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Contrário

oposto | discordante | inverso | reverso | avesso | antagónico | contra | vice-versa

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RAPIDINHA

Diz o gajo que proibiu o exercício da actividade política a vários partidos da oposição e que cancelou a realização de eleições no seu país.

Quem quer treinar o FCP?

Há uns anos atrás, qualquer treinador português diria que sim, sem pestanejar, a um convite de Pinto da Costa. E não apenas os treinadores portugueses, também muitos estrangeiros desejavam a “cadeira de sonho”, assim apelidada por André Villas-Boas. A cadeira de treinador do FCP até podia ser um sonho, mas Villas-Boas recusou-a mais do que uma vez, primeiro porque lhe apresentaram um projecto mais ambicioso e mais dinheiro, depois foi somente pelo dinheiro.

 

A realidade é que, actualmente, depois de quatro épocas sem ganhar absolutamente nada e, sobretudo, depois de se ter tornado um matadouro de treinadores, o FCP deixou de “apetecer” tanto aos treinadores, mesmo àqueles menos credenciados.

 

O verdadeiro problema do FCP não se reduz ao facto de não ter ganho nada em quatro épocas consecutivas, mas sim ao total desnorte da estrutura directiva do clube. Pinto da Costa tem-se mostrado um presidente sem garra, sem fôlego e ninguém o pode culpar por já não ter a mesma clarividência. Contudo, cabe a si rodear-se de pessoas competentes que o auxiliem na tomada de decisões, algo que não tem acontecido, muito pelo contrário. O FCP de hoje (e dos últimos anos) está entregue a gente incompetente e refém das suas inaptidões e falta de idoneidade. Talvez já só reste a Pinto da Costa fazer um último grande favor ao FCP, sair e levar com ele toda a tralha que acumulou ao seu redor nestes últimos tempos.

 

É essencialmente por isso que o clube perdeu a mística dos melhores tempos. E todos os anos é o mesmo flagelo. Assim que termina mais uma época, o FCP vai à procura de um novo treinador, e o filme é sempre o mesmo. Nomes e mais nomes. Convites e mais convites (a maioria recusados) e o desfecho é o que já se sabe, acabará por vir parar à “cadeira de sonho” a décima sétima escolha que, invariavelmente, terá o mesmo desditoso desenlace.

 

Aguarda-se com expectativa que Pinto da Costa anuncie o nome daquele que, muito ponderadamente aceitará o desafio. O que começa mal dificilmente acabará bem.

Mourinho invicto

Mais uma final europeia, mais uma vitória. José Mourinho continua a ser um treinador invicto, no que a finais europeias diz respeito. Venceu a Taça UEFA em 2003 e a Liga dos Campeões em 2004, ambas ao serviço do FC Porto. Em 2010 voltou a vencer a Liga dos Campeões ao serviço do Inter de Milão. E ontem conquistou a Liga Europa para os 'red devils' de Manchester. 

 

As finais nunca são fáceis e, tal como diz Mourinho, são para ganhar independentemente das circunstâncias. Em relação à final de ontem pode-se dizer que não foi muito bem jogada, mas também se pode concluir que Mourinho voltou a vencer e, desta vez, com uma equipa de mancos, literalmente.

BPN: então e o Dias Loureiro?

Está marcada para hoje a leitura do acórdão do processo principal do BPN. Pelo que temos assistido em situações análogas não é de esperar grandes surpresas, até porque essas ficaram de fora do processo.

 

Uma das grandes surpresas a que me refiro foi o facto de Dias Loureiro não ter sido acusado de nada. Daí que a grande pergunta que quase toda a gente faz é: Por que razão Dias Loureiro não foi acusado?

 

São conhecidas pelo menos 147.500 razões que, por sua vez, perfilharam mais 209.400 razões. O facto de Dias Loureiro ter sido secretário-geral do PSD enquanto outra razão era Presidente do mesmo, também deve ter contribuído. Dias Loureiro também foi ministro no governo dessa bela razão. Dias Loureiro foi ainda um dos arquitectos da campanha eleitoral para as Presidenciais da maior razão e, pouco depois, tornou-se Conselheiro de Estado enquanto a razão tentava presidir à nação.

 

Há ainda, pelo menos, uma aldeia repleta de luxuosos lotes de razões, que fica lá para os lados da Coelha e que eventualmente safaram Dias Loureiro da acusação.

 

E por último, não nos podemos esquecer das inúmeras contas offshores espalhadas um pouco por todo o mundo, que encavacariam muitos bons nomes, mas para isso era preciso que fosse produzida acusação a Dias Loureiro e que ele cuspisse tudo. Algo que não aconteceu.

 

Em Portugal é assim. Há dias bons e há dias loureiros. Cheira-me que hoje é mais um dia loureiro para a justiça portuguesa.

 

Pinto da Costa, allez!

O cântico costumava ouvir-se nos jogos do Porto. As claques davam o mote e logo todo o estádio cantava em uníssono “Pinto da Costa, allez!”. Mas isso foi noutros tempos, há muito que este latejado cântico deixou de se ouvir. Há muito que o Porto não ganha. Há muito que Pinto da Costa deveria ter seguido o seu caminho.

 

Não se pode esquecer tudo aquilo que Pinto da Costa já conseguiu à frente do clube, foram muitas vitórias, muitos títulos, muito mais do que qualquer outro dirigente conseguiu em qualquer parte do mundo. Não se lhe pode desmerecer o seu trabalho, ainda que muito bem pago.

 

Mas, como referi, Pinto da Costa deveria ter seguido o seu caminho que, como já se percebeu não é mais o de liderar o Futebol Clube do Porto. Pinto da Costa está esgotado, perdeu o faro das boas contratações de jogadores e treinadores. Perdeu a sensibilidade para escolher pessoas competentes para o auxiliar nessa árdua tarefa de liderar uma grande instituição, como é o FCP. Perdeu, sobretudo, a gana de vencer.

 

Desculpas e mais desculpas é o que tem apresentado para justificar a falta de títulos. Na maioria dos casos, trata-se de desculpas infundadas ou, quando merecedoras de algum fundamento, são apenas acessórias. Ora a culpa é dos treinadores que, quando contratados e escolhidos por ele próprio, passam de melhor a pior do mundo. Ora é dos jogadores, também contratados e escolhidos por si (na maioria dos casos) e nem vou falar (mas já falando) nalguns tremendos flops que muito deram a ganhar a algumas pessoas, entre os quais o seu filho Alexandre. E, claro, a culpa é também dos árbitros e do… Salazar.

 

Senhor Pinto da Costa, faça o favor de não arrastar a grande instituição Futebol Clube do Porto para patamares embodegados. O clube tem uma enorme e bela reputação a defender, da qual o senhor foi uma importante parte. Faça o favor de seguir o seu caminho e levar consigo os incompetentes que o rodeiam.

 

Pinto da Costa, allez! Allez daí pra fora.

Say Hello To Heaven Chris Cornell

Chris Cornell, músico norte-americano de 52 anos, faleceu ontem à noite pouco depois de ter actuado com os Soundgarden. Cornell foi um dos nomes maiores do movimento grunge, a par de nomes como Kurt Cobain ou Andrew Wood também eles já falecidos.

 

Poderia dizer muitas coisas boas sobre este grande músico que integrou bandas com os Soundgarden, Temple Of The Dog, Audioslave ou a solo, mas a melhor homenagem que se lhe pode fazer é ouvir a sua música.

 

Em 1990 escreveu o tema “Say Hello To Heaven” em homenagem ao seu amigo Andrew Wood, da banda Mother Love Bone, que havia falecido prematuramente de overdose. Hoje essa música é para ele.

 

Aqui fica.

 

 

O que ainda resta a Passos Coelho?

A economia portuguesa cresceu 2,8% no primeiro trimestre deste ano. Foi um crescimento económico recorde, o maior da década. Passos Coelho, o pressagiador do diabo, que há bem pouco tempo afirmava que o crescimento do país era medíocre quando comparado com o passado e, sobretudo, com aquele que o seu governo (PSD/CDS) deixou, veio reclamar para si e sua governação a taxa de crescimento agora divulgada.

 

Enquanto Passos esteve no governo, o país apresentou, em boa parte do tempo, taxas de crescimento negativas, excepto nos anos de 2014 (ainda assim abaixo de 1%) e 2015, ano de eleições e governação partilhada. Para Passos Coelho, que começou a governar em 2011, a taxa de crescimento de -4,03% em 2012 deveu-se às más políticas do anterior governo (o de José Sócrates), a de 2013 (-1,13%) também, mas a taxa de crescimento de 0,89% de 2014 já foi obra do seu governo, bem como a de 2015. O crescimento de 2016 já foi obra de António Costa e, para Passos, foi medíocre ou “redículo” como ele gosta de dizer. Mas eis que o primeiro trimestre de 2017 volta a apresentar um crescimento que é obra do seu governo e não do actual.

 

Portanto, tudo aquilo que acontecer de bom será obra sua e do seu governo, aquilo que correr mal ou menos bem será sempre da responsabilidade da Esquerda, independentemente da cronologia dos factos.

 

Conheço o suficiente dos políticos portugueses para saber que a esmagadora maioria gosta de manipular e dissimular, mas ainda não tinha visto nenhum com a latosa de Passos Coelho. O que será que ainda lhe resta? De cada vez que vem à tona, logo se agarra a uma bóia de betão.

Bis em Fátima, tetra na Luz e inédito em Kiev

O dia 13 de Maio nunca foi indiferente aos portugueses, mas ontem foi “um pouco” mais marcante. É claro que nem todos são católicos, nem todos são benfiquistas e já poucos seguiam o que se passava na Eurovisão. Mas tentem imaginar como terá sido o dia de ontem para um católico devoto, adepto do Benfica e fã de festivais da canção. 

 

O dia de ontem começou com um bis em Fátima, com o Papa Francisco a canonizar os beatos Jacinta e Francisco. Ao final da tarde, o Benfica conquistou o tetracampeonato. E ao final do dia, Portugal vence pela primeira vez o Festival Eurovisão da Canção. Na verdade foram três inéditos. Começámos o dia com Santos e lenços brancos, passámos para os festejos dos diabos vermelhos (de quatro campeonatos consecutivos) e terminámos com a vitória de um rapaz vestido de preto, que dizem que é um anjo. É muita coisa para assimilar.

 

Relativamente ao inédito em Kiev devo reconhecer que não acreditava que tal pudesse acontecer, pelas razões que expus ontem (Vitória na Eurovisão? Não acredito...). Parece que as coisas estão a mudar na Eurovisão. Seria bom que a visão do Euro e da Europa também começasse a mudar. Mas, vamos com calma. Não podemos ter os milagres todos de uma só vez.

Vitória na Eurovisão? Não acredito…

É hoje a final do Festival da Eurovisão. Salvador Sobral, o intérprete da canção portuguesa "Amar Pelos Dois", é o grande favorito à vitória. Este favoritismo decorre daquilo que são os prognósticos das casas de apostas. Convém acrescentar que não são apenas as casas de apostas que apontam a canção portuguesa como vencedora, também aquilo que se lê e ouve nos meios de comunicação social e nas redes sociais apontam para uma vitória de Portugal.

 

Ainda assim, eu não acredito na vitória de Portugal. A canção é boa? É. Merece ganhar? Sim, merece. Mas isto pode não significar muito. Claro que esta onda muito positiva (nacional e internacional) em torno da participação portuguesa pode ajudar a chegar lá, ao primeiro lugar, mas não garante nada. E todos sabemos bem como a comunicação social, as redes sociais e as casas de apostas se enganam nestas coisas.

 

Mas por que razão não acredito na vitória de Portugal? Simples. Porque não podemos ignorar o facto de este concurso ser dominado por um lóbi poderosíssimo, do qual Portugal nunca fez parte e sempre foi vítima. Quero com isto dizer que a Eurovisão é demasiado intransparente e inconsequente. Em várias anteriores edições deste festival, Portugal apresentou boas canções e nunca venceu, sendo que foram muitas as más e injustas pontuações obtidas. Só a título de exemplo, posso referir a participação de Paulo de Carvalho com a canção “E Depois do Adeus”, que recebeu zero singelos pontos ou a “Desfolhada Portuguesa” de Simone de Oliveira, que ficou em penúltimo lugar com apenas 4 pontos.

 

Pois, veremos como se comporta o lóbi da Eurovisão. Mesmo fazendo o sacrifício de acreditar que não haverá manipulação nas televotações, será que os júris nacionais vão votar com imparcialidade? Sem estarem sujeitos a pressões?

 

Como referi anteriormente, eu não acredito. Mas como é dia 13 de Maio pode ser que aconteça um milagre.

"Vai-me à loja"

O deputado socialista João Paulo Correia resolveu vestir a pele do defensor de Ana Catarina Mendes, tentando apagar a borrada que esta fez com as polémicas declarações sobre as autárquicas. João Paulo Correia, como bom peão de combate que é, escreveu no seu “face” (porque é esse o palco dos grandes políticos de hoje) que “os culpados pela ruptura [com o PS] são Rui Moreira e a sua amálgama de apoiantes que o chantagearam desde a primeira hora da coligação pós-eleitoral”. O deputado socialista diz também que “[Rui Moreira] decidiu culpar o secretariado nacional do PS”, razão pela qual não hesitou em “mandá-lo à loja” e que fosse “contar essa a outro”.

 

João Paulo Correia vai mais longe ao escrever “Sejamos frontais: Rui Moreira traiu a confiança do PS…”, “Rui Moreira acha que com esta afirmação consegue despertar um sentimento colérico contra Lisboa”. Termina com um “Vai à volta”, “A malta não é parva!”.

 

Ora bem, a malta pode não ser parva, mas a do PS Porto é-o de certeza. Então, se a amálgama de apoiantes de Rui Moreira o chantagearam desde a primeira hora, o PS Porto já deveria estar preparado para que algo do género acontecesse. Mais, se andaram durante quase todo o mandato de mãos dadas com Rui Moreira e a sua amálgama de apoiantes, mesmo sabendo que estes repugnam partidos, mais inaceitáveis se tornam as declarações de Ana Catarina Mendes. Mas o JP tem que fazer o papel de capacho que o mantém.

 

Numa coisa João Paulo Correia tem razão, a malta não é parva ou, pelo menos, não o é sempre. Veremos como se vai comportar a malta eleitora de Mafamude e Vilar do Paraíso. Recordemos que nas Autárquicas de 2013, João Paulo Correia foi eleito Presidente da Junta desta união de freguesias do município de Vila Nova de Gaia. Contudo, em nome das boas relações norte-sul e no pleno uso do seu nobre sentido de missão anticolérica para com Lisboa, o JP preferiu (muito contra a sua vontade, com certeza) exercer a função de deputado na Assembleia da República, deixando para trás o eleitorado que o elegeu em Gaia.

 

Ó JP vai-me à loja e traz o troco!

Déjà Vu

Roger Waters acaba de nos dar a conhecer mais um dos temas que faz parte do seu novo álbum, “Is This The Life We Really Want?” que será lançado a 2 de Junho. O antigo membro dos Pink Floyd tem na manga um novo álbum de originais, algo que não acontecia há 25 anos. A julgar pelos dois temas que já se conhecem, o single de apresentação “Smell the Roses” e o novíssimo “Déjà Vu”, o mínimo que se pode dizer, para já, é que Roger Waters continua em grande forma.

 

Déjà Vu é, de facto, um nome bem escolhido para título desta canção. Para mim é impossível não ficar com a sensação de que já mergulhei nesta sonoridade.

 

Será com toda a certeza um excelente álbum, mas enquanto não chega apreciemos o que já é possível escutar.

 

 

 

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