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Contrário

oposto | discordante | inverso | reverso | avesso | antagónico | contra | vice-versa

Contrário

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RAPIDINHA

Diz o gajo que proibiu o exercício da actividade política a vários partidos da oposição e que cancelou a realização de eleições no seu país.

Estão todos tontos!

Este país anda possuído de frenesim. Deve ser um dos efeitos colaterais da pandemia. Desde há uns largos meses que a situação tem vindo a intensificar-se, e, agora, a histeria é generalizada.

A coisa torna-se mais evidente, sobretudo, no comportamento dos responsáveis políticos, das autoridades da saúde e, como sempre, da comunicação social que amplifica o frenesim.

A mais recente polémica tem a ver com o plano de vacinação contra a Covid-19 – plano que nem sequer existe – que, segundo consta, sugeria que os idosos com mais de 75 anos ficariam de fora do chamado grupo prioritário. Parece que o tal plano – aquele que não existe – contemplava para a primeira vaga da vacinação as pessoas que estão nos lares, bem como os profissionais a eles adstritos, os profissionais de saúde e das forças de segurança e as pessoas portadoras de doenças graves (entre os 50 e os 75 anos). Por esquecimento (ou talvez não), não incluíram os maiores de 75 anos.

O Primeiro-ministro foi a correr para as redes sociais e escreveu que “as vidas não têm prazo de validade” e que os idosos não podem ficar de fora dos prioritários. O Ministério da Saúde também fez saber que ainda não existe nenhum plano de vacinação validado, e que aquilo que existe é uma proposta elaborada por uma task force da DGS, mas que ainda não foi discutida.

Ao Presidente da República apontaram-lhe as câmaras e os microfones e ele – como comentador nato que é – apressou-se logo a dizer que isto de deixar os maiores de 75 anos de fora dos prioritários é uma “ideia tonta”.

E eu digo que está tudo tonto. Então estas entidades não falam entre si? Já era tempo de pedirem amizade uns aos outros nas redes e irem trocando umas ideias… Por que razão retomaram as reuniões no Infarmed? Só pra holofote ver? Eu fico assustado quando vejo os principais responsáveis políticos comportarem-se como se estivessem no recreio do jardim-de-infância.

Percebeu-se, portanto, que os responsáveis pela gestão da pandemia (políticos e não só) não fazem bem ideia de como as coisas estão a decorrer. Aquilo que deveriam estar a analisar e não a papaguear nas redes e na comunicação social era se vai haver vacinas suficientes para a primeira vaga de vacinação, na qual devem ser vacinados os prioritários. Isso é que importa saber.

Haverá ou não vacinas em quantidade suficiente para todos os prioritários que queiram ser vacinados logo na primeira fase? Convém não esquecer esse “pormenor” de que só será vacinado quem assim o desejar.

Mas há ainda outra situação inquietante. Assim, de um momento para o outro, fala-se de vacinação como se as vacinas já tivessem concluído todas as fases de testes. E como se já houvesse garantia de que as mesmas são realmente eficazes. Ora, como se sabe, a própria comunidade científica ainda não tem a certeza sobre a “real” eficácia das vacinas, principalmente em pessoas mais idosas e/ou mais vulneráveis. De repente, a eficácia e a segurança das vacinas deixou de ser um problema.

Uma coisa é certa, se a idade real dos portugueses correspondesse à idade mental dos principais intervenientes neste processo, a vacinação dos mais idosos nunca seria um problema, já que ninguém teria mais do que 14 anos.

Linha SNS (MEO) 24

A linha SNS 24 (808 24 24 24) é uma linha de serviço telefónico do Serviço Nacional de Saúde (SNS). Este centro de contacto do SNS tem assumido um papel preponderante na triagem e avaliação de sintomas da Covid-19. Claro que a linha não serve exclusivamente para situações relacionadas com a Covid-19, até porque a linha existe muito antes da pandemia, contudo, nos últimos tempos, o maior volume de chamadas prende-se com a Covid-19.

Eu achava que este centro de contacto do Serviço Nacional de Saúde era gerido pelo Ministério da Saúde, mas não, a Linha SNS 24 é gerida pela Altice. Ou seja, é uma empresa privada que gere um serviço público considerado essencial para a saúde dos portugueses.

Segundo consta, a Altice faz a gestão total da linha, incluindo a contratação e gestão dos recursos humanos a ela adstritos.

Qualquer dia, quem ligar para a Linha de Saúde 24 ainda vai ter que levar com um sermão sobre as vantagens em aderir a um dos pacotes do MEO.

Quem está imune ao vírus anti-PCP?

Eu achava que após a Festa do Avante já se havia atingido a imunidade de grupo em relação ao vírus anti-PCP que, ao que parece, continua a fazer muitas vítimas. Prova disso são as inúmeras reacções negativas face à realização do Congresso do PCP, agendado para o próximo fim-de-semana.

Eu não tenho bem a certeza se aqueles que não estão imunes ao vírus desejam a imunização, ou se aqueles que já estão infectados pretendem a cura, contudo, vou tentar deixar aqui a vacina e o respectivo antiviral. Só para o caso.

Importa recordar que a realização do congresso não depende da vontade do governo ou de qualquer outra entidade. Desde que no respeito pelas regras impostas pelas autoridades da saúde, cabe ao PCP e só ao PCP decidir se pretende ou não realizar o congresso. Portanto, dizer que o governo está a dar tratamento privilegiado ao PCP não só é de muito mau gosto, como é uma vergonhosa mentira. Há quem vá mais longe – e não andemos com pezinhos de lã, a própria comunicação social – e se alvitre a sugerir que se trata de um “pagamento” pelo facto de o PCP deixar passar o Orçamento do Estado. Haja lata. Como se o PCP fosse um partido que estivesse à venda e como se a realização do congresso pudesse sequer constituir alguma forma de pagamento que, como já referi, não é. Emana da lei. Pensem lá, que sentido faria o PCP fazer um favor ao governo com o objectivo de obter uma putativa aprovação, da qual não necessita? Enfim.

Há também aqueles que dizem que o PCP não deveria poder realizar o seu congresso, numa altura em que vigora o estado de emergência e no decorrer de um fim-de-semana em que está em vigor o recolher obrigatório. Essas pessoas dizem que o PCP não deveria ter mais direitos que os demais portugueses. Convém explicar a essas pessoas que o PCP é um partido que, tal como todos os outros partidos, possui direitos que os demais portugueses, individual ou colectivamente, não possuem, nomeadamente o direito à actividade política, na qual a realização do congresso se enquadra. E é por essa razão que o PCP (ou qualquer outro partido) pode realizar o seu congresso no decorrer de uma pandemia, de uma situação de estado de emergência, ou qualquer outra situação.

Há ainda os que invocam uma fingida preocupação com os nefastos efeitos que a atitude levada a cabo pelo PCP em realizar agora o congresso possa acarretar para a imagem do partido. Alegam que os portugueses não vão entender (porque são burros, julgarão eles) a razão pela qual o PCP tem direito a realizar o seu congresso e, além disso, podem pensar que só têm direito a realizar o seu congresso porque António Costa lhes devolveu o favor. Ora, como já foi referido isso não é verdade. Mas o mais espantoso é esta gente querer convencer-nos de que estão preocupados com a imagem do PCP. Portanto, são “anti-PCP” obsessivo-compulsivos – não por vontade própria, só por culpa do vírus que anda aí – mas muito preocupados com o mal que esta decisão pode causar à imagem do partido.

Curiosamente, ninguém salienta razões de saúde pública, se calhar porque não existem razões para muita preocupação. As razões invocadas são sempre de cariz político, ora, se o âmbito de apreciação sobre o assunto cai exclusivamente no campo político, então, estamos conversados. Se há razões que nunca podem ser invocadas para tentar evitar a realização de um evento desta natureza são as de ordem política.

Já as relacionadas com a saúde pública poderiam ter maior aceitação, enquanto mera opinião, claro. No entanto, seria muito difícil sustentar uma posição contrária à realização do congresso do PCP com base nas mesmas, uma vez que são inúmeras as situações potencialmente geradoras de surtos de contágio, que ocorrem todos os dias e ninguém se manifesta contra.

No congresso do PCP (que durará um fim-de-semana) estarão no máximo 600 pessoas, todas sujeitas a apertadas medidas de circulação e permanência no recinto. Se pensarmos que, por exemplo, todos os dias (excepto fins-de-semana), por todo o país, existem inúmeros estabelecimentos de ensino onde se aglomeram tantas ou mais pessoas e onde as regras não são tão rígidas, nem tão cumpridas… É fazer as contas…

Estou certo que os “anti-PCP” também andam por aí a exigir o encerramento das escolas e faculdades.

Afinal o Pingo Doce tinha razão (e eu também)

O Pingo Doce tinha toda a razão ao querer antecipar o horário de abertura das suas lojas para as 6h30. Eu diria que o ideal seria que as lojas Pingo Doce nunca fechassem, assim, os enfermeiros que trabalham na Linha SNS24 teriam a certeza de que poderiam descontar os vales de compras que lhes pretendem atribuir a título de prémio temporário, durante a pandemia.

Segundo consta, os enfermeiros que trabalharem mais de 40 horas semanais receberão um prémio entre os 25 e os 100 euros, em vales de compra a descontar na cadeia de lojas Pingo Doce. Ora, quem não quer um “valezinho” de compras do Pingo Doce? Com um docinho destes, certamente não faltarão enfermeiros a querer duplicar os turnos. No entanto, se por um lado, trabalhar mais dá direito ao vale, por outro, retira tempo para ir às compras. Daí a necessidade de manter as lojas Pingo Doce abertas 24 horas por dia, para que os enfermeiros possam ir às compras.

Naturalmente que os funcionários do Pingo Doce também teriam que trabalhar mais horas. Estou certo que nenhum se recusaria a tal empreitada, desde que, também eles tivessem direito ao recebimento de vales de compra no Pingo Doce, como forma de retribuição pelo esforço. Isso, ou então uma mantinha e umas pantufas quentinhas para poderem fazer uma soneca nos tempos mais mortos.

Em Abril de 2019, eu escrevi, aqui, o seguinte: “Novo estudo defende que a sustentabilidade da Segurança Social passa pelo pagamento em vales de compra no Pingo Doce”. Tratava-se de um estudo realizado pela Fundação Chico-Esperto dos Santos (FCES), a que só o Contrário teve acesso e que na altura ninguém deu credibilidade.

O estudo de então alertava para o facto de a sustentabilidade futura da Segurança Social estar dependente do pagamento das pensões em vales de compra no Pingo Doce. Bem, agora confirma-se que não devemos estar muito longe disso, uma vez que os problemas do SNS já começam a ser resolvidos dessa forma.

Aquele brunch estava espantífico

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“Ai aquele brunch de ontem, mesmo antes do recolher obrigatório estava realmente espantífico. Ele era ovos mexidos, salsicha da boa - o meu marido só gosta da fresca -, mortadela, queijo farolado (fatiado + enrolado) e ainda um coquetel de chorar por mais”.

As instruções eram para se ficar em casa, só sair à rua para fazer o essencial. Mas, algumas pessoas (como o Tó e a Bé) têm necessidades absolutamente imprespensáveis, como participar num fabulástico brunch. É claro que o Tó e a Bé não são indiferentes aos números cada vez mais assustadores da pandemia, eles só estão muito preocupados  com a situação difícil que os restaurantes e cafés atravessam. Então, decidiram sair de casa para tomar um brunch, só para ajudar os senhores dos restaurantes, pois claro. Além disso, o Bernardo Manuel e a Matilde insistiram tanto, que os seus papás não podiam dizer que não, mesmo num dia em que a meteorologia convidada a ficar por casa todo o dia, em pijama e pantufas. Mas a solidariedade com os senhores do restaurante foi mais forte.

Podiam o Tó ou a Bé ir buscar a comidinha para consumir em casa sossegadinhos e protegidos (e, assim, ajudavam na mesma os senhores do restaurante)? Poder até podiam, mas não era a mesma coisa, não é verdade?

Numa altura em que os números da pandemia começam a colocar o SNS sobre elevadíssima pressão e o número de mortes não pára de aumentar, não há nada como ir espairecer a cabecinha para dentro de um estabelecimento comercial – fechado, obviamente – onde se encontram dezenas de pessoas sem máscara a conversar uns com os outros, enquanto deglutem o tão desejado brunch.

As câmaras da TV estiveram lá para registar o momento, infelizmente as suas objectivas não têm capacidade suficiente para captar os milhares de salpicos de saliva – potencialmente contagiosos – que sobrevoavam a sala daquele espaço comercial. Especial atenção para o facto de alguns clientes estarem a saborear o repasto no balcão superior, que funciona como uma espécie de terraço lança-perdigotos sobre o piso inferior.

De notar ainda que o caso aqui referido como exemplo passou-se na Póvoa de Varzim, um dos concelhos mais afectados pela pandemia durante as últimas semanas.

De volta à malapata

A selecção nacional de futebol voltou a ser eliminada pela selecção francesa. É certo que ainda falta uma jornada para completar a fase de grupos, mas a passagem à final a quatro da Liga das Nações estava a ser decidida apenas entre Portugal e França. E o jogo de ontem era, à partida, praticamente decisivo e, como se viu, acabou por sê-lo.

O saldo da selecção portuguesa nos embates com a França é bastante negativo, mas depois da vitória conseguida em 2016, na final do Europeu, em França, parecia que, finalmente, Portugal tinha perdido o medo de defrontar os gauleses. Sim, porque durante décadas, o medo que a selecção portuguesa demonstrava quando defrontava a França era mais do que evidente.

O jogo de ontem era para vencer e arrumar a questão, contudo, durante toda a semana o discurso que mais se ouviu apontava para que a selecção portuguesa entrasse no jogo para empatar a zero, porque isso garantia a continuidade de Portugal na frente da classificação, embora não garantisse a passagem à fase final. Ora, era mais do que expectável que a França não viesse interessada num empate e, considerando a forma como decorreu o jogo em França, há pouco mais de um mês, seria também expectável que Portugal entrasse no jogo de ontem focado na vitória, só na vitória.

Desde cedo se percebeu que a única equipa interessada em vencer o jogo de ontem à noite era a francesa, sendo que ficou demasiado evidente que a estratégia da selecção portuguesa era mesmo o empate a zero bolas. Pois bem, quando se joga sem ambição e com o foco no empate, normalmente acaba-se por perder. Foi o que aconteceu.

Estratégias à parte, o que será que leva um seleccionador de uma equipa que, depois de estar a perder e a precisar de vencer o jogo, resolve fazer duas substituições a cinco minutos do final da partida? Esperava um milagre? Ou foi só para perder tempo?

Alô República, está por aí o Presidente?

Ainda não percebi por que razão as regiões autónomas têm representantes da república. Mas, admitindo que é mesmo necessário manter um batalhão de pessoas a fazer a manutenção dos requintados solares e palácios insulares, por que razão não é o próprio Presidente da República a proceder à indigitação do Governo Regional das Regiões Autónomas? Acho que a importância e a solenidade do momento assim o exigiam.

Depois da trapalhada que aconteceu após as eleições regionais açorianas, está visto que o senhor Representante da República que por lá se encontra não tem as competências necessárias para o exercício de tais funções. Primeiro, porque decidiu indigitar um novo governo sem que a nova Assembleia Regional recém-eleita tivesse sido constituída e, acima de tudo, sem que se tivesse pronunciado sobre quem deve assumir as funções governativas. Não esqueçamos que as recentes eleições serviram para isso mesmo, isto é, para eleger os deputados regionais que vão formar a nova Assembleia Regional. E aí, na Assembleia Regional e em nenhuma outra instituição, é que se dá a formação do novo Governo Regional. A indigitação do governo é o passo seguinte.

O senhor Pedro Catarino – o Representante da República, nomeado por Marcelo Rebelo de Sousa – decidiu avançar capítulos, ignorando as regras e as competências atribuídas ao parlamento açoriano. Portanto, passou por cima das competências do parlamento açoriano.

Segundo, porque o senhor Representante da República não tornou público os termos do acordo celebrado entre os partidos PSD, CDS, PPM, IL e Chega, algo que só veio acentuar ainda mais o imbróglio.

Neste momento, as atenções viram-se todas para o senhor Presidente da República. Estranha-se que ainda não tenha dito nada sobre o assunto, logo ele que opina sobre tudo e mais alguma coisa.

Eu diria que Marcelo Rebelo de Sousa tem o dever de exonerar o senhor Pedro Catarino, porque este demonstrou claramente não estar à altura das suas funções. Contudo, creio que a maioria dos portugueses dar-se-ia por satisfeita se Marcelo se ficasse pelo simples “puxão de orelhas” ao senhor Representante da República, instigando-o a tornar público o acordo celebrado entre as diferentes partes.

Veremos se Marcelo terá a coragem e a hombridade de cumprir com o dever de respeitar e fazer respeitar a República, da qual os Açores ainda fazem parte. Ou, por outro lado, se vai seguir o exemplo do seu partido - o PSD - e fazer de conta que nos Açores se joga a terceira divisão da Democracia.

A lição das eleições americanas

Uma vez mais devo começar pela minha habitual declaração de interesse, no que às eleições norte-americanas diz respeito. Sinceramente não reconheço grande importância às escolhas que os norte-americanos fazem para a presidência do seu país. A este assunto costumo dedicar uma atenção de índole recreativa. Contudo, interessa-me aquilo que por aqui se diz sobre o assunto, porque isso demonstra um padrão de raciocínio que invariavelmente se repete na avaliação das questões nacionais.

Uma das coisas que mais tenho lido e ouvido é que Portugal tem muito a aprender com as eleições americanas. Bem, se tivermos em conta a forte componente hollywoodesca que os camones conferem à coisa, aí sim, temos muito que aprender. No resto, não estou a ver que lições poderemos retirar daquela comediografia. Eu diria que as eleições americanas ensinam-nos tanto como os actos eleitorais que decorrem na Costa do Marfim ou na Guiné-Conacri. Mas cada um saberá de quem leva lições.

Entretanto, há um facto que ainda não vi ninguém abordar, mas que tem o seu interesse, sobretudo para perceber como determinadas pessoas assumem comportamentos completamente díspares face a situações semelhantes.

Vejamos, em 2016, muito se falou na eventual interferência russa na eleição presidencial dos EUA. Depois de os resultados eleitorais terem determinado a vitória de Trump, foram muitos os que não tiveram dúvidas de que a eleição havia sido manipulada por Putin. Agora, os mesmos que em 2016 não tinham qualquer dúvida sobre a fraude eleitoral são os mesmos que não admitem qualquer possibilidade de falsificação nos votos por correspondência.

Portanto, há pessoas que atribuem maior plausibilidade ao facto de Putin ter o poder de conseguir ludibriar o mais avançado serviço de inteligência e invadir o mais sofisticado sistema de segurança do mundo e, dessa forma, decidir o resultado de uma eleição presidencial dos EUA, do que uma eventual falsificação de boletins de votos por correspondência. Falsificar boletins de voto? Pode lá ser…

Todos sabemos que os votos por correspondência foram transportados pelos mais competentes e imparciais pombos-correio da USPS, mas tendo a aceitar que esta segunda suposição é bem mais verosímil, porque apesar de os pombos-correio serem muito profissionais e honestos, nunca se sabe o que pode acontecer aquando das suas paragens para abastecimento nos infindáveis campos de milho.

Eu não ponho as mãos no fogo por nenhuma das situações. Considero que ambas podem ter acontecido, como podem ser pura invenção de quem não gostou de perder. O que eu não aceito é que alguém possa dizer que uma coisa aconteceu e a outra não, quando não há evidências que sustentem qualquer uma delas. Pelo menos até agora.

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