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Contrário

oposto | discordante | inverso | reverso | avesso | antagónico | contra | vice-versa

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RAPIDINHA

E se por acaso se vier a verificar a violação das regras de privacidade europeias, a questão resolve-se de forma muito simples: ALTERAM-SE AS LEIS.

Almoço indigesto

Marcelo Rebelo de Sousa convidou Passos Coelho para um almoço, esta Quinta-feira em Belém. A relação entre os dois há muito que se encontra aziumada, pelo que se supõe que este almoço tenha sido algo indigesto, pelo menos para um deles.

 

A Presidência não autorizou a captação de imagens desse almoço, pelo que não me resta outra opção que não seja conjecturar sobre esse momento.

 

Supõe-se que o almoço tenha decorrido no terraço do Palácio de Belém, onde o “cata-vento” tem melhores condições para funcionar e onde eventuais desagradáveis ventosidades podem tomar o rumo certo sem causar constrangimentos adicionais. Em ambiente fechado o ar poderia tornar-se irrespirável e como está um solinho bonito, não tenho dúvidas que a coisa deu-se mesmo no terraço.

 

Na entrada foi servido mexelhão gigante com rodelas de laranja do Algarve, fatiadas fininhas. Consta que foi necessário chamar a guarda de honra do palácio para decidir a quem coube o maior mexelhão. Como prato principal foi servido coelho frito (requentado), algo compreensível se considerarmos que o Presidente acabou de promulgar a lei que reduz as subvenções do Estado aos partidos e, como se viu há poucos dias, o Presidente é a favor do não desperdício de alimentos e do movimento “re-food” (aproveitar para alimentar). A sobremesa foi uma “obra” confeccionada pelo próprio Passos Coelho, ao abrigo do mesmo conceito de “aproveitar para alimentar”. Num gesto de cortesia e agradecimento para com o Presidente Marcelo, Passos levou um majestoso tronco de Natal que, como é sabido, costuma ter mais saída depois dos excessos natalícios.

 

Mesmo no final do almoço, num gesto de boa vontade para o futuro da relação entre ambos, o Presidente Marcelo encerrou o encontro com doze passas e um espumante nacional. A cada passa, um pequeno trago de espumante e uma resolução de Ano-Novo.

 

Passa 1

Marcelo: Que o novo ano traga muita saúde.

Passa 2

Passos: Que traga apenas saúde. “Muita” é um exagero Presidente, o país não tem condições para isso.

Passa 3

Marcelo: Que em 2017 haja mais emprego para os portugueses.

Passa 4

Passos: Sim, mais emprego para os portugueses, mas lá fora no estrangeiro como sempre defendi.

Passa 5

Marcelo: Que 2017 tenha menos défice.

Passa 6

Passos (engasgado): Ou não… - disse enquanto emborcava dois valentes tragos de espumante.

Passa 7

Marcelo: Que o novo ano traga mais crescimento económico.

Passa 8

Passos: Vou andando, Presidente…

Passa 9

Marcelo: Espera! Espera! Ainda falta… Que em 2017 o PSD tenha uma liderança mais forte.

Passa 10

Passos: Mas… Presidente… Eu tenciono liderar o PSD em 2017…

Passa 11

Marcelo: Uma passa e um brinde a isso!

Passa 12

Passos: Mas…

Marcelo (interrompe): Nem mas nem meio mas, ou começas a concordar comigo ou passas à história. Percebeste Passos? Passas à história… ehehehe… que rica passa esta hein?

All Together Now

Há alturas em que uma canção não nos sai da cabeça, o que por vezes se torna extremamente irritante. Não vou citar nenhum desses exemplos pois não quero correr o risco de contaminar as mentes. Mas agora, felizmente, não é esse o caso. Ultimamente tenho andado com a canção All Together Now da banda The Farm às voltas na minha cabeça, apesar de já não me lembrar quando foi a última vez que a ouvi. Há muito tempo, certamente.

 

Incrível como uma canção consegue vir lá do ano 1990 e atingir-me com aquela agradável nostalgia repleta de memórias e, simultaneamente deixar um lembrete para a actualidade. Apesar de não ser um tema natalício dos mais óbvios, não deixa de ser uma canção alusiva ao Natal, e por isso veio até mim na altura certa.

 

As boas canções são assim, podem andar desaparecidas durante décadas, mas quando regressam fazem-nos sentir em casa.

 

Aqui fica para quem quiser imbuir-se do espírito.

 

 

Animais são seres sensíveis

Em Maio deste ano escrevi um texto intitulado “Animais não são coisas”. Nunca considerei os animais como coisas, como objectos. Para mim os animais são isso mesmo, animais, e merecem todo o meu respeito.

 

Hoje, finalmente, a Assembleia da República (ou parte dela) conseguiu dar um pequeno, mas importante passo no âmbito da legislação animal. Em termos legais, os animais deixam de ser “objectos” e passam a ser designados como “seres sensíveis”. Infelizmente, ainda não foi possível produzir as alterações necessárias ao enquadramento legal dos maus-tratos sobre animais. PS, BE e PAN pretendiam o agravamento das penas, mas PSD, CDS e (pasmem-se ou não) o PCP não permitiram que se alterasse também o Código Penal.

 

Eu gostaria de desafiar o PCP a justificar o seu sentido de voto. Refiro-me concretamente ao PCP, porque é o partido que costuma apontar o dedo aos grandes grupos económicos e aos lobbies que minam as decisões políticas. Em relação aos outros dois (PSD e CDS) é mais do mesmo, não seria de esperar outra coisa.

 

De qualquer forma, o primeiro passo está dado. Esperemos que em breve a Assembleia da República esteja em condições de avançar um pouco mais.

 

Christine à Lagardère

Christine Lagarde, directora do FMI, foi condenada pelo Tribunal de Justiça da República por ter agido com negligência e permitido o desvio de dinheiros públicos, enquanto ministra da economia francesa. Em causa estão mais de 400 milhões de euros que o Estado francês foi obrigado a pagar ao mal-afamado empresário Bernard Tapie (amigo de Sarkozy), isto em 2008. A senhora Lagarde, que na altura era ministra da economia decidiu não recorrer da decisão altamente penalizadora para o erário público. Em 2015, a justiça francesa decidiu que Tapie teria que devolver todo o dinheiro que indevidamente recebeu. Agora, porque estas coisas demoram, ficou provado que a senhora Lagarde actuou de forma negligente, contudo não lhe foi aplicada qualquer sanção pelos actos praticados.

 

Que a justiça francesa não queira penalizar a senhora ex-ministra por ter gerido à Lagardère os dinheiros públicos eu até entendo, apesar de achar que ficaria bem uma sentença que a impedisse de voltar a desempenhar cargos públicos naquele país, no mínimo. Mas isso é lá com eles.

 

Agora, espanta-me que o FMI – essa instituição de renome – ainda mantenha esta senhora em funções. Se calhar é porque este tipo de actuação no exercício de cargos públicos confere currículo (e dos bons) para servir o FMI.

 

A senhora Lagarde aprecia pavonear-se pelos corredores do poder, com o cajado da austeridade numa mão, enquanto a outra carrega sempre uma mala de dinheiro muito caro, proveniente dos santificados mercados. Gostaria de destacar uma frase proferida pela senhora Lagarde, enquanto directora do FMI, que dizia algo do tipo “eu ajudo os governos a tomar melhores decisões, a prosperar e criar emprego”. Sendo que a receita é sempre a mesma: austeridade e uma mala de dinheiro muito caro que, invariavelmente resulta no escandaloso aumento de impostos que os povos têm que suportar, sendo que o dinheiro costuma servir para "salvar" bancos. Prosperidade e emprego são artifícios para entreter. Todos se lembram também do dia em que esta mesma senhora afirmou que “o povo grego tem que pagar os seus impostos” e, no entanto, é a mesma pessoa que recebe um salário milionário e livre de impostos.

 

Inflexível com os frágeis enquanto representante dos mercados, conivente com os magnatas trafulhas enquanto governante. Esta senhora é uma fraude, uma mentira, tal como a instituição que dirige e representa. 

 

 

Vou tentar não falar no RAP

O RAP lançou um livro novo. Pronto. Começo bem. Não queria falar e já falei, no RAP (Ricardo Araújo Pereira). Em abono da verdade, até porque eu nunca minto, é meu dever salientar que ainda não li o livro. Gostava muito de o ler mas não o encontro em lado nenhum. Se alguém souber para onde ele – o RAP – o lançou, agradeço que me informe.

 

Desde que o livro foi lançado que não se fala de outra coisa que não seja o RAP. Que fique claro que não lhe estou a chamar coisa, era o que faltava. E estou certo que se ele passasse os olhos neste texto não me interpretaria mal, nem iria pensar que é uma coisa, ele, o RAP. Chiça! Já disse cinco vezes o nome do rapaz. Ou será melhor escrever homem? Ou indivíduo do sexo masculino? Macho? Esta coisa da escolha das palavras certas é uma seca… Nunca se sabe quando alguém se vai sentir ofendido. Merda para a gramática! Se calhar também não é de bom-tom escrever a palavra “merda”, não vá alguém achar que estou a referir-me à sua pessoa.

 

Irra! A culpa desta desordem linguística é do RAP. O RAP criou um problema ao léxico português, muito pior que o último acordo ortográfico. A partir de agora não poderei dizer nem escrever nada sem pensar duas vezes, não vá estar a ferir as susceptibilidades de alguém. Defendo desde já um referendo ao RAP. Ele não tinha nada que desenterrar aquele tesourinho sobre “o coxo, o marreco e o mariconço”. Esse tesourinho já tem mais de 10 anos, mas só agora causou incómodo. Porquê? Porque há 10 anos ninguém sabia quem era o RAP e agora todos o conhecem. Note-se que ele até já foi ao “Alta Definição”, o que significa que se trata de alguém realmente importante. É uma verdadeira estrela o rapaz. Ou o homem. Ou o indivíduo do sexo masculino. O macho, talvez.

 

Adiante. As redes sociais incendiaram-se, foram resmas de blogueiros e comentadores a escrever sobre o assunto (mas qual assunto?), e aos mariconços saltou-se-lhes a tampa. Esperem lá… Eu não estou certo que os mariconços tenham tampa. E se têm não faço a mínima ideia em que sítio, por isso não venham para aqui conjecturar hipóteses. Curiosamente, ainda não se ouviu nenhum coxo, anão ou marreco a reclamar de eventuais achincalhamentos.

 

Algures por aí, alguém dizia que quando ouvia a palavra "maricas" achava que era para ele, vá se lá saber porquê. Talvez pela mesma razão que levou Cavaco a pensar que era para ele, quando se ouviu alguém na multidão a gritar: "Vai trabalhar malandro...".

 

RAP já desenvolveu um manancial de rábulas sobre quase todos os assuntos possíveis e imaginários. Umas melhores que outras, como é normal em profissionais de todas as áreas. Contudo, ninguém diria que um pequeno e inverosímil comentário sobre uma velhinha rábula, feito pelo próprio autor, conseguisse pôr a sociedade em polvorosa. Dos “direitolas” aos “esquerdalhos”, dos machos latinos aos mariconços, dos genuinamente broncos aos falsos intelectuais, ninguém quis ficar de fora da fogueira. O RAP agradece a todos, seguramente.

 

E eu que disse que ia tentar não falar no RAP, acabei por não fazer outra coisa. Bolas! (mas umas senhoras bolas, e não dessas bolinhas mariconças). Limitei-me a escrever um conjunto de frases desarticuladas, que não acrescentam nada ao assunto (mas qual assunto?!) e apenas contribuí para propagandear o novo livro do RAP (como se ele necessitasse da minha ajuda). O que é que eu hei-de fazer? O gajo é bom, pá! Não poderia ter conseguido melhor estratégia de vendas. Mas eu ando a comer gelados com a testa? O que tu queres sei eu

 

P.S. Esperem lá! Eu disse que o gajo era bom, mas em termos profissionais, que fique bem claro. Eu não sou nenhum mariconço.

Se há suspeita investigue-se? Não, que se investigue sempre.

A propósito do mais recente escândalo de corrupção no sector da saúde, sou obrigado a afirmar que se deve investigar todos os negócios neste sector. Como é sabido, as contas da saúde em Portugal estão sempre em situação crítica. Os políticos fazem cortes constantes, diminuindo a capacidade e a qualidade da assistência aos cidadãos. A verdade é que ninguém fiscaliza as negociatas que se fazem na saúde e quando surge uma suspeita, ouvimos altos responsáveis políticos dizerem “se há suspeita que se investigue”.

 

Ou seja, se não houver suspeita siga para bingo, tal como acontece na maioria dos casos, e tal como aconteceu com este caso em particular, pelo menos até hoje. Não! Investigue-se sempre. Todos os contratos entre entidades públicas e privadas deveriam ser SEMPRE passados a pente fino. O Estado Português “esbanja” muitos milhões todos os anos, em contratos firmados por gestores e administradores públicos que são altamente lesivos ao erário público.

 

Há bem pouco tempo rebentou um escândalo no Exército, em que se verificou a existência de contratos brutalmente inflacionados. Isto passa-se em todas as áreas do sector público (e privado, mas isso pouco importa agora), em especial no sector da saúde, onde o "inchaço" costuma ser maior.

 

O Ministério Público tem o dever de investigar, é verdade, mas as entidades governativas têm a obrigação de zelar pelo interesse público e garantir que todas as decisões tomadas pelas pessoas responsáveis (quase sempre designadas pelo poder político) não são prejudiciais ao Estado.

 

Investiguem a sério. Passem a pente fino todos, mas mesmo todos os contratos estabelecidos entre entidades públicas e fornecedores privados de bens e serviços e verão que aquilo que se descobriu agora é apenas uma gota no oceano.

 

 

Este PSD é de partir a “Caixa” a rir

O PSD, maior partido da oposição, tem usado a Caixa Geral de Depósitos como predilecto e único assunto com o qual pretende fazer oposição ao actual governo.

 

O partido de Passos Coelho esteve no poder durante quatro anos, com maioria absoluta, e em relação aos problemas da CGD limitou-se a empurrar com a barriga e a varrer para debaixo do tapete. Agora, encontram-se inexplicavelmente agarrados à Caixa, tão agarrados que acabaram por parti-la e, a cada dia que passa,  a CGD é uma verdadeira Caixa de Pandora para o PSD.

 

Na semana passada, o Tribunal de Contas alertava para a deficiente gestão da CGD no período 2013-2015. Esta semana, ficámos também a saber (aquilo que já se suspeitava), pela Inspecção-Geral de Finanças que o governo de Passos Coelho e Maria Luís Albuquerque escondeu durante seis meses o aumento das imparidades no banco público. O assunto ficou escondido na gaveta até 15 dias antes das eleições legislativas, altura em que o anterior governo decidiu "despachar" os pareceres da IGF.

 

Cúmulo dos cúmulos, o mesmo PSD exige saber em comissão parlamentar de inquérito (que já solicitou com carácter de urgência) a razão pela qual António Domingues abandonou a administração da CGD. Não poderia ser mais patética a realização dessa comissão parlamentar de inquérito. Se imaginação faltar a António Domingues, poderá sempre apontar as baterias para a má gestão e negligente controlo que o anterior governo teve com a CGD. Que raio de legitimidade tem o PSD para questionar seja o que for sobre a Caixa Geral de Depósitos?

 

Querem crucificar Mário Centeno à força toda, mas parece que vão ter que cravar os pregos com a testa e com o bico virado para cima.

 

Cada vez que o PSD abre a Caixa (de Pandora) cai-lhe em cima uma nova desgraça. E não aprendem.

 

Já só dá para rir…

 

Manuais escolares gratuitos, mas muito bem pagos

Sim, vou escrever mais uma vez sobre os manuais escolares. Já aqui me indignei contra a medida que o actual governo implementou, que tem em vista a gratuitidade dos manuais escolares. No ano lectivo em curso, todos os alunos do primeiro ano de escolaridade já usufruem desta medida que tem um custo de cerca de 3 milhões de euros, segundo foi noticiado. Imaginem quanto custará ao Estado a gratuitidade dos manuais escolares para todo o primeiro ciclo, já para não falar quando a medida contemplar todo o ensino obrigatório.

 

Já escrevi e já me indignei com esta medida, sobretudo pelo seu carácter universal. Considero inaceitável que o Estado tenha que suportar o custo dos manuais escolares e outros recursos didácticos de alunos, cujos encarregados de educação não têm dificuldades financeiras. Então, por que razão o governo não impõe a condição de recursos nesta matéria, tal como pretende fazer noutras? Incongruência.

 

Mas, o meu grau de indignação atinge os píncaros da ira quando constato que o governo não negoceia diligentemente com as editoras, as condições de desenvolvimento e produção dos respectivos manuais e outros materiais didácticos e, acima de tudo, o preço dos manuais.

 

Já se percebeu que esta medida vai custar muitos milhões ao Estado. Também todos nós sabemos, porque já andámos na escola e/ou temos alunos ao nosso encargo, que as editoras têm por hábito recorrer a subtis subterfúgios (como mudar uma ou duas imagens, trocar uma página ou um pequeno bloco de texto aqui e ali, etc.) de modo a embair pais e professores, sobretudo os pais (que pagam) e, doravante, também o Estado, cujos governantes até agora apenas observavam de camarote (exceptuando os casos em que o Estado subsidiava a aquisição dos manuais).

 

Portanto, quando ouço falar em manuais gratuitos eu esboço um pálido sorriso, já as editoras riem-se a bandeiras despregadas. Isto é o sonho das editoras - que são sempre as mesmas - ter o Estado a pagar os manuais e recursos didácticos a todos os alunos.

 

Enquanto cidadão português sinto-me no direito de exigir ao governo português que apresente os números deste negócio. E, já agora, gostaria que o governo provasse que não sai mais barato ao Estado português desenvolver e produzir os manuais escolares. Pelo menos, deveria usar esse argumento como forma de baixar significativamente o preço dos manuais junto das editoras. Sim, um governo zeloso pode e deve fazê-lo. Veja-se, o Estado tem ao seu dispor profissionais altamente qualificados para o desenvolvimento e produção dos respectivos manuais e outros recursos (professores, investigadores, etc.) e até o trabalho tipográfico poderia estar nas mãos do Estado ou, no mínimo, muito bem negociado. Porque não o querem fazer?

 

Manuais gratuitos? Não, os manuais continuarão a ser muito bem pagos.

 

Rescaldo da “Champions”

Depois de terminada a última jornada da fase de grupos da Liga dos Campeões, que determinou o destino das equipas portuguesas em prova, apraz-me concluir apenas o seguinte:

 

  1. O Benfica apurou-se para os oitavos-de-final da prova graças à derrota do Besiktas em Kiev, já que, mesmo dependendo de si, o Benfica não foi capaz de vencer o Nápoles na Luz.
  2. O Porto também segue para os oitavos da prova. Depois de uma travessia no deserto dos golos, o FCP goleou o Leicester no Dragão, por 5-0. Convém salientar que o FCP só conseguiu esse resultado porque o Leicester estava a jogar com a equipa de reservas, porque o apuramento (em primeiro lugar no grupo) já estava garantido. Noutras circunstâncias, duvido que o resultado fosse o mesmo.
  3. O Sporting chegou à última jornada sem nenhuma hipótese de continuar na “Champions”, restando-lhe a possibilidade de saltar para a Liga Europa. Para que tal fosse possível, ao Sporting bastaria apenas não perder em Varsóvia, mas perdeu.

 

Os meus avisos aos “três grandes”:

 

- Benfica: Foi a segunda derrota consecutiva e o próximo jogo é frente ao Sporting, para o campeonato. Se voltar a perder (no próximo jogo) será muito grave, não só porque perderá a liderança para o rival de Lisboa, mas sobretudo pelo impacto que três derrotas consecutivas podem deixar numa equipa.

 

- Porto: Finalmente, o Porto conseguiu concretizar, mas o futuro dirá se os golos vieram para ficar. E o futuro é já no próximo Domingo em Santa Maria da Feira. Veremos se o FCP vai conseguir aproveitar a oportunidade de se aproximar dos seus rivais, ou de pelo menos um deles.

 

- Sporting: Bem, em relação à prestação do Sporting na “Champions” eu poderia repetir tudo aquilo que escrevi em Setembro, no fim da segunda jornada da fase de grupos (Ó Jesus desce à Terra!), mas gostaria apenas de salientar aquilo que Jorge Jesus disse no fim da penúltima jornada, quando perdeu com o Real Madrid em Alvalade, Jesus disse que o seu Sporting iria agora lutar pela conquista da Liga Europa. Esqueceu-se que primeiro seria necessário lá entrar. É esta postura negligente e arrogante que me leva a crer que o Sporting vai fazer mais uma época sem ganhar nada, mesmo dizendo que quer ganhar tudo – o habitual. Após a segunda jornada da fase de grupos da Liga dos Campeões (depois de vencer o Légia em casa), Jorge Jesus disse que o Sporting iria colocar o Borussia de Dortmund em sentido e assim seguir para os oitavos da prova. Depois de perder na penúltima jornada, frente ao Real Madrid, Jorge Jesus refez o discurso e apontou as baterias da equipa para a final e conquista da Liga Europa. Ontem, após ter perdido em Varsóvia, Jorge Jesus disse que agora o foco está nas competições nacionais. Será que ainda alguém acredita?

 

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