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Contrário

oposto | discordante | inverso | reverso | avesso | antagónico | contra | vice-versa

Contrário

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RAPIDINHA

Sempre a apoiar o nazismo, o "nazionismo" e o genocídio. E sempre a regurgitar a propaganda de Washington. Coisinha repelente.

Taras e manias

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Tomando por boa a última sondagem sobre as intenções de voto dos portugueses, facilmente se constata que o eleitor “típico” português é um verdadeiro caso de estudo. Ora, como se pode ver, a estimativa de resultados eleitorais demonstra que 60% dos portugueses – esmagadora maioria – tem intenção de votar nos mesmos de sempre, ou seja, no PS e no PSD/CDS: aqueles que governaram Portugal nos últimos 50 anos. O famigerado "bloco central".

Dizem que, em Portugal, a maioria dos eleitores são de esquerda. E, de facto, se tivermos em linha de conta aquilo que a maioria das pessoas reclama no dia-a-dia, logo se conclui que a maioria dos portugueses parece ser mesmo de esquerda. E, se nos recordarmos que várias sondagens recentes demonstram que a maioria dos portugueses considerou que o governo do quadriénio 2015-2019 (“geringonça”) foi – de longe – o melhor deste século, mais razões teremos para acreditar que a maioria dos portugueses é tendencialmente de esquerda.

Contudo, esta sondagem mostra que apenas 8% dos portugueses pretende votar em partidos de esquerda (CDU e BE). Não me venham com essa treta de que o PS é de esquerda, porque não é. O PS vai cumprindo alguma agenda de esquerda, apenas para manter o povo na ilusão de que são de esquerda, mas que só concretizou medidas de esquerda com alcance satisfatório, quando esteve dependente do apoio da CDU e do BE, portanto, no período 2015-2019 – curiosamente, aquele que foi considerado pela maioria dos portugueses como o melhor período da governação nos últimos 25 anos. E quanto ao Livre, bem, como já tenho referido, o sonho do Livre é estar para o PS, como o CDS está para o PSD.

E é isto. A maioria diz-se de esquerda e diz que a melhor legislatura foi aquela que teve a CDU e o BE com poder de negociação na governação. No entanto, é a mesma maioria que não consegue deixar esse vício de votar no PS e no PSD/CDS, deixando apenas 8% dos votos para os partidos de esquerda. Taras e manias.

Medalha de honra para a comunicação social "nazionista"

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No passado Domingo, um militar da força aérea norte-americana, Aaron Bushnell, dirigiu-se até à Embaixada de Israel em Washington, despejou gasolina sobre si próprio e de seguida imolou-se ateando fogo ao seu corpo, enquanto gritava repetidamente “Free Palestine”.

Antes de atear fogo a si mesmo, Bushnell disse o seguinte: “Sou um membro activo da Força Aérea dos EUA e não serei mais cúmplice do genocídio. Estou prestes a cometer um acto de protesto extremo, mas comparado com o que as pessoas têm vivido na Palestina às mãos dos seus colonizadores não é nada extremo”. Enquanto alguns agentes da autoridade tentavam extinguir o fogo, outros foram vistos a apontar armas para Bushnell, enquanto ele estava caído e a arder no chão.

A comunicação social que adora uma boa desgraça, que nunca perde uma oportunidade para falar e mostrar coisas chocantes decidiu – de forma totalmente espontânea e quase em bloco – não dar a mínima importância ao assunto. Nem uma pequena nota de rodapé, para aquele que foi, até agora, o mais extremo acto de protesto levado a cabo no “ocidente”, contra o genocídio perpetrado por Israel e patrocinado pelos EUA contra o povo palestiniano.

Mais uma medalha para a comunicação socioal "nazionista".

Desvario

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A 30 de Novembro de 2022, Ursula von der Leyen – a maior cheerleader de Washington e chefe do bando europeu anti-Rússia - disse que já tinham morrido mais de 100 mil militares ucranianos e 20 mil civis.

Segundo o jornal israelita Hürseda Haber, que citou os serviços secretos israelitas Mossad como fonte, a 14 de Janeiro de 2023 eram mais de 160 mil, o número de soldados ucranianos mortos.

De valorizar ainda as declarações de algumas altas patentes do exército norte-americano, que garantiam que em Fevereiro de 2023, portanto um ano depois da invasão, a Ucrânia já tinha perdido cerca de 260 e mil militares e mais de 80 mil encontravam-se desaparecidos.

Saliente-se ainda que, na batalha por Bakhmut morreram mais de 100 mil militares ucranianos e só na mais recente batalha por Avdiivka, as baixas ucranianas foram superiores a 30 mil.

Neste momento, todas as evidências apontam para um número de militares ucranianos mortos superior a 400 mil, sendo que algumas fontes norte-americanas falam em mais de 500 mil.

E perante um cenário catastrófico como este, Zelensky não apresenta nenhum pejo em afirmar que, nos últimos dois anos, morreram apenas 31 mil soldados ucranianos. E completamente inebriado pela falsidade que o caracteriza, ainda disse que do lado russo, o número de militares mortos já ultrapassou os 180 mil.

Portanto, um discurso completamente desfasado da realidade, que só pretende continuar a iludir o povo ucraniano de que é possível vencer um conflito impossível de vencer. E, obviamente, continuar a anestesiar o povo europeu e o povo americano, para que estes continuem a aceitar todas as crises – que só servem para encher os cofres dos mais ricos - e todos os voluptuosos cheques que alimentam a indústria militar, sobretudo a norte-americana. E a comunicação social continua a prostrar-se e a sodomizar-se perante tudo isto, contribuindo decisivamente para que a maioria das pessoas continuem iludidas e aprisionadas neste estado de desvario mental.

O “mundo ocidental” parece um manicómio, em que o director clínico que prescreve toda a terapêutica é o demente Joe Biden. 

Google vs. realidade

Praticamente toda a gente recorre ao motor de busca Google para obter informação sobre todo o tipo de assuntos. Mas, será que os resultados apresentados correspondem à realidade? Será que aquilo que nos é apresentado não está brutalmente manipulado?

Por exemplo, quando olho à minha volta constato que a esmagadora maioria das pessoas são brancas (caucasianas) e heterossexuais. No entanto, ao efectuar uma pesquisa no motor de busca Google, os resultados apresentados mostram uma “realidade” completamente diferente.

Ao realizar uma pesquisa de imagens de “white woman in a relationship” (a pesquisa em inglês costuma apresentar mais resultados), que em português significa “mulher branca numa relação”, o motor de busca apresenta os seguintes resultados:

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Se a pesquisa for por “white man in a relationship”, os resultados são semelhantes. Veja-se:

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Seria de esperar que a maioria dos resultados apresentasse imagens de casais heterossexuais de cor branca. Mas não. O Google apresenta casais inter-raciais na esmagadora maioria das imagens.

Portanto, uma realidade totalmente distorcida e inventada que a Google pretende implementar na consciência das pessoas. E este é apenas um exemplo. Em tudo o resto, a Google age da mesma forma, ou seja, apresenta resultados que não correspondem à realidade, mas sim às intenções doutrinárias que um “grupo restrito” de pessoas pretende implementar na sociedade, para mais facilmente converter os ingénuos e os crentes às suas pérfidas intenções.

O “jornalismo” que considera que “mãe” e “p***” são sinónimos

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Na passada quarta-feira, o presidente dos EUA, Joe Biden, referiu-se ao seu homólogo russo, Vladimir Putin, como um “crazy S.O.B.”, que por extenso quer dizer “crazy son of a bitch” e que em português significa “filho da puta maluco”.

Biden estava a falar sobre as alterações climáticas quando disse: “Temos um “filho da puta” maluco como este tipo, Putin e outros, e temos sempre de nos preocupar com o conflito nuclear, mas a ameaça existencial à humanidade é o clima”.

Recordemos que Joe Biden já se havia referido a um jornalista norte-americano como um “filho da puta estúpido” e, nessa altura, disse-o com todas as letras. E, tal como agora, ninguém deu importância ao caso. Estranho, não é? Uma comunicação social sempre à procura de lenha para queimar, mas que ignora por completo estes incidentes.

Mas o mais cómico foi ver, agora, o comportamento da comunicação social portuguesa. A esmagadora maioria fez questão de ignorar o assunto e aqueles que não o fizeram, optaram por dizer que Joe Biden chamou Vladimir Putin de “filho da mãe”.

Trata-se de uma comunicação social que entende que “mãe” e “puta” são sinónimos. Lá terão a razão deles.

Se tivesse sido Putin a chamar Biden de “filho da mãe”, a mesma comunicação social diria que lhe chamou “filho da puta”, porque isso estaria claramente implícito. Mas como foi Biden a chamar Putin de “filho da puta”, eles inverteram a coisa, como sempre fazem. São uns invertidos. E, obviamente, são uma cambada de FdP (Fanáticos da Propaganda).

Importa ainda salientar o facto de Biden ter afirmado que “a ameaça existencial à humanidade é o clima”. Se considerarmos que a indústria militar norte-americana é um dos maiores agentes emissores de gases com efeitos de estufa, talvez a afirmação faça algum sentido.

 

Navalny: o novo herói do mundo ocidental

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A onda de endeusamento de Alexei Navalny continua. Políticos sem um pingo de vergonha na cara e comunicação social completamente corrompida, que até agora andaram a criar a figura de um Navalny democrático, defensor da liberdade e da democracia pretendem, agora, fazer dele um mártir. Claro que a maioria das pessoas está a comer essa narrativa, como aliás comem todas as outras, sem perceber minimamente o que se passa à sua volta, sem ter a mínima noção da realidade. Bem, reconheça-se que num ambiente totalmente conspurcado pela propaganda de Washington, torna-se fácil perder a noção da realidade. Afinal, como podem as pessoas do “mundo ocidental” saber quem era Alexei Navalny, se nem os russos queriam ouvir falar no indivíduo? Só para que se tenha a noção, Navalny não chegou a ter mais de 2% de intenções de voto. Mas por cá ele arrastava milhões.

A patetice ocidental é de tal forma flagrante que, nos EUA, aqueles que dizem que Putin manda prender os seus opositores são os mesmos que – muito desesperadamente – tentam todas as formas imaginárias e mais algumas, para impedir que uma candidatura presidencial conste no boletim de voto. E, como se vê todos os dias nos canais de propaganda ocidental, estão a fazer de tudo para colocar um candidato presidencial na prisão. No ocidente, isso é a “democracia” a funcionar; na Rússia, isso significa uma ditadura no seu estado mais puro.

Mas, afinal, quem era Alexei Navalny? O mais recente herói do ocidente, que está a deixar o Zelensky roído de inveja…

Alexei Navalny era um ultranacionalista, racista e xenófobo. Navalny era um indivíduo que chamava os imigrantes de “baratas” e defendia a posse e o recurso a armas para os/as exterminar (ver vídeo abaixo). Navalny também participou em marchas neonazis, mas todos já sabemos o quanto o ocidente adora neonazis, basta olhar para a forma como defendem e “democracia” ucraniana. Ou ainda, para os mais cépticos, basta que olhem para a forma como os nazis são aplaudidos de pé nos parlamentos ocidentais.

Num outro vídeo, o senhor Navalny aparece vestido de dentista e estabelece um paralelismo entre os migrantes em Moscovo e as cáries dentárias (parece que Navalny e Zelensky frequentaram a mesma escola de “comédia”). O vídeo está em russo, obviamente, e nele o senhor Navalny diz o seguinte: “Eu recomendo a higienização completa. Tudo em nosso caminho deve ser removido cuidadosa mas decisivamente através da deportação”.

E agora que o senhor Navalny faleceu, no ocidente (acho que vou passar a designar como “faroeste”), vemos os políticos (aqueles que muito convictamente se auto-apelidam de “moderados”) e a comunicação social constantemente a erguer uma batalha contra a extrema-direita e contra aquilo que eles consideram ser de “extrema-direita” – que são todos aqueles que contrariam o poder estabelecido – e, simultaneamente vemos esse mesmo grupelho de indivíduos a endeusar nazistas e fascistas de outras paragens.

Aplicaram (e continuam a aplicar) a mesma receita que encetaram em relação ao neonazismo na Ucrânia. Durante muitos anos, a comunicação social ocidental referia-se ao batalhão de Azov com um grupo de perigosos neonazis. Desde há dois anos que não fazem outra coisa que não seja endeusá-los e silenciar todos quantos se atrevam a dizer que, de facto, são neonazis.

Entretanto, mais de um mês depois, não sei se algum “jornalista” já se deslocou até Carcóvia, para entrevistar a viúva do jornalista de nacionalidade norte-americana, Gonzalo Lira, que se encontrava detido numa prisão de alta segurança na Ucrânia, por se manifestar contra o regime de Zelensky. Gonzalo Lira perdeu a vida na prisão.

Julian Assange é a prova viva de uma comunicação social ocidental totalmente corrompida

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Julian Assange - fundador do WikiLeaks – encontra-se detido na prisão de Belmarsh, no Reino Unido, desde o ano de 2019. Em 2022, o governo britânico autorizou a sua extradição para os EUA, para ser condenado a uma pena de 175 anos, a cumprir numa prisão de alta segurança. Julian Assange recorreu da decisão e, agora, encontra-se a aguardar pela deliberação do Supremo Tribunal de Londres. A audiência final está a decorrer desde ontem e termina hoje, altura em que se espera uma decisão final da justiça britânica. 

Julian Assange está preso por ter denunciado os crimes de guerra que os EUA cometeram no Afeganistão e no Iraque, bem como um vasto rol de crimes por corrupção da elite norte-americana. Se Julian Assange tivesse inventado sobre a Rússia metade daquilo que conseguiu provar categoricamente sobre a actuação do poder norte-americano, hoje seria o candidato preferencial à presidência dos EUA.

A comunicação social, que se desfaz em propagar mentiras sobre um tal de Alexei Navalny, praticamente não fala sobre Julian Assange. Nem o facto de se tratar de um jornalista – digno desse nome – os faz solidarizar-se com a causa. Mas, o mais importante não é sequer a solidariedade, porque não é para isso que serve o jornalismo. A Comunicação social deveria estar a falar sobre a escandalosa decisão do governo britânico em extraditar Assange para os EUA e da escabrosa tentativa de eliminar sumariamente um jornalista, por este se ter atrevido a expor os inqualificáveis crimes do poder americano.

A comunicação social ocidental está ao serviço do poder estabelecido e não da verdade, da liberdade de expressão e da democracia. Em relação a supostos crimes ocorridos noutros países, como a Rússia, a China ou a Coreia do Norte falam cheios de certezas, como se fizessem a mínima ideia do que lá se passa. Mentem despudoradamente e não apresentam um único facto que corrobore as suas afirmações. Por outro lado, em relação aos escabrosos crimes cometidos pelo poder ocidental (essencialmente, pelos EUA) e esses não são meras suposições, são factos documentados (o WikiLeaks é um exemplo disso), a comunicação social limita-se a fazer o serviço sujo de os branquear e de endeusar os seus perpetradores, para os perpetuar no poder e, obviamente retirar vantagem disso.

Eram pra aí sete e pico, oito e coisa novichock

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A xô dona Yulia Navalnaya – viúva de Alexei Navalny – anda desde a passada sexta-feira a fazer exigências às autoridades russas, para que estas lhe entreguem o corpo do marido. A xô dona Yulia deveria, pelo menos, dizer em que país, em que recanto do seu périplo de propaganda deseja receber o corpo do marido. É que – pelo menos desde sexta-feira - ela não tem feito outra coisa que não seja pavonear-se junto de uns patetas que fingem ser líderes europeus (do “mundo livre e democrático”) e, como é fácil constatar, não se encontra em casa para receber o corpo do marido.

A xô dona Yulia foi também recuperar a patranha de 2020, aquela que sustentava que Alexei Navalny havia sido envenenado com Novichock. Esperava-se, agora, um bocadinho mais de originalidade, sejamos francos. Contudo, ela até poderá ter alguma razão para o afirmar, já que segundo as autoridades russas, Navalny desfaleceu após a sua caminhada matinal na prisão, pelo que é aceitável supor-se que deveriam ser pra aí sete e pico, oito coisa novichock.

Navalny e a fantochada ocidental

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Após a notícia da morte de Alexei Navalny, outra coisa não seria de esperar que não fosse o desfilar de “notícias” e comentários mancomunados, entre todos os representantes políticos ocidentais, sua comunicação social (totalmente orquestrada) e, claro, o chorrilho de aleivosias dos habituais detentores do espaço meretrício do comentário nacional.

Ora, dizem eles – TODOS – que Navalny era “o maior opositor de Putin”, “a maior ameaça ao regime de Putin” e, para apalhaçar ainda mais a coisa, “o herói que lutava pela liberdade e pela democracia”.

Aquilo que passa completamente ao lado da maioria das pessoas, ou seja, aquilo que corresponde à verdade é que Navalny não tinha qualquer relevância política na Rússia, não arrastava quase ninguém com ele e as suas encenações não ganharam nunca o mínimo de tracção junto do povo russo. Navalny era, pura e simplesmente, um capacho de Washington, um trouxa que sonhava em ser uma espécie de Guaidó, mas com sucesso. Navalny prontificou-se - perante os seus donos em Washington - a assumir a destruição da cultura, da história e dos valores russos, e de subjugar o seu país aos interesses da oligarquia norte-americana. Navalny queria ser o Poroshenko da Rússia, mas cometeu o erro capital de considerar que a Rússia é como a Ucrânia.

Agora, os patetas de serviço no mundo ocidental vão querer erguer estátuas em seu nome: o mártir falhado que não conseguiu sequer beliscar a imagem de Putin, na Rússia, obviamente. Não obstante, vão querer fazer dele o “herói”, o “verdadeiro opositor” e o “símbolo maior da resistência” na Rússia. Estas são as afirmações que se repetem por todo o lado, mas não têm qualquer aderência à realidade. A cretinice dos patetas que as proferem só encontra paralelo nos patetas que as engolem e as saboreiam como se de um manjar divinal se tratasse.

A verdadeira oposição a Putin – porque ela existe – é feita pelo Partido Comunista da Federação Russa e não por um fantoche meia-tigela, vendido a Washington que, por sinal era um ultranacionalista que se metamorfoseou em “democrata ocidental”, mas que não conseguiu nenhum tipo de adesão na sociedade russa. Navalny era muito conhecido no ocidente, isso sim, porque a propaganda dos meios de comunicação social e de uma classe política europeia totalmente corrompida, que obedecem religiosamente às instruções de Washington, assim o determinaram.

Navalny não representava a “resistência” de coisa nenhuma. Vendeu a alma aos oligarcas de Washington e limitava-se a conspirar e a atentar contra as leis do seu próprio país. Todos deveriam lembrar-se (ou procurar saber) que Navalny foi apanhado em flagrante a planear um golpe de Estado na Rússia. Todos deveriam saber que Navalny foi condenado por fraude fiscal, corrupção e traição à pátria.

O poder ocidental não tem dúvidas de que foi Putin que mandou matar Navalny. Também não tinham dúvidas de que tinha sido a Rússia a atacar os gasodutos Nord Stream ou a enviar mísseis para a Polónia. Independentemente daquilo que poderá ter causado a morte a Navalny, não resta qualquer dúvida de que se trata de um acontecimento que em nada aproveita a Putin, cuja popularidade goza de muito boa saúde. Já em relação aos propagandistas ocidentais, não se pode dizer que este acontecimento não favorece a sua fantasiosa narrativa.

E, por essa razão, vemos e veremos (durante alguns dias) os “especialistas” políticos, os jornalistas e comentadores a tentar explorar o acontecimento até não poder extrair mais sumo. Mas, notem, essa luta é apenas a de quem quer continuar a manter o povo ocidental completamente anestesiado nas mentiras perpetradas pelo poder ocidental, porque essa campanha de propaganda barata não tem qualquer efeito na Rússia. Acordem, pois esta propaganda (todas, em boa verdade) é especialmente dirigida a vossemecês.

Por último, mas não menos importante, convém ainda salientar que aqueles que agora estão muito empenhados em construir narrativas falsas sobre o pretenso heroísmo de Alexei Navalny e a bradar aos céus contra um “crime” hediondo cometido numa prisão na Rússia, são os mesmos que ignoraram por completo a morte de Gonzalo Lira numa prisão na Ucrânia, há cerca de pouco mais de um mês. Nem o facto de se tratar de um jornalista, ainda para mais de nacionalidade norte-americana, os fez solidarizar-se com a morte macabra de que foi alvo e os fez querer investigar o caso e exigir justiça.

O outro exemplo – o maior – que serve para expor a hipocrisia e a sabujice de políticos, jornalistas e comentadores do mundo ocidental é o caso de Julian Assange, aquele que todos eles ignoram e muito desejam que seja enviado para Guantánamo, para morrer de causas naturais depois de uma caminhada matinal. Eventualmente. Ou então “suicidar-se”, como fez Jeffrey Epstein.

A "ajuda" dos "pró-americanos"

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Não querer continuar a patrocinar uma guerra - que eles próprios provocaram, tal como todas as outras - é antiamericano.

Não querer enviar mais dinheiro para um país, cuja maioria da população norte-americana desconhecia a sua existência (até Fevereiro de 2022) e que, ainda hoje, mais de 90% da população não sabe identificar no mapa é antiamericano.

Não querer continuar a despender milhares de milhões de dólares na indústria de armamento – porque é para lá que vai a maioria desse “apoio” – é antiamericano.

Ser pró-americano é estar com a administração Biden e ver a dívida pública a aumentar a um ritmo alucinante; é ver o número da população sem-abrigo aumentar a um ritmo nunca antes visto; é ver a taxa de desemprego aumentar; é ver a classe trabalhadora a pagar mais impostos, a suportar uma inflação estratosférica e a ter que desempenhar mais do que uma actividade profissional para fazer face às dificuldades económicas; é aceitar que uma grande parte da população não tenha acesso a cuidados de saúde.

Ser pró-americano é, acima de tudo, aceitar que o 1% dos mais ricos que realmente detêm o poder continuem a aumentar o seu poder, os seus astronómicos lucros e o controlo sobre tudo e todos, começando logo pela classe política.

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