Escolheram Luís Albuquerque para comissária. Que surpresa!
Depois de o sargentão em Bruxelas – Ursula von der Leyen – ter ordenado a Montenegro, para que este escolhesse uma mulher para ser a comissária portuguesa (por causa da lei da par(v)idade), tornou-se óbvio que Luís Albuquerque seria o nome escolhido.
E por que razão a escolha de Albuquerque era a mais óbvia? Vejamos:
Na qualidade de secretária de estado, Luís Albuquerque entregou o BPN numa bandeja ao BIC (do militante laranja, Mira Amaral), ficando o Estado Português (nós, portanto) comprometido em assumir todas as despesas relacionadas com as acções judiciais entrepostas por clientes e fornecedores ao BPN, que ascenderam a muitas centenas de milhões de euros. Recordemos que Albuquerque mandou ocultar os prejuízos de BPN.
Em 2013, aquela que ficou conhecida como a” Lady Swap" também negou que nunca havia estado relacionada com qualquer operação de swaps. A verdade é que aprovou um swap da Estradas de Portugal em 2010, quando era técnica do IGCP. O Estado foi lesado em milhões de euros. Luís Albuquerque mentiu à fartazana na Comissão Parlamentar de Inquérito criada para este assunto, como todos certamente já não se lembrarão. Poucos dias depois de tomar posse como ministra no governo de Passos Coelho, mentiu despudoradamente no Parlamento quando afirmou não ter recebido informação suficiente sobre os contratos swap das empresas de transportes públicos. Toda a gente ficou a saber que, dois anos antes, a Direcção-Geral do Tesouro havia alertado a então secretária de estado (ela própria) para o perigo de perdas no valor de 1,5 mil milhões de euros.
Luís Albuquerque foi servir os interesses da Arrow Global em 2016. Portanto, a mesma pessoa que estava ao serviço do Estado Português na Assembleia da República, onde em princípio estaria a defender o “interesse nacional” passou a estar também ao serviço de uma empresa privada que obtém lucros com a desgraça das contas do país. Lembremo-nos ainda que Luís Albuquerque atrasou a resolução do caso Banif (enquanto ministra das finanças), fazendo com que a Arrow Global pudesse encaixar milhões de euros.
Lembremo-nos também da negociata em que esteve envolvida, na EDP, e que rendeu muito dinheirinho ao 'Tone' Albuquerque, o seu marido.
O governo de Passos Coelho e Maria Luís Albuquerque escondeu durante seis meses o aumento das imparidades no banco público (CGD).
Luís Albuquerque voltou a mentir no caso Estradas de Portugal. Albuquerque negou ter dado instruções para que a Estradas de Portugal alterasse o seu orçamento de 2012, por causa dos maus créditos do BPN. Ficou provado, com cópias de e-mails e tudo, que Luís Albuquerque deu a referida ordem à empresa pública.
Luís Albuquerque também mentiu quando prometeu a devolução de parte da sobretaxa de IRS. Também jurou a pés juntos que não teve nada a ver com o processo de resolução do BES e que isso não traria qualquer custo para os contribuintes. Depois foi o que se viu, milhares de milhões de euros que saíram do bolso dos contribuintes.
Portanto, numa Comissão Europeia corrupta até ao tutano, quem melhor do que Luís Albuquerque para representar Portugal e figurar no lote de vassalos apaniguados?