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Contrário

oposto | discordante | inverso | reverso | avesso | antagónico | contra | vice-versa

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RAPIDINHA

COMO SE FOSSE NORMAL. Uma UE promotora da corrupção, da fuga de capitais e da lavagem de dinheiro. Uma UE ao serviço das elites, dos grandes grupos económicos, dos oligarcas e das máfias. Viva o "belo jardim" que é a União Europeia!

“O Benfica não foi tido nem achado…”

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O presidente do Benfica, Rui Costa, no final do jogo frente à Belenenses SAD veio dizer que “o Benfica não foi tido nem achado para adiar o jogo”. Disse também que “em circunstância alguma o Benfica é responsável por esta página negra que nos envergonha a todos”. E ainda acrescentou: “fomos obrigados a ir a jogo, não nos agradou jogar assim…”.

Rui Costa bem pode pregar aos convertidos, o que é facto é que o Benfica não solicitou o adiamento do jogo. O Benfica é um dos intervenientes da partida e sabia perfeitamente das condições em que ela se iria realizar, o mínimo que deveria ter feito era solicitar o adiamento do jogo e, apenas sob a ameaça de perda de pontos ou outras penalizações é que deveria entrar em campo.

Outro facto é constatar que a realização do jogo serviu – e muito – os intentos do Benfica, que não estava minimamente interessado em adiar o jogo para uma altura em que provavelmente terá um calendário mais apertado. E também porque o próximo jogo é frente ao rival Sporting, pelo que não interessava mesmo nada ao Benfica chegar a esse embate com mais pontos em atraso – é aquele efeito psicológico.

Resta saber se a Belenenses SAD foi ou não conivente com a vergonha. Segundo o seu presidente, a B SAD solicitou o adiamento do jogo, contudo, a Liga de Clubes diz que não. Ficará a dúvida…

Obviamente que competia à Liga de Clubes decidir sobre o adiamento do jogo, isso nem sequer tem discussão. Agora, o Benfica dizer que “não foi tido nem achado”, quando é um dos intervenientes na partida e que nada fez para demonstrar o seu desagrado com a realização da mesma, isso já é querer tomar-nos por parvos. O Benfica fez-se de cego, surdo e mudo e deixou a coisa correr, porque ela corria a seu favor.

Depois da falha do preservativo, a pílula do dia seguinte

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É assim que se pode resumir, numa só frase, a postura do governo face aos Natais, o do ano passado e o deste ano. Como todos se recordam, no ano passado, o governo quis "salvar o Natal", tendo incentivado fortemente – e não vale a pena tentar negá-lo – “o tão desejado reencontro familiar”. Sim, também disseram para estar sem máscara o menor tempo possível e para se reunirem em espaços arejados, como se isso fosse possível.

Certamente que todos se recordam do desastre que se seguiu à época natalícia. Pois bem, este ano o governo já decidiu que vai avançar com uma medida adicional, no sentido de travar o mais do que certo descontrolo pandémico no período pós-Natal. Este ano – na verdade será no início de Janeiro do próximo – o governo vai avançar com uma “semana de contenção” de contactos. António Costa disse que “depois de um período de intenso contacto e convívio familiar” é preciso evitar o cruzamento de pessoas de diferentes famílias.

Ou seja, no ano passado, foi como se o governo e as autoridades da saúde tivessem dito que o preservativo é para usar sempre, excepto no Natal. Como o resultado que se seguiu foi um desastre, este ano, o governo opta por adicionar aos excessos e à falta de protecção na farra natalícia, uma nova medida, a “semana de contenção”. Portanto, no Natal passado foi a falha do preservativo. Este ano, apesar de o governo continuar a arriscar na falha do preservativo - porque é Natal - decidiu apostar tudo na pílula do dia seguinte, pelo que não há razão para alarme, excepto uma ou outra clamídia ou gonorreia.

Isto é para quem defende os certificados de vacinação

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Como sabemos, todos (ou quase todos) os governos implementaram a obrigatoriedade de apresentação de um certificado de vacinação, para que os cidadãos possam aceder a uma série de serviços. Ou seja, para que possam usufruir de um direito que deve assistir a todos – a Liberdade.

A base de sustentação para a implementação desta medida é a de que uma pessoa vacinada tem uma menor - muito menor, dizem eles – probabilidade de propagar o vírus na comunidade, face à probabilidade de uma pessoa não vacinada.

Como se pode verificar, a partir dos dados disponíveis, a vacinação não tem qualquer impacto na diminuição da propagação do vírus. Antes pelo contrário, a ideia de que por se estar vacinado e, consequentemente ser portador de um certificado de vacinação só faz com que as pessoas vacinadas baixem a guarda e propaguem ainda mais o vírus. E, uma vez mais, o governo português vai continuar a depositar toda a sua fé nos certificados de vacinação e no divisionismo para combater a pandemia – aquela que eles garantiram que tinha acabado.

O gráfico acima apresenta o caso de Gibraltar, em que mais de 99% da população tem a vacinação completa e onde a maioria das pessoas já recebeu a dose de reforço – a terceira dose. E nesse cenário, Gibraltar apresenta cinco vezes mais casos de Covid-19 do que no ano passado por esta altura.

Áustria: há sempre uma segunda primeira vez

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Na Áustria, há alguns dias, o chanceler Schallenberg começou por determinar o confinamento das pessoas não vacinadas. Neste momento, toda a população está em confinamento, sendo que os vacinados só deverão permanecer nesta situação até ao próximo dia 12 de Dezembro. Os não vacinados - esses seres de raça inferior - vão continuar em confinamento por tempo indeterminado. Pior ainda, o chanceler determinou que a vacinação contra a Covid-19 passa a ser obrigatória para toda a população com idade superior a 12 anos, até Fevereiro. O chanceler disse que deu tempo às pessoas para que decidissem tomar a vacina e, como não o fizeram na medida que ele pretendia, então decidiu torná-la obrigatória. Ou seja, aquilo que ele disse foi algo do tipo: “como vocês não fizeram voluntariamente aquilo que eu quero, agora vão ter que o fazer nem que não queiram”.

Aquilo que mais assusta no meio de todo este abuso de poder é o facto de ninguém, nenhum líder – se é que ainda os há – ter condenado este tipo de medidas, que só servem para dividir a sociedade. Reparem, qual a razão de criar uma divisão desta natureza, quando está mais do que provado que a população vacinada também propaga o vírus?

Pior que não condenar os autoritarismos é considerar seguir-lhes o exemplo. Por exemplo, a Alemanha – curioso – está a considerar tomar o mesmo tipo de medidas. As autoridades alemãs até anunciaram que no final do Inverno, as pessoas ou estarão vacinadas, ou recuperadas da doença ou mortas. Como se alguém pudesse fazer uma previsão desta natureza. Obviamente que uma parte considerável da população não estará em nenhuma das condições previstas pelas autoridades alemãs. Mas mesmo que essa previsão fizesse sentido, a verdade é que a esmagadora maioria das mortes verificar-se-á na população vacinada e não o contrário, como pretendem fazer crer.

Outros países europeus estão a avançar com imposições restritivas, principalmente para perseguir e penalizar uma parte da população, a que não está vacinada. Vejamos, seja qual for a razão que leva um cidadão a rejeitar a vacina, essa escolha deve ser respeitada e esse cidadão não deve em caso algum ser marginalizado pela sua escolha, sobretudo porque as vacinas em causa não têm o efeito desejado na protecção contra a doença grave, muito menos no impedimento da propagação do vírus, que muitos estudos científicos sustentam que é nula. E, convenhamos, apesar de estarmos na presença de uma nova doença, perigosa e com uma taxa de mortalidade considerável, os números (desde o início) não apontam para medidas tão drásticas, as que levam à segregação da população e que ponham em causa o sistema democrático.

Eu até sou a favor da implementação de medidas restritivas para controlar a pandemia. Acho até que Portugal já deveria ter avançado com mais restrições, mas com uma singela diferença, a de que essas restrições devem dirigir-se a toda a população por igual e não apenas para alguns.

Insistir em divisionismos, enviando apenas os não vacinados para uma espécie de prisão domiciliária, nalguns casos fazendo-os perder os seus empregos, sem que haja qualquer evidência científica de que essa população propaga mais o vírus do que os demais, significa apenas que os governos estão – nesta pandemia - ao serviço de um sistema capitalista ávido por dinheiro, sedento de poder e controlo absoluto. E não ao serviço dos cidadãos. A verdade é que, provavelmente estamos a assistir a uma “praga de vacinados” e não o contrário. “Praga de vacinados”, na medida em que uma grande parte da população vacinada é a que mais desrespeita as regras da etiqueta respiratória, do distanciamento físico, etc. Não é novidade para ninguém que a maioria da população vacinada considera que já não tem que cumprir com as regras, por achar que está protegida e que não contagia. Aliás, aquilo a que estamos a assistir na Europa e que começa (só) agora a verificar-se em Portugal (porque o Verão durou até muito mais tarde), ou seja, o aumento drástico dos números da pandemia, muito se deve a essa coisa absurda que se chama passe sanitário ou certificado digital.

Em suma, a Áustria foi, “uma vez mais”, a primeira vítima desta nova onda de fascismo supremo, desta feita baseado na pretensa primazia da raça vacinado. Assistamos de braços cruzados até onde esta onda fascizante consegue chegar.

Entretanto, lanço uma vez mais o repto à “brigada dos precedentes”, para que venham para a praça pública espumar-se contra este tipo de autoritarismos. É que já os vi em situações de pré-síncope por muito menos. Muitíssimo menos.

O jornalismo falacioso continua

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No Jornal da Tarde da Sic de hoje, o jornalista Bento Rodrigues introduziu uma reportagem dizendo o seguinte: “Os internamentos em cuidados intensivos estão a subir de forma cada vez mais preocupante. Nesta altura há 93 pessoas e há unidades em que a maioria das pessoas não receberam a vacina”. Pois, ele deveria ter dito “recebeu” e não “receberam”, mas, não sejamos tão exigentes com um jornalista.

O mais grave problema na sua afirmação nem é o erro de português, mas sim o objectivo claro e inequívoco de atirar para cima das pessoas não vacinadas – que são uma minoria, em Portugal – a questão do agravamento dos números nos últimos dias. Portanto, numa altura em que o discurso acerca da elevada eficácia das vacinas, sobretudo no que respeita à contenção da propagação do vírus, mas também na protecção contra a doença grave começa a perder substância, ainda há quem tente espalhar fake news, em plena hora de ponta dos noticiários.

Segundo informação da própria SIC, apenas em duas unidades de cuidados intensivos existem mais doentes não vacinados do que vacinados e, ainda assim, não poderemos dar esta informação como verdadeira, já que na reportagem apresentada não houve nenhuma confirmação por parte de qualquer entidade responsável a corroborar aquilo que foi dito pela SIC e seus profissionais.

Mesmo que seja verdade, note-se que serão apenas duas unidades em que isso se verifica, sendo que em todas as outras acontece precisamente o contrário. Mas a parangona é dirigida para aquilo que quase não acontece e não para o verdadeiro problema.

Este tipo de jornalismo é simplesmente asqueroso, contudo, facilmente desmentível pela realidade. Ou seja, estes “jornalistazecos” querem passar para a opinião pública a ideia de que as pessoas que estão em risco de vida nos hospitais são doentes não vacinados, quando a realidade dos factos demonstra que não, desde logo porque os mortos verificados há largas semanas são todos vacinados. Imaginem qual será o comportamento destes “profissionais”, se por azar calha de falecer uma pessoa não vacinada, de entre as poucas que se encontram em UCI.

Agora, ficam as perguntas: A quem é que esta gentinha serve? E o que recebem em troca?

Paulo Rangel e a sua concertação social

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O candidato à liderança do PSD, Paulo Rangel, após uma reunião com a CIP (Confederação “Impresarial” de Portugal) disse que “este Governo, nestes seis anos, e em particular nestes últimos dois, praticamente destruiu, ignorou a concertação social”. Disse ainda que “com o PSD no Governo, nós vamos reforçar a concertação social”.

Ora, parece óbvia a forma como Paulo Rangel pretende reforçar a concertação social, ou seja, reunindo com patrões. Até ao dia em que Paulo Rangel faça o mesmo com os representantes dos trabalhadores, estaremos todos muito bem esclarecidos nessa matéria.

Aliás, Paulo Rangel até deixou bem claro que pretende oferecer uma redução no IRC aos patrões – sim, aos patrões (porque é disso que se trata) e não às empresas – e ainda lhes acenou com os milhares de milhões que vão entrar, via PRR.

Já quando se trata de aumentar significativamente o salário mínimo, Paulo Rangel afina pelo diapasão do patronato – que novidade – desviando o assunto para o salário médio e para a indexação à produtividade.

Realmente, só mesmo mentes brilhantes como as dos patrões e as da malta da Direita, para engodar com esse embuste que é a subida do salário médio, quando nenhum deles está interessado em subir o salário mínimo.

"Não há nenhuma razão para alarme"

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Ontem, Segunda-feira (dia de revisão em baixa), o número de novos casos de Covid-19 registados foi de 1.475. Ora, isto leva-nos a considerar a hipótese de Portugal já ter ultrapassado a fasquia dos 3.000 casos diários, aquela que os especialistas previam que fosse atingida apenas daqui a um mês. Considerando o padrão de progressão dos números, eu diria que já estamos bem acima dos 3.000 casos diários. Os próximos dias o confirmarão ou não.

Aquilo que já não cabe no âmbito das previsões, porque é factual, tem a ver com aquilo que é e sempre foi o mais preocupante nesta pandemia, ou seja, os internamentos e as mortes. Em apenas dez dias, o número de internamentos subiu cerca de 65%, sendo que em UCI subiu cerca de 45%. Já o número médio de óbitos quase que duplicou em dez dias, sendo que ontem, o número de mortes foi precisamente o triplo verificado dez dias antes. Eu recordo que o tempo frio só agora chegou. Se estas abruptas taxas de crescimento não são preocupantes...

Mas está tudo bem. Não se passa nada. E o discurso continua a ser o de que Portugal está a sair desta pandemia.

A vacinação fez a diferença?

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Na reunião de especialistas que decorreu ontem no Infarmed, os ditos “especialistas” estiveram mais preocupados em demonstrar a suposta eficácia da vacinação do que olhar friamente para a situação actual e, sobretudo, para os meses de Inverno que aí vêm e apontar medidas concretas, já que aquilo que foi sugerido é praticamente nada, em relação ao que já estava em vigor.

É no mínimo estranho que perante a possibilidade de termos, muito brevemente, um caos no SNS, os especialistas e as autoridades políticas estejam mais interessados em dizer coisas do tipo: “estão a ver com a vacinação resulta”, ou “a vacinação fez toda a diferença” quando, em Portugal, a quase totalidade das pessoas acredita nestas vacinas - tendo aderido massivamente - e em que o número de pessoas elegíveis para vacinação e que não está vacinada é extremamente reduzida. O facto de esta gente estar constantemente a insistir na mesma ideia, como se do outro lado estivesse uma população que não quis ser vacinada, só demonstra que há quem não esteja de boa-fé em todo este processo. E não são as pessoas que aderiram massivamente à vacinação, com toda a certeza.

O que nós assistimos desde o início é que todos os caminhos vão dar à vacinação. E, mesmo que os dados apontem que estas vacinas claramente não atingem os pressupostos daquilo que deve ser uma vacina, a ordem é para manter o discurso, porque não se pode pôr em causa as vacinas. Não se pode discutir ciência.

Bem, aquilo que os dados demonstram é que as vacinas, de facto, apresentam um nível de eficácia que se esfuma num curto espaço de tempo. Há inúmeros estudos científicos que o demonstram.

No caso de Portugal, os especialistas dizem que apesar de haver um aumento significativo de casos, a verdade é que a vacina diminui a gravidade e a letalidade da doença. Dizem até que impediu que morressem milhares de pessoas. Pois é, os dados podem ser martelados como bem se entender, mas não há nada, mesmo nada, nenhum facto que possa comprovar essa afirmação. Notemos que, sempre que um especialista vem a público é para defender a eficácia das vacinas e, normalmente, concentra-se apenas numa parte dos dados, naqueles que podem erroneamente sustentar a verborreia. E o pior é constatar aqueles que devoram essa “verdade”, apenas porque um especialista o disse, mesmo que não haja grande aderência à realidade.

Eu também posso dizer o contrário daquilo que foi dito pelos especialistas e, pelo menos, eu apresento factos pra sustentar as minhas afirmações.

Ora vejamos, no Verão do ano passado faleceram 390 pessoas com Covid-19, sendo que no Verão deste ano faleceram 857 pessoas. Convém lembrar que no início do Verão deste ano já havia 25% da população completamente vacinada e no final essa percentagem rondava os 80%. Creio que não havia necessidade de o referir, mas como sei que muita gente anda distraída aqui fica o lembrete de que no ano passado a população vacinada era igual a zero.

Ou ainda, se compararmos apenas os meses de Setembro de 2020 e 2021, verificamos que no ano passado faleceram 149 pessoas, já em Setembro deste ano faleceram 232 pessoas. Ou seja, em Setembro deste ano, com uma elevadíssima taxa de vacinação faleceram mais pessoas do que em Setembro do ano passado, com zero vacinados. Isso é um facto. Para se poder afirmar que “a vacinação faz toda a diferença” é necessário esperar pelo final do próximo Inverno. Sendo que, obviamente, a mortalidade tem que baixar neste Inverno face ao anterior. Teria que baixar mesmo que ainda não houvesse vacinas, por uma razão muito simples, ninguém morre duas vezes. Ora, se no Inverno passado já ocorreu um enorme desbaste na população mais vulnerável, não é esperado que este ano se atinja as mesmas proporções, repito, mesmo que não houvesse vacinas. Mas como as há, para que se confirme o famigerado sucesso da sua eficácia, a mortalidade terá que ser mesmo muitíssimo inferior.

Poderia ainda usar como exemplo a mortalidade e a vacinação na África do Sul, onde a taxa de vacinação ronda apenas os 23% e a mortalidade absoluta é inferior à que se verifica em Portugal.

Portanto, dizerem que as vacinas contra a Covid-19 são muito eficazes e que fizeram toda a diferença é, neste momento, simplesmente patético e desonesto. Elas terão certamente alguma eficácia e terão feito alguma diferença, mas não aquela que é vendida todos os dias nos órgãos de comunicação social, como se esses se tivessem transformado em espaços oficiais de propaganda da big pharma

Em nome do Pai, do Filho e do vice-almirante

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Parece que é este o novo Sinal da Cruz adoptado pela maioria dos portugueses, mesmo por aqueles que são ateus. O vice-almirante tornou-se na luz divina que ilumina e aquece os corações de muitos.

Mas há aqui uma enorme contradição. É que essas pessoas – crentes e devotas de Gouveia e Melo – andam a bradar para que o vice-almirante volte a assumir os comandos da task force, para colocar o processo de vacinação na ordem e controlar a pandemia.

Então, que raio de fé é essa que clama pelo regresso do vice-almirante, mas que parece não acreditar nos seus ensinamentos. Se bem se lembram – aquando do seu envio divino – o senhor vice-almirante garantiu-nos que “Portugal já venceu este vírus”. Como se explica agora tanta descrença, mesmo depois da canonização do vice-almirante? Consta até que o Vaticano está a considerar substituir a pomba no vitral da Basílica de São Pedro pelas botas e boina do vice-almirante.

Ó fariseus! Quão pequena é a vossa fé.

Que o vice-almirante esteja sempre convosco.

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