Este PSD é de partir a “Caixa” a rir
O PSD, maior partido da oposição, tem usado a Caixa Geral de Depósitos como predilecto e único assunto com o qual pretende fazer oposição ao actual governo.
O partido de Passos Coelho esteve no poder durante quatro anos, com maioria absoluta, e em relação aos problemas da CGD limitou-se a empurrar com a barriga e a varrer para debaixo do tapete. Agora, encontram-se inexplicavelmente agarrados à Caixa, tão agarrados que acabaram por parti-la e, a cada dia que passa, a CGD é uma verdadeira Caixa de Pandora para o PSD.
Na semana passada, o Tribunal de Contas alertava para a deficiente gestão da CGD no período 2013-2015. Esta semana, ficámos também a saber (aquilo que já se suspeitava), pela Inspecção-Geral de Finanças que o governo de Passos Coelho e Maria Luís Albuquerque escondeu durante seis meses o aumento das imparidades no banco público. O assunto ficou escondido na gaveta até 15 dias antes das eleições legislativas, altura em que o anterior governo decidiu "despachar" os pareceres da IGF.
Cúmulo dos cúmulos, o mesmo PSD exige saber em comissão parlamentar de inquérito (que já solicitou com carácter de urgência) a razão pela qual António Domingues abandonou a administração da CGD. Não poderia ser mais patética a realização dessa comissão parlamentar de inquérito. Se imaginação faltar a António Domingues, poderá sempre apontar as baterias para a má gestão e negligente controlo que o anterior governo teve com a CGD. Que raio de legitimidade tem o PSD para questionar seja o que for sobre a Caixa Geral de Depósitos?
Querem crucificar Mário Centeno à força toda, mas parece que vão ter que cravar os pregos com a testa e com o bico virado para cima.
Cada vez que o PSD abre a Caixa (de Pandora) cai-lhe em cima uma nova desgraça. E não aprendem.
Já só dá para rir…