Foi tudo uma grande aldravice
Afinal aquilo que estava “agarrado à pele” eram coraçõezinhos amorosos


Marta Temido em 2020
“O SNS descobriu dentro de si uma força que estava adormecida e reinventou-se”.
Quando questionada, na Assembleia da República, sobre a razão pela qual o Estado não recorreu mais aos privados para combater a pandemia, Marta Temido disse que “[esses] fecharam quando os portugueses mais deles precisaram”. Marta Temido foi bastante incisiva quando disse que “o SNS não fecha a porta. E muitos privados puderam fazê-lo, puderam exercer o mecanismo do layoff. Muitos convencionados disseram que queriam suspender as suas convenções, disseram que não estavam lá, que não podiam, que não era o momento, que também tinham medo, que não estavam disponíveis para prestar serviços. E, portanto, isso fica agarrado à pele e não desaparece”.
Marta Temido em 2023
“E devo dizer também que, não só o sector privado mas o sector social foram, uma vez mais, absolutamente essenciais para a resposta à pandemia. E, às vezes, mais solidários com o SNS do que as próprias entidades do SNS”.
Como diz – agora – a Marta Temido: “há muita coisa que acontece e que tem… é explorada, porque interessa politicamente ser explorada… mas isso… isso é… é da vida… é desta vida”.
Não sei se a Marta Temido já passou pela famigerada porta giratória, mas se ainda não o fez deve estar para breve. O tempo de espera para ex-governantes costuma ser extremamente curto. “É desta vida”.