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Contrário

oposto | discordante | inverso | reverso | avesso | antagónico | contra | vice-versa

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RAPIDINHA

Para os lambe-cus de Washington, quando a Al-Qaeda ataca a soldo dos falcões da guerra no Pentágono e na CIA, isso não se enquadra na definição de ataques terroristas. Quando Washington diz que a Al-Qaeda é uma organização terrorista que tem que ser eliminada a qualquer custo, os lambe-cus chamam-lhe terroristas (sem aspas), mas quando Washington usa, financia e arma a Al-Qaeda para perpetrar derrubes de governos e instalar o caos, os prostituídos da comunicação social já preferem chamar-lhes "rebeldes" que estão a lutar pela democracia. QUE BANDO DE FdP!

O Balsemão nunca te censurará

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No último programa onde costumam estar quatro comentadores a defender e propagandear as mesmas ideias – a cartilha do poder ocidental – sem qualquer contraditório (ah, como eles odeiam o contraditório), um tal de Daniel Oliveira voltou a lançar umas sem-vergonhices para o ar, tais como: “o novo capitalismo que compra a democracia”. Estava a referir-se ao Elon Musk e ao Jeff Bezos.

É, de facto, muito engraçado ver um tipo que vendeu toda a sua “democracia” ao velho capitalista, que lhe paga (bem) pelos servicinhos encomendados, a falar de novos capitalistas que compram a democracia. No mínimo, hilariante.

Mas não se ficou por aí. Daniel Oliveira também se referiu ao algoritmo que, segundo o próprio, censura tudo e só deixa falar quem quer. Estava a referir-se à rede X, tentando passar a ideia de que, desde que o Elon Musk (já agora, ó Daniel, diz-se “ilon” e não “élon”) comprou o Twitter, este passou a utilizar o algoritmo da censura. O Daniel Oliveira andou muito distraído no tempo da pandemia ou quando a Rússia invadiu a Ucrânia, alturas em que o Twitter não pertencia a Elon Musk, mas fartou-se de censurar. Censurou cientistas de topo que se opuseram a muitas medidas implementadas durante a pandemia, principalmente as vacinas. Censurou inúmeros políticos, historiadores e até mesmo jornalistas (notem bem, da mesma classe profissional do Daniel), entre muitos outros que se opuseram à falsa narrativa ocidental sobre a Ucrânia. Nessa altura, o guardião da liberdade de expressão, Daniel Oliveira, não viu nada de anormal. Até gostou. Mas agora entende que o “algoritmo” cala uns e dá palco a outros. Só agora.

Eu, que não nutro nenhuma simpatia por Elon Musk, devo reconhecer que, no que à liberdade de expressão diz respeito, a rede X melhorou muito, em relação ao antigo Twitter. Pessoalmente, posso dar o simples exemplo de que no dia em que publiquei uma bandeira da Síria na minha conta do Twitter, apenas isso, publiquei uma bandeira da Síria e nada mais, e a minha conta foi imediatamente bloqueada.

Já sobre o facto de Jeff Bezos – dono do Washington Post – ter dado instruções aos jornalistas do seu jornal, para que fossem isentos e imparciais no tratamento do tema das eleições nos EUA, impedindo o jornal de tomar uma posição editorial a favor de Kamala Harris, o Daniel Oliveira disse o seguinte:

“Bezos apostou na censura tradicional, em que, na prática impediu o Washington Post de tomar a posição editorial de apoio à Kamala…”. O Daniel Oliveira acha que ser isento e imparcial em relação àquilo que ele gosta é censurar.

É preciso ter mesmo uma lata descomunal. O gajo que está constantemente a eriçar as barbas para defender a democracia, a liberdade de expressão, a liberdade de imprensa, a imparcialidade, a isenção, o gajo que até fica com a barba azul quando fala em honestidade, transparência e uma carrada de valores morais e éticos, é o gajo que entende que o Jeff Bezos está a censurar o editorial do seu jornal, quando determina que este deve ser isento e imparcial.

É o habitual Daniel Oliveira que vive confortavelmente dentro do bolso do senhor Balsemão, mas que gosta de lançar uns perdigotos para ar, para fazer de conta que é de esquerda e que defende os valores da liberdade e da democracia.

O facho-capitalista Balsemão não poderia ter feito melhor contratação.