos quatro anos. A menos que alguma cagarra lhe dê umas valentes bicadas na tola. Abençoada seja!

 

 

 

 

A crise na China é culpa do Sócrates

Tenho estranhado o facto de nenhum direitolas ainda ter afirmado que a crise na China é culpa do Sócrates, mas não deve tardar muito a acontecer. Assim que a crise chinesa cause algum efeito negativo na economia portuguesa, não vão faltar cucos da Direita a relacionar a hecatombe com José Sócrates.

 

Até parece que já estou a ouvir um Marco António Costa ou um Nuno Melo qualquer a conjecturar algo do género:

 

O défice público em Portugal aumentou, porque não foi possível vender aos chineses da Anbang o Novo Banco por um valor interessante, que permitisse ao Estado português reembolsar o empréstimo de 3.900 milhões de euros que o governo PSD/CDS resolveu conceder ao Novo Banco. Mas é importante recordar que o Novo Banco (o banco bom) foi criado pelo Banco de Portugal, cujo governador é Carlos Costa e que foi nomeado para esta função em 2010, pelo governo de José Sócrates. E o BES caiu por culpa do Sócrates; E o Novo Banco foi criado por culpa do Sócrates; E os 3.900 milhões que lá metemos foi culpa do Sócrates; E o crash na Bolsa Chinesa é culpa do Novo Banco, que está a exigir à Anbang que suba a parada, por causa do reembolso do capital público que o nosso governo teve que injectar no banco, e tudo isto por culpa do Sócrates.

 

Portanto, estará perfeitamente estabelecida a correlação entre a crise chinesa e José Sócrates, pelo prisma de um qualquer direitolas nacional.

Cá se fazem, lá se pagam!

Eu sabia que voltaria aqui para escrever sobre o Sporting muito antes daquilo que se esperaria. Começou a arder a casa do leão. O Sporting não foi capaz de ultrapassar o CSKA, no play-off de acesso à Liga dos Campeões. Portanto, 14 milhões de euros que ficaram por encaixar no imediato e, acima de tudo, mais um ano fora da principal competição de clubes de futebol - a milionária Champions.

 

A mim não me espantou nada. Sempre considerei que o Sporting não teria capacidade para eliminar o CSKA. O que me espanta é a reacção dos dirigentes leoninos, na pessoa do presidente do clube, muito irritado com o facto de ver o Sporting fora da Liga dos Campeões. Se era sua intenção atacar a Champions, então escolheu mal o treinador, já que este é um grande especialista na Liga Europa, onde o Sporting se encontra agora... e bem.

 

Vi também Bruno de Carvalho muito exaltado com a arbitragem, reclamando que o Sporting foi muito prejudicado neste play-off e, ao que parece, sente-se em condições para dar lições de competência e honestidade à UEFA. Pois é! Bruno de Carvalho ainda não percebeu que o seu Sporting é o Tondela da Europa. E agora está a sentir na pele aquilo que o Tondela sentiu na primeira jornada do nosso campeonato. Nessa altura, Bruno de Carvalho não quis reclamar, nem dar lições de competência.

 

O karma é mesmo uma coisa lixada! Cá se fazem, cá (neste caso, lá) se pagam!

Quem acredita que Portas quer mesmo ir aos debates?

Será que alguém acredita que Paulo Portas quer mesmo marcar presença nos debates? Alguém, no seu perfeito juizo, crê que este bandalho deseja o confronto directo com os seus opositores políticos. Alguma alma pura e inocente consegue ainda acreditar em qualquer coisa que saia da boca de Portas?

 

Depois de tantas que já fez , a resposta deveria ser um enorme NÃO!

 

O que pretende Portas, então? Paulo Portas quer sempre o contrário daquilo que diz. Vejamos:

 

- Portas diz que gosta das feiras e do povo, mas na verdade ele detesta, ele não suporta ter que conviver com aquela gente mal-ajambrada, malcheirosa e que nem sequer tem dinheiro para pintar os dentes.

- Portas diz que se preocupa muito com os reformados, mas mal pode, usurpa-lhes as reformas.

- Portas demite-se irrevogavelmente, quando apenas pretende subir de posto.

- Portas classifica Passos Coelho de irresponsável, mas mantém o seu apoio ao seu governo.

- Portas afirma que não tem confiança na ministra das finanças, mas em troca de um lugar de "vice" já aceita qualquer coisa, até mesmo beijos e abraços da dita-cuja.

- Portas diz que quer estar nos debates, mas na verdade o que ele quer é estar longe de qualquer debate. Por agora interessa-lhe manter a malta entretida a discutir coisas que não interessam para nada, como os cartazes e a sua presença/ausência nos debates.

 

Agora, até diz que se sente encantado por ter a Heloísa Apolónia a debater consigo. Ele sente-se é tremendamente aliviado por não ter que enfrentar o Jerónimo de Sousa, de quem levaria um banho de humildade, dignidade e sabedoria política.

 

Ainda assim, é bom que se prepare, porque a Heloísa Apolónia chega e sobra para o deitar abaixo. Isto se houver debate...

Alguém sabe o nome da ministra da administração interna?

Aaah! Não vale googlar.

Ok, podem googlar, eu também o fiz. Chama-se Anabela Miranda Rodrigues e ocupa o cargo desde Novembro do ano passado. É estranho porque, pelo menos nesta altura, o seu nome deveria ser correntemente falado, já que estamos na época de incêndios e também no período próximo a um acto eleitoral. E também porque as polícias andam em protesto e greves, mas poucas vezes se escuta o nome da ministra.

 

Ao contrário do seu antecessor, a ministra aparece pouco, tem um estilo "low profile" o que, se calhar, até é algo positivo. Já Miguel Macedo adorava as luzes da ribalta, o brilho das objectivas e o dourado das coisas. Perito na arte do revestimento a folha dourada, o ex-ministro demitiu-se (em Novembro de 2014) por se sentir um homem honrado, contudo não teve a hombridade de renunciar ao tacho de deputado. Quem tem o bom nome e a integridade posta em causa não deveria servir para ocupar o lugar de ministro, bem como o lugar de deputado. Ou já é oficial (publicado em Diário da República) que para se ser deputado não é necessário ser-se impoluto?

 

Mas há uma coisa que me intriga, será impressão minha ou a ministra sofre de algum tipo de perturbação? Quando a observo nas suas poucas aparições públicas, a senhora tem sempre o ar de quem está deslocada, perdida no tempo e no espaço.

As empresas públicas são de quem as apanhar

"As empresas públicas são de quem as apanhar", poderia ser o slogan de um qualquer cartaz da coligação PSD/CDS. E não seria mentira nenhuma.

 

Já muitos se aperceberam que este governo tem um fetiche especial por privatizações, que o diga Sérgio Monteiro, o recordista nacional de privatizações à boca das urnas. A sua última manobra de destruição da "coisa pública" passa por privatizar a STCP e a Metro do Porto. A primeira tentativa de privatização destas duas entidades, que passou pela abertura de concurso público onde apenas uma empresa apresentou proposta saiu gorada, já que a única empresa interessada desisitiu na hora de garantir os seus direitos. 

 

Ora, como já não há tempo para abrir novo concurso público, o governo decidiu privatizar por ajuste directo com convite a diversas entidades. Hum! Esta coisa dos ajustes directos cheira-me sempre a intrujice. Quando um governante adjudica algo por ajuste directo, ninguém me tira da ideia que é algo do tipo "este negóciozinho era mesmo bom ali para o meu amigo", por mais explicações trapalhonas que tentem dar.

 

Hoje ouvi o secretário de estado dos transportes e mais não sei o quê, dizer que este "ajuste directo" respeita todas as regras de um concurso público internacional, excepto a questão relacionada com o prazo, que em vez de ser 50 dias passa para apenas 12. Que brincalhão este senhor secretário de estado!

 

Tudo isto à revelia da vontade das empresas envolvidas (administração e trabalhadores), dos municípios e das populações. Mas este governo tem um plano em marcha que irá avançar contra tudo e todos, como sempre. E se não os pararem a 4 de Outubro, o regalório vai continuar até que nada reste.

 

E, neste caso concreto, se nenhuma das entidades "convidadas" aceitar o ajuste directo, o governo passará ao "Plano C", que será atirar as concessões ao ar e quem as apanhar é dono (tudo isto feito em ambiente privado e só para convidados de honra).

 

P.S. Escusado será dizer que, caso os privados não tenham os lucros esperados com as concessões, o governo garantirá que será o Estado (o Zé Povinho) a cobrir essa "perda de ganhos".

Mais poeira para os olhos

Passos Coelho e a sua tropilha de malfeitores, há não muito tempo atrás, afirmavam com toda a veemência que "Portugal não é a Grécia", que não havia razões para estabelecer paralelismos. 

 

Agora, Marco António Costa (vice do PSD) mostra-se muito confrangido com o facto de António Costa "aparentemente" não querer abordar o tema da Grécia e do Syrisa. Ora, se Portugal não era a Grécia há umas semanas atrás, tenho para mim que continua a não ser. Por que razão Marco António Costa deseja tanto que o PS e o seu secretário-geral se pronuncie sobre a Grécia, neste momento? Estará agora mais interessado em discutir a situação da Grécia do que a de Portugal?

 

Deve ser isso...

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