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Contrário

oposto | discordante | inverso | reverso | avesso | antagónico | contra | vice-versa

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RAPIDINHA

Os empresários estão contra as eleições, porque tinham uma "urgência muito grande" em aumentar - condignamente - os salários dos trabalhadores. Assim, vai ficar para as calendas gregas...

Offshores: Pinóquio dispensado de ir ao Parlamento

Depois de Paulo Núncio (ex-Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais) ter-se comportado de forma deplorável na Comissão de Inquérito aos offshores, com aquela postura de coagida autoflagelação, seguir-se-á a antiga Ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque. Acho muito bem que o Parlamento pretenda saber o que a ex-Ministra tem para dizer sobre o assunto. Maria Luís é conhecida por se comportar exemplarmente em comissões parlamentares, pelo que a sua presença é aguardada com elevada expectativa.

 

Entretanto foi confirmada a dispensa do Pinóquio na ronda de audições no Parlamento. Depois de Núncio e Maria Luís restará muito pouco ou nada para o Pinóquio dizer, pelo que fica desde já dispensado. É justo.

Pergunta simples e directa às mulheres

Hoje celebra-se o Dia Internacional da Mulher. Simultaneamente, também hoje está em curso uma Paralisação Internacional das Mulheres com o objectivo de reivindicar igualdade e o fim da violência de género. Eu sugiro que nesta paralisação as mulheres reivindiquem também o fim do Dia Internacional da Mulher, já que os homens não têm esse "luxo".

 

Apesar de concordar com as reivindicações das mulheres, no que respeita à igualdade de direitos, há poucas coisas mais machistas do que assinalar no calendário um "dia dedicado às mulheres". Gostaria de perguntar a todas as mulheres se concordam com a existência do "Dia Internacional da Mulher".

Resposta a Bento Rodrigues

A propósito da cirurgia cardiotorácica que levou ao implante de um coração artificial numa pessoa, Bento Rodrigues perguntou a José Fragata (responsável pela cirurgia), no Primeiro Jornal da SIC, se um coração artificial é capaz de amar.

 

A pergunta de Bento é tão inquietante que eu fui investigar e soube em primeira mão, por meio de fontes fidedignas que não posso revelar por razões não deontológicas, que a pessoa com coração artificial se encontra de boa saúde e foi vista, durante a tarde de hoje, em ambiente de escaldante romance com um electrocardiógrafo de meia-idade, dentro de uma cabine de Raio-X.

RTP, Júlio Isidro e as profissões

No passado Domingo, Júlio Isidro foi homenageado pelos seus 57 anos ao serviço da RTP, numa altura em que decorria a final do Festival da Canção e se comemorava os 60 anos da televisão pública. Num discurso aparentemente improvisado, Júlio Isidro disse que nunca pensou em "fazer televisão", a profissão que queria era funileiro.

 

Eu acho que um funileiro faz funis, mas Júlio Isidro disse que queria ser funileiro porque sempre gostou de arranjar tachos e panelas, para logo de seguida afirmar (com alívio) que percebeu a tempo que "arranjar tachos e panelas" não era a sua profissão. Pois, cá para mim, o Júlio Isidro arranjou um grande tacho quando entrou na RTP e, desde então, não mais parou nessa hábil e reiterativa tarefa de "produzir tachos e panelas".

 

Ele não sabe, mas na sua acepção de funileiro, Júlio Isidro tem sido um mestre e a RTP uma das maiores funilarias do país. Parabéns RTP.

 

Nuno Melo voltou mas não cucou

O canto do cuco costuma ouvir-se a partir do final de Março, mas Nuno Melo já não aguentava mais. O eurodeputado saiu do ninho para exigir que o actual Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais (Rocha Andrade) informe Bruxelas (lugar onde o deputado do CDS nidifica) sobre a polémica dos offshores. Melo quer saber as datas, montantes, beneficiários, etc. Enquanto o seu governo (PSD/CDS) esteve no poder e o Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais era o seu comparsa de partido, Paulo Núncio (aquele que fechou os olhos à saída de 10 mil milhões do país), Nuno Melo nunca quis saber nada sobre os montantes que eram transferidos para offshores.

 

Será que Nuno Melo também vai exigir que Rocha Andrade explique por que razão Paulo Núncio assinou um despacho que garantia isenções fiscais a determinados grupos económicos? Será que vai exigir a Rocha Andrade que explique a lista VIP, aquela lista restrita a quatro figurões da vida política portuguesa, entre os quais o próprio Paulo Núncio? Para quem não se lembra, os outros três eram Cavaco Silva, Passos Coelho e Paulo Portas. Digam lá se não está aqui uma bela quadrilha para jogar à batota.

 

Por último, será que Nuno Melo também vai exigir a Rocha Andrade que explique as buscas feitas pela Autoridade Tributária e Aduaneira à Secretaria de Estado dos Assuntos Fiscais, por causa dos vistos gold, no tempo de Paulo Núncio?

 

Melo não está minimamente preocupado com a total falta de escrúpulos do ex-Secretário de Estado, ele está habituado a lidar bem com isso. A sua única preocupação está em exigir a Rocha Andrade que explique o imbróglio deixado pelo seu compincha de partido. Só falta exigir a Rocha Andrade que assuma os erros cometidos por Paulo Núncio.

 

Nada me surpreende o facto de Nuno Melo preocupar-se mais com quem detecta erros do que com aqueles que os cometem, já que ele próprio costuma pertencer ao segundo grupo. O que realmente me surpreende é que tenha conseguido articular meia dúzia de frases sem falar em José Sócrates. Isso é que é de espantar.

 

O cuco voltou mas não cucou.

 

 

Afinal Carlos Alexandre tem amigos ricos

Toda a gente se lembra de o super-mega-hiper-juiz Carlos Alexandre ter afirmado numa super-mega-fixe entrevista à SIC, “que não tinha amigos ricos, razão pela qual tinha que viver do seu trabalho”.

 

Pois, como diz o sábio povão, “a mentira tem perna curta” e “que se apanha mais depressa um mentiroso que um coxo”. Sabe-se agora que o super-mega-hiper-impoluto-juiz também tem amigos endinheirados a quem recorre para pedir dinheiro emprestado.

 

Carlos Alexandre recebeu 10 mil euros de um amigo (que é procurador) e que é suspeito de corrupção, branqueamento de capitais, violação do segredo de justiça e falsificação de documentos.

 

Onde é que eu já ouvi esta história?

Fé em milagres que saem do pêlo

No ano passado, a Presidente do Conselho de Finanças Públicas (CFP), Teodora Cardoso, disse que era preciso ter muita fé para que Portugal conseguisse sair do Procedimento por Défice Excessivo (PDE) e reduzir o défice. Agora, que se verificou uma redução do défice de 2016 para 2,1%, Teodora Cardoso diz que foi um milagre e, em mais uma tentativa desesperada de ressuscitar Passos Coelho, voltou a afirmar que "a redução do défice foi conseguida com medidas que não são sustentáveis".

 

Eu até acredito em milagres mas a verdade é que a realidade insiste em contrariar a xô dona Teodora e, tal como disse ontem o Presidente da República, isto não foi nenhum milagre, “saiu do pêlo dos portugueses”.

 

Repito, eu acredito em milagres e a prova disso é que estou a botar toda a minha fé na remota possibilidade de Teodora Cardoso e o seu CFP acertarem uma previsão. Só uma xô dona Teodora.

 

 

Nota: Ao invés de insinuar hipotéticas e absurdas intromissões do Governo no Conselho de Finanças Públicas, Teodora Cardoso deveria apresentar a sua demissão, tal é a sua incompetência. Mas isso seriam milagres a mais.

De joelhos na Casa Branca

Kellyanne Conway é Conselheira na Casa Branca. Corre por aí muita tinta a acusar a madame de ter faltado ao respeito por estar de joelhos num sofá da Sala Oval, que na altura se encontrava repleta de gente. Apesar de Kellyanne Conway aparentar aquele ar descontraído de chefe de prostíbulo, não me parece que tenha sido uma falta de respeito, apenas demonstrou ausência de boas maneiras. Deixem-se de picuinhices. Recorde-se que naquela famosa sala já por lá houve quem andasse de joelhos debaixo da Resolute Desk, e não foi a limpar o pó.