A Pfizer ditou, o especialista escreveu, o Costa leu e o povo comeu
Há poucos dias, o senhor Burla Bourla (CEO da Pfizer) disse que seria necessário uma quarta dose da sua vacina contra a Covid-19 e que esta deveria ser administrada três meses depois da terceira dose. Alegou que tal decisão se deve à variante Ómicron, sobre a qual ainda pouco se sabe, nomeadamente no que diz respeito ao seu grau de severidade. Mas, apenas dois ou três dias depois de se ter confirmado esta nova variante, o CEO da Pfizer já tinha a certeza de que seria necessário uma nova dose, para aplicar três meses depois da terceira.
Logo de seguida, os especialistas do costume apareceram a papaguear as lérias que o senhor Burla Bourla ditou.
E, quase em simultâneo, lá vem o Primeiro-ministro dizer que é quase certo que se terá de administrar uma quarta dose no início da Primavera.
Ou seja, o circuito é sempre o mesmo, primeiro a big pharma dita as leis, de seguida, os especialistas das autoridades da saúde cumprem as instruções fazendo o habitual lobbying junto dos governos e, por último, lá vem o representante máximo do governo – todo vergado – dizer aquilo que lhe mandaram. Para encerrar o círculo perfeito, só falta o povo comer a papinha que lhe põem à frente. E quem não comer ainda se sujeita e levar com ela pela goela abaixo, como fazem aos patos.