As longas noites de vacinação nas ruas de Lisboa
Aqui há atrasado, o vice-almirante Gouveia e Melo disse: “uns vão ter a vacina artificial (…) e outros a vacina natural”. Foi apenas mais uma das suas pérolas – e ainda há quem diga que o homem é de poucas palavras – que, proferida agora teria muito mais graça.
Têm sido muitas as noites em que algumas ruas da cidade de Lisboa se transformam em autênticas discotecas, com inúmeros amontoados de pessoas, sem qualquer distanciamento e/ou uso de máscara, música alta e muito álcool à mistura. O vice-almirante tinha razão e, a julgar pelo que se tem visto, o processo de vacinação natural está a fazer frente ao processo de vacinação artificial. Por este andar, no final de Setembro não teremos apenas 85% da população vacinada, mas pra aí uns 150%.
Acho que já era altura de o Governo – não estou bem certo de que tenhamos um neste momento - invitar o vice-almirante para também passar a coordenar o processo de vacinação natural, é que a cidade de Lisboa parece o faroeste. Tenho a certeza que o vice-almirante não se faria rogado e até estaria disposto a cancelar algumas cerimónias de condecoração e outras aparições em algumas agendas de pré-campanha eleitoral, só para meter aquela malta na linha. Até porque “colinho dá a mãe em casa”. E alguns agentes da PSP também.