Saltar para: Post [1], Pesquisa e Arquivos [2]

Contrário

oposto | discordante | inverso | reverso | avesso | antagónico | contra | vice-versa

Contrário

oposto | discordante | inverso | reverso | avesso | antagónico | contra | vice-versa

RAPIDINHA

Os empresários estão contra as eleições, porque tinham uma "urgência muito grande" em aumentar - condignamente - os salários dos trabalhadores. Assim, vai ficar para as calendas gregas...

A "unidade europeia", segundo António Costa

costa_só_diz_bosta.jpg

António Costa ainda continua a pavonear-se por Bruxelas, na sua campanha pessoal por um tacho à sua altura. E hoje foi dia de jogar a cartada da “unidade europeia”.

António Costa disse que, “a maior derrota estratégica do Presidente Putin até ao momento foi seguramente, (não, foi a segunda maior, porque a primeira foi a resistência da Ucrânia) foi estar convencido que iria apanhar uma União Europeia dividida”. Segundo Costa, a suposta estratégia de Putin saiu ao lado, porque a UE demonstrou capacidade de apoiar a Ucrânia directamente, do ponto de vista humanitário, do ponto de vista financeiro e do ponto de vista militar.

Costa esqueceu-se de dizer que a UE também apoiou e ecoou com muita eficiência o nazismo na Ucrânia, a propaganda do batalhão de Azov e da central de comunicação de Washington em Kiev.

Costa ainda teve tempo para dizer que a UE mostra-se unida e coerente, ao condenar a actuação desproporcional de Israel em Gaza, tal como fez quando a Rússia invadiu a Ucrânia. Ora, todos sabemos muito bem que a actuação das entidades europeias perante Israel nada tem a ver com a forma como reagiram aquando da invasão da Ucrânia. Costa, que é o maior manobrador político português da história recente, está – uma vez mais – a iludir quem ainda acredita nas suas patranhas. E fá-lo porque há eleições europeias já em Junho próximo. O próprio António Costa nunca condenou a actuação de Israel e sempre que tenta dar a entender que está preocupado com o que se passa em Gaza e na Cisjordânia, vem sempre com os acontecimentos do dia 7 de Outubro à baila, como se isso servisse de justificação ou atenuante para as constantes campanhas genocidas do senhor Netanyahu, mesmo para aquelas que foram perpetradas antes de 7 de Outubro de 2023. Muitas delas, com décadas de antecedência, imagine-se. É preciso não ter nem um único pinguinho de dignidade.

Entretanto, aquilo que a realidade demonstra, porque são factos e não propaganda é que o “derrotado” Putin e a “derrotada" Rússia têm a sua economia mais forte, a sua moeda mais forte, as suas relações internacionais incrementadas, o seu poder no comércio internacional reforçado, uma taxa de inflação muito mais baixa que na União Europeia e, claro, todos os seus objectivos em relação à Ucrânia (desmilitarização, desnazificação, neutralidade face à OTAN e defesa da população de etnia russa nos territórios ocupados) devidamente garantidos.

Já a “unida” União Europeia continua a sua penosa via-sacra pelas ruas da inflação (brutal aumento do custo de vida, que não pára), do brutal aumento das taxas de juro, do brutal aumento da pobreza e do número de sem-abrigo (problema que Marcelo havia prometido terminar até 2021), do aumento do desemprego, do decrescimento económico e até mesmo da recessão. Sim, a Alemanha – que é o motor da economia europeia – está em recessão há muitos meses e não se vislumbra como vai ultrapassar essa situação. Certamente não será com a compra de gás natural aos EUA, por substituição ao da Rússia, mas ao triplo do preço.

A União Europeia enfrenta ainda um brutal crescimento da extrema-direita, mas isso não é um problema para o poder estabelecido. Afinal, para quem apoia neonazis na Ucrânia, para quem até condecora nazis ucranianos nos parlamentos ocidentais e ainda apoia “nazionistas” em Israel, o crescimento da extrema-direita em território europeu, não só não é um problema como até é muito bem-vindo por aqueles que ainda ocupam os lugares do poder. Pelo menos, é a consequência natural das decisões tomadas por estes fantoches-políticos que servem Washington e suas elites.

Então não se estava mesmo a ver que estas seriam as consequências naturais das decisões que foram tomadas? Parece que não. Até porque eles continuam a insistir na mesma insidiosa estratégia.

Mas que bela "unidade europeia", hem?