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Contrário

oposto | discordante | inverso | reverso | avesso | antagónico | contra | vice-versa

Contrário

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RAPIDINHA

Diz o gajo que proibiu o exercício da actividade política a vários partidos da oposição e que cancelou a realização de eleições no seu país.

O bem público muito bem patenteado

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Marcelo Rebelo de Sousa, que entende que o levantamento das patentes das vacinas não resolve o problema da escassez das mesmas é o mesmo que - no discurso das Nações Unidas – defende que as vacinas devem ser um bem público.

Marcelo entende que as vacinas devem ser um bem público à escala mundial, mas só na condição de serem um bem público patenteado e muito bem pago.

Mesmo à patrão

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Os patrões querem testes obrigatórios nas empresas, para todos os trabalhadores não vacinados. A CIP – para que conste, é a sigla que identifica a Confederação “Impresarial” de Portugal – pretende ainda que o custo da realização dos testes seja suportado pelos funcionários. António Saraiva sustenta que há uma “vacina gratuita”, pelo que quem a recusa deve fazer testes regulares e suportar esse custo.

Primeiro, importa recordar que vários estudos científicos, repito, estudos científicos, daqueles feitos por cientistas e tudo, estão a ver, já confirmaram que o vírus continua a ser transmitido também pela população vacinada. Só este facto, por si só, já seria razão mais do que suficiente para nem sequer se perder tempo com este tipo de alarvidades.

Segundo, se considerarmos os dados apresentados pela DGS e as suas previsões no muito curto prazo, rapidamente se conclui que a população activa não vacinada é completamente insignificante, pelo que esta proposta dos patrões é uma autêntica parvoíce.

Terceiro, se a vacina é eficaz, por que razão uma pessoa vacinada há-de sentir-se insegura e com medo, quando está perto de uma pessoa não vacinada, como alega o representante dos patrões? E, já agora, aquela maioria da população activa (aceitemos a inclusão dos próprios patrões) que tem filhos e/ou netos com idades inferiores a 12 anos, com quem convivem e coabitam, também se sentem ameaçados pela muito improvável proximidade de um colega de trabalho não vacinado?

Quarto, há que considerar ainda o facto de que algumas pessoas que optaram por não se vacinar fizeram-no porque já tiveram a doença e, como também sabemos, vários estudos científicos - daqueles feitos por cientistas -, demonstraram que muitas pessoas que recuperam da Covid-19 apresentam um grau de imunização superior ao conferido pelas vacinas. Imagine-se a estupidez que é exigir a realização de um teste a uma pessoa que até pode apresentar menor perigo para a transmissão do vírus do que a pessoa que está vacinada.

Portanto, só mesmo os tiques de autoritarismo podem levar alguém sequer a cogitar semelhante coisa.

Quinto – é a cereja no topo do bolo -, os patrõezinhos dizem que a as vacinas são gratuitas. Os patrõezinhos – sempre encostados ao Estado – têm esse péssimo hábito de achar que tudo o que vem do Estado é de borla (eu nem quero imaginar o que esta gente vai fazer com o jorro do PRR). Não, as vacinas não são gratuitas. Não só não são gratuitas, como são extremamente caras. E até sofreram um brutal aumento de preço há bem pouco tempo.

Mesmo à patrão.

Quem não os conhece que os compre

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Pedro Pinto Leite, da DGS, disse que “por cada cinco casos de Covid-19 internados em enfermarias, quatro não tinham o esquema vacinal completo” e “ por cada 15 internamentos em UCI, 14 não tinham o esquema vacinal completo”.

Saliente-se o facto de estes dados respeitarem apenas à primeira semana do passado mês de Agosto. E, agora, questione-se o facto de "o perito” ter usado a primeira semana se Agosto e não um período mais extenso que englobasse – pelo menos – as duas últimas semanas (com uma taxa de vacinação mais elevada).

Agora, atentemos nos números apresentados. Com o objectivo de enfatizar a vacinação, a DGS informa que 80% dos internamentos em enfermaria são pessoas sem vacinação e/ou sem vacinação completa, sendo que em UCI a percentagem sobe para 93%. Contudo, a DGS não fez – como não tem feito NUNCA – qualquer menção à situação vacinal das pessoas que faleceram. Sabe-se, por vias não oficiais, que quase todas (senão mesmo, todas) as mortes por Covid-19 verificadas nos últimos meses são de pessoas com vacinação completa.

Portanto, quando a autoridade da saúde usa este tipo de manobra para desvirtuar a situação real, é de se ficar preocupado, com certeza que é de se ficar preocupado.

Afinal já lhe caiu a máscara

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Marcelo disse que se sente feliz porque vai para uma reunião no Infarmed (hoje) com a melhor situação do último ano e meio. E acrescentou: “eu ia sempre com o coração pequeno e às vezes pequeníssimo, para as reuniões do Infarmed, tais os números de casos, tais os números de internamentos e de cuidados intensivos e tais os números de mortes”.

No ano passado, na reunião de peritos realizada a 7 de Setembro, na qual Marcelo esteve presente, o cenário era o seguinte:

Novos casos: 249

Internamentos: 381

UCI: 49

Mortes: 3

Agora os números que fazem Marcelo sorrir e afirmar que é a melhor situação do último ano e meio.

Novos casos: 1062

Internamentos: 497

UCI: 103

Mortes: 6

Podem dizer: “Mas agora temos mais de 80% vacinados e uma variante mais contagiosa”.

Ao que eu respondo: “Precisamente”.

Já agora, não foi Marcelo que disse que seria “o último a retirar a máscara”?

A bola de cristal de António Costa e outros reflexos

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António Costa tem uma bola de cristal, o problema é que a mesma não ajuda a prever acontecimentos futuros, apenas reflecte as qualidades de quem para ela olha: vaidade, impreparação, imprudência, insensatez, etc.

Até há bem pouco tempo, o governo de António Costa e as autoridades da saúde que dele dependem não davam muita importância à taxa de vacinação, na avaliação dos riscos da pandemia, apenas se socorriam da famigerada “matriz de risco”, que considerava apenas a incidência e a transmissibilidade. Agora, a incidência, a transmissibilidade, o número de doentes internados e o número de mortes já não interessa. Não. Agora, a única coisa que importa é a taxa de vacinação. E apenas isso.

Considerar que uma elevada taxa de vacinação – com uma clara e cientificamente comprovada diminuição da eficácia das vacinas - é razão suficiente (e única) para dar a pandemia como controlada significa não ter aprendido nada ao longo de todo este tempo.

A directora-geral da saúde, Graças Freitas, até já veio dizer que os boletins diários com a actualização dos números da pandemia vão deixar de ser emitidos. Diz que dá muito trabalho. Agora, o único dado que interessa é martelar que estamos quase com 85% da população completamente vacinada.

O coordenador da task force, Gouveia e Melo, como é seu hábito, também proferiu uma série de disparates que só visto (ou lido, aqui), dos quais se salienta a seguinte tontice: “Portugal já venceu este vírus”.

Para coroar a profunda alienação mental que acometeu toda esta gente, o Primeiro-ministro insiste na ideia de que estamos no “ponto de viragem", que “a pandemia está controlada”, que “o próximo ano (escolar) vai decorrer sem qualquer sobressalto”, que “o país está a um pequeno passo de vencer a pandemia”.

E ainda, claro, Marcelo Rebelo de Sousa, com palavreado de pós-pandemia, chegando mesmo a afirmar que, agora, "parece outro mundo".

Este tipo de afirmações e de decisões são ainda mais perigosas do que aquelas que são protagonizadas pelos negacionistas. Muito pior que termos meia dúzia de idiotas a dizer que a pandemia não é real e que o vírus não existe é termos as autoridades – não menos idiotas - a comportarem-se de forma tão irresponsável, usando a meta dos 85% vacinados como o assinalável momento de vitória sobre o vírus. Bem, pior que aturar os negacionistas da pandemia – que a mim só me fazem rir – é constatar que o país é governado por fundamentalistas de uma vacina que já provou não ter a eficácia suficiente para terminar com a pandemia.

Estamos no arranque de um novo ano lectivo que, como sabemos, coincide com a chegada das estações mais frias e húmidas que, como também sabemos, são propícias ao incremento da acção dos vírus respiratórios. E esta gente fala em vitória sobre o vírus, controlo da pandemia e regresso à normalidade.

No ano passado, por esta altura, com uma taxa de vacinação nula, os números da pandemia – aqueles que Graça Freitas vai escamotear em breve – eram bem mais simpáticos do que aqueles que agora se enfrenta, com uma taxa de vacinação acima de 80%.

Eu não tenho uma bola de cristal, mas parece-me que seria muito mais avisado manter um discurso cauteloso e não abandonar determinadas medidas de prevenção, pelo menos até ao final do Inverno. Aí sim, já se poderá ter uma boa base de comparação, para perceber os reais efeitos da vacinação. Nessa altura é que se vai poder dizer se o processo de vacinação foi uma vitória sobre o vírus e se a pandemia está ou não está controlada. Dizê-lo agora é simplesmente patético. E com consequências.

Os números pouco rigorosos da DGS

O mais recente relatório de vacinação publicado pela DGS indica o seguinte:

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Como é possível haver uma taxa de 100% na vacinação completa, nas faixas etárias acima dos 65 anos, quando o número de pessoas com vacinação completa é inferior ao número de pessoas com uma dose?

Pior que isso é afirmar que 100% da população acima dos 65 anos já se encontra vacinada, quando existem muitas pessoas que ainda não receberam qualquer dose. Eu conheço várias.

E depois temos notícias assim:

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Não, Portugal não tem todos os idosos vacinados.

 

Mourinho, eu e o mundo ao contrário

No passado Domingo, José Mourinho cumpriu o seu jogo número 1000 enquanto treinador de futebol, e foi o que se viu, notícias por todo lado a dar conta da efeméride.

Curiosamente, três dias antes, aqui o Contrário cumpria o seu "post" número 1000, e sobre essa marca histórica nem um pequeno apontamento.

Este mundo está mesmo virado do avesso. Ao "contrário"...

António Costa perdeu o juízo de vez

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O Primeiro-ministro disse o seguinte:

“Passados estes meses, chegamos a uma fase em que, graças ao sucesso da vacinação, estamos a poucas semanas de poder dar esta pandemia como controlada, porque garantimos que a esmagadora maioria das portuguesas e dos portugueses está imunizada contra o vírus”.

Bem, logo à partida, podemos questionar se a vacinação está a ser mesmo um sucesso. Na minha opinião, não está. Desde logo, porque apesar de Portugal ser um dos países mais à frente na quantidade de pessoas vacinadas, nove meses para vacinar 85% da população contra um vírus pandémico é demasiado tempo. Imagine-se então o nível de insucesso que está a ser o processo de vacinação global, em todo o mundo.

E por falar em mundo, convinha que António Costa se lembrasse que o controlo de uma pandemia não depende daquilo que se passa num só país, ou 10, ou 50. Uma pandemia é um fenómeno com uma distribuição universal (ou próxima disso), para que esteja controlada é necessário que todos os países exibam um muito elevado nível de eficácia no combate à transmissão do vírus, algo que está longe de acontecer mesmo em Portugal, que apresenta uma elevada taxa de vacinação.

O problema é que as vacinas disponíveis não têm um efeito esterilizante, ou seja, não impedem que as pessoas vacinadas não possam ser portadoras, desenvolver a doença e serem transmissoras do vírus, daí que António Costa comete mais uma atrocidade – apenas mais uma, entre as muitas que já cometeu nesta matéria – ao dizer que “garantimos que a esmagadora maioria das portuguesas e dos portugueses está imunizada contra o vírus”. Mentira, senhor Primeiro-ministro. A maioria da população não está imunizada, quando muito, apresenta alguma protecção contra o vírus, algo que é bem diferente.

As vacinas parecem apresentar algum nível de protecção, mas não se sabe exactamente qual o grau dessa protecção. Aquilo que está bem à vista de todos – e cientificamente demonstrado - é que o efeito protector das vacinas foi diminuindo significativamente, à medida que foram surgindo novas variantes. E, também está à vista de todos, que outras novas variantes irão surgir, para as quais as actuais vacinas podem conferir muito pouca protecção. Daí a necessidade de manter a prudência, nos actos e nas palavras, sobretudo nas palavras que provêm da boca das autoridades.

Há uma coisa que parece cada vez mais óbvia, a de que não será certamente com as actuais vacinas que a pandemia será controlada. Pelo que, olhando para a situação actual, em Portugal e no resto do mundo, é absolutamente disparatado falar em controlo da pandemia “dentro de poucas semanas”. Aliás, serão as próximas estações (Outono e, sobretudo, o Inverno) e não as próximas semanas que vão demonstrar o grau de sucesso da vacinação.

Aquilo que provavelmente acontecerá dentro de poucas semanas é termos o Partido Socialista a controlar, uma vez mais, a maioria das autarquias deste país. António Costa anda tão alucinado que deve ter feito confusão nas pandemias.

Moreira da Silva na fase de treinos livres

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Jorge Moreira da Silva - que tem uma humildade do tamanho... dele próprio - acabou de lançar um livro sobre... ele próprio como ser um líder político. Desenganem-se aqueles que pensam que Moreira da Silva está a pôr-se em bicos de pés, para que notem que também ele é um putativo candidato à liderança do PSD.

Não, nada disso. Moreira da Silva disse que não é o momento para falar sobre a liderança do PSD, acrescentando que "precisamos de líderes servidores" e de "menos partidarite".

Jorge Moreira da Silva é também o político que disse: "liderar o PSD é pilotar um Fórmula 1".

É verdade, sim senhor. É como pilotar o Coloni do Pedro Matos Chaves.

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