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Contrário

oposto | discordante | inverso | reverso | avesso | antagónico | contra | vice-versa

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RAPIDINHA

Trump deporta imigrantes, porque considera que as pessoas devem viver na sua terra, no seu país de origem, com excepção do povo palestiniano, que deve ser expulso do seu próprio país e entregá-lo aos "nazionistas".

Julian Assange é a prova viva de uma comunicação social ocidental totalmente corrompida

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Julian Assange - fundador do WikiLeaks – encontra-se detido na prisão de Belmarsh, no Reino Unido, desde o ano de 2019. Em 2022, o governo britânico autorizou a sua extradição para os EUA, para ser condenado a uma pena de 175 anos, a cumprir numa prisão de alta segurança. Julian Assange recorreu da decisão e, agora, encontra-se a aguardar pela deliberação do Supremo Tribunal de Londres. A audiência final está a decorrer desde ontem e termina hoje, altura em que se espera uma decisão final da justiça britânica. 

Julian Assange está preso por ter denunciado os crimes de guerra que os EUA cometeram no Afeganistão e no Iraque, bem como um vasto rol de crimes por corrupção da elite norte-americana. Se Julian Assange tivesse inventado sobre a Rússia metade daquilo que conseguiu provar categoricamente sobre a actuação do poder norte-americano, hoje seria o candidato preferencial à presidência dos EUA.

A comunicação social, que se desfaz em propagar mentiras sobre um tal de Alexei Navalny, praticamente não fala sobre Julian Assange. Nem o facto de se tratar de um jornalista – digno desse nome – os faz solidarizar-se com a causa. Mas, o mais importante não é sequer a solidariedade, porque não é para isso que serve o jornalismo. A Comunicação social deveria estar a falar sobre a escandalosa decisão do governo britânico em extraditar Assange para os EUA e da escabrosa tentativa de eliminar sumariamente um jornalista, por este se ter atrevido a expor os inqualificáveis crimes do poder americano.

A comunicação social ocidental está ao serviço do poder estabelecido e não da verdade, da liberdade de expressão e da democracia. Em relação a supostos crimes ocorridos noutros países, como a Rússia, a China ou a Coreia do Norte falam cheios de certezas, como se fizessem a mínima ideia do que lá se passa. Mentem despudoradamente e não apresentam um único facto que corrobore as suas afirmações. Por outro lado, em relação aos escabrosos crimes cometidos pelo poder ocidental (essencialmente, pelos EUA) e esses não são meras suposições, são factos documentados (o WikiLeaks é um exemplo disso), a comunicação social limita-se a fazer o serviço sujo de os branquear e de endeusar os seus perpetradores, para os perpetuar no poder e, obviamente retirar vantagem disso.