Desesperados por mais caos
A diplomacia chinesa conseguiu um acordo de paz histórico no Médio Oriente, entre a Arábia Saudita e o Irão, algo que não foi noticiado pelos canais de televisão e demais órgãos de comunicação social ocidentais. Esse acordo servirá de base para promover o caminho para a paz também na Síria. E, já agora, convém salientar ainda o estabelecimento de um cessar-fogo por parte da Arábia Saudita no Iémen, decorrente também das conversações com a China. E perante este cenário de diplomacia, pacificação e cooperação, eis a resposta do “ocidente”:
William Burns (Director da CIA) foi à Arábia Saudita informar Mohammad bin Salman, que em Washington ficaram todos muito irritados e frustrados com o acordo de paz firmado com o Irão e com as conversações de paz com a Síria.
Emmanuel Macron (Presidente da França) foi à China tentar convencer o Presidente Xi Jinping a “colocar Putin na linha”.
Kevin McCarthy (Presidente da Câmara dos Representantes dos EUA) recebeu a Presidente de Taiwan, num encontro que não passou de mais uma manobra de provocação ao governo chinês.
Antony Blinken (Secretário de Estado dos EUA) vai a Hanói semear mais algumas hostilidades entre o Vietname e a China.
Portanto, a mesma velha estratégia dos gangsters em Washington: semear divisionismos e caos no quintal dos outros, para colher os almejados dividendos. Isto é gente que não está interessada em construir pontes, mas sim em semear o caos e dividir para reinar.
E para apatetar ainda mais esta sórdida campanha de desestabilização mundial, ainda houve espaço para um verdadeiro número de circo – mais um – protagonizado pela Presidente da Comissão Europeia. Ursula von der Leyen também foi à China, na mesma altura que Macron, mas num voo diferente. Mais do que um voo diferente tratou-se, sobretudo, de uma recepção diferente, mesmo muito diferente, em que a senhora dona von der Leyen foi, uma vez mais, reduzida à sua insignificância política. E nem sequer foi preciso oferecer-lhe um sofá para se sentar.
Ursula von der Leyen foi à China “avisar” o Presidente Xi Jinping sobre as consequências que o eventual fornecimento de armas à Rússia, por parte da China pode comportar. Foi pena a dona von der Leyen não ter avançado qual o tipo de sanções que pensa aplicar à China, caso esta venha a fornecer armas à Rússia. Isso é que seria uma bela barrigada de riso. Patética.