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Contrário

oposto | discordante | inverso | reverso | avesso | antagónico | contra | vice-versa

Contrário

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RAPIDINHA

Diz o gajo que proibiu o exercício da actividade política a vários partidos da oposição e que cancelou a realização de eleições no seu país.

Nem tudo que vai @rede é peixe

A reportagem que Conceição Lino apresentou, ontem, no Jornal da Noite na SIC é absolutamente inacreditável. Se eu não conhecesse a credibilidade da jornalista até pensaria que os intervenientes da mesma são bons actores.

 

Aquilo a que assisti é absolutamente incrível. Como é possível haver alguém, adulto, aparentemente na posse de todas as faculdades mentais, estabelecer uma relação de “intimidade” com alguém que não conhece pessoalmente?

 

Como é possível alguém indicar o seu número de telemóvel a um(a) desconhecido(a) do Facebook? Mais grave ainda, como é possível trocar informações pessoais com alguém que se desconhece?

 

Há ainda a parte cómica, que tem a ver com os encontros marcados que nunca aconteceram, com aquelas tamanhas e estapafúrdias desculpas. E o indivíduo cada vez mais apaixonado, porque ela lhe pareceu bonita… e era médica e tal…

 

No final da primeira parte desta reportagem, Conceição Lino deixa como cena dos próximos capítulos, a indicação de que esta “situação ainda não terminou e o que vamos ver a seguir ultrapassa os limites do impensável…”.

 

Ainda mais impensável? Será que os “enganados” vão receber uma chamada telefónica do além e também vão acreditar que é verdade?

 

Em que mundo é que esta gente vive?

 

Realmente, nem tudo que vai @rede é peixe. Principalmente neste tipo de rede, onde, além de gente normal prolifera gente que não existe, criminosos, malfeitores e também alguns totós.

Abaixo a ditadura! Vivam os autoproclamados!

A propósito da actual situação política na Venezuela constatei, sem grandes surpresas, que os do costume apoiam a continuidade de Nicolás Maduro no poder e, invariavelmente, também os do costume apoiam a destituição de Maduro e a aclamação de um tal de Guaidó, como Presidente da Venezuela.

 

Há aqui qualquer coisa que se me está a escapar. Então, não é que pretendem destituir Maduro da Presidência, por considerarem que ele não foi democraticamente eleito e, simultaneamente querem colocar, à força, um fantoche no lugar dele.

 

Dizem que Maduro é um ditador. Até pode ser. Mas, do ponto de vista de um democrata, a diferença entre um ditador e um autoproclamado é… digamos que… nenhuma.

A jornaleira Ana Leal e o "jornalixo" da TVI

A TVI tem feito de tudo para seguir a mesma bitola jornalística que tem pautado a conduta da CMTV. E já ninguém dúvida que a TVI consegue atingir facilmente os mesmos padrões de excelência.

 

Só na última semana tivemos dois casos que comprovam o melhor que a TVI sabe fazer. Primeiro, a publicação de imagens que constam num processo jurídico que envolve Manuel Maria Carrilho e Bárbara Guimarães, nas quais as crianças (filhos de ambos) são violentamente expostas. Dois crimes que, seguramente, uma vez mais passarão impunes.

 

O segundo caso, aquele que gostaria de desenvolver um pouco mais, tem a ver com a reportagem da jornaleira Ana Leal sobre os contratos de prestação de serviços entre um indivíduo (Jorge Bernardino, que é genro de Jerónimo de Sousa) e a Câmara Municipal de Loures.

 

Desde o primeiro ao último segundo, nota-se que o único objectivo da reportagem é apenas o de denegrir a imagem dos visados, principalmente, a do Secretário-geral do PCP e o próprio partido.

 

A reportagem apresenta aquilo que, supostamente são factos, mas rapidamente resvala para a insinuação tabernória e para as acusações infundadas, sendo que dá para perceber que as declarações prestadas pelo Presidente da Câmara de Loures são cirurgicamente cortadas e manipuladas.

 

Não vou escalpelizar todos os pormenores da reportagem, porque isso tornaria este texto ainda mais longo, pelo que vou directo ao essencial. O principal facto que é focado na reportagem tem a ver com a questão de "os contratos entre a Câmara Municipal de Loures terem sido efectuados com um indivíduo e não uma empresa". A senhora jornaleira Ana Leal até já veio lançar o repto a Bernardino Soares, para que este admita que "os contratos não foram feitos com uma empresa, mas sim com uma pessoa e que é mentira quando afirma que se trata de uma empresa". A senhora jornaleira Ana Leal até gozou com o facto de os senhores do PCP não saberem que “os Números de Identificação Fiscal (NIF) começados por '2' dizerem respeito a indivíduos e que apenas os NIF começados por '5' dizem respeito a empresas”.

 

Pois, pois... Só este “pormenor” é razão suficiente para que eu chame esta senhora de jornaleira. Se a senhora Ana Leal pretende ter o mínimo de credibilidade no que faz, tem, pelo menos, que se esforçar um bocadinho mais. A senhora jornaleira Ana Leal pôs a nu, uma vez mais, perante todo o país, a sua profunda ignorância e incompetência. A jornaleira Ana Leal deveria saber que um Empresário em Nome Individual (ENI) é uma empresa, cujo NIF pode começar por “2” ou por “1”. Os prestadores de serviços, profissionais liberais, trabalhadores independentes emitem as suas facturas em seu nome próprio e com o seu NIF “individual” (aceitemos a terminologia que a própria Ana Leal usou). Trata-se de um tipo de empresas que são constituídas por um único indivíduo e é a forma jurídica mais adequada para os pequenos negócios, daí o facto de Jerónimo de Sousa ter-lhe chamado, aceitavelmente, de microempresa.

 

Não, senhora jornaleira Ana Leal. Uma empresa não tem que ter um NIF começado por “5”. Os NIF começados “5”, na verdade são NIPC (Número de Identificação de Pessoa Colectiva) e até podem começar por “6”, se for uma Pessoa Colectiva Pública, que não é o caso. Mas uma empresa não tem que ser obrigatoriamente uma Pessoa Colectiva, pode ser uma Pessoa Singular ou Empresário em Nome Individual.

 

Portanto, o facto de os contratos firmados entre a Câmara Municipal de Loures e o prestador de serviços apresentar como parte contratada o indivíduo Jorge Bernardino e apresentar o seu NIF “individual” (Pessoa Singular, começado por “2”) é perfeitamente normal, assim como as facturas emitidas pelo prestador de serviços apresentar o seu nome completo e o respectivo NIF, aliás, não poderia ser de outra forma. Abordar jornalisticamente um assunto desta natureza e ignorar tal facto, só demonstra a tremenda palermice de quem o assina.

 

Agora, muito rapidamente, abordemos a questão dos valores envolvidos. A reportagem afirma que, em apenas 3 anos, o indivíduo em questão assinou contratos no valor de 150 mil euros. Chega mesmo a enfatizar que, só num único mês, esse mesmo indivíduo facturou mais de 11 mil euros e que aufere rendimentos, pagos pela Câmara de Loures, acima do próprio Presidente da Câmara. O facto de um prestador de serviços emitir uma factura (recibo verde) no valor de 10, 20 ou 30 mil euros num dado mês, isso não significa que esse indivíduo aufira esse valor mensalmente, ou que esse valor se refere a serviços prestados no mês em questão. Significa, apenas, que a entidade contratante lhe disponibilizou o pagamento desse valor nesse mês, mas que pode referir-se a serviços prestados durante vários meses, desde que no mesmo ano. Portanto, dá para notar a perfídia da repórter em cada “facto” apresentado.

 

Mas, tomando como verdadeiros os valores apresentados e respectivo período de tempo, conclui-se que o prestador de serviços em questão facturou, em média, 50 mil euros por ano. Mas, uma vez mais, a reportagem deixa de lado o rigor e profissionalismo e não esclarece se esse valor já inclui IVA. Considerando a má-fé jornalística evidenciada, depreende-se que esses valores são totais, ou seja, se pretendermos ter uma ideia do lucro obtido, teremos que lhe retirar o valor do IVA (taxa de 23%), teremos que lhe subtrair, no mínimo, o valor do IRS (25% de retenção na fonte) e as respectivas prestações que o indivíduo/trabalhador independente/prestador de serviços tem que efectuar à Segurança Social.

 

Podemos também considerar a hipótese de o senhor Jorge Bernardino ter assumido a forma jurídica de Empresário em Nome Individual, com contabilidade organizada, algo que acarreta mais um custo. Se ainda considerarmos a possibilidade de o prestador de serviços em questão ter que recorrer à contratação directa de funcionários ou subcontratação de outros indivíduos/prestadores de serviços para a execução das tarefas de que foi incumbido, logo se depreende que incorrerá em mais custos. E ainda falta adicionar os custos que o prestador tem com a realização das tarefas em questão, tais como as despesas de deslocação, os materiais envolvidos nas tarefas de manutenção e limpeza, eventuais licenças, seguros, etc. Isto, se for o caso, porque a pobre reportagem não esclarece nada destes pormenores.

 

Concluindo, a partir daquilo que na reportagem supostamente são factos, facilmente se percebe que não há nada de errado nesta situação, nada de ilegal nem mesmo de imoral, já que, como se percebe, o indivíduo em questão não está, até prova em contrário, a ter nenhum tipo de favorecimento, muito menos de enriquecimento, como a reportagem pretende fazer crer. O facto de ser genro de Jerónimo de Sousa não pode, em circunstância alguma, constituir um impedimento a um direito fundamental como é o direito ao trabalho. Além disso, os referidos contratos celebrados entre a Câmara Municipal de Loures e Jorge Bernardino foram os mais vantajosos para o erário público, segundo o que foi dito na reportagem e que a senhora Ana Leal não conseguiu demonstrar que não é verdade.

 

Reparem que não é Bernardino Soares, Presidente da Câmara de Loures, muito menos Jerónimo de Sousa que têm que demonstrar que não estão a fazer algo de reprovável. Quem os acusa é que tem que o evidenciar. E note-se que nem sequer estamos a falar de acusações do sistema judicial, mas antes de um mero órgão de comunicação social.

 

Portanto, a menos que surjam novos factos, a menos que a TVI se digne refazer o trabalho como ele deve ser feito e que prove o que afirma, sem inventar, deturpar, falsear e enganar os seus telespectadores, só podemos concluir que pelas bandas de Queluz de Baixo brotam bandos de burgessos dos pés à cabeça, armados em jornalistas de investigação.

 

Chamar jornaleira à senhora Ana Leal ou classificar como "jornalixo" aquilo que a TVI faz é até bastante lisonjeiro.

 

Quem paga o hotel a Montenegro?

Depois de ter visto Luís Montenegro a dar uma conferência de imprensa, num hotel de luxo em Vila Nova de Gaia, só se me ocorreu perguntar: quem paga as custas do hotel a Montenegro?

 

Não me parece que seja o partido (PSD). Não estou a ver um partido a custear as despesas de qualquer militante que entenda dar conferências de imprensa em hotéis de luxo.

 

Fiquei com curiosidade em saber quem realmente suporta todo este aparato supérfluo, já que Montenegro poderia ter utilizado uma das muitas sedes partidárias para o efeito, a custo zero. Parecendo que não, estas atitudes dizem muito.

 

Pelo menos, o país ouviu, pela boca de Montenegro, que o “PSD tem tuodas as condições para prosseguir com o suonho de voltar a ser um partido ganhaduor”.

Rio sabe bem o que a casa gasta

Bem, chamar casa ao PSD é bastante redutor, já que PSD é uma nação. Uma grande nação onde proliferam “guerras civis” e “golpes de Estado”. Mas vamos ao que interessa no momento, ou seja, a reunião do Conselho de Estado, perdão, do Conselho Nacional do PSD.

 

Rui Rio marcou a reunião para esta Quinta-feira, às 17 horas, no Porto. E foram muitos os que se insurgiram contra o líder do PSD, alegando que Rui Rio deveria ter marcado a reunião para mais tarde e/ou noutro sítio, porque a essa hora ainda muitos membros do Conselho Nacional estão a trabalhar.

 

A trabalhar? Militantes do PSD, membros do Conselho Nacional a trabalhar? Pode lá ser.

 

Rui Rio conhece bem a casa e, por isso, sabe muito bem que:

 

  • Nenhum elemento do Conselho Nacional do PSD trabalha, aliás, isso seria condição suficiente para dar lugar a expulsão do partido;
  • Mesmo aqueles que têm horário de trabalho, para parecer que de facto trabalham, na realidade não trabalham;
  • Todos os bons militantes do PSD têm o dom da ubiquidade;
  • E, em alternativa, todos os que aparentemente têm que cumprir horários de trabalho podem perfeitamente pedir a alguém que “piquem o ponto” por eles.

 

Agora a sério. Há que reconhecer que a ala passista tem razão neste caso, pelo que Rui Rio deveria ter marcado a reunião do Conselho Nacional para a Assembleia da República. Assim ninguém faltava e todos votavam, mesmo os que lá não estivessem.

Sabem o que me faz lembrar o Lip Sync?

O novo programa da SIC, Lip Sync Portugal, fez-me recordar as Festas de Natal dos 5.º e 6.º anos, em que nós, pirralhos de 10, 11 e 12 anos sentíamos vergonha de fazer as figurinhas que reputados adultos como a Clara de Sousa agora fazem, na TV, em directo e em “prime time”.

 

E está tudo dito.

 

P.S. Foi impressão minha ou havia uma galinha no estúdio que não parava de cacarejar?  

Que rica peça!

Anda por aí uma rica peça que diz que é médico. Essa rica peça que diz que é médico trabalha num hospital, mas apenas 3 dias por semana. Que rico horário! A rica peça de que vos falo também fazia serviço no helitransporte de doentes no INEM. Consta que essa rica peça terá enriquecido, pelo elevado valor cobrado nos serviços que diz ter prestado no INEM. Consta também que a rica peça auferia cerca de 70 vezes mais do que a média dos médicos que prestam o mesmo tipo de serviço.

 

Entretanto, o INEM terá dispensado os préstimos dessa peça, depois de se ter tornado público que a peça em causa terá recusado indevidamente o helitransporte de pelo menos dois doentes (e pelo menos uma dessas pessoas faleceu nessa altura). Além disso, também se soube que a rica peça é um daqueles indivíduos com o dom da ubiquidade, já que conseguia estar de serviço no INEM ao mesmo tempo que assistia a touradas.

 

É certo que o INEM já afastou esta peça, mas porque demorou tanto tempo a fazê-lo? Depois de se terem verificado tão graves falhas por parte da peça, era expectável que tivessem actuado mais cedo.

 

Entretanto, a IGAS (Inspecção-Geral de Actividades em Saúde) já instaurou um inquérito disciplinar à peça. Já a Ordem dos Médicos informou que está a analisar a situação, sendo que já havia recebido uma queixa contra a referida peça há mais de um ano. Já todos conhecemos o modus operandi da Ordem dos Médicos em relação aos problemas que afectam os seus. Esperemos que a IGAS tenha outro tipo de atitude, mais adequada e célere.

 

Para mim não resta qualquer dúvida. Uma peça destas não tem condições para continuar a ser médico. "Pera lá, pera lá, pera lá!". Eu disse médico? Não... Este tipo nunca foi médico. Um médico não se esgota na obtenção do grau de licenciado em Medicina. Um médico é muito mais que isso. É tudo o que esta rica peça não é.

O actual Governo é de Esquerda? Não me lixem…

Poderia apontar um vasto rol de medidas implementadas pelo actual Governo que rapidamente nos remeteriam para a pergunta no título. Mas vou escrever apenas sobre três coisas.

 

A primeira – os manuais escolares gratuitos – que o Governo entende que devem ser para todos. Ricos, remediados ou pobres, todos têm acesso aos manuais escolares de forma gratuita. Um agregado familiar pode ter um rendimento mensal de 600 euros e outro pode ter um rendimento na ordem das dezenas de milhares de euros, o Estado suporta esse custo para todos. Este Governo entende que não deve discriminar os agregados familiares pelo seu nível de rendimento. E ao implementar esta medida não faz outra coisa senão discriminar e acentuar as desigualdades.

 

A segunda – aumento das pensões – que o Governo decidiu aumentar uma vez mais. E bem. Mas ninguém compreende por que razão o Governo entende que as pensões de valor mais baixo (até 653,64 euros) devem ter um aumento de apenas 10 euros, ao passo que uma pensão no valor de 5229 euros terá um aumento de quase 42 euros. Ou seja, os mais abastados têm um aumento mensal mais de 4 vezes mais do que os mais desfavorecidos. Viva a justiça social.

 

Agora a terceira. Esta ainda não foi implementada, mas prepara-se para ser. O Governo parece querer abolir as propinas no ensino superior público. E quando se fala em abolir é para todos. Uma vez mais, o Governo entende que neste tipo de direitos tem que vigorar o princípio da universalidade, metendo novamente os pés pelas mãos na interpretação dos conceitos de igualdade e justiça social.

 

Até parece que já estou a ver um qualquer filho de papás ricos a entrar no parque da faculdade, ao volante de um luxuoso SUV, cujo valor do prémio de seguro está a ser pago pelo Estado (na prática). Uma vez mais, o que quero dizer é que não faz qualquer sentido que quem possa pagar não tenha que o fazer, quando a realidade demonstra que o Estado não tem condições para oferecer tudo a todos.

 

O Estado deve empenhar-se em atenuar desigualdades e não o seu contrário.

 

Se este Governo pretende ser (e não apenas parecer) de Esquerda, terá que rever profundamente os conceitos de Igualdade e Justiça Social.

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