É o BCE a defender os seus


O Banco Central Europeu (BCE) vai enviar uma carta ao Governo de Itália, para lhe puxar as orelhas devido ao facto de este ter anunciado que vai aplicar uma taxa sobre os lucros “inesperados” dos bancos.
O BCE da senhora Lagarde não gostou mesmo nada que o Governo italiano tivesse decidido implementar esta medida. E ainda gostou menos que o tivesse feito sem lhe ter dado conhecimento prévio. Por outras palavras, sem lhe ter pedido autorização.
Vejamos, a senhora Lagarde tem-se fartado de afirmar que a subida das taxas de juro não tem como objectivo dar largas à ganância dos bancos. A senhora Lagarde sustenta que isso é apenas uma consequência – que ela nem estava nada à espera – e que o único objectivo é fazer baixar a inflação.
Ora, se o único objectivo é fazer baixar a inflação, por que raio o BCE da senhora Lagarde ficou tão “em pulgas” com o facto de um governo ter decido aplicar uma taxa especial sobre os lucros “inesperados” dos bancos? Isso também vai contribuir para o aumento da inflação?
Mas, ainda pior do que ver o BCE fazer de conta que está preocupado com a inflação é constatar que o BCE acha-se acima de um qualquer governo legitimamente eleito. O Governo italiano foi eleito pelo povo italiano e, com esta medida, só está a zelar pelos interesses do seu povo (ainda que peque por defeito). É assim que devem funcionar as democracias e não através da constante sujeição dos cidadãos aos ditames de certas organizações, cujos cargos não foram eleitos pelo povo, como é o caso do BCE.
O BCE é um organismo antidemocrático, cujos fantoches que por lá pairam são escolhidos a dedo pela tropilha do Fórum Económico Mundial (FEM), que controla tudo e mais alguma coisa no mundo “democrático” ocidental. O objectivo do FEM é sempre o mesmo: sugar o povo e canalizar milhares de milhões para os bolsos da minoria reinante (banca, energéticas, tecnológicas, big pharma, complexo militar-industrial, etc.).
Ver um governo europeu implementar uma medida destas - contra os interesses da banca - é uma lufada de ar fresco. Vejam bem ao que chegou o estado das “democracias” ocidentais, em que só os governos de “extrema-direita” conseguem implementar este tipo de leis.