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Contrário

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RAPIDINHA

COMO SE FOSSE NORMAL. Uma UE promotora da corrupção, da fuga de capitais e da lavagem de dinheiro. Uma UE ao serviço das elites, dos grandes grupos económicos, dos oligarcas e das máfias. Viva o "belo jardim" que é a União Europeia!

Com armas de fragmentação é que vai ser

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Desde o início da invasão da Ucrânia que ouvimos a mesma ladainha intrujona, vezes sem conta, e a maioria continua a acreditar e a aplaudir.

A Rússia invadiu a Ucrânia em Fevereiro do ano passado e rapidamente tomou o controlo de mais de 20% do seu território. Desde então, a única coisa que se ouve – diariamente – é de que a Ucrânia vai-se libertar da ocupação russa e, por essa razão, todos temos que apoiar a decisão de enviar armamento, mais armamento, mais armamento e ainda mais armamento para a Ucrânia. Porque "eles têm que se libertar e nos defender a todos". Notem que nunca houve uma única tentativa de tentar chegar a um acordo de paz por parte do "mundo ocidental", aliás, sempre que alguém tentou fazê-lo, os democratas e pacificadores do "ocidente" trataram logo de fechar a porta e deitar a chave fora. A solução apresentada pelos "pacificadores do mundo" é só uma: armas. Quão ridículos.

A verdade é que a Ucrânia já recebeu praticamente todos os veículos de combate prometidos pelo “ocidente”. Há não muito tempo, a OTAN anunciou que já enviaram para a Ucrânia 1550 veículos blindados, 230 tanques e grandes quantidades de munição. O secretário-geral da OTAN fez questão de garantir que “a Ucrânia está numa posição forte para retomar o território ocupado das forças russas”, depois de os aliados terem entregado a Kiev quase todos os veículos de combate prometidos.

Há cerca de um mês, Volodymyr Zelensky anunciou que o seu exército (o pouco que sobra dele) deu início a uma massiva e poderosa contra-ofensiva, com o intuito de recuperar todo o território ocupado pelas forças russas. Um mês depois, apesar das fábulas que vamos escutando e lendo na comunicação social, a Ucrânia não recuperou coisa nenhuma e ainda perdeu uma fatia significativa dos “militares” (muitos deles, jovens apanhados na rua e forçados a combater) que ainda sobram.

E agora ainda temos de ouvir o Zelensky e seus compinchas a suplicar por armas de fragmentação, aquelas que os terroristas em Washington querem enviar para a Ucrânia, para fazer jorrar ainda mais dinheiro para as suas empresas de armamento, que estão a salivar por mais encomendas.

O governo de Zelensky vem dizer que o uso destas armas pode revolucionar por completo o decurso do conflito. Segundo Zelensky, agora é que é a sério. Enfim, só um tipo sem noção do que significa usar esse tipo de armas - no seu próprio país – é que pode sequer considerar tal possibilidade. Ou então, trata-se de alguém que se está a marimbar para a população do seu país e que está apenas interessado em satisfazer a máquina de guerra norte-americana e, claro, “chatear os russos”. Se considerarmos aquilo que Zelensky fez e permitiu que outros fizessem no Donbass, não temos dúvidas de que Zelensky cai direitinho na segunda hipótese.

Quem não tem memória de galinha, ainda se lembra de quando a comunicação social mostrava as mais altas patentes da OTAN, os falcões de Washington, Zelensky e os seus capangas a dizer que os drones iam ser o factor “game changer”, os Howitzers iam ser o factor “game changer”, os Bradley iam ser o factor “game changer”, os Abrams iam ser o factor “game changer”, os Patriot iam ser o factor “game changer”, os Stinger iam ser o “factor game changer”, as defesas aéreas Hawk e Stormer iam ser o factor “game changer”, os tanques Challenger iam ser o factor “game changer”, os Javelin iam ser o factor “game changer”, os Himars iam ser o factor “game changer”, os Leopard (incluindo os portugueses) iam ser o factor “game changer”. Quem ainda não se fartou das histórias da carochinha “game changer”?

A toda esta infindável quantidade de armamento - que os contribuintes “ocidentais” pagaram e vão continuar a pagar a peso de ouro – aconteceu duas coisas: uma parte foi contrabandeada para outras latitudes, através do tráfico internacional de armas; e a outra parte jaz, algures na Ucrânia, em formato sucata.

No total, a Ucrânia já recebeu milhares de milhões em armas e o resultado dessa “ajuda” do ocidente é absolutamente nulo. A Ucrânia não recuperou território, muitos milhares de pessoas perderam a vida, a maioria do equipamento militar foi destruído e as nossas vidas pioraram substancialmente. Quem continua a rejubilar com tudo isto é a indústria de armamento norte-americana e os falcões de Washington.

Continuem a apoiar, pois está a correr-lhes bem. Muito bem. 

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