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Contrário

oposto | discordante | inverso | reverso | avesso | antagónico | contra | vice-versa

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Quem foi que elegeu esta fulaninha?

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Christine Lagarde, presidente do Banco Central Europeu (BCE), já avisou que as taxas de juro vão continuar a aumentar. E, agora, decidiu culpar os trabalhadores pelo “valor exagerado dos seus salários”. Lagarde disse que os trabalhadores “têm que ter a noção de que ao terem aumentos salariais estão a pôr em risco a economia”

Christine Largade é uma fulaninha que sempre viveu na alta-roda da finança, que conhece bem os corredores do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Fórum Económico Mundial (FEM) e que foi parar à presidência do BCE, não por ter caído de pára-quedas, mas porque foi cirurgicamente escolhida para continuar a implementar as políticas económicas e monetárias que servem os interesses daqueles que a escolheram.

E quem foi que a escolheu? Foram os cidadãos europeus? Não. Foi a meia dúzia que agora vê as suas contas milionárias e o seu património a multiplicar-se.

Quem é que ainda consegue suportar a existência de um sistema político que, independentemente das origens das mais diversas crises (quase sempre ficcionadas), se limita a aplicar sempre a mesma receita – aquela que massacra, explora e rapa a classe trabalhadora em favor de uma minoria de vampiros que controla esse mesmo sistema político?

Chamam a isto viver em democracia? Chamam a isto viver em liberdade? Chamam a isto “defender o nosso modo de vida”?

Christine Lagarde culpa os “salários exagerados” dos trabalhadores europeus e já adiantou que os vai castigar com mais aumentos nas taxas de juro, algo que vai colocar muitas famílias europeias no limiar da pobreza e outras tantas fora das suas casas.

Lagarde aufere um salário anual superior a 400 mil euros, mais casa oferecida, mais seguros de saúde, de acidentes e outras conezias que, no total, ultrapassam os 1,2 milhões de euros anuais.

Viva a “nossa democracia”, a “nossa liberdade” e “o nosso modo de vida”.

Zelensky que se cuide

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Durante o fim-de-semana, a comunicação social não resistiu e, uma vez mais, demonstrou a razão pela qual está tão empenhada no conflito na Ucrânia (mesmo sem ter um único repórter na linha da frente). A comunicação social ocidental, nomeadamente através do seu batalhão de comentadores, não conseguiu evitar – uma vez mais – de demonstrar que o seu interesse na guerra da Ucrânia, nada tem a ver com a Ucrânia ou com o povo ucraniano. Para a comunicação social ocidental – que é orquestrada pelo poder político e pelos interesses instalados - a Ucrânia é um mero espaço geográfico, cujo único ponto relevante é o facto de fazer fronteira com a Rússia. Apenas isso.

Senão, vejamos como foi a actuação da comunicação social perante os achaques do senhor Prigozhin.

Prigozhin é o dono do grupo Wagner que, para a comunicação social ocidental, não passa de um bando de criminosos da pior espécie a soldo do Kremlin. Certamente que todos já repararam na infinidade de vezes que na comunicação social se afirma que “os neonazis não estão nas forças ucranianas, os neonazis estão ao serviço de Putin, dentro do grupo Wagner”.

Bem, para alguns de nós, já está claro há muito tempo que a comunicação social ocidental, bem como todo o poder político têm-se fartado de braquear os neonazistas ucranianos, porque estes dispuseram-se a combater o regime de Putin. Contudo, eis que de repente, a comunicação social deixou para trás a Ucrânia e o seu herói Zelensky, para se concentrar nas ridículas manobras do grupo Wagner dentro da Rússia. Lá está. É aí que reside o interesse do ocidente orquestrado por Washington – a Rússia. Sempre a Rússia. Nunca a Ucrânia.

Na boca dos peões de brega da comunicação social, aqueles que eram os “verdadeiros neonazis” até agora, já passaram a ser aqueles que estavam a organizar uma marcha pela liberdade e pela justiça, em direcção a Moscovo. Aqueles que até agora eram os “orcs russos” passaram a ser considerados como os bons rebeldes que iriam libertar a Rússia do “regime opressor de Putin”. Ou seja, para esta gentinha, nazis que combatam a Rússia são nazis bons, tal como os ucranianos. Quão idiotas são estes merdalhas da comunicação social. E tão fáceis que são de se apanhar.

Por sua vez, os líderes políticos ocidentais, nomeadamente o poder em Washington manteve-se na expectativa, de tão desorientados que ficaram. Porém, ficou bastante evidente que, caso a “insubordinação” de grupo Wagner tivesse durado mais um ou dois dias, com toda a certeza teríamos visto os senhores da OTAN a disponibilizarem-se para enviar todo o armamento que fosse necessário e exigido pelo senhor Prigozhin. Só para ele derrubar o governo de Putin e instalar o caos na Rússia, porque foi, é e será sempre esse o objectivo do ocidente orquestrado por Washington.

E ainda houve tempo para as palermices do costume. Aquelas que sustentam que Putin é um líder cada vez mais fragilizado, derrotado e sem apoio dentro do Kremlin. Portanto, perante um cenário de “rebelião”, “golpe de estado” e “guerra civil” – assim foi noticiado pela comunicação social -, Putin resolve a situação em menos de 24 horas. Mas é um “líder fraco e derrotado”.

Perante todo este cenário, Zelensky deve redobrar os cuidados, pois como bem se pode notar, aqueles que fingem estar ao seu lado e ao lado da Ucrânia, na verdade estão apenas contra a Rússia e contra Putin. São coisas bastante distintas. E basta que apareça um novo actor (como Prigozhin) com queda para melhor interpretar os guiões de Washington, que os ventos mudam logo de direcção. Além disso, consta que Prigozhin foi para a Bielorrússia, ali bem próximo de Kiev.

Não está nada fácil para quem quer ser ditador

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O Banco Central Europeu (BCE) voltou a aumentar a taxa de juro, que já está nos 4%. E também já adiantou que voltará a aumentar no próximo mês. O BCE, bem como todas as instituições europeias e respectivos governos dos estados-membros continuam a insistir na ideia de que se trata de uma medida de combate à inflação.

Já aqui tenho referido, mas nunca é demais dizê-lo que este aumento das taxas de juro de referência nada têm a ver com a tentativa de baixar a inflação que, por sua vez, também resulta de manobras de mercado viciadas que não correspondem à situação real. Qualquer pessoa que conheça e perceba o mínimo da teoria económica sabe que a ideia de aumentar a taxa de juro como forma de fazer baixar a inflação, só faz sentido numa situação em que se verifica um enorme aumento da procura resultante do excesso de liquidez no mercado. Por outras palavras, numa situação em que os consumidores têm excesso de dinheiro e estão a gastá-lo de modo supérfluo. Aliás, a teoria económica defende, neste caso concreto, o aumento da taxa de juro como forma a estimular a poupança.

Pois não é nada disso que está a acontecer. Aquilo que se verifica é um aumento nas taxas de juro que incidem sobre os créditos e não nas que incidem sobre a poupança. Se por um lado, encarecer o crédito ao consumo poderia fazer algum sentido, caso a inflação resultasse dos dois factores atrás referidos: excesso de liquidez e aumento do consumo; por outro lado há que ter bem presente que o problema do aumento das taxas de juro é que elas fazem disparar o valor a pagar pelos empréstimos à habitação – que é um direito básico e essencial ao bem-estar das pessoas.

Neste momento, há famílias que já estão a pagar o triplo do valor da prestação da casa que pagavam, antes de o BCE optar pela desenfreada subida das taxas de juro, algo que só tem como objectivo canalizar muitos milhares de milhões de euros para a banca, que tem vindo a apresentar lucros pornográficos. É só isso. O facto de alegarem que a taxa de inflação tem vindo a baixar não tem nada a ver com o aumento das taxas de juro, tal como o aumento da inflação nada teve a ver com o normal funcionamento do mercado, mas sim com manobras ficcionadas que conduziram a esse aumento. Manobras de mercado fabricadas por que tem o poder de fixar os preços e prontamente admitidas pelo poder político, que ainda legisla em seu favor.

Apesar de caber ao BCE a responsabilidade de actuar nestas circunstâncias, não esqueçamos que o BCE é um organismo público que deveria agir no interesse de todos os cidadãos e não apenas da meia dúzia do costume. Além disso, as restantes instituições europeias, bem como os governos de cada país podem e devem legislar no sentido de mitigar as desigualdades. Neste caso concreto, caberia ao poder político garantir que os empréstimos à habitação (direito essencial) não estariam sujeitos a tamanhos e consecutivos aumentos, ou obrigar os bancos a suportarem o custo relativo ao aumento da inflação, no valor proporcional ao colossal aumento dos lucros que tiveram com o aumento das taxas de juro. O poder político não faz nada disto, apenas fica de braços cruzados perante o pérfido funcionamento de um mercado altamente deturpado e viciado, e ainda legisla de acordo com as pretensões gananciosas de uma meia dúzia de pessoas e instituições.

Mas aquilo que mais me surpreende é o comportamento e a opinião das pessoas. Conheço muitas que estão a pagar valores absurdos pelos seus empréstimos à habitação e, no entanto, vejo-as completamente resignadas, conformadas, como se isto fosse uma inevitabilidade. As pessoas estão de tal forma dominadas pela corrente do pensamento único que tem vindo a ser infligida pelo poder político e propagandeada pela comunicação social, que já não conseguem sequer pensar objectivamente, muito menos serem capazes de se indignar e de exercer um outro direito básico – o direito de reclamar.

É assim que se encontra a sociedade. Ludibriada, apática, doente e crente de que vive num sistema democrático liderado por políticos que estão a fazer tudo o que podem, para defender o interesse das pessoas, o bem-comum.

Quando aqueles que estão no poder não actuam na defesa do bem-comum e do bem-estar das pessoas (apenas da tal meia dúzia) e, mesmo assim, continuam a ser percepcionados como gente democrática, a vida fica cada vez mais difícil para todos aqueles que sonham fazer carreira como ditadores.

Pior do que um sistema ditatorial em que as pessoas já tomaram consciência da realidade em que vivem, só um sistema ditatorial que é percepcionado como livre e democrático.

Ils ne sont plus Charlie

Aqueles que outrora andaram por aí a gritar que estavam disponíveis para lutar até à morte, para que o próximo pudesse dizer/escrever/desenhar o que bem entendesse, já não estão interessados nessa luta. Perderam o interesse na liberdade de expressão com a mesma rapidez com que deixaram de se preocupar com os perigosos “precedentes” na política ou até mesmo com a tolerância, sendo eles próprios, agora, os maiores intolerantes da praça.

Uma vez mais, os comentadores Daniel Oliveira e Pedro Marques Lopes marcaram presença no programa Eixo do Mal, para fazer aquilo que melhor sabem fazer e para o qual são pagos: defender a classe política reinante.

No último programa, chamados a pronunciar-se sobre o famigerado cartaz da manifestação dos professores nas celebrações do Dia 10 de Junho, que caricaturava António Costa, os dois comentadores de serviço disseram coisas como:

“Os lápis nos olhos são um incitamento à violência”; “O visado é que sabe o grau de ofensa do cartaz e o racismo que sentiu”; “não está em causa a liberdade de expressão, até porque ninguém foi preso”; “ah e tal, o cartaz é apenas insultuoso, não tem conteúdo”; “os professores não são cartoonistas, não era uma manifestação de cartoonistas”, “era algo que estava numa manifestação”.

Portanto, os inveterados defensores da liberdade de expressão já não estão disponíveis para defender até à morte aquilo que outro tem para dizer, falar ou desenhar. Hélas!

Na altura do ataque ao Charlie Hebdo, o foco era a “liberdade de expressão”, como bem maior a ser preservado. Somente a “liberdade de expressão”, porque era o factor mais relevante e aquele que está na base de um sistema democrático, que era preciso defender a qualquer custo. Mas agora o foco mudou. Agora o foco vai para “o mau gosto”, para “a boçalidade dos autores dos cartazes”, para a “violência da imagem”, para a “intensidade da ofensa” que pode causar no(s) visado(s) ou até mesmo para a “categoria profissional” de quem envergava o cartaz em causa e/ou o momento e a situação em que esse cartaz é exibido.

Para estes dois soldadinhos disciplinados do poder instituído, a liberdade de expressão é o bem maior a defender quando os visados são gente de terceira categoria, como os muçulmanos. Se os visados forem políticos, primeiros-ministros ou outros membros do poder, então a liberdade de expressão fica para terceiro plano e o foco passa a ser “o mau gosto”, “a ofensa” ou “a violência da imagem”.

Estes dois patetas do comentário deveriam estar a trabalhar no Cirque du Soleil, tal é a capacidade que evidenciam para o contorcionismo.

Metsola: meter sofisma na tola

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A Presidente do Parlamento Europeu veio a Portugal dar início à campanha para as eleições europeias do próximo ano. Roberta Metsola – para quem não a conhece – é uma espécie de Passos Coelho e Paulo Portas, na mesma pessoa. Ou então, para respeitar o género, Metsola é um misto de Maria Luís Albuquerque e Assunção Cristas. Alguém consegue imaginar qualquer uma destas pessoas a tecer rasgados elogios a António Costa?

Mas foi o que esta senhora fez, sem contudo desprezar a sua família política, claro. Na verdade, a sua família política não se distingue da família política de Costa. Pelo contrário, elas misturam-se lindamente. Como sempre aqui referi, são duas faces da mesma moeda. É o chamado “bloco central”, ou como eles apreciam dizer: o centro democrático e moderado. Fazendo crer os incautos de que todos os outros partidos são antidemocráticos e extremistas.

E é por essa razão que, no essencial, quer o Partido Popular Europeu, quer os “Socialistas” Europeus estão sempre de acordo, com uma narrativa sempre muito bem orquestrada. Porquê? Porque estão muito empenhados em defender o seu “sistema democrático”, que é como quem diz, o sistema que os vem perpetuando no poder, quer cá (Portugal) como lá (nas instituições europeias) e, como bem se tem visto, trata-se de um sistema justo e muito democrático, não haja dúvida. Se eles consideram que o actual sistema é democrático, apenas porque resulta de eleições livres, então têm que considerar que todos os outros partidos eleitos são tão ou mais democráticos que eles.

Metsola alertou para a necessidade de incrementar “o construtivo centro pró-europeu”, que deve “trabalhar em conjunto e de modo mais próximo”. Unidinhos é que eles estão bem, apesar de quem os ouvir, achar que eles se odeiam (imaginem, por exemplo, a relação política entre Nuno Melo e Pedro Silva Pereira). Metsola sabe muito bem quão importante são as eleições europeias, cujo resultado servirá para determinar a distribuição dos tachos europeus (desde logo, o seu), o que por outras palavras significa saber quem serão os fantoches (muito bem pagos) a ocupar os cargos europeus que estão na dependência directa de Washington. Ah! E como eles (Populares e “Socialistas”) adoram estar na dependência de Washington. Até porque isso é muito mais do que meio caminho andado para chegar a outros futuros tachos no Goldman Sachs, no JP Morgan, no Citigroup, no FMI ou coisa do género. Portanto, todo um sistema verdadeiramente interessado no bem comum.

Quem der uma olhadela pelos programas eleitorais de todos os partidos e, sobretudo estiver atento às principais ideias políticas que defendem, rapidamente concluirá que os partidos de Esquerda (aqueles que são estrategicamente rotulados de “extrema-esquerda”) são muitíssimo mais democráticos e defensores da igualdade e justiça social, do que aqueles (Populares e “Socialistas”) que se têm servido dos cargos de poder até agora.

Àqueles que continuam a dizer que com os outros partidos no poder, o sistema político seria igual ou pior, eu desafio a que votem neles. Coloquem-nos nos cargos de decisão e depois tiraremos as dúvidas. Afinal, deveria ser para isso que existem eleições livres – para que pudéssemos escolher diferente e penalizar aqueles que claramente não estão interessados em servir o interesse geral das populações, mas apenas em satisfazer os seus próprios interesses.

Curiosamente, não dei conta de Metsola ter-se referido ao Qatargate... Ficará para uma próxima oportunidade, com toda a certeza.

Enfrasquilhado?

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Miguel Frasquilho é um dos embaixadores da academia Bsports que está sob suspeita de tráfico humano, através da actividade de angariação de jovens e menores estrangeiros para Portugal. Miguel Frasquilho é embaixador da Bsports Academy desde o ano de 2020. Frasquilho alega que aceitou o convite porque lhe “pareceu um projecto de excelência, conforme várias personalidades testemunharam”. Disse também que as suas funções, não executivas, resumem-se a “abordar players nacionais e internacionais, institucionais e empresariais, para apresentar o projecto e, dessa forma, abrir horizontes e perspectivas”. Entre essas entidades destaca “Embaixadas de Portugal no estrangeiro, Embaixadas do estrangeiro em Portugal, SEF, Ministérios e Departamentos Governamentais e empresas privadas nacionais e internacionais”.

Mas, quando confrontado com as recentes notícias, Frasquilho justifica-se dizendo que “desconhece por completo o dia-a-dia corrente da Bsports Academy, bem como o que lá se passa” e que até nunca sequer visitou as instalações actuais.

Portanto, Miguel Frasquilho andou por aí a vender “um projecto de excelência” junto de entidades importantes, onde o SEF assume especial relevância, mas, segundo o próprio Frasquilho, sem conhecer a actividade diária (“o que lá se passa”) e até mesmo as instalações da entidade que andava a representar. Saliente-se ainda o facto de a TAP – onde Miguel Frasquilho ocupava o cargo de Presidente do Conselho de Administração - ser uma entidade parceira da Bsports Academy.

Como é que um indivíduo pode aceitar o convite e ser embaixador de uma instituição, quando desconhece “por completo” a sua actividade?

O que leva um indivíduo com poder de influência interceder na alta-roda, em favorecimento de uma instituição que praticamente desconhece?

São incontáveis os casos de políticos e ex-políticos dos partidos do poder (PS, PSD e CDS) que fizeram parte de cargos não-executivos em empresas, bancos, associações, fundações, bem como consultores e embaixadores de outras tantas instituições e que posteriormente foram apanhadas em práticas ilícitas, mas cujos políticos e ex-políticos nunca sabiam (e continuam sem saber) de nada do que essas instituições praticam. O próprio Miguel Frasquilho, enquanto Presidente do Conselho de Administração da TAP, também não sabia muito do que por lá se passava.

O Serviço Nacional (Privado) de Saúde do PSD

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Depois de terem implementado cortes colossais no SNS, o PSD vem agora pedir mais camas comparticipadas pelo Estado no sector privado. Podiam ter pedido mais camas para os hospitais públicos, mas não. No PSD nunca se ouve ninguém verdadeiramente interessado em investir no SNS, muito pelo contrário. No PSD, a estratégia sempre foi a de destruir o SNS, para depois alegar que não resta outra alternativa que não seja a de pagar aos privados, para que esses providenciem um serviço essencial à população e que deve ser prestado pelo Estado.

Esta é a essência do PSD. Nunca me enganaram, mas continuam a engrupir muita gente. Do outro lado – na outra face da mesma moeda – está o PS, que aparenta ter uma estratégia diferente, mas que na realidade também não investe o suficiente na construção de um SNS robusto, que sirva os interesses da população. E, invariavelmente, acabam por recorrer à mesma estratégia do PSD, que tem como único objectivo a satisfação dos interesses privados. Como referi, PS e PSD são duas faces da mesma moeda.

“Burn, Canada, Burn”

Enquanto o seu país é varrido por uma onda de fogo, Justin Trudeau decidiu fazer uma “visita surpresa” a Kiev, para cumprir mais um preceito da agenda da OTAN. São assim os líderes do mundo livre e democrático. Estão-se completamente nas tintas para os verdadeiros problemas que assolam os seus países, mas aparentemente muito solidários com os problemas dos outros.

Ou então, se calhar sou que que estou a ver mal a coisa. Se calhar, o “genial” Trudeau foi à Ucrânia pedir autorização ao Zelensky para poder levar para o Canadá toda a água que se perdeu na barragem de Kakhovka, após o ataque terrorista ordenado por Kiev.

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