O Governo português apoia o genocídio e o apartheid
Não é novidade para ninguém aquilo que se está a passar na Faixa de Gaza, assim como já não é novidade que muitos países que se dizem democráticos e defensores dos Direitos Humanos, tal como Portugal, sejam os mesmos que se prontificam a apoiar um estado apartheid e genocida.
A mais recente onda de conflitos começou quando Israel decidiu expulsar palestinianos das suas casas em Sheikh Jarrah. Desta vez foi esse o gatilho. Cada um que tente imaginar como se sentiria, se fosse consigo. Como é possível a comunidade internacional assistir impávida e serenamente à perseguição e tentativa de dizimação de um povo?
Pior que isso é constatar que muitos países ainda apoiam – por intermédio dos seus governos - a vergonhosa, violenta e assassina posição encetada pelo governo do senhor Netanyahu, entre os quais Portugal. Sim. O Governo de Portugal, por interposição do Ministério dos Negócios Estrangeiros, condenou o lançamento de mísseis com origem na Faixa de Gaza, com destino a Israel. Portanto, o Governo português condena a reacção do Hamas face ao apartheid e ao genocídio perpetrado por Israel, mas nada diz sobre a repugnante ofensiva israelita e sobre o facto de a esmagadora maioria de vítimas mortais (e não só) ser palestiniana, incluindo muitas crianças.
A posição do governo de António Costa é uma vergonha, um enxovalho feito ao Estado de Direito que é Portugal e, principalmente, uma desonra para com todos os cidadãos portugueses que se revêm na defesa e no respeito pelos Direitos Humanos.
É, no mínimo, revoltante constatar que os governantes portugueses estejam sempre atrelados à posição assumida pelas instituições europeias que, por sua vez, estão sempre a fazer vénias aos sórdidos ditames provenientes da Casa Branca, que tem patrocinado Israel na prossecução de uma política de apartheid e de extermínio de um povo.