Joana Marques Vidal ainda tem tempo para brilhar
A Procuradora-Geral da República, Joana Marques Vidal, termina o seu mandato dentro de poucas semanas, mas ainda lhe sobra tempo para fazer um brilharete. A Procuradora cessante é idolatrada por alguns, pelo facto de não temer os poderosos, as elites e, sobretudo, por não deixar nada por investigar.
Ora, no âmbito desse seu espírito salvífico e impassível, venho por este meio desafiar a senhora Procuradora a investigar as afirmações de Pedro Passos Coelho, na carta que dirigiu a ela própria.
Passos Coelho disse que “não houve a decência (por parte do Presidente da República e do Governo) de assumir com transparência os motivos que conduziram à sua substituição”. Ainda acrescentou que “sobra claro que a vontade de a substituir resulta de outros motivos que ficaram escondidos”.
Tratando-se de um ex-Primeiro-Ministro, estas afirmações assumem contornos gravíssimos, pelo que o dever da senhora Procuradora é investigar.