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RAPIDINHA

Diz o gajo que proibiu o exercício da actividade política a vários partidos da oposição e que cancelou a realização de eleições no seu país.

Estado, privados e os preços dos combustíveis

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Os combustíveis atingiram um nível de preços absolutamente absurdo e incomportável para o bolso da esmagadora maioria dos portugueses. Obviamente que a carga fiscal que incide sobre este tipo de produtos contribui – e muito – para essa situação. Contudo, não podemos ignorar que a inconcebível e inaceitável escalada de preços dos combustíveis verificados nos últimos meses se deve – principalmente – às margens de lucro das gasolineiras.

Não obstante, o governo não pode ignorar o problema e escudar-se na desculpa esfarrapada das metas ambientais. Não que as metas ambientais não sejam importantes, mas não é admissível que um governo possa sequer cogitar a ideia de que a população pode comportar ou evitar semelhantes custos, sendo que é o próprio governo que avisa que os preços vão subir ainda mais. Medidas de preservação do ambiente são deveras importantes, mas é impossível mudar o paradigma de um dia para o outro. A maioria das pessoas não tem alternativas face ao uso da própria viatura, não tem ao seu dispor uma rede de transportes públicos que sirva as suas necessidades, muito menos condições financeiras para adquirir um veículo eléctrico.

O governo deveria ter ainda em consideração o nível de rendimentos da esmagadora maioria da população portuguesa, que não apresenta condições para acompanhar a tão desejada transição verde com a rapidez desejada. Basta comparar com o que se passa no país vizinho e rapidamente constatamos que a população espanhola tem a vida muito mais facilitada – salários consideravelmente mais elevados e combustíveis muito mais baixos – e, por lá, tal como por cá, também existem metas ambientais a cumprir.

Portanto, a carga fiscal deveria baixar, bem como as margens das gasolineiras.

Mas há muita gente que merece suportar estes preços e muito mais e, provavelmente, são aqueles que mais estrebucham agora. São os primeiros a defender a privatização de tudo e mais alguma coisa, até mesmo de sectores tão essenciais como o dos combustíveis e da energia. Mas agora também reclamam. Se a Galp (Petrogal) não tivesse sido privatizada, hoje teríamos o Estado com todas as condições para cumprir com uma função que lhe compete e da qual se demitiu, ou seja, a regulação directa de um sector tão fundamental para a sociedade. Sim, porque essa coisa a que chamam de entidade reguladora - além de dar emprego a alguns boys - só serve para legitimar a cartelização de preços por parte dos operadores privados.

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