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Contrário

oposto | discordante | inverso | reverso | avesso | antagónico | contra | vice-versa

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RAPIDINHA

Sempre a apoiar o nazismo, o "nazionismo" e o genocídio. E sempre a regurgitar a propaganda de Washington. Coisinha repelente.

As relações familiares não são exclusivas à família

Há uns dias escrevi sobre nepotismo na política e nunca é demais insistir que esse fenómeno não se confina às relações familiares. Tal como referi anteriormente, o amiguismo é uma situação equivalente e o que está verdadeiramente em causa é o favorecimento de um círculo fechado de pessoas que se conhecem bem, que se protegem e que vivem à sombra do Estado.

 

Muito se tem falado do familygate, que se prende com as relações familiares existentes no actual governo, sendo que a actual situação não é novidade, não é exclusiva deste governo. Contudo, o problema do nepotismo ultrapassa, e muito, o âmbito familiar. O nepotismo está enraizado na sociedade portuguesa e é nos cargos da administração pública que mais se faz notar. Contudo, a maioria dos casos passa despercebida à maioria dos cidadãos, que ainda vão acreditando que as pessoas chegam lá pelos méritos ou pela competência.

 

Por exemplo, olhemos para a última nomeação do actual governo – João Ataíde – o novo Secretário de Estado do Ambiente. João Ataíde era, até há bem pouco tempo, o Presidente da Câmara da Figueira da Foz. É licenciado em Direito e juiz desembargador (em licença sem vencimento), não se lhe conhece nenhuma formação, muito menos experiência, na área do Ambiente e, no entanto, foi convidado a assumir a pasta na Secretaria de Estado do Ambiente. Note-se que, nem na Câmara da Figueira da Foz, João Ataíde assumia o pelouro do Ambiente. Portanto, não há nada no currículo deste senhor que lhe atribua qualquer mérito para o cargo que foi nomeado.

 

Será que o senhor Primeiro-ministro, António Costa, não conseguiu encontrar ninguém dentro do Partido Socialista com méritos mais adequados à função? Não me digam que dentro de um partido com milhares de militantes não existe ninguém com melhor perfil para a referida função. Seria suposto que a pessoa escolhida fosse alguém com formação na área da Engenharia do Ambiente, da Gestão Ambiental, da Economia do Ambiente, etc. E não um licenciado em Direito sem qualquer formação e/ou experiência na matéria. É que nem sequer apresenta nenhuma especialização ou experiência na área do Direito Ambiental...

 

Então, por que razão foi João Ataíde o escolhido? Acho que a resposta é mais do que evidente.

 

Assim, António Costa obrigou João Ataíde a virar as costas ao eleitorado figueirense. Ah! Como isso lhe deve ter custado.