A OTAN é isto
Os patetas europeus membros da OTAN foram a Vilnius bater a pala ao mestre da guerra. De notar, uma vez mais, que todos aqueles “líderes” mundiais apareceram com uma enorme alegria, satisfação, sempre muito sorridentes e até a largar estridentes gargalhadas. A vida corre-lhes muito bem, como se pôde ver. Até Zelensky - que já se tornou num habitual convidado das reuniões da OTAN e do G7 – estava felicíssimo da vida.
Há não muitos dias, Zelensky exortava para a necessidade de que a Ucrânia fosse imediatamente convidada a aderir à OTAN. Zelensky dizia que não se poderia perder mais tempo, que a Ucrânia merece estar na OTAN e que, caso isso não se viesse a confirmar nesta reunião em Vilnius, isso seria um absurdo e um tremendo fracasso. Como bem se viu, o convite ficou na gaveta (fechada sete chaves) e o Zelensky (bem como a sua comunicação social) exultaram de alegria e apregoaram aos sete ventos que a reunião foi um sucesso para a Ucrânia.
Foi, de facto, mais uma manobra de propaganda, que só teve como objectivo manter as pessoas adormecidas na enorme falácia que é a OTAN. A reunião em Vilnius mais não foi do que um congresso de profissionais de vendas de armas - ao serviço do complexo militar norte-americano – muito satisfeitos com os objectivos de vendas atingidos.
A verdade é que a Ucrânia nunca vai integrar a OTAN, pelo menos, não aquela Ucrânia que tinha as fronteiras qua ainda aparecem nos mapas oficiais. E quanto mais a OTAN insistir na estratégia de prolongar a guerra, menor será o mapa da Ucrânia.
Veja-se, a OTAN alega que pretende “convidar a Ucrânia assim que as condições estiverem reunidas”. Foi o que disse o chefe de vendas de armas da organização. Stoltenberg disse que “agora não é possível fazê-lo porque a Ucrânia está num conflito”. Mas, assim que for possível, ou seja, quando deixar de estar em conflito, o convite será feito. Ah sim? Então, por que razão não fizeram o convite quando a Ucrânia não estava em conflito aberto com a Rússia? Tiveram muitos anos para o fazer, sobretudo após o golpe de Estado de 2014, patrocinado por Washington. Por que razão nunca o fizeram, entre 2014 e 2022?
Recordemos que Angela Merkel confirmou que desde 2014 (acordos de Minsk) o objectivo era o de fortalecer a Ucrânia e prepará-la para um confronto com a Rússia. O governo de Zelensky também admitiu – ainda em 2018/2019 - que um confronto no terreno com a Rússia era inevitável. Por que razão a OTAN não convidou a Ucrânia a integrar a aliança? Tiveram pelo menos oito anos para o fazer e nunca o fizeram, apesar das ameaças. Porquê? Porque o objectivo nunca foi esse, mas sim o de alargar as garras da OTAN até à fronteira da Rússia e usar a Ucrânia como um isco. E conseguiram. Agora é só manter.
A OTAN é isto, uma organização comandada pelo lobby da indústria de armamento norte-americana, que tem como único objectivo promover a desestabilização e criar conflitos armados (longe dos EUA), como forma de sugar milhares de milhões aos bolsos dos contribuintes. A OTAN é um mecanismo de controlo global que visa manter o imperialismo norte-americano. Os “líderes” europeus vão continuar a subjugar as nações e os povos europeus ao poder de Washington, porque isso serve os seus interesses pessoais. Todos eles irão ter brilhantes carreiras, cargos importantes e muito dinheiro. A nós – o povão – cabe continuar a pagar e bem por todo este repugnante regabofe.
Por falar nisso, quanto custa mesmo uma garrafa de azeite? E o combustível? E as rendas aos bancos? E, agora que é tempo de férias, por quanto fica uma diária em qualquer sítio do país?
Pois, está tudo pela hora do destino de cada soldado ucraniano que se encontra na linha da frente.