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RAPIDINHA

Os empresários estão contra as eleições, porque tinham uma "urgência muito grande" em aumentar - condignamente - os salários dos trabalhadores. Assim, vai ficar para as calendas gregas...

A Irlanda e um irlandês famoso

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A Irlanda, por intermédio do seu governo, tem sido muito crítica sobre o genocídio perpetrado pelo governo “nazionista” de Netanyahu, contra o povo palestiniano. A Irlanda vai pedir ao Tribunal Internacional de Justiça que amplie a sua interpretação daquilo que constitui um acto de genocídio. Ao contrário de Portugal – e de quase todos os estados-membros da União Europeia –, a Irlanda é um país que ainda mantém os mínimos de decência moral e que ainda não atirou para o caixote do lixo a defesa dos mais básicos direitos humanos.

Por outro lado, um famoso irlandês de seu nome Paul Hewson, mais conhecido por Bono, acaba de ser galardoado pelo ainda Presidente dos EUA, Joe Biden, com uma medalha de reconhecimento pela sua suposta luta pela liberdade, ou, como foi proferido na cerimónia, “por ter mudado o mundo com a sua arte e o seu activismo”

Há já muitos anos que Bono se tornou num especial e fiel amigo dos mais corruptos líderes mundiais, sobretudo dos Presidentes dos EUA, aqueles que – há muito, muito tempo – ele fazia de conta que criticava, através de algumas das suas canções e dos seus espectáculos. Rapidamente, Bono passou a privar com toda a elite do poder ocidental e a venerá-los como deuses. Desde Bush a Clinton, de Obama a Pelosi, de Henry Kissinger a Macron, passando pelos donos de Silicon Valley, até aos mafiosos magnatas que controlam o Fórum Económico Mundial.

Juntamente com Bono, foram também distinguidos outros nomes como Hillary Clinton e George Soros. Bono esteve definitivamente em boa companhia. Junto daqueles que ele mais defende e aprecia.

Bono aprendeu muito bem com toda esta escumalha do Fórum Económico Mundial, de Silicon Valley, de Wall Street e de Washington, sobretudo, aprendeu muito bem como colocar o seu dinheiro em paraísos fiscais, como fugir aos impostos e como investir em activos com as maiores e mais rápidas taxas de retorno. E fez tudo isto enquanto pregava o fim da pobreza.

Bono foi daqueles artistas que foi logo a correr para Kiev, cumprir a agenda de Washington, do Complexo Militar-Industrial e de Wall Street, sob a desculpa que estava a solidarizar-se com um povo massacrado e um país invadido. Bono chegou mesmo a apelidar Zelensky de “santo”. Curiosamente, Bono não deu qualquer pio sobre o genocídio em Gaza. Ah! Pois… já me esquecia que ele aprecia glorificar os genocidas, tal como fez com Aung San Suu Kyi. Bono não fez, nem faz uma única crítica a Israel porque está preso pelas grandes negociatas que mantém com várias instituições financeiras israelitas e com os seus negócios no ramo imobiliário, onde não lhe faltam parceiros “nazionistas”. A única vez que Bono falou sobre a situação em Gaza foi para culpar o Hamas e para “rezar” pelos reféns israelitas, ignorando por completo as dezenas de milhares de vítimas mortais e as largas centenas de milhares de vítimas que se encontram a morrer aos poucos, em Gaza. O grande humanista Bono não teve ainda uma única só palavra de solidariedade para com o povo palestiniano.

E agora, Bono recebeu a medalha da liberdade pelas mãos do demente e genocida Joe Biden, pouco depois de este ter assinado a autorização do envio de 8 mil milhões de dólares em armas, para continuar a chacinar pessoas inocentes em Gaza e na Cisjordânia. Bono é um hino à hipocrisia, é falso até ao tutano e um recorrente apoiante das maiores injustiças e crimes contra a humanidade.

Bono também foi um apoiante da invasão norte-americana do Iraque e da Síria. Bono é um lambe-botas e um cicerone do corrupto poder estabelecido ocidental. Ele não dá a mínima importância para o cidadão comum – excepto aqueles que pagam (e bem) para assistir aos seus cada vez mais degradantes espectáculos –, ele apenas quer saber de se pavonear entre os lustrosos salões das elites do poder, de viajar nos seus aviões privados, de refastelar-se nas suas luxuosas mansões e de receber condecorações que supostamente reconhecem algo que ele nunca fez ou foi, mas que são uma maneira de o recompensar pela forma como tão servilmente espalhou a propaganda imperialista de Washington. É assim que a putrefacta estrutura do poder funciona. Bono é só mais um vergar-se perante esse poder e mais um a banquetear-se com as pérolas que esses lhe atiram para a pia.

Há poucos meses, Bono havia dito que se Trump vencesse as eleições, ele entraria no seu carro e se atiraria de um penhasco.

Faz-se longa a espera. 

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