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Contrário

oposto | discordante | inverso | reverso | avesso | antagónico | contra | vice-versa

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RAPIDINHA

Sempre a confundir a realidade com a ficção. A estratégia de "hollywoodização" nunca esteve tão agressiva. Tem resultado bem, junto da maioria da carneirada.

Bill Gates, vacinas e as teorias da conspiração

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No decorrer do ano de 2020, quando Bill Gates apregoava aos sete ventos que, também graças a ele, o mundo teria uma vacina contra a Covid-19, muitas pessoas alertaram para o facto de o “filantropo” Bill Gates ser absolutamente contra a libertação das patentes das vacinas e acusaram-no de estar apenas interessado em lucrar com a pandemia. Alguns foram ainda mais longe e sugeriram que Bill Gates estaria por detrás do surgimento do novo coronavírus. Todas essas pessoas foram trucidadas na enorme praça pública, que é formada pela comunicação social e pelas empresas tecnológicas que controlam as redes sociais. Estavam todos errados, esses malvados. A cartilha mandava dizer que eles não passavam de biltres invejosos da fortuna que o senhor Bill Gates amealhou à custa de muito trabalho e talento.

Lembro-me de inúmeras notícias – também em órgãos de comunicação social nacionais – a lavar a imagem do senhor Bill Gates e a enxovalhar todos quantos ousassem pôr em causa a sua idoneidade. Lembro-me de inúmeras notícias e fact checkings (feitos à medida do senhor Gates) que desmontavam as mirabolantes teorias da conspiração que os “anti-vacinas” e os anti-ciência” engendravam acerca das verdadeiras intenções do senhor Gates.

Entretanto, o tempo foi passando e alguns daqueles que até agora permaneciam capturados e inebriados pela narrativa que lhes aparecia no script, no teleponto ou na cartilha, começam finalmente a acordar para a realidade. Mais de dois anos depois.

Vejamos, em 2019, Bill Gates investiu massivamente em acções da BioNTech. Um investimento de 55 milhões de dólares a apostar cada cêntimo numa vacina que tinha como objectivo combater uma doença que ainda ninguém conhecia. Algo só ao alcance de um visonário.

Um pouco mais tarde (final de 2020), mas bem antes do previsto, as vacinas mRNA apareceram com toda a pompa e circunstância.

Pela boca de Bill Gates (um dos maiores investidores no negócio das vacinas) saíram triunfantes hosanas sobre as vacinas mRNA: “eram muito eficazes” e o futuro da ciência passaria inevitavelmente pelo recurso a esta tecnologia. No final de 2021, Bill Gates vendeu as acções que comprara em 2019, tendo obtido um ganho de 300 dólares por acção, o que lhe permitiu fazer um encaixe de centenas de milhões de dólares. A partir de então, Bill Gates começou (lentamente) a mudar a sua narrativa sobre estas vacinas. E, agora que já vendeu as acções e encaixou milhões, Bill Gates já pode dizer a verdade sobre as vacinas que, segundo ele próprio, “não são eficazes, não impedem as infecções, não impedem os contágios, não são abrangentes porque não protegem contra as novas variantes e têm uma duração muito curta”. Também segundo Bill Gates, o futuro agora passa por um “bloqueador de inalação”, algo que ele já terá patenteado e investido massivamente. Tomem nota e preparem-se para ir a correr inalar o spray milagroso que o senhor Gates nos vai disponibilizar, por um preço especial, e que vai salvar o mundo.

Os “jornalistas” e os fact checkers de serviço que estão sempre atentos às teorias da conspiração devem andar muito distraídos, pois ainda não vi nenhum a dizer que o senhor Bill Gates está chalupa, que é anti-vacinas e anti-ciência, e que está a propagar desinformação sobre umas vacinas que são boas, mesmo boas e que para além disso também são boas.

O benjamim de Washington e a sonsice ocidental

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Benjamin Netanyahu assumiu - pela enésima vez - a chefia do governo israelita e, apesar de ter acontecido há poucas semanas, o rasto sanguinário que tão bem o caracteriza já se faz notar. A opressão exercida pelo governo de Israel sobre o povo palestiniano nunca desapareceu, mas com o regresso deste perverso trucidador à cadeira do poder só se pode esperar que a situação piore ainda mais.

O actual governo israelita é, muito provavelmente, o mais perigoso, o mais racista e mais fascista que Israel alguma vez teve. No entanto, Israel continuará a ter o carinho dos EUA e do seu braço armado, vulgo OTAN/NATO.

Desde 1967 que o povo palestiniano sofre, mas resiste à invasão, à ocupação e à opressão bárbara perpetradas pelos consecutivos governos israelitas, que só têm um objectivo – eliminar o povo palestiniano.

Noutras paragens, o povo que sofre é mártir e heróico. Na Palestina, o povo que sofre e que milagrosamente resiste, sem que “os bons samaritanos do Ocidente” se lembrem deles, são considerados terroristas. Ainda ontem à noite, uma “jornalista” muito reputada – mas com muito mais base na cara do que vergonha - noticiava “a operação israelita anti-terrorista na Cisjordânia”.

O carniceiro e fascista “Bibi” está de volta ao poder em Israel e tem por detrás de si o inevitável e não menos carniceiro e fascista poder imperialista de Washington.

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Sem um pingo de vergonha nas ventas

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João Gomes Cravinho, actual ministro dos Negócios Estrangeiros, continua a garantir que não lhe foi solicitada – quando era ministro da Defesa - a autorização para o brutal aumento do valor das obras realizadas no Hospital Militar de Belém.

Recordemos que o valor inicial para a realização da obra era de 750 mil euros (mais IVA) e que a factura ultrapassou os três milhões de euros. Mais de três vezes e meia do valor inicialmente previsto. Três vezes e meia!

Gomes Cravinho, que também tem sociedade numa empresa do ramo imobiliário com um indivíduo que já foi condenado por fraude fiscal, mas que – obviamente – não sabia de nada, garante que não deu autorização para o aumento do valor da obra, mas admite que tomou conhecimento que a obra iria custar mais do que o inicialmente previsto.

Vejamos, o ministro Gomes Cravinho promove e autoriza a realização de uma obra no valor de 750 mil euros. Mais tarde é informado de que esse valor, inevitavelmente vai sofrer aumentos. A obra continua, por vários meses, e o ministro recebe uma factura de mais de três milhões de euros. Como pode vir dizer que não autorizou? Como pode alguém considerar que uma decisão desta dimensão não passou pelo ministro?

Se considerarmos que o ministro fala verdade quando diz que não autorizou, mesmo tendo – segundo ele próprio admitiu - tomado conhecimento de que iria haver aumentos, como pôde a obra ter avançado sem que ele sequer questionasse o ponto da situação?

Ele alega que a decisão foi tomada pelo director-geral de recursos de Defesa Nacional. Claro. Os directores-gerais estão lá para isso mesmo, para tomar as decisões mais complicadas. Havia um grande banqueiro que tinha um contabilista que, de vez em quando, se passava dos carretos e desatava a tomar decisões sem dar cavaco a ninguém.

Mesmo que seja verdade que o director-geral tomou a decisão de avançar com a obra, sujeita a valores muito acima do inicialmente contratualizado, isso não retira a responsabilidade ao ministro, até porque ele admite que tomou conhecimento de que iria haver aumentos. Portanto, Gomes Cravinho toma conhecimento de que iriam ocorrer aumentos no valor total da obra, não se pronuncia sobre o assunto – fica em silêncio – e nem sequer deu conta que a obra avançou durante meses. Terá ele assumido que os avisos de que o valor da obra iria aumentar eram uma piada? Ou estava tão distraído que nem notou que a obra – que ele considerou como fundamental, prioritária e urgente – continuou, mesmo sem que ele se tivesse pronunciado sobre o assunto? Nem sequer se lembrou de perguntar ao seu director-geral se, entretanto havia recebido informação mais concreta sobre os referidos aumentos de valor?

Gomes Cravinho pode inventar as desculpas que bem entender, mas há algo que ele nunca vai poder apagar – a sua total incompetência para o cargo. Ele até pode insistir que não deu autorização, mas uma coisa é certa, o facto de ter tomado conhecimento de que os aumentos iriam acontecer e não ter tomado nenhuma diligência, como se o assunto não se revestisse de elevada importância, só demonstra que o anterior ministro da Defesa e actual ministro dos Negócios Estrangeiros não tem quaisquer condições para se manter no Governo. Aliás, Gomes Cravinho deve a sua demissão do Governo aos portugueses pelo menos desde 2020.

Entretanto, o director-geral que terá dado a autorização – aquela que não foi dada por Cravinho, não senhor - não foi reconduzido nas suas funções. O ministro Gomes Cravinho terá entendido que as suas costas, apesar de largas estavam já demasiado conspurcadas. Contudo, Cravinho não esquece o sacrifício do mártir e não perdeu tempo em recompensá-lo, tendo considerado adequada a sua nomeação para uma empresa das indústrias de defesa. A lata desta gente.

Até faz lembrar a outra, a que foi despedida da TAP e nomeada para a NAV. E depois para a Secretaria de Estado do Tesouro. 

Que tesourinhos.

Inimigos, inimigos, negócios conjuntos

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O altar-palco que vai servir as Jornadas Mundiais da Juventude terá um custo superior a cinco milhões de euros. A obra foi entregue por ajuste directo à empresa Mota-Engil e será paga pela Câmara de Lisboa, ou seja, pelos contribuintes.

Parece que as anteriores divergências entre Paulo Portas (na Mota-Engil desde que saiu do Governo) e Anacoreta Correia (Vice-Presidente da Câmara Municipal de Lisboa) estão devidamente sanadas. Longe vão os tempos em que ambos aparentemente se desentendiam no seio do CDS-PP. Tudo a bem da nação.

Dá gosto ver dois figurões da política (e dos negócios) a colocar as suas “divergências” de lado, para que o “interesse nacional” se possa sobrepor.

Faz lembrar os tempos em que se fazia jornalismo

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A maioria das pessoas já não se lembra do tempo em que havia jornalismo. E uma grande fatia da população já nasceu num tempo em que o conceito de jornalismo se define como algo que é desenvolvido por “profissionais” sem espinha dorsal e sem consciência, que se venderam totalmente ao poder instituído.

Os “jornalistas” de hoje não passam de um bando de maquetrefes armados em popstars.

Aqui fica um vídeo com um cheirinho daquilo que os verdadeiros jornalistas costumavam fazer, já lá vão muitos anos.

Vídeo completo aqui.

António Costa trocou os pés pelas mãos

O Primeiro-Ministro está tão desorientado que até passou a “respeitar” o andebol

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Foto: A Bola

Enquanto o país vai acumulando mais e mais dificuldades e o governo se mostra completamente incompetente - excepto para tratar das vidinhas de quem nele toma parte e da dos seus -, o Primeiro-Ministro viajou até à Suécia para “apoiar” a selecção nacional de andebol.

Considerando o facto de António Costa raramente (ou nunca) ter-se dado ao trabalho de agendar viagens de apoio a qualquer modalidade desportiva que não seja o futebol, podemos dar como garantido que o Primeiro-Ministro trocou – literalmente - os pés pelas mãos.

Esta desorientação até nem comportaria grande gravidade, não fosse ela o reflexo daquilo que tem sido a toada da governação de António Costa – um constante trocar dos pés pelas mãos.

Aos 20 minutos do jogo de futebol que é o mandato de governação do PS, António Costa já cometeu tantas grandes penalidades por mão na bola, que não se compreende como é que ainda não foi expulso. 

Nos dias que correm, dizer a verdade é um “erro fundamental”

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Há uma semana fomos metralhados com inúmeras "notícias" sobre "um ataque russo" a um prédio de habitação na cidade de Dnipro. Portanto, um míssil russo havia atingido deliberadamente um alvo civil, causando dezenas de vítimas mortais e dezenas de feridos e desaparecidos. Foi isto que passou incessantemente em tudo quanto é órgão de comunicação social.

Para não variar – tal como a historieta de Bucha, a da maternidade, a do teatro, a da estação de caminho-de-ferro, a da ponte, entre muitas outras – a realidade foi/é uma coisa bem diferente. Segundo o próprio Oleksiy Arestovych, que é/era um dos conselheiros mais próximos de Volodymyr Zelensky, o míssil era de facto russo, mas não tinha como alvo aquela infra-estrutura civil. “O míssil [russo] foi abatido pela defesa aérea [ucraniana], tendo caído e detonado o prédio”, palavras do próprio Arestovych, que é sobejamente conhecido por evidenciar constantemente – e bem antes da invasão – um tremendo ódio pela Rússia e por Putin.

Obviamente que a sua continuidade no governo e no núcleo duro de Zelensky se tornou incomportável após as suas declarações. Era impossível mantê-lo – oficialmente – no cargo, sobretudo após Zelensky não ter perdido tempo em culpar a Rússia por mais um ataque hediondo (que nunca cometeu) e ter usado essa mentira para justificar o pedido de mais e melhor armamento para combater os russos.

Muitos dirão que se o míssil russo não tivesse sido lançado, a defesa ucraniana não teria que o abater e, por conseguinte, este não cairia em cima de um prédio de habitação e causado tantas vítimas civis, tal como fizeram aquando do ataque ucraniano na Polónia, aquele que vitimou dois agricultores. Lembram-se? Também tinha sido obra dos russos. A habitual sofisma.

Esse bando de patetas ignora que nenhuma manobra de defesa pode colocar em causa a vida de civis e dos seus bens, caso contrário estão a fazer pior que o inimigo. As tropas de Zelensky têm estado absolutamente nas tintas para o cumprimento dessa regra. E, saliente-se, não estamos a falar de colocar em perigo a população civil do inimigo, estamos a falar da sua própria população. Mas isto nem sequer deveria constituir novidade para ninguém, já que tem sido prática corrente desde o ano de 2014.

Entretanto, Arestovych demitiu-se do cargo, apresentando as suas desculpas “pela versão prematuramente errada da razão do míssil russo ter atingido um edifício residencial”. Pois, pois. Como referi anteriormente, quem conhece a postura e as declarações que este tipo sempre teve para com a Rússia sabe, de antemão, que ele nunca proferiria tais afirmações – as “prematuras” - se não estivesse absolutamente seguro de que eram verdadeiras e impossíveis de negar. Mas não lhe restou outra alternativa senão a de tentar reescrever rapidamente a história. Era isso ou levar com a chancela de ser pró-Putin, algo que irremediavelmente representaria a sua imediata liquidação.

 

O crivo de Costa

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António Costa fez questão de vincar que o questionário de 36 perguntas que visa aferir a idoneidade dos governantes não tem que se aplicar aos actuais membros do seu governo, porque estes já apresentaram as declarações de interesse e rendimentos no Tribunal Constitucional e na Assembleia da República. António Costa considera que o crivo já está feito.

Vamolaver, então, o “questionário das 36 perguntas” não foi a miraculosa solução que António Costa e o seu conselho de ministros encontraram, precisamente para colmatar as retumbantes falhas evidenciadas pelo crivo a que os anteriores entrantes no governo estavam sujeitos?

É óbvio que todos aqueles que defendem a utilidade deste questionário têm a obrigação de exigir que o mesmo se aplique a todos os actuais governantes. Caso contrário, estarão apenas a assumir que o famigerado questionário não passa de mais uma manobra de diversão, posta em prática por um dos maiores malabaristas da política nacional.

De salientar ainda a postura sempre muito afoita dos jornalistas, que apenas se limitam a registar as patacoadas que os políticos lhes atiram para cima, sem que sejam capazes de questionar o que deve ser questionado.

Condecorada com a Grã-Cruz da Ordem (da Falsa Sensação) de Mérito

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Marcelo Rebelo de Sousa condecorou a ex-directora-geral da saúde, Graça Freitas, com a Grã-Cruz da Ordem de Mérito. Marcelo salientou que “mesmo aqueles que a criticaram imenso ou que fizeram cair sobre si as suas indignações pelos seus cansaços, todos reconhecem que, no momento crucial, ela estava lá”.

Por seu turno, Graça Freitas alegou que apenas se limitou a transmitir “aquilo que a ciência e as autoridades oficiais da saúde, como o CDC [lhe] foram transmitindo”.

É anedótico que a Presidência da República continue a condecorar determinadas pessoas, apenas porque elas desempenharam as funções para as quais foram nomeadas, mesmo quando a qualidade desse desempenho é profundamente lamentável. Marcelo salienta que “ela estava lá”, como se fosse aceitável não estar e como se fosse suposto não estar à altura das responsabilidades assumidas, algo que se confirmou de forma inequívoca.

Já Graça Freitas, apesar de acobardar-se toda atrás de uma afirmação que só vem demonstrar que ela própria considera que a Direcção-Geral da Saúde (DGS) não é uma “autoridade oficial da saúde”, a ex-directora-geral da saúde assumiu, por fim, que a DGS não passa de um verbo-de-encher que se limita a propagandear aquilo que é emanado pelo CDC. Quer seja verdade, quer seja mentira.

Se a DGS serve apenas para comunicar aquilo que a ciência e as autoridades oficiais da saúde (como o CDC) lhe transmitem, então a DGS é uma agência de comunicação (com tradutores Inglês-Português) e não uma autoridade da saúde. Por conseguinte, não se vislumbra qualquer necessidade na sua existência.

Graça Freitas foi condecorada, mas a falsa sensação de mérito é gritante.

Seis anos depois, o Washington Post assume ser o maior "troll"

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Em 2016, o Washington Post publicou inúmeras notícias que davam conta da inequívoca e profunda interferência russa nas eleições presidenciais norte-americanas. Após mais de seis anos - seis anos - o Washington Post vem reconhecer que, afinal, a brutal interferência russa não passou de desavergonhadas "fake news", que eles e todos os órgãos de comunicação social dos EUA e dos seus habituais sabujos (Portugal obedientemente incluído) propagaram até à exaustão.

Aguardemos pelos inúmeros mea culpa em falta.

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Motherfuckers!

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