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Contrário

oposto | discordante | inverso | reverso | avesso | antagónico | contra | vice-versa

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O “novo” governo é para durar?

Para já não me atrevo a apostar, desde logo porque, neste momento, não se vislumbra quem pudesse sair a ganhar com a queda deste governo, mesmo sendo minoritário. O anterior governo do PS também era minoritário e durou os quatro anos, mas as circunstâncias eram bem diferentes. Em 2015, para que pudesse formar governo, o PS necessitou do apoio dos partidos de esquerda, agora, o mesmo não é necessário, já que desta vez o PS venceu as eleições. E como não há uma maioria parlamentar alternativa…

Estranha-se o facto de António Costa não querer firmar um acordo escrito com o Bloco de Esquerda. Dessa forma conseguiria conferir maior estabilidade à governação. Não se percebe. Costa diz que queria replicar a “geringonça”, mas como o PCP não quer, o PS não aceita firmar acordos apenas com o BE. Não se percebe mesmo. Fica-se até com a impressão que António Costa anseia pelo momento em que alguém se atreva a deitá-lo abaixo, precipitando novas eleições e, consequentemente uma vitória do PS com a tão desejada maioria absoluta. Se for esta a estratégia de António Costa, pode ser que a coisa lhe saia bastante ao lado. O futuro dirá.

O que se pode esperar, então, deste “novo” governo?

Não creio que se possa esperar muito mais do que aquilo que já foi feito na anterior legislatura. Ou seja, antevejo um governo preparado apenas para o engonhanço. Sinceramente, parece tratar-se de um governo que vai trabalhar apenas para as aparências e não para aquilo que é sua função: governar. Mais ministérios, alguns deles com nomes parolos como “Modernização”, “Coesão Territorial”, “Transição Digital”, “Acção Climática”, enfim, tudo nomes que estão em voga e que agradam à maioria. Pode ser que resulte, mas eu desconfio, normalmente quem dá muita importância a estas picuinhices não dá tanta importância ao que realmente importa.

Ah! E ainda teremos quatro Ministros de Estado. C’um caneco! Então, os ministros não são todos do Estado?