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Contrário

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RAPIDINHA

Os empresários estão contra as eleições, porque tinham uma "urgência muito grande" em aumentar - condignamente - os salários dos trabalhadores. Assim, vai ficar para as calendas gregas...

A China não vai à frente apenas na Inteligência Artificial

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Nos últimos dias assistimos ao mundo ocidental a “falar bem da China”. Até Donald Trump elogiou a China, ou uma empresa chinesa, claro, para logo dizer que até o governo chinês considera que “os EUA são os maiores”.

Ou seja, foi necessário constatar o impacto que uma empresa que desenvolve ferramentas de Inteligência Artificial causou em todo o mundo, para que muitos ocidentais caíssem – por momentos – na realidade. Porque, mesmo reconhecendo a vantagem da China na corrida da IA, eles logo acrescentam que a China é um mau país, porque sim e porque sim. Parecendo ainda não terem tomado consciência que uma fatia muito considerável dos produtos que consomem provém da China.

Chega até a ser cómico constatar que, afinal, no chamado “mundo livre”, as ferramentas de IA são muito caras e restritas; já na “sociedade autoritária” da China, as ferramentas de IA são abertas a todos e quase totalmente gratuitas. É lindo, não é? E para tornar a coisa ainda mais espectacular, o lançamento da plataforma DeepSeek foi um tremendo rombo em Wall Street. Uma flecha mesmo nas ventas do capitalismo.

Vejamos, os apologistas do capitalismo ocidental – que se outorgam de democratas liberais, para enganar o fabiano – acham-se muito evoluídos e muito capacitados, no entanto, ficaram muito nervosinhos e trataram logo de dizer que a China não merece elogios, porque a China é bem pior do que qualquer mal ocidental. Sempre que a China se mostra evoluída, competente e – falemos a verdade – com muito mais justiça social que os países ocidentais, as elites do poder ocidental tratam logo de a demonizar e de lhe atribuir a chancela da “causa de todos os males”. Tal como fazem com a Rússia.

A verdade é que a China não passa o seu tempo entretida a inventar guerras, que causaram milhões de mortos (só neste século). A China não perde o seu tempo a construir bases militares à volta do planeta e a ameaçar os outros países com invasões, guerras e sanções económicas. Também não foi a China que nos últimos 15 meses patrocinou um genocídio no Médio Oriente, aliás, a China havia conseguido um acordo de paz histórico, entre a Arábia Saudita e o Irão e que se estenderia à Síria (o Ocidente e Israel não gostaram e, pouco depois, iniciou-se a matança em Gaza, Cisjordânia, no Líbano e no Iémen). E também não foi a China que nos últimos três anos esteve empenhada em manter uma guerra – por procuração – em pleno continente europeu, com a iminente possibilidade de se tornar num conflito militar com recurso a armas nucleares.

Tudo isto foi feito pelos mesmos de sempre – o império do maior mal, com sede em Washington.

E o mais ridículo é constatar que aqueles que estão sempre dispostos a lamber o cu do poder norte-americano vêm logo com afirmações do tipo: “os chineses só não agem como os EUA porque não têm meios para isso, porque se tivessem fariam muito pior”.

Trata-se de um “argumento” ridículo e patético. A China tem poder para fazer tudo o que faz os EUA e muito mais. Simplesmente não está interessada. A China está focada noutro tipo de batalhas que, com todos os males que delas podem advir, não se comparam – mas nem um bocadinho – com o mal que o império de Washington espalha por todo o planeta.

E há ainda aqueles que dizem que a China só se está a preparar para tomar o mundo de assalto, e que por essa razão o Ocidente tem de estar muito bem preparado para os combater. Esses patetas chegam mesmo a insinuar que hipotéticos futuros abusos a serem cometidos pela China já é razão mais do que suficiente para os considerar como o maior mal e para os começar a demonizar e combater. E se possível, combatê-los militarmente, transformando Taiwan numa Ucrânia. Sempre sedentos de guerras e destruição que alimentem a máquina capitalista. Máquina essa que está no seu epitáfio, já que não consegue gerar lucros de outra forma, que não seja através do capitalismo de guerra.

A verdade que assusta as elites do poder ocidental é que a China não está interessada num mundo unipolar e ditatorial, comandado por Washington, mas sim num mundo multipolar, onde todos têm o seu espaço.

Séculos e séculos de história comprovam que as ideias imperialistas de subjugar, conquistar e explorar terras alheias foi – e ainda é – um comportamento tipicamente ocidental.

A China não será uma sociedade perfeita, certamente que não, mas tende a comportar-se de um modo muito mais natural que as sociedades ocidentais, sempre conspurcadas pela sede de poder, pela violência extrema, pela ânsia de impor ditames ao resto do mundo e por viver constantemente em modo distópico.

As últimas décadas demonstram que a vida dos cidadãos chineses tem melhorado substancialmente. E a China não esteve envolvida em nenhuma guerra. Já a vida dos povos ocidentais tem-se degradado sobejamente, e os seus governos estão sempre a falar da necessidade de mais e mais guerras, de mais e mais dinheiro público – sacado aos bolsos do povo – para entregá-lo numa bandeja, às manápulas dos plutocratas que controlam a sociedade ocidental.

Os patetas vêm sempre com a treta de que o governo chinês oprime a sua população, que são autoritários e uns exploradores. Mesmo que isso fosse verdade, não se compara com os malefícios causados pela depravação dos governos ocidentais. E, convenhamos, é preciso muita petulância e total falta de senso do ridículo para acusar o governo chinês de explorar o seu povo, quando durante muito tempo, quem mais explorou o povo chinês foram os magnatas ocidentais que deslocalizaram a produção para a China, para beneficiar dessa exploração. Mas a China aprendeu rapidamente e transformou essa exploração numa oportunidade para se superiorizar em praticamente tudo. Hoje, a China é – de longe – a maior potência mundial, não estando envolvida em guerras e apresentando níveis de exploração e de desigualdade muito inferiores aos praticados no Ocidente.

Contrariar esta evidência chega a ser penosamente embaraçoso. Quando ouço os líderes-fantoches da União Europeia, sinto uma tremenda vergonha alheia e um sentimento de profunda repugnância. Como é possível alguém ser capaz de se sodomizar de tal maneira? Como é possível conseguirem vergar-se e vender-se desta forma absolutamente repelente?

Não existe sociedade mais abusiva, maldosa e criminosa do que a sociedade ocidental comandada por Washington. Quem não conseguir enxergar este facto, só está a comportar-se da maneira esperada e programada pelos seus mestres, ou seja, como carneirinhos acéfalos e muito bem-mandados.