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Contrário

oposto | discordante | inverso | reverso | avesso | antagónico | contra | vice-versa

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RAPIDINHA

E se por acaso se vier a verificar a violação das regras de privacidade europeias, a questão resolve-se de forma muito simples: ALTERAM-SE AS LEIS.

Jornalismo de algibeira

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No ano passado (e início deste) quase não havia crianças infectadas, não havia surtos nas escolas e as crianças não eram um problema. Eram essas as parangonas da comunicação social.

Agora que restam poucos braços para picar, as crianças já são o grande problema desta pandemia. As crianças passaram a ser as pessoas que mais transmitem o vírus e - agora, só agora - não faltam surtos nas escolas.

Uma vergonha esta comunicação social cobarde, vendida aos trocos que os "Bill Gates" desta vida lhes atiram para a algibeira, da qual sai a qualidade do seu jornalismo.

 

Não está vacinado, não pode morrer

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Vejam só ao ponto a que chegamos, aquele em que até para poder morrer é necessário estar vacinado.

Na Alemanha – essa democracia secular e exemplar – os não vacinados estão impedidos de poder recorrer à eutanásia. Quem quiser usufruir desse direito tem que tomar a vacina, ou seja, “se quer morrer, vacine-se”, parece ser esta a mensagem implícita.

Os alemães já chegaram ao ponto de não deixar ninguém sair desta vida por vacinar. Bem, eles podem alegar que são ordens do São Pedro ou do diabo, dependendo do destino da viagem, mas a mim parece-me que os alemães já se tornaram numa espécie de porteiros de um espaço de diversão nocturna que dá pelo nome de “além” e em que o consumo mínimo são duas doses da vacina, ou três, ou quatro, ou...

Por este andar, não deverá faltar muito para começarem a vacinar os residentes dos cemitérios. Pelo menos a todos os bandalhos que se atreveram a falecer sem tomar a vacina. A ordem é para espetar até ao osso.

Vacinar crianças? Qual é a dúvida?

As pessoas estão tão hipnotizadas que já nem sequer conseguem raciocinar sobre algo tão simples. A decisão de vacinar as crianças - que está a deixar muitos pais em estado de pânico - é das mais simples a tomar nesta pandemia. Esta é daquelas decisões em que o bom senso e a lógica desfazem qualquer dúvida. Vejamos:

- As vacinas não impendem os contágios;

- As crianças não ficam gravemente doentes;

- A gravidade da doença nas crianças não é superior aos efeitos secundários que pode advir da toma da vacina, sendo que os efeitos a médio e a longo prazo nem sequer podem ser aferidos.

Qual é a dúvida?

Eficácia das vacinas: das “dez vezes menos” às “quatro vezes menos” num ápice

AVISO: Este texto é sobre coisas que não se pode dizer

O chorrilho é o do costume, começa nas autoridades da saúde – nos ditos especialistas – e passa logo para as autoridades políticas e, note-se que não é apenas o governo, mas quase todos os partidos. A este chorrilho junta-se também o habitual choradinho da comunicação social. Isto é mais contagioso do que a Ómicron.

Não tenho a certeza, mas às vezes fico com a sensação de que há uma espécie de psicose generalizada nestas instituições, tal é a falta de aderência à realidade patente naquilo que dizem. E fazem-no como se fossem os detentores da verdade e como se fossem alguém em quem nós devemos acreditar sem qualquer reserva mental, como se a nossa inteligência tivesse sido captura, tal como as deles.

Com o crescente número de casos da pandemia de Covid-19, naquele que é o país com maior taxa de vacinação na Europa e um dos maiores do mundo, o discurso - transversal às três entidades acima mencionadas – é o de que apesar de se notar um crescimento nos números, os mesmos são muito inferiores aos verificados no ano passado por esta altura e que isso se deve à elevada taxa de vacinação e à elevada eficácia das vacinas. Um tal de Marques Mendes e outros que tais até já vieram papaguear que é muito importante que a comunicação social tenha o papel de passar esta informação para as pessoas. E que, em vez de apenas apresentarem os números diários, os órgãos de comunicação social deveriam passar a enfatizar a comparação com os números do ano passado, só para que se tenha a noção.

Bem, devo dizer que se trata de uma formulação de pensamento pacóvio, o de achar que as pessoas em casa não têm capacidade para observar a evolução dos números e retirar as devidas conclusões. Mas como eu sei que a maioria das pessoas não o faz – seja por que razão for -, eu decidi fazê-lo. Então, vamos lá comparar os números como deve ser.

No sábado à noite a RTP enfatizava que, nesse mesmo dia – 4 de Dezembro – a mortalidade em Portugal atingiu os 22 óbitos. E que ao comparar com o mesmo dia de 2020 (79 óbitos) verifica-se que os números de agora são quatro vezes menos. No Jornal da Noite da SIC (ontem), Marques Mendes fez a mesma análise e a mesma conclusão. E são muitos a fazê-lo todos os dias. Toda a comunicação social tem feito eco da mesma interpretação, concluindo sempre com a mesma ilação: a de que as vacinas são muito eficazes contra morte e doença grave.

Pois bem, a mesma comunicação social, há pouco mais de um mês, dava-nos conta da mesma ilação – que já vem muito de lá atrás -, a de que os óbitos são muito menores agora, contudo, nessa altura diziam-nos que as vacinas eram tão eficazes que o número de óbitos era 10 vezes inferiores agora, por comparação com o período homólogo do ano passado. Ou seja, há cerca de um mês a comunicação social abria noticiários e fazia gordas manchetes a dizer que a mortalidade este ano era 10 vezes menor que no ano passado. Em apenas um mês, continua a sustentar a mesma ideia de que as vacinas são muito eficazes, quando as dez vezes menos de mortes verificadas passou para apenas quatro vezes menos. Bem, é claro que é melhor ter quatro vezes menos do que nada, mas é no mínimo questionável o facto de a comunicação social não ser capaz de dar conta desta perda de “eficácia” em tão pouco tempo. Se é questionável a postura da comunicação social, o que dizer das autoridades políticas e da saúde?

Outro exemplo. A 31 de Outubro deste ano, a mortalidade verificada a sete dias apresentava uma média de três óbitos. Quando comparada com o período homólogo (2020), que apresentou uma média de 30 óbitos, temos as tais “dez vezes menos” tão propalada. Mas se fizermos a mesma comparação (média semanal), tendo por base o dia 4 de Dezembro, verificamos que este ano ocorreram 16 óbitos e no ano passado 75. Ou seja, um pouco acima de quatro vezes mais.

Portanto, em apenas um mês, as “dez vezes menos” passaram a apenas “quatro vezes menos”. E, segundo a tendência verificada nos últimos dias - até porque ontem voltou a subir – o caminho é o de baixar para bastante menos a redução da diferença do nível de mortalidade face ao mesmo período do ano passado. Mas o discurso continua a ser o de que as vacinas fazem toda a diferença, mesmo quando “toda a diferença” pode significar “dez vezes menos” ou “quatro vezes menos”, porque já deu para ver – há muito – que para esta gente “toda a diferença” será sempre uma enorme diferença, até mesmo se não houver diferença nenhuma.

Como já vieram garantir – Marcelo, Costa e o chorrilho -, não haverá medidas de confinamento, nem acréscimo de restrições (excepto para os poucos não vacinados que continuam a levar com as culpas do claro declínio da eficácia das vacinas) e no Natal é para a farra, porque depois em Janeiro temos uma “semana de contenção” que vai resolver tudo. Gostaria muito de estar enganado, mas o cenário no final de Janeiro não é nada bonito de se antever.

Outro exemplo claro da eficácia das vacinas é o que se passa na Alemanha que, com cerca de 70% da população vacinada e com mais doses de reforço administradas do que em Portugal, continua a apresentar um nível de mortalidade que rivaliza com os verificados no ano passado, por esta altura, com zero vacinados. É que na Alemanha o Verão não é tão amigo e longo como em Portugal, sobretudo este ano, em que o Verão andou por cá até muito tarde. Portanto, em Portugal, a vacinação faz toda a diferença porque há 86% de vacinados. Na Alemanha, com 70%, a diferença é quase nula. Ou seja, ter 70% ou zero é quase indiferente, mas se ultrapassarmos os 80%, ah, então já faz toda a diferença.

Ainda em relação à eficácia das vacinas – que para as entidades mencionadas e também para a maioria da população é muito elevada – tenho a referir que está muito aquém daquilo que foi anunciado, com toda a pompa e circunstância, pelos laboratórios que as comercializam. Verificar que as entidades políticas e da saúde, sobretudo as nacionais e europeias, não só não conseguiram chegar a essa conclusão, como o discurso continua a ser o de enfatizar, agora, mais do que nunca, a fé inabalável numas vacinas que, claramente não oferecem, nem de perto, a elevada eficácia anunciada. Vejam o absurdo da situação, que até andam a urdir a obrigatoriedade das mesmas.

17 milhões de horas extraordinárias no SNS e a resiliência

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Andam há semanas (ou será meses?) a falar sobre o exorbitante número de horas extraordinárias que os profissionais do SNS acumularam até ao final do mês de Setembro. Consta que são 17 milhões de horas extraordinárias acumuladas por todos os profissionais do SNS, incluindo médicos, enfermeiros e assistentes operacionais.

Ora, segundo informação do Ministério da Saúde, no SNS trabalham cerca de 30 mil médicos, 45 mil enfermeiros e 27 mil assistentes operacionais. Portanto, cerca de 102 mil pessoas, no total. Se dividirmos aquele enormíssimo número de horas extraordinárias pelo número total de profissionais, logo verificamos que, em média, cada trabalhador detém 167 horas de trabalho extra durante os primeiros nove meses do ano, o que perfaz cerca de 45 minutos de trabalho extraordinário por dia. Já não parece assim tanto, pois não? E se tivermos em conta que aqueles que mais se queixam são os médicos e os enfermeiros, o valor é ainda menor, um pouco mais de meia hora extraordinária de trabalho diário.

Uns poderão alegar que nem todos fazem horas extraordinárias, pelo que o número de horas dos outros aumentará consideravelmente. Pois, mas se for essa a realidade – e eu estou convencido de que sim -, então a história tem que ser contada da maneira correcta e não atirando para o ar um número que só tem como objectivo chocar a opinião pública. À boleia desta notícia ouvimos representantes dos médicos, dos enfermeiros e também dos assistentes operacionais - mas menos nesta última classe profissional -, a queixarem-se de exaustão física e psicológica. Como se pode concluir, nem todos – muito longe disso – terão qualquer razão para se queixar.

Tomemos ainda em consideração que alguns profissionais (médicos e enfermeiros) fazem, de facto, mais tempo de trabalho extraordinário diário, do que os 30 e poucos minutos que referi atrás. A verdade é que não será esse horário que os leva à exaustão, até porque muitos deles aproveitam o horário que têm livre para realizar ainda mais algumas horas extraordinárias no sector social e/ou sector privado. Sendo que muitos dos médicos que também prestam serviço no sector privado e social, são precisamente aqueles que não realizam qualquer tipo de horário de trabalho extraordinário no SNS. E provavelmente os que mais se queixam do excesso de trabalho.

É também bastante óbvio que alguns destes profissionais (médicos, enfermeiros e auxiliares) trabalham muito para além daquilo que seria suposto, mas não são – nem de perto – a maioria deles.

Portanto, isto de atirar um número exorbitante de horas extraordinárias para o ar, só para tentar aumentar a pressão social sobre o governo que se encontra em serviços mínimos, com o objectivo de obter aumentos salariais – apenas isso e nada mais – não está certo, porque como se pode ver, a maioria dos profissionais do SNS ou não faz qualquer trabalho extraordinário ou fá-lo em quantidade reduzida.

A senhora ministra da Saúde teve muita razão quando disse que “na contratação de médicos deveria ter-se em conta a capacidade de estes serem mais resilientes”. A carapuça não serve a todos, pois nunca é demais salientar que, felizmente, ainda existem muitos e bons médicos neste país, com uma inexcedível capacidade de trabalho. Mas não são a maioria. À afirmação da senhora ministra Marta Temido eu só acrescentaria duas coisas: a primeira tem a ver com outra característica que deveria ser tida em conta no perfil do profissional de saúde – a vocação para o serviço público; a segunda tem a ver com o momento que Marta Temido indicou como o da “contratação” que, no caso dos médicos, eu substitui-lo-ia pelo momento da admissão nas faculdades. É nesse momento que deve começar a separação do trigo e do joio.

Pandemia: agora a culpa é das crianças

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Desde o início da pandemia que temos assistido a esta coisa muito americana que é o descartar responsabilidades e apontar o dedo aos culpados. Todos se lembram que, assim que o vírus SARS-CoV-2 foi detectado na China, os americanos trataram logo de dizer que a culpa era dos chineses que andavam a vender pangolins nos mercados.

Na verdade, os chineses já confirmaram que o vírus não teve origem no mercado, mas sim num laboratório de Wuhan. Laboratório onde se pratica aquilo que é denominado como “pesquisa de ganho de função” (gain of function), com o alto patrocínio das autoridades da saúde norte-americanas, representadas por aquele que se autodenomina como o representante máximo da ciência – o Dr. Fauci.

Bem, este é outro assunto que daria pano para mangas, contudo, agora pretendo escrever sobre as declarações das autoridades da saúde portuguesas, mais concretamente, as que foram proferidas pela senhora directora-geral da saúde.

Numa entrevista à RTP, Graça Freitas disse - de forma muito autoritária - o seguinte:

“Neste momento, o grupo que mais infecção tem, de todos, é o grupo dos zero aos nove anos, particularmente o grupo dos cinco aos nove. Isso não haja a mínima dúvida, porque é o único grupo que não está vacinado”

Portanto, no ano passado e em quase todo o ano de 2021, as crianças não apresentavam qualquer problema, as escolas eram os locais mais seguros do mundo, as crianças não eram um problema porque praticamente não apresentavam sintomas e a doença grave nem sequer se verificava. Foi o que disseram a DGS e o Governo. Vejamos, as crianças - bem como os jovens - sempre foram um dos grupos etários, senão mesmo o grupo etário que mais fez e faz circular o vírus. E é totalmente verdade que as crianças com idade inferior a 12 anos, praticamente não apresentam sintomas, sendo que a doença grave e os óbitos nestas idades não se verificam. Contudo, as crianças são – não apenas agora – e sempre foram importantes vectores de contágio deste vírus, tal como o são para outros vírus, como o da gripe por exemplo. O problema é que anteriormente, nomeadamente no ano passado e início deste ano, as crianças quase não eram testadas, para que as autoridades pudessem dizer o que diziam (que não eram um problema e para manter escolas abertas). Agora que se trata da população que falta vacinar, os testes passaram a incidir sobre elas, para que as autoridades possam sustentar a mentira de que "só agora" é que se tornaram no grupo etário que supostamente mais propaga o vírus. Inacreditável.

Aquilo que é claro como água é que as autoridades da saúde e o Governo têm apenas duas orientações: a primeira é a de que os não vacinados têm que ser perseguidos até se vacinarem; a segunda é a de que as actuais vacinas são o santo graal. Quando na verdade, as únicas certezas que podemos ter neste momento são as de que, apesar de as actuais vacinas apresentarem alguma eficácia contra a doença grave e morte, essa eficácia está muito aquém daquela que continua a ser propalada até à exaustão. Já quanto à sua eficácia na contenção dos contágios sabemos que é nula ou próxima disso. A essas certezas devemos adicionar outra, que também está mais do que comprovada – mesmo cientificamente - e que tem a ver com o facto de as crianças praticamente não ficarem doentes nem morrerem. Os casos graves verificados em crianças são tão raros, que não ultrapassam o número de casos graves que poderão advir da toma das vacinas.

Ora, se as crianças não ficam doentes, muito menos morrem por Covid-19, e se as vacinas não impedem o contágio, por que raio é que as crianças devem ser vacinadas?

A resposta reside na atitude das autoridades da saúde e dos governos que estão ao serviço de uma ciência que os manda vacinar, vacinar, vacinar com uma “vacina” que, claramente, não corresponde ao que se propõe. Quando for necessária a quarta dose – daqui a poucos meses - o lema passará a ser vacinar, vacinar, vacinar, vacinar. E por aí adiante.

Nem sei como é que ainda não ordenaram a vacinação dos retrovisores interiores dos carros que, não tendo (ainda) direito a um certificado de vacinação, vão ter de continuar a usar a máscara.

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