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Contrário

oposto | discordante | inverso | reverso | avesso | antagónico | contra | vice-versa

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RAPIDINHA

Trump deporta imigrantes, porque considera que as pessoas devem viver na sua terra, no seu país de origem, com excepção do povo palestiniano, que deve ser expulso do seu próprio país e entregá-lo aos "nazionistas".

A aNATOmia do terror

Da "brutal provocação terrorista" ao "incidente sem importância"

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Caiu um míssil (ou dois, a informação não é precisa) na Polónia que, infelizmente causou a morte a duas pessoas. Ora se cai um míssil, a culpa é de quem? Dos russos, claro. Nem sequer importa perder tempo em saber quem foi, porque quando acontece uma coisa má, a culpa é automaticamente atribuída aos russos. “Foram os russos porque eles são uns terroristas sanguinários”. Ah…esperem, esperem… Parece que afinal o míssil foi lançado pelo lado ucraniano… “Ah sim? Então foi um incidente sem importância”. “Mas a culpa continua a ser dos russos, porque se eles não tivessem atacado, os ucranianos não se enganavam nos pontos cardeais e não confundiam o leste com o oeste”. Gentalha asquerosa.

Os defensores da escalada do confronto - e da Terceira Guerra Mundial - não perderam nem um segundo e vieram logo condenar a Rússia (com a habitual dose de raiva e ódio congénitos), exigindo que a OTAN dê uma resposta à altura e de acordo com o famoso artigo quinto, que diz que quando um país membro da OTAN é alvo de um ataque, todos os outros têm a obrigação de o defenderem e responder a esse ataque. Por outras palavras, os “claqueiros” do apocalipse ficaram em pulgas com a possibilidade de um conflito de larga escala e trataram logo de fazer rufar os tambores da guerra e aumentar a pressão nesse sentido, através da manipulação da opinião pública, claro. O habitual.

Imediatamente após o ataque na Polónia, Zelensky vestiu a sua t-shirt verde e disse o seguinte: “Mísseis russos atingiram a Polónia, território de um país nosso amigo. Pessoas morreram. Por favor aceitem as condolências de todos os irmãos ucranianos. Polónia e estados bálticos… É só uma questão de tempo até que o terror russo vá mais longe. Nós temos que colocar os terroristas na ordem.”. E exigiu que a OTAN responda massivamente contra a Rússia. Enfim, Zelensky só fez o habitual teatrinho para engrupir pacóvios.

Mas como a "operação de bandeira falsa" levada a cabo pelo regime de Zelensky foi tão mal executada, à OTAN não restou outra alternativa senão ter que confirmar que o ataque foi perpetrado pela Ucrânia (por acidente, pois claro) e não pela Rússia. No entanto, Zelensky continua fiel ao guião que lhe foi entregue e insiste em sustentar que se tratou de um ataque terrorista por parte da Rússia. Vejamos, o Zelensky tem toda a razão em continuar a insistir no desempenho do papel que lhe foi atribuído. Então, anda o indivíduo há nove meses a actuar todos os dias perante as câmaras do mediatismo – e até já recebeu um Óscar – e nunca ninguém o desmentiu, muito pelo contrário, sempre o apoiaram. E agora ninguém alinha na patranha?

Fica-se até com a sensação de que a OTAN está prestes a puxar a serapilheira que ainda segura o “herói” da t-shirt verde. E se a isso juntarmos o facto de que em Washington começam a ser muitas as vozes que se erguem contra os incentivos à manutenção e escalada do conflito, e que defendem a realização de conversações de paz com a Rússia, essa sensação ganha ainda mais força.

Uma outra preciosidade que se ouviu nas últimas horas foram as declarações do secretário-geral da OTAN, que disse que “é urgente parar com o conflito” e que “o caminho da OTAN passa por apoiar a Ucrânia, no que toca a reforço militar, mas também abrir caminho para futuro diálogo de paz”. Jens Stoltenberg entende que é preciso “apoiar a Ucrânia para que esta possa estar em melhores condições para se sentar à mesa de negociações com a Rússia”. O quê?

Se o objectivo é o de colocar a Ucrânia em melhores condições de negociar a paz, então não deveria ter avançado para a mesa das negociações há já muitos meses? Não deveria a OTAN ter pressionado Zelensky para um acordo de paz logo no início da invasão? Que raio de "melhor posição negocial" ganhou a Ucrânia com o desenrolar do conflito? A resposta é rigorosamente nada, muito pelo contrário. A Ucrânia só perdeu, em vidas humanas e em território (cerca de 20%, por enquanto), que jamais recuperará.

Portanto, se ainda restava dúvidas a alguém, as declarações do senhor Stoltenberg e a alteração da postura da OTAN só vêm demonstrar que os objectivos desta organização eram apenas os de instrumentalizar a Ucrânia numa guerra contra a Rússia, de tentar enfraquecer a posição da Rússia no panorama mundial e, simultaneamente, acabar com o abastecimento de petróleo e gás à Europa (para que sejam os EUA a fornecer) e – por último, mas não menos importante – para fazer jorrar milhares de milhões para a indústria de armamento norte-americana.

A OTAN (ou NATO, como preferirem) é apenas isto – uma organização que só serve para veicular e branquear os mais sórdidos intentos do maior estado terrorista à face do planeta.

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