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Golpe da treta na Venezuela

O autoproclamado Presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, avançou com uma tentativa de golpe de Estado mesmo à sua imagem, ou seja, uma autêntica anedota. Qualquer pessoa minimamente atenta percebe que se trata de mais uma manobra orquestrada a partir de Washington, com o único objectivo de derrubar o Presidente eleito, Nicolás Maduro.

 

Nem vale a pena voltar a falar na perversidade e na manipulação de argumentos de que os opositores de Maduro se servem para alimentar uma suposta necessária revolução. Contudo, importa salientar a falsidade das notícias que se espalham como pragas, um pouco por todo o mundo. Mentiras e mais mentiras fabricadas em Washington que, inexplicavelmente nesta matéria, colhem o apoio da esmagadora maioria da comunidade internacional. Infelizmente, com a sujeição do governo de Portugal.

 

Vejamos, por esta altura, já ninguém se lembrava quem era Guaidó. O ímpeto do revolucionário fabricado à pressão, made in USA, havia esmorecido por completo. O senhor Trump já não tinha como alcançar o seu pérfido objectivo, pelo que, desesperadamente, encetou uma última tentativa, aquela que era a única a evitar e que Guaidó sempre garantiu que não aconteceria, ou seja, recorrer ao confronto e à violência.

 

As principais mentiras do dia de ontem foram:

 

- Veicular que os militares estavam com Guaidó e a sórdida tentativa de arrastar a população para os confrontos. Toda a gente se apercebeu que, do lado de Guaidó, não estão mais do que meia dúzia de militares, que nem sabemos se são mesmo militares ou se estão apenas vestidos como tal. Que figurinha ridícula a do senhor Guaidó, todo sorridente, de fatinho, mesmo pronto para o combate e o recém-libertado Leopoldo López, em cima de uma ponte, rodeados por 3 ou 4 “militares” e mais uns tantos “populares” devidamente fardados com suas roupinhas Fred Perry ou Ralph Lauren.

 

- Passar a informação de que Leopoldo López estava na embaixada do Chile, com o objectivo de negociar a saída de Maduro, quando na verdade dirigiu-se à embaixada para se esconder como um ratinho.

 

- Fontes do governo de Trump anunciaram que Maduro estava prestes a deixar o país e que até havia um avião pronto para o levar.

 

Como disse anteriormente, mentiras, mentiras e mais mentiras. Mentiras que fazem manchete em todo o mundo. Incrível o facto de os mesmos que tanto criticam o senhor Trump pelas suas “fake news”, serem os mesmos que, neste caso, difundem as suas aldrabices num modo frenético.

 

Resumindo, o objectivo dos revoltosos era muito claro: passar a ideia de que “agora é que é” e de que os militares estavam contra Maduro, numa repugnante tentativa de manipular e arrastar a população para as ruas e fazer cair Nicolás Maduro. Note-se que os revoltosos não tinham (nem têm) os militares do seu lado, pelo que esta tentativa de “empurrar” a população para a frente das forças da ordem, a acontecer, poderia ser catastrófica. Uma atitude desta natureza é mais do que suficiente para que Portugal assuma uma posição e condene os últimos acontecimentos na Venezuela, que se deve abster de apoiar as desastradas iniciativas do senhor Guaidó. Haja coragem para isso.

 

Por último, corre por aí uma "notícia" que diz que há um português a liderar o golpe de Estado na Venezuela. Sim, sim... Deve ser o mesmo que organizou o protesto dos coletes amarelos aqui em Portugal.

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