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Contrário

oposto | discordante | inverso | reverso | avesso | antagónico | contra | vice-versa

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RAPIDINHA

Para os lambe-cus de Washington, quando a Al-Qaeda ataca a soldo dos falcões da guerra no Pentágono e na CIA, isso não se enquadra na definição de ataques terroristas. Quando Washington diz que a Al-Qaeda é uma organização terrorista que tem que ser eliminada a qualquer custo, os lambe-cus chamam-lhe terroristas (sem aspas), mas quando Washington usa, financia e arma a Al-Qaeda para perpetrar derrubes de governos e instalar o caos, os prostituídos da comunicação social já preferem chamar-lhes "rebeldes" que estão a lutar pela democracia. QUE BANDO DE FdP!

Na era do “jornalismo” que promove a censura

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O jornalista Tucker Carlson – sim, jornalista – esteve em Moscovo, onde entrevistou o Presidente da Rússia, Vladimir Putin.

A comunicação social ocidental caiu em cima de Tucker Carlson, porque ele se atreveu a fazer jornalismo, algo que os “jornalistas” que se prostituem em cada esquina da comunicação social ocidental não fazem ideia do que significa.

Independentemente da opinião que cada um possa ter sobre Putin, sobre a Rússia ou sobre o que quer que seja, o acto de um jornalista ter ido ao Kremlin entrevistar o Presidente da Rússia é um acto de jornalismo e de liberdade de imprensa. Jornalismo não é opinião. Jornalismo é reportar factos e ouvir todas as partes envolvidas. Sem censura.

Quantos “jornalistas” dos meios de comunicação ocidental se disponibilizaram para fazer o mesmo? Nenhum. Eles nunca estiveram interessados em entrevistar Putin, porque isso iria desmascarar toda a narrativa que eles andaram e andam a promover. Só a título de exemplo, Putin nunca disse que a invasão da Ucrânia iria durar três dias, no entanto, essa é uma verdade absoluta espalhada pela comunicação social ocidental e que quase todos engoliram e regurgitam a toda a hora.

Outro exemplo, o canal russo RT continua proibido de emitir no espaço europeu. Porquê? Os arautos do ocidente costumam alegar que os órgãos de informação russos são órgãos de desinformação e propaganda do regime. Mas, se isso é verdade, então não impeçam as pessoas de aceder a essa “desinformação” com os seus próprios olhos e de julgarem por si próprias. O quê? Consideram que as pessoas não são capazes de julgar por si próprias? Consideram que o povo ocidental é assim tão estúpido, ao ponto de não conseguir distinguir o que é informação e o que é desinformação? Então, como poderão saber se aquilo que ouvem, vêem e lêem na comunicação social ocidental é fidedigno? Se não têm poder de discernimento. Ah… ficaram sem respostazinhas para estas perguntinhas, não foi? Patetas.

O “jornalismo” que se faz no “mundo ocidental” é algo que deveria envergonhar qualquer “jornalista” que ainda tenha algum resquício de dignidade. Os “jornalistas” ocidentais estão muito preocupados em manter a narrativa que é imposta pela minoria que detém o poder e que os compra e controla – os oligarcas do ocidente. Eles estão em pulgas com esta entrevista porque, de certa maneira, ela expõe toda a hipocrisia, toda a propaganda e toda a dependência que os corrói e corrompe.

Notem que todos os órgãos de comunicação social se referiram a Tucker Carlson como um “apresentador” de TV, quando sabem perfeitamente que se trata de um jornalista. Algo que, uma vez mais, só demonstra que a narrativa que circula na comunicação social ocidental é falsa, totalmente combinada e orquestrada. Por mim, a entrevista poderia ter sido feita por um apresentador ou até mesmo por um canalizador. Só o facto de esta entrevista ter sido feita, algo que nenhum outro jornalista foi capaz de fazer, em dois longos anos, é bastante revelador da independência jornalística que se respira por cá. E são tão patetas, que nem se deram conta que ao chamar-lhe “apresentador” só estão a expor ainda mais a sua incompetência e a sua corrupção. Um apresentador a fazer aquilo que os jornalistas não são capazes de fazer.

Outros patetas chegam mesmo a acusar Tucker Carlson de este fazer uma entrevista com “microfone aberto”. Vejam bem ao ponto a que chegamos, onde é a própria comunicação social a bradar por censura. Onde é que já se viu entrevistar alguém e deixar essa pessoa falar?

Muitos outros optam por salientar que Tucker Carlson foi o “escolhido” por Putin e que se trata de alguém que é “apoiante de Trump”. Chama-se a isto tentar matar dois coelhos com um só tiro. Portanto, a comunicação social que segue os ditames da administração Biden e que se limitou a dar seguimento à campanha de difamação encetada por Hillary Clinton, tenta descredibilizar um jornalista, acusando-o de ele ser aquilo que, na verdade, eles é que o são e em proporções muitíssimo superiores.

Para os palermas dos “jornalistas” ocidentais, Tucker Carlson é um propagandista de Putin. Eles que não fazem outra coisa que não seja propagar a cartilha encomendada por Washington e pela oligarquia ocidental.

Tucker Carlson fez uma entrevista muito mais profissional que qualquer entrevista feita a Zelensky, pelos vassalos jornalistas ocidentais. As entrevistas feitas pelos jornalistas ocidentais ao Presidente da Ucrânia são episódios ainda mais rascas do que o programa “Alta Definição” do Daniel Oliveira. Marcos históricos da mais repugnante propaganda, que estes pulhas não se coibiram de fazer e de que muito se orgulham.

Já agora, a propósito da legitimidade de se dever ou não entrevistar pessoas com as quais não se concorda ou de que não se gosta. Assim de repetente, estou a lembrar-me de a comunicação social ocidental ter entrevistado o Osama bin Laden, no ano de 1997. Entrevista que foi divulgada e promovida em todo o lado e que nunca foi apelidada de ser um “acto de traição” ou de “propaganda”. Foi algo normal, afinal, o Osama bin Laden já foi considerado um herói nos EUA, tal como Saddam Hussein. E depois tiveram o final que se sabe. É por isso que costumo dizer que o Zelensky deve cuidar-se, porque aqueles que são santificados pelo poder em Washington costumam ter finais trágicos, um pouco mais à frente.

Voltando à entrevista de Tucker Carlson a Putin, aquilo que se pôde constatar é que se tratou de uma entrevista muito mais incisiva do que qualquer entrevista que os “jornalistas” ocidentais fazem aos seus líderes políticos. Se algum jornalista fizesse uma entrevista a Joe Biden, nos mesmos termos e modos com que esta foi feita, seria logo apelidado de ser pró-Trump, apologista de Putin ou coisa pior. E toda a comunicação social cair-lhe-ia em cima, para o descredibilizar.

Tucker Carlson até chegou a questionar Putin acerca do jornalista Evan Gershkovich, que se encontra detido na Rússia, por alegada espionagem. No mundo ocidental, algum jornalista digno desse nome questiona Joe Biden ou qualquer outro líder acerca da detenção de Julian Assange? Algum jornalista ocidental questionou o facto de um outro jornalista ocidental (de nacionalidade norte-americana, Gonzalo Lira) ter sido detido pelo regime de Zelensky e de ter “perdido a vida” numa prisão na Ucrânia? 

Mais importante do que aquilo que Putin possa ter dito ou omitido nesta entrevista, foi o facto de ela ter acontecido. Algo que traz alguma esperança a quem ainda preza a liberdade de expressão, que não gosta de emprenhar pelos ouvidos e que pretende ouvir todas as partes envolvidas e formar a sua própria opinião.

 

Iniciativa Liberal, rebaldaria total

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Há poucos dias, a Iniciativa Liberal anunciava que pretendia que o “salário médio” em Portugal atingisse o valor de 1500 euros líquidos, em 2028. Deixaram também muito claro que o aumento salarial que – supostamente - pretendem que ocorra em Portugal se faça pela via da descida do IRS e não pela via da distribuição dos lucros que são gerados nas empresas. Portanto, a Iniciativa Liberal pretende que seja o Estado a aumentar a remuneração dos trabalhadores, por via da tributação de menos imposto. Isto significa que é o Estado quem aumenta a remuneração dos trabalhadores e não a classe patronal. Em última análise, significa que são os trabalhadores que vão “pagar” o seu próprio aumento salarial. E menos imposto cobrado, menos condições terá o Estado para assumir os serviços públicos essenciais ao funcionamento do país.

Portanto, a receita liberal do costume: destruir os serviços públicos, para entregar aos privados o controlo total do funcionamento da sociedade. Entenda-se por privados, os detentores do capital. E quanto mais capital, mais poder. Você já pode antever qual será a sua condição, numa sociedade completamente controlada pelo capital.

Ontem, a IL apresentou o seu programa eleitoral, perante um auditório que parecia o auditório de uma qualquer faculdade privada. Nesse fórum, Rui Rocha disse que a IL vai eliminar as tributações autónomas e vai baixar o IRC para atrair empresas como a Google. Parece que Rui Rocha quer roubar o hub da Google à Irlanda. É o pensamento típico dos “liberais”, que julgam que tudo se resolve com a vinda de grandes empresas, das gigantes tecnológicas, das “Farfetchs” desta vida. Os “liberais” vivem no mundo dos unicórnios. Ah, como eles adoram absorver as bacoquices made in USA, as ficções do MIT e as patranhadas de Hollywood ou Silicon Valley. E, provavelmente, até se inspiraram nas afirmações do seu ídolo político – o “Presidemente” em Washington -, que aconselhou os mineiros norte-americanos a “aprender a programar”, porque “isso é o que está a dar”.

O sonho dos “liberais” é atrair empresas como a Google, a Meta, a Amazon, a Apple ou a Microsoft, querendo vender a ideia de que com isso – e seguindo o brilhante conselho de Joe Biden – todos poderíamos ter empregos de sonho, sem horário fixo, podendo trabalhar numa esplanada em frente à praia e ganhar milhares de euros por mês. Não se preocupem com coisas essenciais, como a produção de alimentos – essenciais à vida -, porque a IL tem soluções para tudo. Os “liberais” tratariam de entregar o Alentejo e o resto dos terrenos férteis deste país a empresas como a BlackRock ou ao Bill Gates – que já é o maior proprietário de terra produtiva nos EUA. Não se apoquentem, porque os “liberais” têm a solução para cada problema do país, que é sempre a mesma: delegar o problema nas mãos de um grande capitalista, que se encarregará de o resolver. Porque, tal como toda a gente sabe, os capitalistas estão dispostos a tudo, até mesmo perder o seu rico dinheirinho, para poderem resolver os problemas das pessoas, satisfazer as suas necessidades e proporcionar-lhes bem-estar.

Já não é surpresa para ninguém que os “liberais” consideram que as empresas que lucram muitos milhões devem pagar menos impostos. Eles nunca esconderam os seus anseios. Mas não se ficam por essa premissa, a delapidação económica do Estado é apenas o começo. Depois vêm os serviços públicos essências, como a saúde e a educação. No que à saúde diz respeito, Rui Rocha garante que com a IL as pessoas vão poder escolher se querem ser atendidas no SNS, no sector privado ou no sector das misericórdias, com a garantia de que não pagarão nem mais um cêntimo daquilo que pagam hoje.

Quão desfasado da realidade (ou muito mal intencionado) tem que estar alguém, para sequer conjecturar tal impossibilidade.

Resumindo, Rui Rocha e a sua IL pretende baixar drasticamente os impostos, sobretudo os impostos aos ricos, pretende que seja o Estado a suportar os aumentos dos salários, pretende que seja o Estado a pagar os serviços de saúde prestados pelos privados e ainda afirma que, com este mirabolante plano, a IL vai baixar significativamente a dívida pública.

Votar no Livre é votar no PS (é perpetuar o "bloco central")

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O Livre é um partido que se diz de esquerda, mas cujo principal objectivo é retirar votos aos partidos de esquerda e servir de tampão à influência desses partidos na governação. O partido Livre também serve para albergar os votos dos descontentes com o PS, que pretendem uma política de esquerda. Então, o Livre existe para captar esses votos de descontentamento, para de seguida entregar esses mesmos votos – numa bandeja – ao PS. O Livre quer ser para o PS aquilo que o CDS é e sempre foi para o PSD. O Livre quer ser o contrapeso que permita sustentar um governo do PS, que governe “à PS”. O sonho do Livre é conseguir eleger o número de deputados necessários para juntamente com o PS formar uma maioria parlamentar. Simultaneamente, o Livre é o sonho do PS, porque nesse cenário, consegue uma maioria que não tem que depender de partidos como o PCP, Os Verdes e o BE – esses chatos que não deixam o PS fazer o que bem lhe apetecer. É para isso que se criou o Livre, para servir de tampão à esquerda.

Eu não tenho nada contra a criação de novos partidos, muito pelo contrário, mas para que raio serve o Livre? Um partido de dissidentes do Bloco de Esquerda que pretende afirmar-se entre o Bloco e o PS. Não me parece que haja espaço entre o BE e o PS. A ideia de que esse espaço existe é um mito – criado pelo próprio PS – e qualquer um que se mostre interessado em preencher esse espaço, só estará a disponibilizar-se para ser a muleta do PS. Nada mais do que isso.

Apesar desse defeito congénito, o Livre é ainda um partido que da suposta ideologia de “esquerda” só carrega consigo a patética ideologia woke (importada da também falsa esquerda norte-americana). Idiotices woke, às quais o PS não se importará de ceder (porque também eles são patetas woke) em troca de o Livre assinar de cruz todo o programa do PS. Portanto, votar no Livre é votar no PS. Que ninguém se iluda do contrário.

Perante os vários casos de corrupção que assolam os partidos do famigerado “bloco central” (PS e PSD), o Livre só tem a dizer que “não vai atirar mais lenha para a fogueira”, que “não vai agir com populismo”, que “são um partido moderado” e que querem sempre “fazer parte da solução”, porque o que verdadeiramente interessa é “resolver os problemas dos portugueses”. Portanto, as mesmíssimas balelas que os partidos do “bloco central” usam para engodar os eleitores.

O Livre diz que está na política para evitar a influência dos “extremos” na governação. Não poderiam ser mais explícitos sobre ao que vêm. O Livre só se distingue do PAN, no facto de estes não serem carne nem peixe, ou seja, estes disponibilizam-se para viabilizar qualquer partido do “bloco central”. O Livre só está disponível para concubinar-se com o PS, pelo menos por enquanto, porque o senhor Rui Tavares já começou a referir-se ao PSD e ao CDS como “a direita democrática que muito deu ao país”.

O Livre é um partido de choninhas agrilhoados na teia do politicamente correcto, que entende que a política não deve ser feita por extremos. Quão pateta tem que ser alguém – sobretudo se se considera de esquerda – para defender este tipo de ideias. A política faz-se de extremos, sim. E se eu pretendo combater a extrema-direita fascista, racista, xenófoba e tudo o resto, eu tenho que estar no outro extremo, sim. E não apenas fingir que sou muito moderado, politicamente correcto, “wokista” e sem uma posição política firme e bem definida, porque isso, como bem se vê, só tem servido para fomentar o crescimento da extrema-direita.

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