António Costa perdeu oportunidade de ouro
Na mesma semana em que a Galp anunciou um lucro líquido de 639 milhões de euros, o governo de António Costa decide aplicar (através de uma Portaria "feita à pressão") um novo imposto sobre os combustíveis que, indirectamente irá incidir num aumento do preço aos consumidores.
Sabendo que as refinarias e grandes distribuidoras como a Galp, a BP e a Repsol têm obtido crescentes e enormes lucros, não seria mais justo e mais lógico aumentar a tributação do lucro dessas empresas? Não estaria a Estado a fazer o que lhe compete, ou seja, equilibrar a balança? Já que a acentuada queda no preço do petróleo não se tem reflectido de forma equitativa no preço dos combustíveis aos consumidores.
Qualquer pessoa de bem, com o mínimo sentido de justiça social, decidiria tributar os lucros dessas grandes empresas. António Costa não o fez e perdeu uma oportunidade de ouro, já que a opinião pública estaria do seu lado, principalmente depois dos valores de ganhos líquidos apresentados pela Galp.
Mais decisões como esta e, provavelmente, o governo de António Costa não resistirá. Agora, o que eu estranho é o silêncio da Direita em relação a esta matéria. Não propriamente em relação ao aumento do imposto sobre os combustíveis, mas na possibilidade de substituir essa medida pela tributação adicional dos lucros das grandes petrolíferas.