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RAPIDINHA

Trump deporta imigrantes, porque considera que as pessoas devem viver na sua terra, no seu país de origem, com excepção do povo palestiniano, que deve ser expulso do seu próprio país e entregá-lo aos "nazionistas".

Marcelo: pouca lei, muita propaganda

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Na sequência do que aconteceu ao edifício onde está localizada a embaixada de Portugal em Kiev, Marcelo Rebelo de Sousa disse que foi atingido “território português em plena Ucrânia”.

O problema de Marcelo é que a sua competência em matéria de Direito é inversamente proporcional à sua habilidade para a propaganda. Marcelo não perdeu tempo em fazer aquilo que fizeram todos os políticos-fantoches sodomizados, de Portugal e da Europa, ou seja, cumprir com a propagação da narrativa imposta por Washington e, então, desataram todos a papaguear as patetices do costume. Ao ponto de quererem fazer crer que Portugal foi atacado pela Rússia, como se estivessem em pulgas - e estão - para entrar em confronto directo com a Rússia. Tudo isto faz parte de uma narrativa engendrada para adormecer os pacóvios. Já todos devem estar cansados de ouvir "notícias" a reportar que o "almirante" está 24 horas por dia (e mais algumas durante a noite) a vigiar as águas portuguesas e a tomar conta dos navios russos.

Marcelo afirmou com todas as letras, que foi atingido território português na Ucrânia. E, como sempre, a maioria das pessoas – dos cidadãos comuns – embarcam logo nessas falsas afirmações que se tornam verdades absolutas num ápice. A embaixada de Portugal em Kiev – ou em qualquer outra cidade – não é território nacional. Essa é mais uma da mentiras espalhadas pelos incompetentes e prostituídos da comunicação social. E, como se viu, Marcelo é muito mais especialista em matéria de propaganda do quem em leis. Muito grave, para quem é considerado um “especialista” na matéria.

Marcelo confunde inviolabilidade com soberania. Uma embaixada de um dado país noutro país, representa uma “área de jurisdição”, mas nunca assume a qualidade de território pertencente ao país representado por essa embaixada. Notem que, em muitos casos, trata-se de edifícios partilhados por outras embaixadas, como é o caso, e na maioria das vezes até nem sequer são pertença do país da embaixada, ou seja, são espaços arrendados. Dizer que uma embaixada é território nacional é uma tremenda bacoquice. Dito por um “especialista” em Direito, que ainda por cima é Presidente da República constitui uma infracção gravíssima, que deveria ser alvo de punição.

Portanto, uma embaixada não é um território soberano do país representado. Quanto à inviolabilidade desse espaço, cabe ao país onde está instalada a embaixada garantir que a mesma será respeitada. Nesta caso concreto, cabia à Ucrânia garantir que o espaço conferido à embaixada de Portugal não fosse violado.

Acrescente-se que o ataque russo do qual resultaram danos materiais para o edifício da embaixada de Portugal em Kiev, não teve como alvo esse edifício, mas sim a sede dos serviços de informação ucranianos. Destroços do míssil lançado pela Rússia acabaram por atingir o edifício da embaixada de Portugal, porque a Ucrânia interceptou o míssil e foi a consequência dessa intercepção que causou a “violação” do espaço da embaixada de Portugal.

Portanto, as queixas dos políticos-fantoches portugueses deveriam estar a ser endereçadas ao governo ucraniano, único responsável pelo acontecido. A Ucrânia não só não garantiu a inviolabilidade da embaixada de Portugal, como é seu dever, como ainda foi a causadora da violação.

Claro que os ignorantes e os russofóbicos vêm logo com os habituais disparates de que a Rússia é que está a atacar e de que a Ucrânia tem o direito de se defender. A Ucrânia tem o direito de se defender, sim senhor, desde que os seus actos de defesa não coloquem em causa a integridade e/ou a existência de pessoas e infra-estruturas, como é o caso das embaixadas de outros países. É a lei que o diz, não sou eu.

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