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Contrário

oposto | discordante | inverso | reverso | avesso | antagónico | contra | vice-versa

Contrário

oposto | discordante | inverso | reverso | avesso | antagónico | contra | vice-versa

Afinal a dona Gertrudes tinha razão

Uma senhora que eu conheço, a dona Gertrudes, já com mais de 80 anos sempre insistiu em afirmar que o seu neto era “engenheiro-arquitecto”. Eu achava muita piada, já que a dona Gertrudes fazia questão de esclarecer que o seu querido neto não era engenheiro e arquitecto, mas sim “engenheiro-arquitecto”, pois foi para isso que estudou.

 

Ontem, o Presidente da República promulgou o diploma que permite que “alguns” engenheiros possam assinar projectos de arquitectura. Mas atenção! Não são todos os engenheiros, só alguns. Eu suponho que serão todos aqueles que têm a mesma formação que o neto da dona Gertrudes, ou seja, os “engenheiros-arquitectos”.

 

Afinal a dona Gertrudes tinha razão.

Na(poli)maste de Rui Patrício

Após a derrota na final da Taça de Portugal, Rui Patrício viajou para a Alemanha (e não para Itália como as más línguas se apressaram a dizer) com o objectivo de se recolher num templo espiritual. Depois da derrota e das ocorrências em Alcochete, Patrício sentia-se muito em baixo, ao ponto de necessitar de apoio espiritual. O seleccionador, Fernando Santos, nem hesitou em dar-lhe o tempo que ele necessitava para se recompor. As benesses de Fernando Santos já se tornaram um hábito em relação a algumas individualidades. Imaginem só se houvesse enteados na selecção, felizmente, para o Fernando Santos são todos filhos.

 

Entretanto, parece que Rui Patrício, na sua jornada até ao Nirvana, terá encontrado tempo para assinar pelo SSC Napoli. Consta que o templo onde Patrício se isolou para meditar é um lugar fantástico, sobretudo para quem deseja encontrar o caminho da libertação. E como Patrício precisava de se libertar.

 

Termino com uma pequenina dúvida, será que Fernando Santos e/ou a Federação Portuguesa de Futebol recebem alguma comissão, por cada contrato que jogadores convocados assinem durante o período de estágio da selecção? Pois se não recebem, deveriam receber.

O que Ronaldo quer sei eu

Vamos lá directos ao assunto. O que Ronaldo quer é ser o centro das atenções e, não menos importante, para ele, ser o mais bem pago.

 

No passado Sábado, o Real Madrid venceu a 13.ª Liga dos Campeões. E o que fez Ronaldo? O CR7 decidiu insinuar que estava de saída do clube. E porquê? Pelas mesmas razões de sempre, as que referi anteriormente, ou seja, ser o centro das atenções e dinheiro.

 

Ronaldo está em negociações salariais com o Real Madrid e, então, decidiu aproveitar a ocasião para ameaçar com uma possível saída do clube, caso não seja satisfeita a sua vontade. É óbvio que Ronaldo não sairá de Madrid. Sair para onde? Até pode haver quem lhe pague mais, mas não há clube onde possa conquistar mais títulos do que o Real Madrid. Isto porque os clubes, as equipas são sempre mais importantes e mais fortes do que os valores individuais.

 

Ronaldo foi deselegante e até desrespeitoso para com o clube, quando num momento de celebração aproveitou para, como quase sempre, chamar as atenções sobre si e os seus intentos. Ronaldo até parecia nem estar muito feliz com a conquista da “Champions”, talvez porque não marcou nenhum golo e teve que ver o seu colega Gareth Bale ser considerado o homem do jogo, marcar dois golos, um dos quais “à Ronaldo” dizem por aí, talvez porque o CR7 tenha sido o primeiro jogador da história do futebol a marcar um “golo de bicicleta”.

 

Como também devem ter notado, o Ronaldo não se dirigiu efusivamente para junto dos seus companheiros de equipa que marcaram os golos, para os felicitar. Aliás, o Ronaldo raramente o faz. Talvez porque entenda que ele é que tem que marcar os golos e que só quem marca golos é que é bom.

 

Ronaldo também disse que a “Champions League” deveria passar a chamar-se “CR7 Champions League”. Humilde o rapaz. Não é nada pretensioso. Mais tarde, na festa com os adeptos em Madrid, também fez um discurso paternalista para com os seus colegas de equipa, como quem estava a repartir com os demais, os despojos de uma batalha que só ele venceu.

 

Ronaldo é assim, o mesmo que perante um grupo de crianças que o idolatram e sonham vir a ser como ele, lhes diz: “Ronaldo só há um e nunca ninguém lhe chegará perto”.

 

Os melhores do mundo são mesmo muito especiais.

RGPD e a Casa dos Segredos

Entra hoje em vigor o RGPD. E o que é isso do RGPD? É o Regulamento Geral de Protecção de Dados. Consta que é um novo regime legal que visa proteger os cidadãos relativamente ao tratamento que as organizações (públicas e privadas) dão aos seus dados pessoais.

 

Fala-se muito deste Regulamento, que deriva de legislação europeia, nomeadamente no reforço dos direitos dos cidadãos e das coimas a aplicar no caso de incumprimento. Sinceramente, não vejo grande reforço dos direitos dos cidadãos, considerando o que vem disposto na já existente Lei de Protecção de Dados.

 

A verdade é que todos sabemos que a Lei de Protecção de Dados, que existe há muito tempo e continuará a existir, pouco ou nada protege os direitos dos cidadãos face à utilização dos seus dados pessoais, o que me leva a antecipar que este novo Regulamento terá o mesmo efeito. Veja-se que são os próprios organismos públicos que violam constantemente a Lei de Protecção de Dados. A título de exemplo, todos sabemos que é proibido por lei a reprodução (por fotocópia ou digitalização) do Cartão de Cidadão. No entanto, todos os dias, os cidadãos são confrontados com a obrigatoriedade de o fazer em todas as repartições de finanças ou serviços da Segurança Social. E também todos sabemos que o mesmo se passa no sector privado, nos bancos, seguradoras, empresas de aluguer de automóveis, etc.

 

Portanto, a lei já existia, não era cumprida e não era sancionada. Sim, porque também já estavam e estão previstas coimas, ao abrigo da Lei de Protecção de Dados. A situação mais hilariante disposta neste novo Regulamento (RGPD) é que os organismos públicos estarão isentos da aplicação de coimas. Em relação às organizações privadas tembém não se espera um cenário muito diferente, apesar de a lei não as isentar.

 

Eu julgava que a Lei de Protecção de Dados já nos protegia face aos eventuais usos abusivos dos nossos dados pessoais, mas afinal parece que era insuficiente. Eu e esta mania que tenho de confiar na eficácia das leis.

 

Resumindo, o RGPD não é mais do que uma operação de cosmética que visa encapotar aquilo que é prática corrente, isto é, os dados dos cidadãos andam e andarão por aí, sem qualquer protecção. São uma espécie de segredos que toda a gente sabe. Quanto às sanções estamos conversados.

 

Entretanto, vou tirar uns dias de férias só para tratar deste assunto.

Hipotético diálogo entre Costa e Pedro Siza Vieira

Considerando aquilo que veio a público sobre a incompatibilidade do ministro Pedro Siza Vieira, não consegui deixar de imaginar que, a dada altura, o Primeiro-ministro e o seu Ministro-adjunto poderão ter tido o seguinte diálogo:

 

Primeiro-ministro: Olha lá, ó Pedro, então tu não sabias que é incompatível acumular a função de sócio-gerente de uma empresa com a função de ministro?

 

Ministro-adjunto: Não. Não tinha noção.

 

Primeiro: Não tinhas noção? Então tu não és advogado? Não conheces a lei?

 

Adjunto: Sou. Mas só tirei 10 a Constitucional.

 

Primeiro: Tou bem lixado (com um grande F) contigo…

 

Adjunto: Então… Mas tu também não me perguntaste se eu era sócio-gerente de alguma empresa…

 

Primeiro: Irra! (com um C bem grande) Então tu não tiveste que entregar no TC a declaração de inexistência de incompatibilidades?

 

Adjunto: Nunca ouvi falar…

 

Primeiro: OK. Deixa para lá. Agora o que importa é que deixes de ser sócio-gerente da empresa. Pá… passa tudo para o nome da tua mulher e ela que assuma a gerência.

 

Adjunto: Ai é? E assim já não há problema?

 

Primeiro: Pois claro que não. Assim, passas logo a ser um ministro imaculado, que está aqui só pela defesa do interesse público.

 

Adjunto: Mas estar a minha mulher a sócia-gerente, na prática, é como se estivesse eu próprio, já que pretendo continuar a mandar na empresa e a usufruir dos rendimentos da sua actividade…

 

Primeiro: Pois claro que “na prática” é a mesma coisa. Mas tu achas que nós andamos a dormir quando fazemos as leis?

 

Adjunto: Então, quer isso dizer que, mesmo que eu tivesse sido sócio-gerente de uma empresa a vida toda bastaria que, aquando da entrada no Governo "passasse" as funções para a minha mulher ou um filho? E já não haveria incompatibilidade...

 

Primeiro: Nem mais. Tás a ver como tu até aprendes depressa.

 

Adjunto: Ehehehehe. Estou a ver que ainda sou moço de recados nestas lides…

 

Primeiro: Deixa lá. Foi só um lapso.

Coitadinhos dos miúdos

Os 23 indivíduos detidos em Alcochete foram sujeitos à medida de coacção mais gravosa, a prisão preventiva. A defesa já alegou que se trata de uma medida exagerada, por se tratar de “um grupo de miúdos que ainda depende das mães para calçar os ténis”.

 

Estes miúdos, de facto, não merecem este tipo de tratamento por parte da justiça. São miúdos exemplares, uns queridos, que todos os dias se levantam por volta das 16 horas da madrugada para praticar o bem.

 

Depois de tomarem um banhinho preparado pelas suas zelosas mamãs, que de seguida lhes preparam a roupinha, os vestem e os calçam, nunca saem de casa sem tomar uma valente tijela de leitinho com chocapic. Só depois deste ritual e de um beijinho achocolatado nas faces das suas doces mamãs é que saem para a rua. Para fazer o bem.

 

Entre outras tarefas heróicas, os miúdos adoram agredir, insultar, ameaçar de morte, rebentar artefactos pirotécnicos, destruir e espalhar o terror. Mas como ainda não conseguiram libertar-se do cordão umbilical, pelo meio, ainda têm tempo para telefonar às suas mamãs para lhes perguntar como é que se desaperta o cinto.

 

Estes miúdos são uns docinhos. Não mereciam este tratamento por parte do tribunal. Seria muito mais adequado terem-nos enviado à Disneyland.

Exercício sim, mas só no ginásio

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Estava eu num centro comercial, coisa que faço cada vez menos, quando decidi aproveitar o tempo de espera para apreciar o comportamento humano, coisa que faço cada vez mais.

 

Nesse centro comercial existe um ginásio e, naqueles momentos em que por ali me encontrei, pude constatar um verdadeiro entra e sai de “atletas” no referido espaço. Fiquei espantado com a quantidade de pessoas que aprecia a prática do exercício físico, até mesmo durante o horário de almoço (se é que isso ainda existe). Mas aquilo que mais me admirou foi o seguinte: o ginásio fica no 2.º piso do edifício e há duas formas de chegar até lá, pelas escadas rolantes, que naquele momento estavam paradas ou pelo elevador. Pois ficam a saber que a esmagadora maioria dos “atletas” preferiu utilizar o elevador para chegar até ao ginásio, o que me levou a pensar que as pessoas que frequentam ginásios estão a levar a coisa mesmo muito a sério, tão a sério que a prática de exercício só acontece dentro do espaço especialmente concebido para esse efeito e monitorado por um profissional devidamente credenciado – o Personal Trainer (vulgo, PT).

 

Fazer exercício físico, sim, mas só quando acompanhado por um profissional. Agora subir escadas, não, isso cansa muito e, além disso, corre-se o risco de contrair lesões se se atrever a fazê-lo sem um pré-aquecimento ou sem a presença de um especialista na subida de escadas.

 

E eis que, do nada, inventei uma nova profissão: o PT de escadas.

De “Conquistador” a quase “Imperador”

O tenista João Sousa voltou a ter uma bela semana, desta vez em Roma. Há cerca de duas semanas, João Sousa teve uma semana de sonho que culminou com a vitória no Estoril Open. Ontem, João Sousa disputou a final do Masters 1000 de Roma, na variante de pares. Mais um feito inédito para o ténis português.

 

O duunvirato composto pelo tenista vimaranense e pelo tenista espanhol Pablo Carreño Busta, que entrou no torneio à última hora, acabou por surpreender quase toda a gente ao chegar à final deste grande evento. Faltou mesmo muito pouco para que João Sousa tivesse sido aclamado “Imperador” no Masters de Roma.

 

Lamentavelmente, a comunicação social, não toda mas quase, continua a ignorar o belo percurso que o tenista português tem vindo a realizar nas últimas semanas. Se ele tivesse nascido na Linha de Cascais talvez tivesse maior destaque.

Marcelo vai, claro que vai

Desde os acontecimentos na academia do Sporting em Alcochete, que o Presidente da República mantém o suspense se vai ao não estar presente na final de hoje, no Jamor. Este é o elemento que faltava para o thriller deste final de época. Aliás, ainda está por explicar a razão pela qual Marcelo não se deslocou a Alcochete, no dia dos acontecimentos, ele que costuma estar em todo o lado.

 

Marcelo não resiste em estar onde estão os holofotes e as objectivas. E é por isso que, garantidamente vai marcar presença na final do Jamor, esta tarde. A razão pela qual mantém o suspense acerca da sua presença/ausência é, muito provavelmente, porque pretende que se fale dele também por este motivo e potenciar a apoteose da sua chegada ao Jamor.

 

Se Marcelo vai? Claro que vai. Oh se vai.

Os pacóvios em Windsor

Parece que hoje há um casamento real. Sim, este é real não é como esses casamentos de fachada que se vêem por aí. Ora, em abono da verdade devo reconhecer que tomei conhecimento da ocorrência deste evento há poucos dias, pois não costumo acompanhar estes temas.

 

Na verdade, não consigo perceber a razão pela qual se dá tanta importância ao casamento de um membro da família real britânica, quando nem os próprios ingleses estão muito interessados nesse acontecimento. Contudo, quero aqui deixar o meu profundo agradecimento a todos os jornalistas e profissionais da comunicação portugueses que, com mil sacrifícios, viajaram até Inglaterra para nos dar conta de todos os pormenores da boda.

 

Ora, fiquei a saber que a mãe da noiva só ontem conheceu a rainha, que o pai da noiva não estará presente na cerimónia porque está doente e que a mãe do noivo também não poderá comparecer. A sério? A mãe do noivo não pode comparecer? Isso não é nada bonito, assim, sem qualquer motivo que o justifique.

 

Mas as curiosidades não se ficam por aqui. Os enviados especiais da nossa especial comunicação social também apuraram que a noiva passou a última noite de solteira com a mãe, num hotel de luxo. Já o noivo, consta que foi para um hotel (também de luxo) com o irmão fazer a festarola.

 

Entretanto, eu próprio acabei por apurar um facto de que ninguém fala. Não sei se já repararam mas os noivos são iguaizinhos. Imaginem o Harry sem barba e um bocadinho mais escurinho. Ou então imaginem a Meghan com barba e cabelo ruivos. Bem, toda a gente sabe que os casais, após vários anos de convivência tendem a ficar muito parecidos de feições. Estes dois ainda não se casaram e já o são. Só podem ser especiais.

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