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Contrário

oposto | discordante | inverso | reverso | avesso | antagónico | contra | vice-versa

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É hoje. Vai? E sabe ao que vai?

As manifestações são “apartidárias” e pelas redes sociais pode ler-se mensagens de incitamento à queda do governo, mensagens de ódio ao primeiro-ministro e à ex-ministra da administração interna, há até quem sugira a colocação de caixões (verdadeiros, imaginem) junto às sedes do PCP e do BE, mas são apartidários, pois claro. Há também quem sugira que se mostre desagrado pela escolha de Eduardo Cabrita para o Ministério da Administração Interna e em resposta, os organizadores da manif incitam: “Façam cartazes! Imprimam cartazes!”. E logo de seguida relembram “mas este protesto é apartidário”, para não afugentar os incautos.

 

Muitas pessoas já se aperceberam das verdadeiras intenções dessa manifestação e já declinaram a sua presença.

 

Mas há ainda quem, na sua boa-fé, chegue a sugerir que se deveria recolher donativos para entregar às populações afectadas, mas os organizadores, aqueles que não se cansam de dizer que a manif é apartidária aparecem logo a dizer que não há logística para isso. Portanto, a manif não é política nem partidária, é “pelas vítimas da catástrofe”, mas quando alguém sugere que se faça, de facto, algo pelas pessoas, a resposta é “não temos logística” e segue o vigoroso incitamento à realização de cartazes de protesto, chegam mesmo a desafiar as pessoas a “escreverem o que quiserem”, como quem clama por sangue na arena.

 

Já agora, sabiam que a manifestação agendada para Lisboa tem nas fileiras alguns daqueles que também estiveram no “cordão humano” em Novembro de 2015? Lembram-se da idiotice do cordão humano que não serviu para nada? Que se dizia apartidário mas que defendia acerrimamente três cores políticas. Os mesmos “cidadãos apartidários” que apregoaram o “Movimento Compromisso Democrático”, que tinha como objectivo o fervoroso apoio à formação de um governo PSD-CDS-PS. Portanto, gente “apartidária” que, à partida, põe de lado todos os partidos que não sejam o PSD, o CDS e o PS. E só incluíram o PS porque a coligação PàF não poderia governar sem o seu apoio. Reparem, há dois anos desdobraram-se para arrastar o PS para uma solução governativa que permitisse manter Passos e Portas no poder. Diziam que o PS tinha muito mais em comum com o PSD e CDS do que com os partidos de esquerda. Agora tudo fazem para tentar correr com o PS do poder. Mas lembrem-se, tudo isto é feito por “gente apartidária”.

 

É a beatice política no seu esplendor. Os fingidos amantes de procissões de velas e falsos democratas cristãos orquestrando putativas manifestações espontâneas de cidadania.