Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Contrário

oposto | discordante | inverso | reverso | avesso | antagónico | contra | vice-versa

Contrário

oposto | discordante | inverso | reverso | avesso | antagónico | contra | vice-versa

RAPIDINHA

COMO SE FOSSE NORMAL. Uma UE promotora da corrupção, da fuga de capitais e da lavagem de dinheiro. Uma UE ao serviço das elites, dos grandes grupos económicos, dos oligarcas e das máfias. Viva o "belo jardim" que é a União Europeia!

Escola de Quadros do CDS: a frase

Decorreu este fim-de-semana mais uma “Escola de Quados” do CDS, que passou completamente despercebida, exceptuando a intervenção do líder ex-líder do partido. Paulo Portas, que deverá ter pedido permissão ao Sr. Mota, foi à escola do CDS dar uma aula aos “jotinhas” centristas, moderados e quase santificados.

 

À semelhança das anteriores, esta “escola de quadros” não produziu nada de útil, mas serviu para reforçar a verdadeira essência deste partido e, em particular, de Paulo Portas – o dono do CDS.

 

Desta “escola de quadros” fica a seguinte frase proferida por Paulo Portas: “Os moderados têm de ser mais eles próprios no debate político e ser ofensivos e não ficar à espera que os populistas ocupem o espaço da mentira”.

 

A saber, “os moderados” a que Paulo Portas se refere são o CDS e o PSD, já “os populistas” são os partidos de esquerda.

 

Portanto, depreende-se que o “espaço da mentira” já tem dono e que deve ser defendido acerrimamente e de forma ofensiva, porque esse espaço é o garante da existência dos “moderados” e deve ser ocupado apenas por eles. Era só o que faltava vir agora essa “esquerdalha” ocupar o “espaço da mentira”, que sempre teve ilustres protagonistas.

 

Os “jotinhas” aplaudiram, agradeceram e partiram para a intifada, na desfesa de um espaço que lhes pertence.

Sacerdócio é só para quem gosta de “gajas”, pá!

O cardeal-patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente, disse que é "desaconselhável aceitar homossexuais no sacerdócio". Disse também que o sacerdócio implica o celibato, quer no caso homossexual quer no heterossexual, mas logo acrescentou que “se a pessoa tiver uma orientação forte nesse sentido (homossexual) é melhor não criar a ocasião”.

 

Mas que ocasião? Aquela que faz o ladrão? A homossexualidade (ou a heterossexualidade) é uma coisa de ocasião? Deixa cá ver se eu entendi bem. Se o indivíduo candidato a sacerdote gostar de mulheres está tudo bem, isto é, não se verifica “risco de contágio”. Mas se for homossexual há que tomar as devidas precauções, porque a “doença” pega-se com facilidade, especialmente em sítios onde haja muitos homens que usam batina. É isso?

Jantar no Panteão sim, mas não qualquer jantar...

Parece que houve um jantar do pessoal da web summit no Panteão Nacional. Anda tudo em alvoroço mas, ao que parece, esta não foi a primeira vez que o monumento nacional recebeu jantaradas e outros eventos.

 

Obviamente que a autorização deste tipo de eventos nos mais diversos monumentos nacionais é da responsabilidade do Ministério da Cultura. Mas o mais espantoso no meio de tudo isto foi ver o anterior secretário de estado da cultura, Jorge Barreto Xavier, dizer que este governo é cobarde se não assumir a responsabilidade do acontecido. Curioso o facto de se ter esquecido que foi ele próprio (Jorge Barreto Xavier) que, mediante despacho, autorizou a realização de jantares e outros eventos (tipo cocktails) em vários monumentos nacionais, onde se inclui o Panteão Nacional, com tabela de preços e tudo. Diz ele em sua defesa que "o despacho que ele criou, prevê a não autorização de jantares e eventos inapropriados". Eu gostaria que o senhor ex-secretário de estado da cultura nos explicasse que tipo de jantares e cocktails se poderia autorizar no Panteão Nacional. Que tipo de jantares e outros regabofes seriam mais apropriados àquele local? Fico a aguardar. Entretanto, o actual Ministério da Cultura já informou que vai alterar o anterior despacho, para que a situação não volte a acontecer.

 

Bem, só espero que não tenham servido costelinha, pernil ou chispalhada... 

 

P.S. Hoje à tarde haverá um mega magusto no Cemitério dos Prazeres. O senhor Jorge Barreto Xavier pode aparecer que é de borla.

Os 100 anos da Revolução Russa

Há cem anos atrás dava-se a Revolução Russa, através da qual o Partido Bolchevique chegou ao poder, após o derrube do governo provisório que, por sua vez, se havia constituído após o derrube do governo absolutista liderado pelo czar Nicolau II.

 

Com tudo o que teve de bom e de menos bom, a Revolução Russa tornar-se-ia num importante marco histórico que mudou o século XX, e que ainda exerce influência nos dias de hoje.

 

Muito se pode dizer sobre a Revolução Russa e, certamente, as opiniões não serão unânimes. Porém, hoje, só me apetece deixar duas perguntas no ar.

 

O que teria acontecido se Lenine tivesse vivido mais alguns anos? Ou, como seria contada a história hoje, se Trotsky tivesse chegado ao poder, e assim, impedido que Estaline ditasse as regras (como ditou)?

A imoralidade da EDP

À semelhança do que costuma acontecer por esta altura do ano, a EDP anda por aí a dizer que é provável que o preço da electricidade volte a subir. Desta vez, foi o administrador da EDP Comercial, António Coutinho, que disse “os custos podem agravar-se e ter impacto no cliente final, que é sempre quem paga”. O próprio António Mexia já havia dito que o preço da electricidade em Portugal não é caro, deixando no ar aquilo que a empresa estaria a pensar fazer no curto-prazo. A EDP queixa-se da carga fiscal (que considera pesada) e admite que isso poderá implicar um aumento do preço da electricidade.

 

Ora vejamos, a EDP teve um lucro de 1.147 milhões de euros nos primeiros 9 meses deste ano. Trata-se de um brutal aumento dos lucros da empresa (cerca de 86%), muito à custa da venda da Naturgas. Contudo, se não se considerar os proveitos da referida venda, ainda assim os lucros seriam de cerca de 600 milhões de euros (menos 4% face ao período homólogo).

 

Voltemos à questão do provável aumento do preço da electricidade. A EDP alega que tal se deverá à carga fiscal. Estranha-se o facto de a EDP se queixar da carga fiscal quando o accionista China Three Gorges não tem pago impostos pelos dividendos que obtém da EDP. Estamos a falar da módica quantia de 725 milhões de euros em apenas 5 anos.

 

Quem não paga imposto sobre os dividendos não tem grande moral para se queixar da carga fiscal, muito menos para usar esse factor como justificação para o aumento do preço ao consumidor final.

 

E a entidade reguladora? O que pensará desta postura?

O PCP e o BE são… o mundo!

Os últimos tempos têm demonstrado que o PCP e o BE são “o mundo”. E quem o afirma é a direita parlamentar portuguesa (PSD/CDS), sendo que a novidade foi veiculada aos quatro ventos, por intermédio da sempre expedita comunicação social e alguns soldadinhos disciplinados que nela têm lugar cativo.

 

A muito tradicional direita parlamentar sempre se pautou pela retórica de condenação ao exílio dos partidos de esquerda, em especial o PCP e o BE. A direita teve sempre o hábito de marginalizar os partidos de esquerda com menor representatividade parlamentar. Sempre se dirigiram a esses dois partidos com sobranceria, excluindo-os sempre daquilo que são as principais decisões políticas para o país.

 

Também já todos ouvimos a direita dizer que o actual governo socialista não pode contar com os restantes partidos de esquerda, que está isolado, com a mesma rapidez com que afirmam que o PS está refém desses mesmos partidos para poder governar. Confuso?

 

Aquando dos polémicos episódios de Pedrógão, Tancos, tragédia de 15 de Outubro e outra vez Tancos, a direita e seus afiliados vieram para a praça gritar: “O que seria se tudo isto acontecesse durante a governação da direita de Passos Coelho?”. Pergunta essa que os próprios se apressavam a responder que “se estivesse a direita de Passos Coelho no poder caía-lhe o mundo em cima”, “se fosse com Passos Coelho, o PCP e o BE não estariam tão calados e caíam-lhe em cima”. Portanto, a esquerda (PCP e BE), vista pela direita como insignificante é, quando interessa, o mundo para a mesma direita.

 

É um facto incrível que PSD e CDS consigam ser ainda mais incompetentes na oposição do que quando estão no poder, caso contrário não estariam tão desesperados em ver o PCP e o BE fazer oposição ao governo. Faziam-no sozinhos. Mas para isso era preciso competência. Em boa verdade, PSD e CDS gostariam de ter o PCP e o BE do seu lado, numa geringonça de oposição. Para a direita, o PCP e o BE são mesmo o mundo.

 

Quanto à aparentemente inquietante pergunta formulada pela direita, eu responderia o seguinte: “Se fosse a direita de Passos Coelho que estivesse no poder, não teria acontecido nada”. Simples.