Claro que a ministra sabia. Todos sabiam…
A CRESAP sabia (não tinha como não saber).
A ministra da saúde sabia (não tinha como não saber).
O próprio sabia, obviamente. E tudo fez para o encobrir.
As administrações hospitalares que o contrataram sabiam.
O INEM sabia.
O Ministério das Finanças sabia.
A Segurança Social sabia.
Se a IGAS não sabia, deveria saber. Ou apenas serve para abrir inquéritos – só a posteriori e quando o escândalo se torna público – que, invariavelmente, não produzem qualquer efeito?
Por que razão tantas entidades - supostamente competentes e atentas - permitem que situações como a de Gandra D’Almeida aconteçam?
A resposta é muito simples. Todas estas entidades estão repletas de tachos como os de Gandra D’Almeida. Muitas delas foram criadas, única e exclusivamente, com esse propósito. Todas essas entidades estão pejadas de gente ligada aos principais partidos (PSD/CDS e PS). Os cargos de decisão e de fiscalização estão ocupados por padrinhos e afilhados dos partidos que formam o “bloco central” – aqueles que ocupam os lugares do poder há 50 anos. Todos estão lá para se protegerem uns aos outros.
“É o sistema”, dizem.
Abaixo com esse sistema de merda.