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Contrário

oposto | discordante | inverso | reverso | avesso | antagónico | contra | vice-versa

Contrário

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RAPIDINHA

Com a Iniciativa Liberal (IL) no Governo, em poucos anos teremos milhares de multinacionais portuguesas, milhões de grandes empresas e outros tantos milhões de médias empresas. Com a IL no poder, acaba-se com essa pelintrice que são as pequenas empresas e, acima de tudo, acaba-se com a praga que são os trabalhadores, sempre a queixarem-se de tudo e mais alguma coisa. Com a IL no poder só haverá empresários de sucesso. Grandes empresários.

O “debate”. Qual debate?

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Tem-se ouvido falar do “debate” entre Joe Biden e Donald Trump, candidatos às eleições presidenciais dos EUA. Sinceramente, não sei onde foram desencantar essa ideia de que houve um debate entre os dois candidatos. Aquilo que se viu foi uma inquirição a cada um dos candidatos. Não houve nenhum debate.

Mas, o facto de não ter havido debate, não significa que o momento não tenha sido importante para o esclarecimento dos eleitores, nomeadamente acerca das capacidades pessoais de cada candidato. E serviu, sobretudo, para expor dois tipos de palermas: aqueles que só agora se aperceberam do estado de senilidade de Joe Biden, e aqueles que andaram todo este tempo a dizer que Joe Biden estava “fit for the job”, que tudo aquilo que poucos se atreveram a dizer sobre o estado de saúde mental de Joe Biden era inventado, que os vídeos que demonstravam categoricamente que Biden está – há muito tempo – num estado de demência avançada eram “montagens”, e que agora aparecem a criticar Biden e a contradizer tudo aquilo que andaram a afirmar – apaixonadamente - até à hora do “debate”. E, uma vez mais, deu para perceber nitidamente que a comunicação social portuguesa apenas se limita a papaguear aquilo que os “media” norte-americanos veiculam. Se a CNN e o The New York Times tivessem dito que a prestação de Biden foi excelente, aqui em Portugal dir-se-ia o mesmo. São tão riquinhos, não são?

O mais engraçado foi constatar que o próprio partido democrata reagiu com absoluta surpresa e muito escandalizado com a prestação de Joe Biden. Obviamente que, se até eu que estou a esta distância sei do estado de saúde mental de Joe Biden, aqueles que estão com ele todos os dias o sabem. E poderíamos apontar o facto de a sua própria mulher estar – há muito tempo – a cometer o crime de abuso de idosos.

É óbvio que os “democratas” estão desesperados por substituir Joe Biden por outro(a) candidato(a) (Michelle Obama? A candidatura de ex-primeiras-damas costuma resultar bem). Os “democratas” ainda alimentavam a esperança de que com as mudanças das regras do “debate”, Trump caísse na armadilha de não resistir ao cumprimento das regras e que interrompesse Biden constantemente. Mas isso não aconteceu. Trump – por iniciativa própria ou por aconselhamento – foi um bocadinho menos burro do que costuma ser e fez aquilo que era suposto fazer, ou seja, deixar Biden entregue a si próprio (e à sua total incapacidade mental) e esbardalhar-se todo.

Contudo, eu gostaria de deixar aqui uma nota em relação à prestação de Joe Biden no “debate”. Tendo em conta que ele nunca tropeçou nem caiu (ainda que tenha sido rebocado do palco pela sua mulher), não adormeceu, não se babou e não fez cocó nas calças, Biden até nem esteve assim tão mal.

E para terminar, se isto foi um “debate” no qual tomaram parte os candidatos às eleições presidenciais dos EUA, onde raio meteram o Robert F. Kennedy Jr.? Não o vi. E também não vi ninguém a reclamar da sua ausência.

É a democracia avançada dos EUA e dos palermas que a seguem e defendem abnegadamente.

Culpado por expor a verdade

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Julian Assange foi libertado. A notícia tem sido anunciada – com pouco alarido e muito pesar – pela comunicação social. O “jornalismo” vigente não aceita e repudia veementemente, qualquer jornalista que se atreva a fazer o trabalho que um jornalista é suposto fazer.

Mas a liberdade de Assange tem um preço. E muito elevado. Para que pudesse ser libertado da prisão de Belmarsh e deixasse de ser perseguido pelo poder norte-americano, Assange foi obrigado a declarar-se culpado e pedir perdão pelo que fez.

E o que é que Assange fez? Atreveu-se a expor a verdade sobre os mais escabrosos crimes cometidos pelo poder norte-americano. Nada daquilo que Assange fez pode ser considerado ilegal. Foi tudo feito dentro das regras do jornalismo e da liberdade de imprensa. Aquelas regras que a generalidade dos “jornalistas” e dos órgãos de comunicação social enfiaram na última gaveta da arrecadação.

Julian Assange esteve preso, no total, cerca de 14 anos. Um castigo demasiado pesado e completamente injustificado, sobretudo imposto pelo poder norte-americano, e apenas para servir de aviso a todos quantos ousem atrever-se a dizer a verdade sobre os seus crimes. Saliente-se que, em nenhum momento, o poder norte-americano demonstrou qualquer interesse em facilitar a libertação de Julian Assange, muito pelo contrário. Contudo, sabemos que em Novembro, os EUA vão a votos e o “ainda” candidato incumbente, Joe Biden, está desesperado com a perda de popularidade (e a quase certa derrota) e, só por essa razão, decidiram terminar – pelo menos por enquanto – com a perseguição a um jornalista que não fez nada de errado. Ou, se quisermos ser mais justos, um jornalista que fez aquilo que quase nenhum outro se atreve a fazer: jornalismo.

Não esqueçamos que a comunicação social, em geral, também condenou Julian Assange, sobretudo ao esquecimento. Durante todos este anos, em que um colega de profissão e, acima de tudo, um ser-humano foi submetido à mais abjecta perseguição e a uma verdadeira tortura psicológica e física – que só por milagre não resultou na sua morte -, a comunicação social nada fez para defender aquele que protagonizou, sem dúvida, o maior exemplo de jornalismo ocorrido neste século. Pior que isso, sempre que abordaram o assunto fizeram-no em tom reprobatório e de condenação do próprio Assange. Trata-se de uma comunicação social que defende acerrimamente o poder instituído, o poder das elites, em detrimento da investigação jornalística e da exposição da verdade.

Termino com uma citação do próprio Julian Assange, que espelha na perfeição o sistema vigente.

“Quais são as diferenças entre Mark Zuckerberg e eu? Eu forneço informações privadas sobre as corporações de forma gratuita e sou um vilão. Zuckerberg fornece informações privadas (de todos os utilizadores) às corporações, em troca de dinheiro, e ele é o Homem do Ano.”

"Offshore" é sinónimo de corrupção, mas não para quem governa

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O governo apresentou um plano de combate à corrupção. Um plano que não faz qualquer referência às contas offshore, para onde são surripiados milhares de milhões de euros. As contas offshore são o maior veículo de desvio de dinheiro. As contas offshore contam com o alto patrocínio dos partidos PSD e CDS (partidos do governo), mas também do PS, o outro partido que compõe o "bloco central" e que também já governou durante muitos anos. Nenhum destes partidos quer alterar a legislação das offshores. Nenhum deles aceita eliminar a existência deste mecanismo, que permite que a mais alta corrupção se efective e permaneça impune.

Saliente-se ainda que também a União Europeia (largamente composta por partidos semelhantes aos referidos) nada faz para impedir a fuga de dinheiro para contas offshore. Muito pelo contrário, a UE lesgisla em favorecimento deste mecanismo de fuga de capitais, de fuga aos impostos e da mais alta manigância que visa somente a ocultação da mais sórdida corrupção.

Vir - com toda a pompa e circunstância - falar de combate à corrupção e deixar a principal artimanha de fora é muito mais do que não querer fazer nada pelo combate à corrupção. É querer perpetuar o sistema corrupto vigente, no qual os principais partidos - aqueles que governam o país há 50 anos - se deleitam.

Isto é para a “Esquerda” que apoia o regime de Zelensky

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No passado dia 25 de Abril, Bogdan Syrotiuk – um opositor socialista ao regime fascista de Zelensky e da guerra entre a Ucrânia e a Rússia instigada pela NATO – foi preso pelo Serviço de Segurança da Ucrânia, o SBU, na sua cidade natal, Pervomaisk, no sul da Ucrânia.

Bogdan, que tem 25 anos e a sua saúde debilitada, está detido numa prisão em Nikolaev, sob condições atrozes, sob acusações fraudulentas de servir os interesses da Rússia. Na verdade, Bogdan é um oponente intransigente do regime capitalista de Putin e da sua invasão da Ucrânia. Ele luta pela unidade da classe trabalhadora na Ucrânia, na Rússia e em toda a antiga União Soviética.

Se o tribunal o considerar culpado destas acusações, Bogdan poderá ser condenado com uma pena de prisão de 15 anos a prisão perpétua, o que equivale a uma pena de morte.

A prisão de Bogdan é o exemplo mais recente da repressão brutal do regime de Zelensky aos movimentos de esquerda, cuja oposição à guerra está a encontrar uma resposta crescente dentro da classe trabalhadora ucraniana.

A luta pela liberdade de Bogdan é uma componente essencial da luta contra a guerra imperialista, a economia de guerra, o fascismo e o nazismo.

Mas há uma certa “Esquerda” que muito aprecia e defende o "democrata" Zelensky, que baniu canais de televisão, porque não eram do seu agrado. O mesmo Zelensky que proibiu a actividade política a 11 partidos – todos de Esquerda, por curiosidade. Trata-se de uma Esquerda que esta “Esquerda” especial não gosta. O regime de Zelensky perseguiu (e persegue), deteve (e continua a deter) e assassinou pessoas que se atreveram a expor as suas façanhas, desde jornalistas a políticos. O “herói” Zelensky continua a raptar, nas ruas, nas universidades, nos transportes públicos, nos cafés e nas habitações, homens com idade para combater. E, para coroar a bela democracia que é a Ucrânia, Zelensky proibiu a realização de eleições no país, por tempo indeterminado. Saliente-se que a taxa de aprovação de Zelensky na Ucrânia é cerca de 15%.

Anda por aí uma “Esquerda” que aprecia tudo isto. E é fácil perceber porquê. Basta ver quem lhes paga.

Podem tentar, mas não conseguem esconder ao que vêm

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A propaganda diz que o Governo pretende que seja possível acumular o subsídio de desemprego com salário. Quem ouve e lê pensa: “Bem, mas que belo incentivo para que os 'preguiçosos' que estão a receber subsídio de desemprego possam voltar ao activo”. Afinal, toda a gente sabe que o sonho de qualquer pessoa é estar na condição de desempregado e a receber o respectivo subsídio.

A propaganda também diz que a senhora ministra do Trabalho, Maria do Rosário Palma Ramalho, pretende alterar a lei, de modo a que os beneficiários do subsídio de desemprego não fiquem a perder, caso voltem a trabalhar antes do término do período de recebimento do respectivo subsídio. Bem, de repente, passou-se de uma situação de “incentivo” para uma situação de “não ficar a perder”.

Já a realidade demonstra que a ministra do Trabalho e o seu governo pretende apenas alterar a lei que regulamenta as condições de atribuição do subsídio de desemprego e, principalmente, a fórmula de cálculo do valor do subsídio de desemprego. Para pior, obviamente.

Reparem, a ministra disse que não pode haver vantagem sobre quem trabalha. Ou seja, a ministra considera que os desempregados - além de serem um bando de preguiçosos que só pretendem viver à custa do Estado - não podem receber mais do que aqueles que estão a trabalhar, como se todos os cidadãos que estão no activo recebessem o mesmo salário.

Como é sabido, as pessoas não auferem o mesmo valor salarial, pelo que o subsídio de desemprego atribuído também apresenta valores muito diferentes. Por conseguinte, não há forma de evitar que algumas pessoas que estão desempregadas estejam a receber mais do que algumas pessoas que estão a trabalhar. Tal como muitas pessoas recebem pensões que são muito superiores ao salário da maioria das pessoas que estão no activo.

O problema não é o valor do subsídio de desemprego, mas sim a disparidade salarial e, sobretudo, a política de salários baixos que se pratica em Portugal. Quem pretende corrigir esta situação de injustiça social deve começar por trabalhar no sentido de aumentar o valor dos salários, principalmente o valor dos salários mais baixos – que são atribuídos à maioria dos trabalhadores portugueses.

Ora, bem se vê qual é a intenção deste governo. Quando vêm com o subterfúgio de que é necessário alterar a lei do subsídio de desemprego, por forma a impedir que haja desempregados a receber um subsídio de desemprego superior ao salário de quem está a trabalhar, só estão a anunciar a sua pérfida intenção de atentar contra mais um direito social adquirido pela classe trabalhadora e promover a política de salários baixos praticadas pelos patrões.

Quem não os conhecer que os compre.

O R.A.P. é uma piada

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Ricardo Araújo Pereira (RAP) – o maior humorista da aldeia – foi a Roma, mas não foi para ver o Papa. Na verdade, RAP esteve em Roma a convite do Vaticano, para um evento que reuniu o sumo pontífice e uma catrefada de humoristas de todo o mundo. Com ele (o RAP) foram também Maria Rueff e Joana Marques.

Mas, como referi, o RAP não foi a Roma para ver o Papa. Ele até é ateu, pelo que não se esperaria que estivesse muito interessado em visitar o Vaticano. No entanto, RAP aceitou o convite sem hesitar e lá foi, todo contentito, porque sabia que os seus maiores ídolos iriam marcar presença no evento.

O RAP só lá foi para ver se conseguia obter uns autógrafos e tirar umas selfies com o Jimmy Fallon, o Conan O’Brien, o Chris Rock, a Whoopi Goldberg ou o Stephen Colbert. E não se deu o caso de Jon Stewart marcar presença no evento, caso contrário, o RAP – que é ateu, não sei se já referi isso? – era rapazinho para dar sete voltas à Basílica de São Pedro, de joelhos, só para poder respirar o mesmo ar que o seu deus maior.

Entretanto, o Papa – que é um indivíduo bem-humorado – desafiou os humoristas convidados a que pudessem brincar com tudo, porque é possível rir de tudo, até mesmo de Deus. Na verdade, o Papa estava a dar um puxão de orelhas àquela malta que, desde há uns tempos a esta parte, abdicou totalmente de brincar com determinados assuntos e determinadas entidades (e não estou a falar de Deus). Se bem têm notado, os humoristas do momento, que tanto gostam de reclamar sobre os limites ao humor – que na opinião deles não deve ter limites – são os mesmos que se auto-censuram e que impõem limites a eles próprios. Há – sem dúvida alguma – assuntos e pessoas que para eles são sagrados. Até mesmo para os ateus.

Mas eu, que sou crente e acredito em milagres, estou confiante de que agora que o Papa disse que é possível “rir de Deus”, talvez os humoristas – sobretudo o “maior humorista da aldeia” - ganhem coragem e se dignem fazer uma pequenina rábula – apenas uma para amostra – acerca daqueles que são os seus pequenos deuses, aos quais eles não se atrevem lançar qualquer olhar satírico. Devem ter medo de ir parar ao Inferno.

A cimeira da guerra foi um sucesso

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A cimeira da guerra – à qual a propaganda ocidental chama de “cimeira da paz” – que decorreu ontem e hoje na Suíça foi um enorme sucesso. Não há dúvida de que foi mais um importante passo para dar continuidade à guerra na Ucrânia, ao incremento dos lucros da indústria militar e de todas as elites ocidentais. Já os povos ocidentais, esses continuarão a pagar bem caro toda esta farsa encenada pelos seus patéticos “líderes”.

Importa salientar que nem todos os países que marcaram presença na cimeira assinaram a declaração final da mesma. Mas o mais importante a destacar é o facto de uma cimeira que pretende fazer as pessoas acreditarem que é a paz que está a ser discutida, nem sequer ter convidado a outra parte dos beligerantes. Que raio de acordo de paz se pode esperar conseguir, se a parte mais importante nem sequer está presente?

Foi um chorrilho de discursos vazios e declarações patéticas. Chega a ser penoso olhar para aquele bando de fantoches a fazer as figuras mais ridículas que alguém pode fazer. No fundo, aquilo que aquele bando de merdosos ali disseram foi que não estão dispostos a reconhecer que - depois de cerca de dois anos e meio a enviar milhares de milhões em armas para a Ucrânia, depois de centenas de milhares de mortos, depois de terem ficado caladinhos quando o seu grande amigo de Washington lhes destruiu a maior infra-estrutura energética e depois de tanta inflação e crise económica infligida aos seus povos – acabaram por dar à Rússia muito mais daquilo que ela exigia antes da invasão.

E para piorar a situação, em termos globais, não só a economia russa se encontra em melhor situação do que aquela que tinha antes da invasão, como a situação económica na União Europeia piorou consideravelmente, sendo que o cenário para o futuro é o da ainda maior degradação da economia europeia e da qualidade de vida dos seus povos. Mas está a correr bem para a banca, para as empresas de energia, para as empresas de telecomunicações, em geral, para todos os detentores do capital e, como não poderia deixar de ser, para os políticos-fantoches que servem os interesses dessas elites. Há até um portuguesito que se prepara para obter o tão almejado reconhecimento internacional, muito em breve.

Entretanto, apesar de não ter sido convidado para o evento, Putin antecipou-se e fez uma excelente proposta para a paz. E não foi a primeira.

Putin propôs um cessar-fogo imediato, na condição de a Ucrânia se comprometer em não aderir à OTAN e retirar todas as suas tropas das regiões ocupadas.

É, sem dúvida, uma excelente proposta de cessar-fogo para a Ucrânia. Vejamos, são apenas duas condições, que a Ucrânia pode aceitar sem qualquer problema. Aliás, trata-se de uma proposta que a Ucrânia não só pode, mas deve aceitar imediatamente, para seu próprio bem.

A não adesão à OTAN nunca foi um problema para a Ucrânia, até ao momento em que a própria OTAN decidiu que era hora de engolir mais um país a leste, bem às portas da Rússia (que nos sonhos mais molhados da OTAN seria o próximo alvo). O próprio Zelensky admitiu, já depois da invasão em Fevereiro de 2022, que a não adesão à OTAN não era um problema para a Ucrânia. Além disso, está bem escarrapachado aos olhos de toda a gente o quanto a OTAN tem contribuído para a defesa dos interesses do povo ucraniano. Portanto, a Ucrânia não perde nada em não aderir à OTAN, muito pelo contrário.

Quanto à retirada das tropas ucranianas das regiões ocupadas pela Rússia, também é do interesse da Ucrânia cumprir esta exigência. Primeiro porque deixa de continuar a perder centenas de milhares de cidadãos que – na sua maioria – são obrigados a incorporar no exército e a morrer estupidamente, ao serviço dos superiores interesses dos EUA, da sua OTAN e da caixa registadora do complexo militar-industrial. Segundo, porque deixa a expensas da Rússia o cuidado com as regiões ocupadas. Regiões que, desde de o ano de 2014, são aterrorizadas pelos governos-fantoche de Kiev e suas milícias nazis. Portanto, é bem melhor deixar essas regiões sob o controlo da Rússia, que saberá cuidar e defender os interesses das populações que nelas vivem – maioritariamente de etnia russa.

A proposta de Putin é a melhor proposta de paz - imediata e duradoura - para a região. Qualquer resistência em aceitar esta proposta só levará a mais guerra, mais perda de vidas e perda de território para a Ucrânia. Para não falar nas muito nefastas consequências para os povos europeus, que estão a pagar – bem caro – toda esta campanha de guerra levada a cabo pelos “líderes” ocidentais.

Recordemos ainda que, em Dezembro de 2021 (antes de invasão), Putin quis negociar com Zelensky uma proposta bem menos exigente do que esta. Zelensky recusou. Já em Março/Abril de 2022 (pouco depois da invasão), Putin apresentou uma nova proposta de paz menos exigente do que esta, agora apresentada. Zelensky, a mando dos falcões da guerra do ocidente voltou a recusar. Chegamos a este ponto e a proposta de cessar-fogo tornou-se mais exigente por parte da Rússia. E quanto mais tempo passar, mais a Rússia irá exigir e menos condições de negociação terá a Ucrânia. Só gentinha muito burra ainda não conseguiu assimilar esta realidade incontornável.

Será que cerca de dois anos e meio depois da invasão não é tempo suficiente para se perceber que quanto mais tempo durar o conflito, menos condições de negociação terá a Ucrânia?

Claro que as elites do poder ocidental sabem disso. A questão é que a propagação da mentira e o fomento da guerra corre-lhes de feição. E foi sempre esse o seu objectivo. Não apenas nesta guerra, mas em todas as outras (e foram tantas). Aquilo que não se compreende é que aqueles que pagam – e muito caro – toda esta farsa montada pela escumalha que controla o poder ocidental, continuam a acreditar nas histórias da carochinha que estes lhes contam, todos os dias, através da prostituída comunicação social.

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