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Contrário

oposto | discordante | inverso | reverso | avesso | antagónico | contra | vice-versa

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RAPIDINHA

Os empresários estão contra as eleições, porque tinham uma "urgência muito grande" em aumentar - condignamente - os salários dos trabalhadores. Assim, vai ficar para as calendas gregas...

80 anos depois, a mesma dissimulação e a mesma propaganda

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Assinalaram-se, ontem, os 80 anos do fim do Holocausto. A data da libertação do campo de concentração nazi em Auschwitz foi celebrada com toda a pompa e circunstância. Os líderes ocidentais (ou seus representantes) e toda a comunicação social ocidental deslocaram-se até à Polónia, para proceder à devida solenização da efeméride.

Em princípio estaria tudo certo. Não duvido de que a maioria das pessoas considerem importante lembrar o Holocausto e celebrar o seu fim.

Aquilo que é verdadeiramente inaceitável é a narrativa e a postura assumida pelos políticos e pela comunicação social ocidentais. Por exemplo, a comunicação social destacou a ausência de Putin que, apesar de não poder marcar presença (devido ao mandado de detenção internacional), nem sequer foi convidado. Por outro lado, fizeram completa tábua rasa, de que a libertação do campo de concentração nazi foi conseguida pelos soviéticos.

Outro exemplo, noticiaram que Meloni reconheceu que os fascistas italianos foram cúmplices do Holocausto, mas nada disseram acerca do facto de Zelensky continuar a homenagear e celebrar o maior colaborador ucraniano que serviu as forças de Hitler, um tal de Stepan Bandera – ainda hoje, um “herói” na Ucrânia.

Para piorar ainda mais a situação, políticos e comunicação social aproveitaram a data para aprofundar ainda mais a falsa ideia, de que o “anti-semetismo” é um problema grave e que deve ser priorizado.

E para que todo este cenário ficasse ainda mais negro, não se viu uma única alma que tivesse a coragem de estabelecer o paralelismo entre o Holocausto (que terminou há 80 anos, graças ao exército vermelho) e o genocídio actual na Palestina. Portanto, políticos e comunicação social ainda sentem muito desconforto com o Holocausto de há 80 anos, mas não se incomodam minimamente com o genocídio perpetrado pelos “nazionistas” de Israel, na Palestina. Pior que isso, são cúmplices e apoiam o genocídio israelita na Palestina.

Curiosamente, algumas das boas almas que não deixaram passar a data sem que se estabelecesse a relação com aquilo que se passa na Palestina foram – precisamente – alguns sobreviventes do Holocausto e/ou seus descendentes. Irónico? Nem por isso. Apenas gente decente. Ao contrário dos políticos indecentes e sua prostituída comunicação social, que não perdem um único momento para tentar reescrever a história, inventar ameaças inexistentes e ignorar, por completo, os verdadeiros problemas da sociedade actual.