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Contrário

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RAPIDINHA

Sempre a apoiar o nazismo, o "nazionismo" e o genocídio. E sempre a regurgitar a propaganda de Washington. Coisinha repelente.

A censura das vítimas de Azovstal

natalia_usmanova.jpg

Nos últimos dias, sobretudo na última semana assistimos – finalmente – à libertação dos civis que se encontravam nos subterrâneos da fábrica Azovstal, em Mariupol.

Como sempre, a comunicação social ocidental pintou-nos o quadro de acordo com aquelas que são as instruções do poder estabelecido. A título de exemplo temos uma “peça jornalística” que os órgãos de comunicação social ocidentais nos apresentaram até à exaustão. Trata-se de uma entrevista dada por uma cidadã ucraniana, Natalia Usmanova, que esteve retida no subsolo da fábrica por cerca de dois meses.

Ao invés de fazerem o seu trabalho como deve ser feito, os órgãos de comunicação ocidentais (os Portugal e de todos os outros países) trataram de dar o indevido tratamento às declarações prestadas pela senhora Natalia Usmanova. Ou seja, fartaram-se de retalhar o discurso de Natalia, apresentando apenas algumas frases isoladas que, depois de devidamente descontextualizadas por quem narra ou escreve a “peça jornalística” dá uma ideia completamente diferente daquilo que Natalia verdadeiramente disse. 

A notícia dada pelos órgãos de comunicação ocidentais dá conta que Natalia se queixava das condições horríveis em que ela, o seu marido e todos os outros que lá se encontravam tiveram que enfrentar. Que ela se queixou dos ataques russos. Que havia falta de oxigénio no abrigo e que o medo de morrer a qualquer momento era constante. Disseram ainda que Natalia e o seu marido não tiveram oportunidade de escolher para onde ir, depois de serem libertados e que foram forçados a ir para território controlado pelos russos.

A verdade é que Natalia disse “mais ou menos” aquilo que os órgãos de comunicação social ocidentais referiram, mas num contexto completamente diferente, já que Natalia se mostrou horrivelmente surpreendida e horrorizada pelo facto de o Batalhão de Azov não ter permitido que os civis pudessem abandonar a fábrica. Natalia queixa-se de ter sido mantida refém pelo Batalhão de Azov, que intimidava constantemente os civis ali presentes. Natalia afirmou que tentou sair e que foi impedida. Natalia afirma que o Batalhão de Azov usou os civis como escudos humanos e que esconderam deles a existência de corredores humanitários, algo que conseguiu tomar conhecimento via rádio. Natalia disse também que, apesar de ser cidadã ucraniana, sente que o Estado ucraniano morreu para ela, por se sentir profundamente ofendida pela forma como foi tratada por “gente” do seu próprio país.

Aqui fica o clipe da entrevista de Natalia Usmanova, para que possam inferir através dos vossos próprios olhos e não pelos olhos travessos da desavergonhada comunicação social ocidental.

NOTA: Como bem se pode observar, o vídeo que havia sido publicado no YouTube e que expunha toda a verdade sobre o tratamento que os nazis do Batalhão de Azov deram aos civis na Azovstal foi ELIMINADO pelo YouTube. Algo que só vem reforçar o título deste post. É assim que funciona o "mundo livre".

 

Entretanto, este vídeo "ainda" se encontra disponível:

Se este ficar indisponível poderá sempre tentar aqui, onde a censura ainda não chegou.