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Contrário

oposto | discordante | inverso | reverso | avesso | antagónico | contra | vice-versa

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RAPIDINHA

Estará o Sapo com medo de deixar de ser pago para plantar "notícias"? Não deve ser isso...

É o sistema, é o bloco central, é o tachismo de carreira

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Hélder Rosalino recusou assumir a função de “secretário-geral do governo”, por não poder manter o mesmo salário que recebe no Banco de Portugal.

A lei que estava em vigor até ao dia 25 de Dezembro definia que o salário do secretário-geral do governo seria cerca de seis mil euros, mas o Pai-Natal, este ano, veio com um fato cor de laranja e deixou no sapatinho uma alteração à lei, para que o salário do Rosalino pudesse chegar aos 16 mil euros. Reparem, não se trata apenas de uma tremenda filhadaputice, já que revela que os governantes fazem leis à medida dos seus amigos, mas também demonstra que os governantes são muito expeditos a resolver questões que tenham a ver com as suas ricas vidinhas. O governo não resolve o problema das urgências e ainda dificulta o acesso aos cuidados de saúde, nos momentos de maior fragilidade da vida das pessoas. Mas, em pleno Natal, não tiveram nenhum problema em arranjar um tempinho para alterar uma lei, bem à medida do tachista da ocasião.

Há muitas outras questões que se podem levantar com este caso. Desde logo, a de se saber por que razão é necessário um “secretário-geral do governo”. Está na cara que é apenas mais um tacho. Outra questão prende-se com o facto de Hélder Rosalino ser um consultor do Banco de Portugal, onde aufere uns pornográficos 16 mil euros de salário mensal, fora as demais benesses inerentes à função. Por que razão o Banco de Portugal necessita de tantos consultores (todos tachistas do PSD/CDS e do PS)? Aliás, o Banco de Portugal é uma instituição completamente obsoleta, que não serve para nada que não seja fazer eco daquilo que é decidido no Banco Central Europeu (BCE). Ou seja, na pior das hipóteses, poderia manter-se a existência do Banco de Portugal apenas com a função do seu governador, para papaguear aquilo que o BCE lhe manda papaguear. Ou, às vezes, fazer de conta que discorda do BCE, para amortecer o impacto negativo que as decisões do BCE têm na opinião pública. E para funcionar como uma espécie de museu moribundo, que mantenha viva a memória dos tempos em que havia soberania em Portugal.

Portanto, o Banco de Portugal nem sequer deveria existir, não neste enquadramento europeu, muito menos deveria ter tantos, mas mesmo tantos tachos a sugar muitos milhares de euros mensais (desenganem-se se pensam que Rosalino é caso único).

Mas todo este imbróglio é uma pena, porque o Hélder Rosalino – o tachista do Banco de Portugal que aufere 16 mil euros mensais para não fazer nada – é uma pessoa imbuída de um espírito de serviço público incalculável. Ele seria um óptimo secretário-geral do governo e um exímio lutador nessa árdua tarefa que é a defesa do interesse público. O problema é que – à semelhança de todos os outros seres especiais, muito competentes e com elevado espírito de serviço público – também Rosalino só consegue ser tudo isso, se receber um salário principesco. Se for para receber apenas uns trocos – cerca de seis mil euros – todas essas maravilhosas qualidades e que só estas pessoas especiais apresentam, vão imediatamente por água abaixo.

Ai e tal, ele já está a ganhar muito mais no Banco de Portugal. Pois está. Mas esse é que é o pecado original. Rosalino – e todos os outros “Rosalinos” desta vida – nunca deveria ter sido contratado pelo Banco de Portugal, porque não é necessário, porque nada produz, porque se trata de um tacho e ponto final. Muito menos deveriam existir cargos públicos com esse nível de remuneração.

Com esta sofisma, o governo vai tentar desviar as atenções dos verdadeiros problemas do país, vai também conseguir avançar com o tacho – mais um – de secretário-geral do governo, como se isso fosse necessário e, muito provavelmente, já traçou o caminho para que Hélder Rosalino venha a ser o próximo governador do Banco de Portugal.

Há ainda o “pormenor” de que, caso Hélder Rosalino deixasse o cargo que ocupa no Banco de Portugal e fosse para o governo, o lugar deixado vazio no banco não seria preenchido por outra pessoa, pelo menos é o que sustenta o governo de Montenegro. Ora, isso só comprova que o lugar de Hélder Rosalino no Banco de Portugal é um tacho. Se fosse mesmo importante e necessário – tal como o valor do salário faz acreditar –, teria que ser substituído imediatamente por alguém. Mas não tem, porque o que realmente importa é manter o tacho da pessoa em causa e não as pretensas funções que desenvolve.

É também incrível o facto de praticamente todos os partidos da oposição se mostrarem agastados com este imbróglio, salientando que um suposto salário de 16 mil euros para o cargo de secretário-geral do governo é obsceno. No entanto, parecem não vislumbrar nada de obsceno no facto de esse mesmo valor ser pago a um consultor da mula ruça do Banco de Portugal.

Fumaça e mais fumaça, para encobrir a podridão que é este sistema de tachos e tachistas de carreira, criado pelos partidos do poder (PSD/CDS e PS), para colocar as instituições do Estado ao serviço dos seus interesses pessoais e dos interesses dos seus “amigos”.

Só não vê quem não quer ver. 

Nem com um oceano de lixívia, seus patetas vendidos

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À semelhança do que acontece em toda a comunicação social ocidental, o Polígrafo desfaz-se em pedaços de algodão, na desesperada tentativa de limpar aquilo que não tem solução. Há coisas que nem que as mergulhássemos num oceano de lixívia sairiam de lá mais limpas.

Como é habitual, o Polígrafo dedica-se a pescar afirmações nas redes sociais, daquelas que fica muito fácil demonstrar que, pelo menos, não há provas que as sustentem de forma inequívoca. Tudo isto, apenas para poder apregoar aos sete ventos de que se trata de teorias da conspiração e, assim, limpar a imagem de determinadas pessoas ou instituições de poder. Normalmente, aquelas que servem ou são propriedade do poder instituído.

Consta, pelas redes, que Zelensky comprou um hotel no valor de 88 milhões de euros. O Polígrafo fez uma investigação no Google e concluiu que é falso. O Polígrafo poderia limitar-se a dizer que aqueles que afirmam que Zelensky comprou o referido hotel, não apresentaram provas de que isso realmente aconteceu. Mas o Polígrafo não se fica por essa premissa, o Polígrafo sustenta que que a afirmação é falsa porque certas e determinadas agências de notícias – do sistema – assim o confirmam. Pior do que isso, o Polígrafo cita uma agência governamental ucraniana, como fonte de informação fidedigna para corroborar que a aquisição do hotel por parte de uma empresa pertencente a Zelensky é falsa.

Vejamos, apesar de o Polígrafo ter referido a ligação de Zelensky aos “Pandora Papers” e de não ter negado – porque não há como negar – que Zelensky é um dos proprietários da empresa Film Heritage Inc., o Polígrafo faz mais uma bosta de uma suposta análise independente, apenas para cumprir a sua função de servir o poder instituído e de tentar impedir que se manche a imagem pública de Zelensky.

O Polígrafo – bem como toda a corrupta comunicação social ocidental – deveria estar a questionar o facto de Zelensky ter participações em inúmeras empresas e ter uma fortuna milionária incalculável em paraísos fiscais. Como raio é que um humorista meia-tigela consegue apropriar-se de tanto em tão pouco tempo? Isso é que deveria estar a ser passado a pente fino e não está. E quem se atrever a lançar a discussão sobre o tema, mesmo que acompanhado de alguns factos imprecisos ou não provados, levarão de imediato com toda a comunicação social e todos os seus prostituídos peões-de-brega em cima, já que eles não perderão um segundo sem que venham - como uns pinschers raivosos - defender a imagem dos criminosos de eleição, que sustentam as suas miseráveis existências.

Se Zelensky comprou ou não comprou o referido hotel é um pormenor sem importância, porque se não comprou foi porque não quis, já que tem dinheiro para isso e muito mais. E isso sim, isso é que deveria estar a ser investigado e questionado por toda a comunicação social. Mas para que isso acontecesse seria necessário ainda existir um resquício de decência na comunicação social. Isso ficou perdido, algures no século passado. Bem lá atrás, no século passado.

Como são bons os israelitas…

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Segundo o destaque do Sapo, os israelitas são mesmo gente boa. Cumprindo a agenda e os ditames do “nazionista” Drahi, o Sapo destaca que os magnânimos israelitas “libertaram” 400 pessoas de um hospital em Gaza.

Alguns pormenores aparecem depois, no corpo da “notícia”, que poucos lêem. Por isso, o importante é fazer um título que induza em erro e endeuse os “nazionistas”. Porque é isso que fica na mente da maioria das pessoas e porque é assim que funciona a propaganda.

O hospital em causa foi atacado e invadido pelo exército de “Nazinyahu”. Os doentes foram impedidos de ter tratamento, foram ameaçados, agredidos e obrigados a deixar o que ainda sobra deste hospital. Notem bem, os doentes foram obrigados a deixar o hospital e não “libertados”, como diz a Lusa e como destaca o Sapo.

Muitos dos doentes que se encontravam no hospital eram pessoas feridas por ataques israelitas. Entretanto, vários médicos foram detidos, torturados e proibidos de prestar assistência aos doentes, sendo que alguns foram mesmo assassinados. Já o director do hospital encontra-se “desaparecido”.

Este é o dia-a-dia em Gaza há mais de um ano. Mas a prostituída comunicação social vai continuar a distorcer a realidade e a propagar as criminosas mentiras “nazionistas” que, como é hábito, alegam que os hospitais, as escolas, os campos de refugiados, as instalações da ONU, as habitações, ou seja, todos os sítios estão tomados pelo Hamas. E, claro, o Hamas é que é uma organização terrorista. Os “nazionistas” são os “libertadores”.

Bando de FdP.

É imperioso e de elementar justiça aumentar os salários mais baixos

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Os trabalhadores da recolha do lixo – agora chamam-lhes trabalhadores da higiene urbana – estão a cumprir o segundo dia de greve, através da qual reivindicam a melhoria dos seus salários.

Se há classe de trabalhadores que merece um significativo aumento salarial são os trabalhadores do lixo. Trata-se de uma função essencial ao funcionamento da sociedade e até mesmo à sua própria sobrevivência. O trabalho de recolha e tratamento do lixo é tão ou mais essencial do que o trabalho dos médicos, que estão sempre a queixar-se, que fazem muito mais greves, que se recusam a cumprir com o seu juramento (o juramento dos hipócritas) e que recebem – na pior das hipóteses – um salário muitíssimo mais elevado do que aquele que é pago a qualquer trabalhador do lixo.

Se não existisse ninguém a proceder à recolha e tratamento do lixo, a sociedade implodia em pouco tempo. O mesmo aconteceria se não houvesse ninguém a desempenhar a função de empregada/o de limpeza. Portanto, deixemo-nos de falinhas mansas, de colocar paninhos quentes e ataquemos o problema pela raiz. É urgente aumentar – significativamente – o salário das pessoas que desempenham funções essenciais ao funcionamento da sociedade e que são tremendamente mal remuneradas. Depois de resolvida essa tremenda injustiça social, poderemos então pensar em melhorar (ou não) as condições salariais daqueles que já estão num patamar nunca alcançável, por todos quantos desempenham funções que tanto necessitamos.

A essência e a hierarquia dos montes de esterco

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Olaf Scholz, o “ainda” chanceler da Alemanha (o próximo "líder" ocidental a tombar), não perdeu tempo em aparecer no mercado de Natal de Magdburgo, onde na passada Sexta-feira, outro monte de esterco avançou com o seu carro contra a população, tendo matado cinco pessoas e ferido várias dezenas.

Só um verdadeiro monte de esterco consegue cometer um acto tão desprezível e desumano. Consta que se trata de um emigrante da Arábia Saudita, que se encontra a viver na Alemanha há cerca de 20 anos. Dizem que é médico, que odeia muçulmanos, que repudia o islamismo e que é contra a entrada de migrantes – como ele – na Alemanha.

Mas os montes de esterco têm uma hierarquia. Há os montinhos e os montões. Há aqueles que são capazes de cometer crimes como o da passada Sexta-feira, em Magdburgo, e existem aqueles que se encontram no topo da hierarquia do poder e que fornecem armamento pesado a um nazi genocida, que não se cansa de chacinar uma população indefesa, principalmente em Gaza, mas também na Cisjordânia, no Líbano, no Iémen e na Síria.

A prostituída comunicação social não perdeu tempo em propagar que o assassino de Magdburgo é um apoiante da extrema-direita. É a mesma comunicação social que endeusa fantoches-políticos que fornecem armas ao “Nazinyahu” e que glorifica o genocídio e o nazismo – TODOS OS DIAS.

Pouco importa saber quem é que o monte de esterco de Magdburgo apoia ou deixa de apoiar. Comparado com os crimes contra a humanidade cometidos por quem está no poder, o assassino de Magdburgo é um menino de coro.

Portanto, em matéria de esterco, comunicação social e gentalha como Olaf Scholz estão no topo da pirâmide. E bastou ver a atitude do chanceler alemão, que não perdeu tempo em apropriar-se da onda de comoção em Magdburgo, apenas par tentar recuperar o terreno perdido – e irrecuperável – para as próximas eleições.

Scholz é um cúmplice muito activo do genocídio cometido por Israel contra o povo palestiniano, que já causou mais de 50 mil mortos, sendo que a maioria são mulheres e crianças. Mais de 17 mil crianças foram brutalmente assassinadas. Centenas de milhares de palestinianos estão feridos (muitos com gravidade e sem acesso a cuidados). E, perante o cenário mais desumano possível, Olaf Scholz continua a enviar armas para Israel, para que Netanyahu continue a atacar hospitais, habitações, escolas, campos de refugiados, enfim, todos os sítios onde existam palestinianos.

Para Olaf Scholz, o acto de assassinar milhares de pessoas inocentes na Palestina, numa base diária, há mais de um ano, com armas fornecidas por ele próprio, não tem nada de terrível. Porque para montes de esterco como ele, os palestinianos não são pessoas.

Quanto racismo, quanta xenofobia, quanta maldade e quanto nazismo são necessários para que um criminoso da estirpe de Olaf Scholz venha apontar o dedo a um outro criminoso, que se encontra muitos patamares abaixo dele próprio, na hierarquia dos montes de esterco.

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Marcelo: pouca lei, muita propaganda

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Na sequência do que aconteceu ao edifício onde está localizada a embaixada de Portugal em Kiev, Marcelo Rebelo de Sousa disse que foi atingido “território português em plena Ucrânia”.

O problema de Marcelo é que a sua competência em matéria de Direito é inversamente proporcional à sua habilidade para a propaganda. Marcelo não perdeu tempo em fazer aquilo que fizeram todos os políticos-fantoches sodomizados, de Portugal e da Europa, ou seja, cumprir com a propagação da narrativa imposta por Washington e, então, desataram todos a papaguear as patetices do costume. Ao ponto de quererem fazer crer que Portugal foi atacado pela Rússia, como se estivessem em pulgas - e estão - para entrar em confronto directo com a Rússia. Tudo isto faz parte de uma narrativa engendrada para adormecer os pacóvios. Já todos devem estar cansados de ouvir "notícias" a reportar que o "almirante" está 24 horas por dia (e mais algumas durante a noite) a vigiar as águas portuguesas e a tomar conta dos navios russos.

Marcelo afirmou com todas as letras, que foi atingido território português na Ucrânia. E, como sempre, a maioria das pessoas – dos cidadãos comuns – embarcam logo nessas falsas afirmações que se tornam verdades absolutas num ápice. A embaixada de Portugal em Kiev – ou em qualquer outra cidade – não é território nacional. Essa é mais uma da mentiras espalhadas pelos incompetentes e prostituídos da comunicação social. E, como se viu, Marcelo é muito mais especialista em matéria de propaganda do quem em leis. Muito grave, para quem é considerado um “especialista” na matéria.

Marcelo confunde inviolabilidade com soberania. Uma embaixada de um dado país noutro país, representa uma “área de jurisdição”, mas nunca assume a qualidade de território pertencente ao país representado por essa embaixada. Notem que, em muitos casos, trata-se de edifícios partilhados por outras embaixadas, como é o caso, e na maioria das vezes até nem sequer são pertença do país da embaixada, ou seja, são espaços arrendados. Dizer que uma embaixada é território nacional é uma tremenda bacoquice. Dito por um “especialista” em Direito, que ainda por cima é Presidente da República constitui uma infracção gravíssima, que deveria ser alvo de punição.

Portanto, uma embaixada não é um território soberano do país representado. Quanto à inviolabilidade desse espaço, cabe ao país onde está instalada a embaixada garantir que a mesma será respeitada. Nesta caso concreto, cabia à Ucrânia garantir que o espaço conferido à embaixada de Portugal não fosse violado.

Acrescente-se que o ataque russo do qual resultaram danos materiais para o edifício da embaixada de Portugal em Kiev, não teve como alvo esse edifício, mas sim a sede dos serviços de informação ucranianos. Destroços do míssil lançado pela Rússia acabaram por atingir o edifício da embaixada de Portugal, porque a Ucrânia interceptou o míssil e foi a consequência dessa intercepção que causou a “violação” do espaço da embaixada de Portugal.

Portanto, as queixas dos políticos-fantoches portugueses deveriam estar a ser endereçadas ao governo ucraniano, único responsável pelo acontecido. A Ucrânia não só não garantiu a inviolabilidade da embaixada de Portugal, como é seu dever, como ainda foi a causadora da violação.

Claro que os ignorantes e os russofóbicos vêm logo com os habituais disparates de que a Rússia é que está a atacar e de que a Ucrânia tem o direito de se defender. A Ucrânia tem o direito de se defender, sim senhor, desde que os seus actos de defesa não coloquem em causa a integridade e/ou a existência de pessoas e infra-estruturas, como é o caso das embaixadas de outros países. É a lei que o diz, não sou eu.

A verdadeira ameaça à Europa

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O grande problema da Europa não é a ficcionada ameaça de guerra da Rússia. O maior problema da Europa reside na malvadez latente nos políticos que ocupam os cargos do poder europeu. A escória de políticos que há muitos anos conspurca os lugares de decisão nas instituições europeias e nos respectivos estados-membros da União Europeia é que são o verdadeiro problema, a verdadeira ameaça à Europa.

Há muito, muito tempo – desde sempre – que a União Europeia é apenas um filial da gigantesca central de negócios em Washington. Tudo aquilo que é decidido em sede da União Europeia tem – sempre – uma imposição de Washington ou Wall Street à retaguarda. E também aquilo que é decidido nos estados-membros que compõem a União Europeia é – maioritariamente – decidido em Bruxelas. Portanto, quem manda na Europa são os EUA. É claro como água. E é assim desde há cerca de 80 anos, ou seja, desde o final da Segunda Guerra Mundial.

Pelo menos, desde a Segunda Guerra Mundial que os EUA sabem muito bem que as guerras – sobretudo na Europa – são uma injecção de vigor na economia norte-americana. Principalmente nos sectores da produção de armamento e da energia, mas não só, toda a economia norte-americana assenta no pilar das guerras orquestradas longe de casa. E, acima de tudo, nas guerras que deixem a Europa fragilizada e dependente de Washington.

Chama-se capitalismo de guerra. Para o capitalismo – que é de raiz norte-americana – tudo é uma mercadoria, tudo tem um cifrão em cima, até mesmo as pessoas. E tudo girará à volta da ideia de que é necessário gerar conflitos – o mais duradouros possível – para alimentar a sedenta e gananciosa máquina capitalista.

E é aí que entra o papel da OTAN, que para além de ser uma organização terrorista, é a maior seita de vendedores de propaganda bélica, ao serviço do complexo militar-industrial.

O novo chefe-fantoche desta quadrilha de promotores da guerra dá pelo nome de Mark Rutte, um neerlandês que foi colocado no lugar cimeiro do braço armado de Washington, cuja única função é andar a percorrer os estados-membros da organização – sobretudo os europeus – a disseminar o discurso do medo, do ódio, do divisionismo, da necessidade de investir em armas, de prolongar os conflitos existentes e de criar novas guerras.

Este energúmeno veio ressuscitar a velha história de que a Europa está sob ameaça de guerra, por parte da Rússia. E, segundo o próprio, “não estamos preparados para o que nos espera”. Ou seja, o habitual discurso do medo, da invenção de ameaças que não existem, apenas para convencer a opinião pública de que é necessário prevenir. Se bem se lembram, o Iraque de Saddam Hussein também ia destruir o mundo com um infinito arsenal de armas químicas que nunca existiram. Ou o Afeganistão de Bin Laden, que se estava a preparar para destruir todo o mundo ocidental. Enfim, as habituais e sórdidas sandices dos dementes em Washington.

E prevenir significa o quê? Obviamente que significa investir muitos triliões de euros nas empresas que vivem à custa da economia de guerra que este verme representa. Rutte disse – com todo o à vontade que a prostituída comunicação social lhe proporciona – que “vamos precisar de muito mais do que 2% do PIB”, e que não serão necessários apenas milhares de milhões, mas sim, TRILIÕES de euros.

Vejam bem a lata deste merdilheiro, que não apresenta o mínimo de pudor em falar em “triliões de euros”, quando a esmagadora maioria da população europeia vê-se entalada num modo de vida cada vez mais complicado, e cada vez menos capaz de oferecer os mínimos padrões de qualidade de vida que já deveriam estar assegurados há muito tempo, a toda a população.

Só que esse padrão de qualidade de vida nunca vai chegar, pelo menos, não enquanto houver este tipo de gentalha a tomar decisões – que nem sequer são as suas decisões – que em nada servem os interesses das populações.

Os triliões de euros que o roto do Rutte quer canalizar para as indústrias de armamento vão sair – como sempre – do bolso dos contribuintes. Ou será que alguém pensa que é a patareca da Ursula que vai expelir notas de 500 euros, a uma velocidade de mil por minuto?

E, como sempre, a já mais do que prostituída, corrupta e sodomizada comunicação social que já não se limita a dar voz à máquina da propaganda de guerra, mas também a aumentar os seus efeitos, a arregimentar apoiantes e, sobretudo, a propagandear todos quantos ainda olham para o que se está a passar como… como se fosse normal.

A Europa não está sob nenhuma ameaça de guerra, por parte de nenhum dos inimigos de estimação fictícios desenhados em Washington. A Europa não está ameaçada pela Rússia, muito pelo contrário, até há bem pouco tempo a Europa (a União Europeia) tinha na Rússia um excelente parceiro económico. Veja-se o que aconteceu às economias europeias depois da intensificação do conflito na Ucrânia. Atente-se na enorme crise económica alemã, que vai arrastar todos os outros países. E tudo isto por causa da obrigação que os “líderes políticos” europeus sentem em satisfazer os desejos imperialistas de Washington, a troco de uns tachos que os farão passar ao lado de todas as crises que, nós, o povo, teremos que pagar. E bem caro.

A real ameaça à Europa – aos povos europeus – está nesta pandilha de políticos corruptos e também numa comunicação social sem escrúpulos e completamente vendida às elites do poder ocidental, sobretudo aos grandes grupos económicos detidos pela oligarquia norte-americana.

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Medidas assassinas que passam incólumes

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Longe vão os tempos em que os médicos diziam que uma avaliação clínica só poderia ser considerada suficientemente correcta se fosse efectuada pessoalmente. Os médicos sempre disseram que, por vezes, só o acto de observar a pessoa – de simplesmente olhar para ela – já dava para perceber a gravidade de uma dada situação. Chamavam-lhe “ter olho clínico”.

Agora, querem-nos fazer acreditar que a melhor forma de cuidar da saúde de todos nós é ligar para a linha SNS24. Dizem até, que isso pode salvar vidas. É certo que se trata de uma medida com a cobertura de quem governa, mas que não escusa os médicos da responsabilidade de cumprir com um procedimento essencial, inerente à prática da actividade médica.

São vários os hospitais (por exemplo, o Hospital de São João ou o Hospital de Braga) que já implementaram a obrigatoriedade de ligar para a Linha de Saúde 24, antes de se deslocar às Urgências. Alegam que é o melhor a fazer, para evitar grandes concentrações de pessoas nos serviços de urgência.

É sabido que existem várias pessoas que se deslocam aos serviços de urgência, sem que haja necessidade. Por outro lado, existem muitas pessoas que necessitam diariamente de um atendimento de emergência. E é aqui que esta medida se torna perversa e assassina.

Todos os dias existem pessoas que necessitam de ser avaliadas com a máxima urgência. Também essas pessoas terão que ligar para a linha SNS24 e, muito provavelmente, ter que aguardar horas para que lhe atendam o telefone, correndo o risco de ver o seu estado de saúde agravar-se, ou até mesmo ter um desfecho fatal.

Com o início do Inverno, aumenta exponencialmente o número de pessoas que necessita de aconselhamento médico, pelo que é expectável que a linha SNS24 esteja sempre “entupida”. O que vai acontecer é que todas as pessoas que estejam mesmo mal, acabarão por desesperar com a espera e, muito provavelmente irão deslocar-se a um serviço privado – o grande objectivo deste governo repugnante.

Dizem eles – os governantes e administrações hospitalares – que vão monitorar a implementação da medida e avaliar se será para manter. É óbvio que os resultados serão “excelentes”, porque o padrão da avaliação não será o de saber se as pessoas são mais bem atendidas e com maior rapidez, mas sim o de apenas saber se haverá ou não um alívio no serviço de urgências. Com certeza que haverá um alívio na afluência aos serviços de urgência, não é preciso ter uma bola de cristal para adivinhar tal facto, já que esta malvada medida vai desviar as pessoas dos serviços de urgência, as que não necessitam deles, mas também as que muito necessitam. E, no final, vão dizer que se trata de uma medida positiva, porque nunca se saberá ao certo quantas pessoas vão realmente ficar sem o devido atendimento, ou até mesmo aquelas que poderão perder a vida à custa desta medida assassina.

Portanto, o objectivo-mor é o de depauperar o serviço público de saúde e obrigar as pessoas a deslocarem-se para os privados, ou então morrerem. Porque os governantes estão-se a marimbar para elas.

Resta ainda salientar o facto de a oposição – sobretudo o Partido Socialista, mas também o resto da direita – ter vindo reclamar desta medida, mas só quando se falou da sua implementação nos serviços de urgência de ginecologia e obstetrícia. Portanto, a medida já estava em vigor nos serviços de urgência de vários hospitais – para todos os doentes – e a oposição pouco ou nada estrebuchou. Só se indignaram quando o alvo das medidas foram as grávidas. Isso também diz muito acerca das soluções e do interesse que a oposição (PS e direita) tem para oferecer ao país.

Uma parte considerável do problema deste país não é o de que as pessoas erradas continuem a ser eleitas, é que as eleições não mudam nada e os eleitores não têm nenhuma palavra a dizer, em nada, nem mesmo no que à sua saúde diz respeito – o direito mais básico e essencial. O poder está dominado por uma estrutura assassina, totalmente desinteressada em dar resposta à vontade do eleitorado, em servir os interesses dos cidadãos e de cumprir com a Constituição.

A outra parte do problema prende-se com o facto de demasiadas pessoas - propagandeadas com muito sucesso - acreditarem que o status quo, vulgo “bloco central” (PS + PSD/CDS), realmente funciona e que os seus sucessivos governos são o melhor para o país. E, por essa razão, praticamente ninguém reclama desta medida, uma das mais criminosas que eu me lembro de ver implementada, sem que haja um laivo de revolta popular. São mesmo demasiadas as pessoas que foram manipuladas com sucesso, ao ponto de terem desistido completamente da política e de concentrarem a sua atenção noutras coisas. E são tantas as distracções, não são?

Paulo Rangel e o pacote de sanções

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O ministro dos negócios estrangeiros, Paulo Rangel, anunciou, com muita satisfação, que a União Europeia vai aplicar mais um pacote de sanções à Rússia.

Consta que é o 15.º pacote e que a União Europeia já está a preparar o 16.º. Toda a gente já deve ter percebido como esses pacotes são eficazes, visto que a economia russa está bem mais forte e a crescer seis vezes mais do que a economia de toda a União Europeia. Além de crescer pouco (quase nada), a União Europeia enfrenta inúmeras dificuldades – auto-infligidas pelas próprias sanções – e que vários países, como a Alemanha (um país pouco importante para a economia europeia), estão já em recessão económica.

Mas os sodomizados fantoches-políticos europeus continuam a insistir nas sanções económicas, que só vão mergulhar toda a União Europeia numa eterna crise, só para dar cumprimento aos desejos mais depravados de Washington e Wall Street - o velho objectivo norte-americano de manter a Europa subjugada.

E digam lá se não é engraçado ver o Paulo Rangel – todo contentito – a levar mais um arrombo no pacote (das sanções). 

Já agora, como é que estamos em relação a pacotes de sanções a Israel?

A ânsia de cumprir a propaganda

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A ansiedade dos “jornalistas” em cumprir a cartilha de Washington é tanta, que eles já nem se dão ao trabalho de verificar onde inserem a terminologia imposta.

Acerca da escolha do novo Presidente da Geórgia, o propagandista de serviço no Primeiro Jornal da SIC disse o seguinte:

“Um antigo jogador de futebol “pró-russo” é o novo Presidente da Geórgia. Foi escolhido por um colégio eleitoral e não pela população que continua a protestar na rua contra o governo.”

Portanto, “um antigo jogador de futebol pró-russo”. O que será que isto significa? Será que quando representou a selecção do seu país contra a Rússia, Mikheil Kavelashvili marcou golos na própria baliza, só para favorecer a Rússia? Deve ter sido isso…

A prostituída comunicação social prefere ainda anunciá-lo como “antigo jogador de futebol”, para tentar descredibilizá-lo de todas as formas possíveis, como se Mikheil Kavelashvili não estivesse na política há vários anos, como se não tivesse sido membro do Parlamento georgiano desde o ano de 2016. A sodomizada comunicação social que tenta descredibilizar um político, apenas porque ele foi jogador de futebol, é a mesmíssima que endeusa um outro político que entrou directamente para a política, depois de fazer sucesso com rábulas humorísticas apaneleiradas.

A mais do que corrupta comunicação social tenta ainda passar a ideia de que a população georgiana está – em peso – nas ruas, a protestar contra o governo eleito. Quando na realidade não passam de “meia dúzia” de sodomizados vendidos, a envergar umas bandeiras da União Europeia – a bandeira da central de negócios de Washington na Europa.

Os FdP (Fanáticos da Propaganda) do costume.

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