“O raio do primeiro-ministro”
“O raio do primeiro-ministro”, foi assim que Morais Sarmento se referiu a António Costa, durante uma “aula” na universidade de Verão do PSD.
As boas maneiras e a educação nunca foram o forte de Morais de Sarmento. Durante a palestra, o ex-ministro que tem como principais elevações da sua vida política, o facto de ter feito parte das equipas de Durão Barroso e Santana Lopes, recorreu várias vezes a um vocabulário rasteiro. Não sei se é algo que ainda lhe está no sangue ou se optou por calibrar a sua linguagem ao público-alvo, sendo que ambas não são mutuamente exclusivas.
Outra curiosidade formal do seu discurso prende-se com o facto de, sempre que se referiu aos líderes do BE e do PCP optou por poupar nos sobrenomes. “A Catarina e o Jerónimo” disse ele, como se tivesse andado com eles na escola. Ou então, é apenas aquele velho tique patego que as gentes de Direita têm, ao achar que o sobrenome é pertença exclusiva de gente que descende da nobreza.
Enfim, há vícios que nunca se perdem e Morais Sarmento sabe-o tão bem.