A demência que grassa
A Miss Portugal é um Mister
Primeiro foi em Porto Rico, depois nos Países Baixos e agora foi em Portugal. Sim, porque se há país que adora abraçar as novas e patéticas modas do “estrangeiro”, esse país é Portugal.
Ora, parece que um homem acaba de vencer o concurso de Miss Portugal. Sim, leu bem, um homem venceu o concurso de Miss Portugal e vai representar o país no concurso Miss Universo 2023.
O acontecimento é recente – deu-se na passada Quinta-feira – e talvez se deva ao pouco destaque que a comunicação social lhe atribui que faz com que ainda ninguém se tenha manifestado em relação a uma ocorrência com estes contornos. As (e os) feministas parecem que desapareceram do mapa, ou então, talvez se deva ao facto de as poucas notícias sobre este assunto referirem que se trata de uma “mulher transgénero” e talvez tenham considerado que isso significa ser mulher. São pessoas de causas, mas de fracas convicções.
Bem, os concursos de beleza nunca foram muito abonatórios para a integridade e para a dignidade das mulheres, mas, pelo menos eram concursos em que uma mulher só tinha que ser mulher para fazer parte. Agora, numa sociedade pejada de movimentos feministas e de muitas outras pessoas que, sendo feministas ou não, dizem querer lutar por um mundo onde haja mais respeito pelas mulheres, um homem vence um concurso destinado a celebrar a beleza feminina.
Será este o cúmulo do machismo? Onde os homens já nem sequer permitem que uma mulher vença um concurso de beleza feminina. Onde ser mulher já não é requisito obrigatório para se candidatar a Miss Portugal. Não, não creio que a coisa vá ficar por aqui.
A demência que grassa é de tal forma acentuada, que já ninguém se presta a indignar-se com o que quer que seja. Venham as novas modas, venha os ditames que o rebanho está mais do que pronto.

